Considerações sobre o discurso do ex-presidente e senador, Fernando Collor, sobre os 25 anos da Rio-92
Muito oportuno. A questão ambiental e os discursos que a sustentam estão perdendo força, a cada dia.O aniversário da Conferência de 92 não podia passar em branco. O então presidente Collor teve um
papel importante, não apenas no apoio à realização da Conferência Mundial do Meio Ambiente, mas
também nos posicionamentos assumidos. Era a concordância do Brasil em abrigar a Conferência. Embora
fosse um grande protagonista nas discussões ambientais, vinha sendo arrastado por atores menores.
No momento do lançamento da Conferência, o Brasil assumiu a vanguarda da ideia do "crescimento sustentável".
Posso dizer - a exemplo do Gilmar Mendes -, "Modéstia à parte", eu estava lá. Participei das discussões preliminares e coordenei o lançamento da Conferência, ao lado de um sujeito também formidável , Israel Klabin, promovendo um grande evento, com a participação do então Presidente da República, no Parque Nacional da Tijuca. Fizemos uma caminhada de três quilômetros, ao nascer do dia, pelo interior do Parque, com largada solene, marcada pela banda do Corpo de Fuzileiros Navais, tocando o Hino Nacional. Participaram embaixadores,ministros, intelectuais, trabalhadores e guardas do Parque , funcionários do Ibama, jornalistas brasileiros e correspondentes internacionais. O evento foi encerrado com uma declaração do Brasil e um concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira no meio da floresta. À tarde fizemos um ato de queima de uma montanha com "dez toneladas de peles de animais silvestres, recolhidas pela fiscalização
ambiental". Pode até não ter tido o efeito esperado, mas foi lindo... Imaginem a Orquestra Sinfônica tocando Villas Lobos e Chopin dentro de uma floresta, com os pássaros despertando.
É isso. Desculpem a lembrança. Depois disso, correu tanta água debaixo da ponte....
Aylê-Salassié
Nenhum comentário:
Postar um comentário