segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Collor diz que Janot mentiu em sabatina na CCJ e apresenta 19 provas


O senador Fernando Collor (PTB) afirmou, durante pronunciamento na tarde desta segunda-feira (31), que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mentiu ao ser questionado sobre irregularidades cometidas durante sua gestão, inclusive, como subprocurador, à frente do órgão. Como argumento, Collor apresentou diversos documentos que comprovariam as mentiras do procurador, a exemplo de contratos firmados ilegalmente e que resultaram em prejuízo milionário ao erário, além de advogar contra a União em diferentes casos, abrigar criminosos procurados pela Interpol em sua residência, e nomear um diretor responsável pela sua campanha para um cargo na PGR.


De acordo com Collor, na sabatina, Janot não disse quem é, onde trabalha e qual a sua relação com Fernando Antônio Fagundes Reis, ‘mentindo sobre a sua atuação no caso ORTENG/Braskem/Petrobras, sobretudo porque, no seu exercício como advogado, cumulativamente com o de subprocurador geral da República, atuou em desfavor de empresa com participação da União’. No discurso, o parlamentar apontou ainda que este não foi o único caso em que o procurador atuou contra a União, apesar de fazer parte do quadro do Ministério Público Federal (MPF) há 31 anos.

“Ele alegou na sabatina que a empresa contra a qual advogou à época não era a Braskem, e sim a TRIKEM, de capital privado, e que somente depois de extinta a ação é que a Braskem incorporou a TRIKEM. Pois bem, mais uma vez, Janot mentiu. Tenho aqui documento provando que a tal TRIKEM alegada por ele foi comprada pela Braskem em 2003, e não em 2012, como ele afirmou. Portanto, ele advogou, sim, contra a União, na figura da Braskem, mesmo sendo subprocurador-geral da República. E mais, com o movimento da ação posterior a 2012, ou seja, depois da suposta extinção do caso alegada por ele”, denunciou.

Mais uma vez, aponta o senador, o procurador mentiu ao omitir a ligação com seu assessor especial, Raul Pilati Rodrigues, com a empresa de comunicação Oficina da Palavra. Segundo Collor, nos últimos meses, a empresa que é ligada ao assessor de Janot ganhou contratos com o Ministério Público Federal (MPF) sem licitação, inclusive, com o recebimento de aditivos. Sobre o tema, Collor afirmou que o procurador-geral mentiu ‘do início ao fim, negando o óbvio, dito até mesmo pelos próprios servidores da Secretaria de Comunicação Social da PGR’.

“Todo o processo de contratação da Oficina da Palavra foi viciado, sem licitação, e os serviços prestados pela empresa foram objeto de questionamentos internos, tanto que um dos contratos está sendo contestado juridicamente pela própria PGR. Pior ainda em relação à questão de Raul Pilati Rodrigues. Janot, que, depois desse contrato assinado o nomeou diretor da Secretaria de Comunicação Social da PGR, negou que ele era também diretor e um dos sócios da Oficina da Palavra. Alegou que tão somente era executivo de uma outra empresa do grupo, a In Press Comunicação, e que havia se desligado antes de assumir o cargo na PGR. Pois bem, mostrei documento comprovando que Raul Pilati era, sim, diretor da Oficina da Palavra”, emendou o senador.

Confira o vídeo com o pronunciamento:




Outro ponto destacado por Collor diz respeito à autorização de Janot para o aluguel de um luxuoso imóvel no Lago Sul, em Brasília, alegando que, meses após os pagamentos com recursos do erário, o local nunca foi utilizado pelos integrantes da PGR. Durante a sabatina, no primeiro momento, Janot chegou a dizer que não houve prejuízo. Contudo, na sequência, Collor mostrou os documentos do MPF que apontam os gastos do órgão com reformas e outros serviços. O aluguel é de R$ 67 mil mensais. Após denúncia do senador, a procuradoria abriu investigação sobre as irregularidades.

“Ao contrário do que a maioria dos meios divulgou, o procurador-geral mentiu em respostas às várias perguntas feitas por mim. Em outras, apenas tangenciou as respostas e, em algumas, sequer respondeu. E, por fim, no que respondeu, falseou a verdade. Mentiu perante a CCJ, perante o Senado da República, os seus integrantes, e pior, perante a nação brasileira. Desrespeitou nossas instituições. Imaginem a gravidade da acusação frontal que ora faço ao senhor Janot. Na condição de procurador, na sabatina que o reconduziu à função que ora exerce, mentiu. Mentiu! Está tudo devidamente registrado taquigráfica e eletronicamente. Assim, qual é a sanção que se aplica a esses casos? Digo: a perda do cargo por crime de responsabilidade”, apontou.

Para Collor, Janot chegou ao ápice da dissimulação ao “negar a autoria dos vazamentos de informações sob segredo de justiça, confirmados pelo Supremo Tribunal Federal, pela presidente Dilma Rousseff e alguns de seus ministros, e até mesmo pelos servidores da Secretaria de Comunicação Social da PGR, que, textualmente, em carta a dirigida a Janot em março deste ano, pediram explicações sobre esta política de vazamentos na operação Lava Jato”. “E o pior de tudo. Cinicamente, Janot declarou-se, – vejam só – um ser apolítico, ou seja, que se guia somente pelos aspectos técnicos, pois a atuação política não seria a sua seara. E aquela foto tirada com um cartaz de salvador da pátria?”, questionou.

No plenário do senador, Collor disse também ter provas documentais e testemunhais de tudo que afirmou. “Algumas delas cheguei a mostrar durante a sabatina, e aqui peço qu essas provas apensadas ao meu pronunciamento para registro nos anais do Senado Federal. Mesmo assim, mostrando algumas destas provas documentais, Janot fez cara de paisagem durante a sabatina. Ele ainda deve muitos esclarecimentos e, tenho certeza, não vai demorar para a população brasileira e a grande mídia perceberem que o PGR está longe, muito longe de ser a probidade em pessoa”, alertou.

O pronunciamento de Collor na tarde desta segunda-feira durou cerca de 30 minutos e, a cada momento, o senador exibia provas das acusações, portando documentos extraídos do MPF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de investigações do Tribunal de Contas da União (TCU). Para o senador, diante dos questionamentos realizados, uma análise mais apurada do ocorrido durante a sabatina comprovará que Janot mentiu.

“Esses são alguns dos vários pontos que ficaram ou que estão no ar para que o procurador-geral se explique. Espero que ele realmente consiga responder e pare de se omitir para não mostrar quem de fato ele é. E, por fim, espero que a nossa imprensa, sempre livre, isenta e democrática – e que tanto observa o Código de Ética dos jornalistas brasileiros e seus dispositivos, que exortam a precisa apuração e equidade na exposição de pontos de vista dissonantes, sobretudo envolvendo denúncias contra agentes públicos – aprenda também, com o mesmo pau, a bater em Francisco”, concluiu o senador.

domingo, 30 de agosto de 2015

Janot pagando fatura

Não foi por falta de aviso. Na sabatina na CCJ do Senado Fernando Collor alertou, com documentos, que Rodrigo Janot tem telhado de algodão. Não passa de lobo em pelo de cordeiro. Agora, depois de reconduzido como procurador-geral da República, Janot começou a pagar a fatura do Palácio do Planalto, arquivando pedido do ministro do TSE, Gilmar Mendes, para investigar a gráfica VTPS Serviços Gráficos, acusada de ser empresa de fachada e haver recebido 16 milhões de reais da campanha de Dilma.

Governo incompetente

Estava demorando para o governo Rodrigo Rollemberg colocar as mangas de fora. Descarada  e cinicamente pretendem afrontar a população anunciando aumento de impostos, como o IPTU, além de  pretender criar novo imposto, cobrando  pelo uso das áreas verdes  e reajustando a taxa de limpeza urbana. Aumentar impostos é  uma das muitas carcterísticas das administrações incompetentes. Durante a campanha os candidatos prometem o céu. Quando assumem a maior preocupação é infernizar a vida das pessoas,  metendo a mão no bolso do cidadão já sofrido e penalizado com tantas obrigações financeiras. Trata-se, a meu ver,  de uma colossal indignidade do governo Rollemberg com o brasiliense.  Outras apunhaladas estão a caminho, quem sabe?  

Bobagem e demagogia

Considero uma colossal bobagem, uma deslavada demagogia e uma tremenda falta do que fazer, o governo trocar o nome da Ponte Costa e Silva para Honestino Guimarães. Deputados distritais e o governador  precisam é trabalhar para solucionar os graves problemas que afligem a população. O povo não se sensibiliza mais com atos  e decisões inúteis e tolas. O próprio Honestino, que foi um grande sujeito e de quem fui fraternal amigo, ficaria constrangido com  tamanha idiotice.  Francamente. 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Collor tem provas documentais e testemunhais sobre denúncias contra Janot. E a imprensa se omite...



Nota do senador Fernando Collor:


“A respeito da sabatina do Procurador-Geral da República ocorrida na CCJ do Senado, no último dia 26/08, cabe esclarecer que, ao contrário do que a maioria dos meios divulgou, o senhor Janot se omitiu em várias perguntas. Em outras, apenas tangenciou. E, por fim, no que respondeu, falseou a verdade. 

As regras e a dinâmica que envolvem sabatinas nem sempre permitem, por limitação de tempo e de réplicas, o completo esclarecimento dos fatos e, menos ainda, a devida cobertura e repercussão. Soma-se a isso, a recorrente postura parcial da mídia, que – salvas exceções -, inclina suas matérias em meu desfavor. 

O fato é que o senhor Janot não disse quem é, onde trabalha e qual a sua relação com Fernando Antônio Fagundes Reis; falseou a verdade no caso ORTENG/Braskem/Petrobras e seu exercício como advogado; se omitiu em relação à ORTENG/Abreu e Lima (carta-convite); tangenciou a falta de investigação das SPEs/TCU (Processo TC 029.389/2013-5) e a omissão do Ministério Público no caso; falseou a verdade em relação à Oficina da Palavra e ao seu Diretor Raul Pilati Rodrigues; não respondeu sobre o caso MP/Secopa-MT/Oficina da Palavra; falseou uma meia verdade em relação aos gastos e às responsabilidades de sua comissão interna no aluguel de um imóvel no Lago Sul; faltou com a verdade em relação à nomeação de uma cerimonialista para a PGR, especialmente sobre a motivação e a legalidade do ato; negou-se a falar sobre o fato de ter homiziado dois estelionatários em sua casa em Angra dos Reis e sobre os recibos de aluguel não passados a um deles; menosprezou a escamoteação de informações à CCJ sobre processos em seu desfavor no TCU e no Senado Federal, por meio dos quais ambos podem julgá-lo e condená-lo; por fim, faltou com a verdade quanto aos vazamentos de informações sob segredo de justiça, confirmados textualmente até mesmo por servidores da PGR. E o pior, declarou-se, cinicamente, um ser apolítico.

Tenho provas documentais e testemunhais de tudo que afirmei. Algumas delas cheguei a mostrar durante a sabatina. Mesmo assim, o Sr. Janot fez cara de paisagem. Ele ainda deve muitos esclarecimentos. Não há de demorar para a sociedade perceber que o Procurador-Geral da República está longe, muito longe de ser a última Coca-Cola do deserto.

Por fim, espero tão somente que nossa imprensa – livre, isenta e democrática – aprenda também, com o mesmo pau, a bater em Francisco.”

FERNANDO COLLOR

Senador

Reveja a sabatina:


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Collor e Janot

Não importa o noticiário desencontrado e parcial, nem as análises truncadas, claramente elogiosas ao procurador-geral. Filtrando tudo, a conclusão é uma só: Fernando Collor foi o  astro de primeira grandeza na sabatina de Rodrigo Janot. O senador honrou a cobertura política. Não negou fogo. Não optou pela cômoda bajulação, como grotescamente preferiu a maioria. Como era esperado, Collor foi duro com o titubeante Janot. Tanto que Janio de Freitas. no artigo "Collor, a seu dispor"(Folha- 27/8) salientou que Collor foi o único senador "que questionou Janot para esclarecer obcuridades".  Por sua vez, nessa linha, Marcelo Coelho (Poder-Folha- 27/8), igualmente tratando da sabatina, admitiu ser Fernando Collor  , "sem dúvida um ponto fora da curva na política brasileira". A nação ficou sabendo, mais uma vez, que Collor é contundente porque não é capacho. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Collor e o anão Janot

O senador Fernando Collor chamou Rodrigo Janot de "catedrático do vazamento".  O procurador-geral também é, a meu ver, catedrático da dissimulação, do cinismo, da arrogância, da mentira e da falsa humildade. Janot chegou na CCJ senhor de si. Com o rei na barriga. Se achando intocável , isento e santo.  Orgulhoso em ostentar sua deslumbrante vaidade e arrogância.  Foi elogiado fartamente por senadores dóceis. Janot foi ao céu e achava que permaneceria por lá. Contudo, perdeu a pose, ficou nervoso, tropeçou nas palavras, ficou vermelho, quando começaram as duras e implacáveis perguntas do senador Fernando Collor.  Janot mais gaguejou do que retrucou as acusações de Collor. Inutilmente tentou manter a tranquilidade. Algumas vezes forneceu informações truncadas aos senadores, logo repelidas por Collor, fundamentado em vasta documentação. Collor arrancou a máscara de falso Deus de Janot. 

Teatro da Bajulação‏

Assisto perplexo e enojado, pela televisão, o rosário de bajulações de alguns senadores durante a sabatina no senado do procurador-geral, Rodrigo Janot. O cenário é repugnante. Alguns parlamentares exageram tanto nos elogios ao sr. Janot, especialmente aqueles que ainda poderão ser denunciados pelo Ministério Público Federal, que vão acabar lançando o nome de Janot para vir a ser o próximo Papa. Deveriam ser mais firmes e menos dóceis. Lamentável.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Collor faz novas denúncias contra Janot e diz que não foi ouvido para apresentar defesa


O senador Fernando Collor (PTB-AL) qualificou de arbitrariedade a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de entrar com denúncia contra ele junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) sem que antes tenha sido ouvido sobre os atos ilícitos a ele atribuídos. Collor enumerou acusações contra Janot e o acusou de abuso de poder, ao ordenar operação de busca e apreensão em seu apartamento funcional em Brasília, que pertence ao Senado.
Na última quinta-feira (20), o senador foi denunciado por Janot por suposto envolvimento na escândalo da Lava-Jato. No mesmo dia foi denunciado o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O senador disse nesta segunda-feira (24), em Plenário, que desconhece inteiramente a denúncia, porque até agora nem ele nem seus advogados puderam ter acesso aos fatos elencados pelo procurador-geral da República.
Collor declarou que foi chamado duas vezes para depor, mas, nas duas vezes, o depoimento foi cancelado. Também reclamou que a Procuradoria-Geral da República tenha oferecido denúncia contra ele na quinta-feira passada mesmo sabendo que seu depoimento já estava marcado.
— Por que não quiseram me ouvir? Por que não me deram a chance de explicações ainda no decorrer e nos autos das investigações? Como podem oferecer denúncia contra alguém sem ao menos ouvi-lo? Essa prática está dentro dos preceitos legais básicos do direito? Está dentro dos consagrados fundamentos da Justiça? Onde foi parar, neste caso, o direito de ampla defesa? Onde foi parar o contraditório? E a presunção de inocência? — reclamou.

"Figura tosca"


O senador lembrou que apresentou à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), com cópia para todos os senadores, informações que não constavam do processo de indicação de Janot, entre elas, denúncias contra o procurador-geral por improbidade administrativa, abuso de poder e indução, autopromoção e desperdício de dinheiro público. A CCJ sabatina Janot na próxima quarta-feira (26).
Também foram destacadas por Collor duas ações de fiscalização e controle contra Janot, que tramitam no Tribunal de Contas da União (TCU), sobre a contratação sem licitação de empresa de publicidade e o aluguel milionário de uma mansão no Lago Sul em Brasília.
– É esse tipo, sujeitinho à toa, de procurador-geral da República, que queremos entregar à sociedade brasileira? Possui ele a estabilidade emocional, a sobriedade que sempre lhe falta nas vespertinas reuniões que realiza na Procuradoria? Possui ele o perfil democrático e, mais do que isso, está ele dotado da conduta moral que se exige para um cargo como esses? Não me parece ser esse o caso.
Collor ainda classificou Janot como "figura tosca" e “fascista”, se referindo aos diversos casos de abuso de autoridade atribuídos a ele no seu exercício frente ao Ministério Público Federal.
– Estamos diante de um sujeito ressacado, sem eira nem beira, que se intitula senhor do baraço e do cutelo. E que acha que tudo pode e tudo faz ao seu bel prazer, desconectando as instituições e esterilizando os poderes da República que garantem a nossa democracia. Trata-se de um fascista da pior extração.

Arbitrariedades


Fernando Collor também acusou Rodrigo Janot de arbitrariedades e abuso de poder, citando, como exemplo, o vazamento de informações sobre processo que correm em segredo de justiça e a realização de busca e apreensão em sua residência funcional, em Brasília, sem apresentar o mandato e sem comunicação prévia ao Senado. Ele considerou a ação abusiva e acusou os agentes de arrombarem e invadirem um imóvel do Senado.
Segundo Collor, que mostrou ao Plenário um vídeo com o momento da entrada da Polícia Federal em seu apartamento, policiais legislativos do Senado teriam que acompanhar a operação, mas foram impedidos de entrar no imóvel, o que, em sua visão, representa um ato grave praticado por Rodrigo Janot contra o Senado. Por isso, ele pediu à Comissão de Diretora do Senado para que o episódio seja apurado.
– Até quando vamos permitir esse estado policialesco? As imagens que aqui foram mostradas são a tradução fiel do que é hoje a política de conduta adotada sob o comando de Rodrigo Janot, em que prevalecem a arrogância, o despreparo, a prepotência, o abuso e a arbitrariedade.
O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), prestou solidariedade e disse ser necessário haver uma posição sobre o episódio relativo à operação de busca e apreensão na residência funcional de Collor, que é um imóvel do Senado.
Agência Senado/Waldemir Barreto

Confira os vídeos:


Confira também o pronunciamento na íntegra:


sábado, 22 de agosto de 2015

O leitor e Collor

Gostaria de  discordar do leitor Antonio José G. Marques     (21/8) ponderando que Fernando Collor pode ter defeitos(quem não os tem que atire a primeira pedra), mas "fanfarrão" o ex-presidente e senador não é e jamais será.  Muito menos fdp, como o leitor quer fazer crer. A diferença de Collor para a maioria esmagadora dos políticos, é que Collor é contundente porque não é hipócrita nem subserviente. Encara os problemas de peito aberto, com franqueza e espirito público. Isto é que dói na alma dos decaídos. 

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

NOTA DA DEFESA DO SENADOR


A defesa de Fernando Affonso Collor de Mello não se manifestará acerca de denúncia cujo teor não foi disponibilizado para conhecimento. Gostaria de registrar, entretanto, que o senador nunca foi ouvido sobre os fatos que lhe são atribuídos, mesmo tendo se colocado à disposição da Polícia Federal por duas vezes para prestar declarações, ocasiões em que a oitiva foi desmarcada pela própria autoridade policial às vésperas de sua realização. Mesmo agora, a denúncia é oferecida açodadamente, quando o senador tinha sido intimado para ser ouvido nos autos do Inquérito número 3883 STF no próximo dia 28 agosto na Polícia Federal. As razões que levaram a Procuradoria Geral da República ao oferecimento de denúncia antes da inquirição do senador e antes mesmo da conclusão do inquérito policial parecem atender interesses e conveniências outras que não se coadunam com a melhor apuração dos fatos. Em todo caso, é sintomático e preocupante o oferecimento de denúncia contra qualquer cidadão sem que antes lhe seja dado o direito de ser ouvido, circunstância ainda mais gravosa quando o destinatário da acusação exerce mandato parlamentar, com representação legitimada nas urnas.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Collor não se abala com mentiras e vingança

Fernando Collor tem têmpera forte. Não é homem de se abater diante dos obstáculos e das dificuldades. Collor só teme a Deus. Enfrenta os problemas de frente, de peito aberto. Não é dissimulado nem se esconde atrás de subterfúgios. Retruca leviandades com firmeza e no tom que o assunto exigir. Faz parte da vida de Collor o ditado "quem não deve não teme". Quando as paixões, os ressentimentos e as torpezas  se amainarem, dando lugar a  isenção, a serenidade e a verdade,  Collor surgirá no horizonte político e pessoal ainda mais fortalecido. O tempo mostrará, mais uma vez, que realmente é  senhor da razão.

Collor apresenta voto em separado contra Janot na CCJ do Senado


Alagoas247 - O senador Fernando Collor (PTB) apresentou voto em separado, com mais de 150 páginas, na sessão desta quarta-feira (19) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), apontando que procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não enviou todos os documentos necessários que comprovam a idoneidade para ser reconduzido ao cargo. Collor destacou que Janot é alvo de investigação na Advocacia do Senado e no Tribunal de Contas da União (TCU), resultado de quatro representações e suspeitas de irregularidades.

De acordo com o extenso e detalhado material apresentado pelo senador aos integrantes da CCJ do Senado, o procurador-geral da República deixou de investigar parlamentares que teriam sido citados pelo doleiro Alberto Yousseff durante depoimento na Operação Lava Jato. Para Collor, mesmo com as declarações do delator, o procurador deixou de investigar de forma deliberada os políticos.
"Ora, de que critérios se valeu Rodrigo Janot para decidir quem deve e quem não deve ser investigado? Afinal, o chefe da PGR jamais explicou esses critérios. Ao contrário, seleciona como bem entende os que responderão à ação penal pública, bem como os que sequer serão investigados, exacerbando criminosamente o poder que lhe confere à Constituição Federal", apontou Collor.

Collor destacou ainda que a força-tarefa da Operação Lava Jato sugeriu a Janot que todos os políticos citados durante os depoimentos do doleiro fossem investigados. No entanto, após diversas matérias serem veiculadas na imprensa ao longo dos últimos meses, o procurador, segundo Collor, ignorou a solicitação dos procuradores e manteve a seletividade e a inércia na investigação. 

"A desídia mostra-se ainda mais grave, dada a circunstância de que a inércia de Janot coincidiu com encontros clandestinos que manteve com autoridades e advogados, para conversas com conteúdo não republicano. O comportamento reprovável do chefe da PGR, no que diz respeito à inércia e falta de critérios objetivos e transparentes para a seleção de investigados, constitui crime de responsabilidade", apontou o senador.

Para Collor, o cenário nebuloso que Janot escolheu ao investigar políticos mostra que o chefe da PGR se portou de maneira incompatível e indigna com o decoro que o cargo exige. Sobretudo, reforçou o senador, ao selecionar subjetivamente "para sua satisfação pessoal os políticos que seriam e os que não seriam alvo de investigação".

"Resta claro que Janot, por sua conduta torpe, indigna e incompatível com a estatura do cargo que exerce, cometeu crime de responsabilidade previsto em lei. Portanto, essa representação é no sentido de o Senado da República adotar as providências para aplicação das sanções e reprimendas legais e cabíveis", discorreu o senador.

Pelo regimento do Senado, a presidência da Casa deve constituir, no prazo de 48h, uma comissão especial que deve opinar de acordo com o texto da representação. Em seguida, observando o rito e os procedimentos previstos, deve decidir quanto à necessidade de diligências para se investigar as irregularidades denunciadas e apresentadas pelo senador.

Representações

Collor também acusa Janot de abuso de poder, por ter requerido busca e apreensão no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A ação da Polícia Federal dentro das dependências do Congresso, segundo Collor, é uma violação ao princípio da separação dos poderes.

O procurador-geral também é acusado de autopromoção, por ter "transformado sua segurança pessoal em um espetáculo de mídia" durante uma visita à cidade de Uberlândia-MG, e por ter recebido manifestantes contrários ao governo federal, além de posado para fotos com eles durante um ato em frente ao prédio da Procuradoria.

A última das representações trata do suposto desperdício de dinheiro público. Collor alega que membros do Ministério Público têm feito uso de passagens e diárias de forma abusiva, "tudo autorizado expressamente pelo procurador-geral da República".

Investigação no TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga, em uma detalhada auditoria de técnicos, dois contratos suspeitos com dispensa de licitação assinados e autorizados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Um deles diz respeito ao aluguel de uma luxuosa casa pelo valor de R$ 65 mil por mês em uma área nobre em Brasília. Nove meses após a locação e com mais de R$ 1 milhão empregados na reforma, o local está vazio. 


O outro tem relação com uma empresa que presta supostamente serviço de comunicação a Janot desde o tempo em que ele era diretor da Escola Superior do Ministério Público. Collor alertou sobre a necessidade de uma auditoria nos contratos. Ao encontrar "elementos suficientes", Collor pediu que o tribunal investigue em que circunstâncias os contratos foram celebrados.

Confira a íntegra do voto de Collor a seguir:




terça-feira, 18 de agosto de 2015

Jânio e Collor

Jânio de Freitas apelou feio, foi leviano, mentiu descaradamente, baixou o nível, no artigo "Memória Collorida"(Poder- FSP- 18/8), insultando Fernando Collor com repugnantes e deslavadas sandices. Desafio Jânio de Freitas a apontar, mesmo sob sigilo, algum militar que tenha presenciado atos ilícitos e deploráveis de Collor no exercício da Presidência da República. Conheço oficiais graduados das 3 Armas que trabalharam com Collor no Palácio do Planalto e na casa da Dinda. Jamais algum deles precisou passar pelo constrangimento de ver o então Chefe da Nação em atitudes pouco republicanas.

Parlamentares e dirigentes de futebol agradecem Dilma Rousseff pela sanção do Profut

O deputado federal Vicente Cândido e uma comissão de parlamentares e dirigentes de clubes de futebol estiveram, na tarde do último dia 11, no Palácio do Planalto para agradecer a presidente Dilma Rousseff pela sanção da Lei 13.155/15, que institui o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut). Convertida a partir da Medida Provisória 671/15, a nova Lei que foi sancionada, no último dia 5 de agosto, estabelece, entre outros pontos, regras de transparência para o setor em troca de benefícios de refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol com a União, calculadas em cerca de R$ 4 bilhões. “O parcelamento das dívidas deve beneficiar os clubes, principalmente, no acesso a patrocínios de estatais e empresas públicas, a exemplo da Caixa, que poderão ser feitos por meio do compromisso de pagamento das dívidas junto a União. É um gesto importante do governo da presidenta Dilma para fortalecer o futebol brasileiro”, observou Vicente Cândido.

sábado, 15 de agosto de 2015

Ferraço encantado por Janot

O senador Ricardo Ferraço, indicado para relator da sabatina de Rodrigo Janot na  CCJ do Senado,  bem antes da hora manifesta sua ardente e profunda admiração pelo atual procurador-geral da República.  Ferraço  fez questão de vazar seletivamente seu voto, em busca também, claro, de seus 15 minutos de fama. Mas não pense Ferraço que apenas por achar Janot um homem maravilhoso , impecável, sem arestas, que poderia até ser candidato à Papa,  que vai facilmente convencer os demais senadores para que Janot seja reconduzido ao cargo sem dificuldades. Deixando de lado seu encantamento por Janot, o relator Ferraço bem   que poderia apertar um pouco Janot, para  ver se o bom homem finalmente responde  as dezenas de denúncias do senador Fernando Collor feitas em diversos discursos no plenário da Câmara Alta. Seria, então, a meu ver, boa oportunidade para Janot mostrar-se realmente isento, firme, atencioso e magistrado do primeiro time. E, se for o caso, de fato ser o  cidadão talhado como o anunciado no cartaz que o próprio Janot em espasmos  de súbita glória  ostentou no peito: "Janot, a salvação do Brasil". Caso contrário Janot será pelo resto da vida apenas aquilo que Collor murmurou em  discurso.  

Injustiça com Collor

Creio que o diretor do Instituto Data popular, Renato Meirelles (14/8) , foi  demasiadamente injusto com o ex-presidente Collor chamando-o de "aventureiro". Pelo raciocinio equivocado de Meirelles, os 35 milhões de eleitores que consagraram Collor nas urnas também seriam aventureiros. No pouco tempo que ocupou a chefia da nação, Collor seguramente acertou bastante: foi na sua administração que nasceram o Código de Defesa do Consumidor, e o Instituto da Criança e do Adolescente. Collor diminuiu a quantidade de ministérios, reduziu a frota de carros oficiais e vendeu as mansões na chamada Península dos Ministros. Apeado da presidência, Collor hoje é senador no segundo mandato  e foi inocentado em dois julgamentos pelo STF de todas as torpes acusações de seus detratores. 

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Dunga é um brincalhão

O técnico  Dunga é um brincalhão ou pegou dengue: convocar  Hulk e Kaká e deixar Ganso de fora é um colossal disparate. Lamentável que prossiga a incrível má vontade de  Dunga com o cerebral meia do São Paulo. Azar da Seleção brasileira.

A CPI do Kfoury e do Romário

O deslumbrado e pretensioso Juca  Kfoury já comprou terno novo para vociferar sandices na CPI do futebol.  Como rebotalho maior da crônica esportiva, Kfoury pensa (perdão, foi mal) que vai cativar os senadores com   sua cansativa e manjada arenga   de pantomimas.  Kfoury vai disputar com o senador Romário o troféu do maior ressentido da CPI. Por sua vez o calejado senador Romero Jucá, relator da CPI já avisou aos açodados e magoados que os trabalhos serão  realizados com isenção e responsabilidade. CPI não pode nem deve servir de pasto para saciar o apetite de carrascos e juizes de meia tigela, como Kfoury e seu mais novo cupincha, Romário.  Sob pena da iniciativa nascer desmoralizada.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O guerreiro Collor faz 66 anos

Hoje, quarta, dia 12, Fernando Collor completa 66 anos de idade.   Mantém o mesmo vigor, determinação e espírito público, trabalhando pela coletividade e retrucando com altivez e firmeza todas as denúncias levianas  de oportunistas e decaidos de espirito. Collor sempre se elegeu pelo voto direto. Sofreu o diabo, mas calado, depois de arrancado da Presidência da República por um infame impeachment. Reviraram até as vísceras do ex-presidente. Encontraram um fiat Elba que servia os empregados da Casa da Dinda. Foi o pretexto dos puros de araque e santos de pau ôco para violentar a constituição e apear da Chefia da Nação um um jovem idealista eleito com mais de 35 milhões de votos. Os calhordas usaram como  escudo os ingênuos "caras pintadas". Os anos passaram e Collor voltou à politica como senador, já cumprindo o segundo mandato. É o único homem público inocentado em dois julgamentos pelo STF. As pessoas inteligentes, e graças a Deus são muitas, acabam gostando, admirando e respeitando a postura corajosa, sincera, autêntica e isenta de Collor. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Lição da Ombudsman

Excelente, oportuna e certeira a análise da Ombudsman da Folha São Paulo, Vera Guimarães Martins(9/8), enfatizando que cada vez aumentam a responsabilidade e a isenção do repórter e do veículo na apuração dos fatos. Vera também acentuou que lamentavelmente algunsjornalistas  confiam demais em suas fontes, esquecem que muitas vezes são usados e enganados por elas. Quando caem em si, não tem como mais evitar o estrago e a vergonha. Como vez a "Veja",  publicando irresponsavelmente que Romário mantinha conta bancária  no exterior. 

Santo Janot

Tudo bem que o procurador-geral da República aperte os corruptos. Mas que tire a fantasia de dono da verdade e trabalhe com isenção, com seriedade e responsabilidade. Sem apelar para cretinos vazamentos seletivos  ou denunciando pessoas apenas por vingança e com base em ilações e suposições. 

Coluna do Limongi no Diário do Poder

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VICENTE LIMONGI NETO

O SACRIPANTA

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, segue empavonado na jornada de vingança contra Collor de Mello. Fantasiado de dono do monopólio da verdade, sangra ódio pelos poros. Quando se trata de atingir e criminalizar o senador Collor o Ministério Público não tem serenidade nem responsabilidade. Cria sempre um ambiente hostil, uma colossal panacéia pré condenatória, onde a palavra de notórios contraventores da lei serve para abrir inquéritos, sem que Collor tenha a oportunidade de esclarecer os pontos levantados pelas investigações. Trata-se, a meu ver, de decisões inseridas em processos que visam apenas desrespeitar e desmoralizar a autoridade acusada.   Seguramente Collor deve incomodar muita gente, para que essa perseguição doentia não tenha fim. 
 A propósito, aves de rapina estão falsamente indignadas porque Collor, no recente discurso retrucando mais uma vez as canalhices de Janot e companhia, teria murmurado um filho da puta para Janot. Ora bolas, e daí? Por acaso Collor mentiu? 

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Dilma acordou ?

Só agora Dilma acordou, saiu do pedestal, e resolveu pedir ajuda para Renan e Cunha.  Nessa linha, recordo texto  sobre o assunto, publicado no meu artigo no diário do poder de fevereiro de 2015. Portanto, há 6 meses. Não chuto, apenas analiso. 

Dilma, chame urgente Cunha e Renan

Mando conselho de graça, urgente e desinteressado para a presidenta Dilma: demita, jogue na lata do lixo, mande para o inferno, o sexteto de notáveis de araque que a senhora insiste em manter perto de si. Timeco de incompetentes, arrogantes e inúteis. Aloizio Mercadante é o pior deles. Não se sabe por que, a senhora encantou-se por ele. Antipático, se julga com o rei na barriga. Não perca mais tempo. Comece a conversar, pessoalmente, com a dupla de políticos que têm competência para tirá-la do sufoco e do inferno astral: deputado Eduardo Cunha e senador Renan Calheiros. Sem o apoio deles a senhora ainda vai sofrer um bocado. Convença-se, de uma vez por todas, que a senhora meteu-se neste oceano de enrascadas por culpa, obra e graça do seu partido, o PT. Caia em si, presidenta Dilma e admita: trate logo de amar, com candente paixão, Eduardo Cunha e Renan Calheiros. O congresso está em pé-de-guerra com o Palácio do Planalto. O indócil vespeiro de marimbondos encrostado na Câmara e no Senado só ouve e respeita Cunha e Calheiros. Dois autênticos profissionais da política.  Acorda, Dilma.

Mensagens recebidas

“Pela grandeza de Fernando Collor, acho que está sendo alvo de uma enorme sacanagem. Mas seu diferencial é a coragem de falar ao público e firmeza ao se defender. Um abraço Amigo.” Filipe

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Amigo Marin

“Digo, sem nenhum receio, que estou entre aquelas dezenas de pessoas que mandou cartas para José Maria Marin, preso na Suíça. Nada acaba com as verdadeiras amizades. Não se perdem com o tempo. São eternas e desinteressadas. Estão acima das calúnias e intrigas. Marin é de têmpera forte. Tem firmeza para enfrentar e vencer os momentos difíceis. A solidariedade é importante nas horas de dor.  Não se destrói fortaleza de aço com balas de festim. Respeito as amizades dos outros, exijo que respeitem as minhas.”

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Desagravo de Agnaldo Timóteo

“Sequer nos dão o privilégio de sabermos sobre a família Arnon de Mello, proprietária há décadas do complexo de comunicação em Alagoas, com a vitoriosa programação da Rede Globo. O faturamento por certo excelente sendo o ex e brilhante Presidente figura destacada na organização. A conduta política na Justiça está se tornando perigosa e deplorável.” Agnaldo Timóteo 
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Admirador de Collor

“Achei ótimo teu artigo, amigo!   Sou daqueles que acredita que o Collor, infelizmente, perdeu a oportunidade de ser o melhor presidente do Brasil, por culpa exclusivamente daquela louca da Zélia!   Desde então, muitos colegas seus (imprensa) não o perdoam! Ele fez grandes avanços na própria economia, num momento crítico para o País!  Tenho grande respeito por ele! Abração do Júnior

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Ingratidão com Havelange

Lamentável que João Havelange não tenha sido convidado para a cerimônia "Falta um ano para as olimpíadas", com a presença da presidenta Dilma. Deplorável esquecimento e intolerável molecagem. Nestas horas é que se avalia a grandeza e o desprendimento das pessoas. Foi Havelange como membro decano do Comitê Olímpico Internacional que trabalhou incansavelmente para que o Rio de Janeiro fosse escolhido para sede das olimpíadas de 2016. Havelange escreveu centenas de cartas, do próprio punho, para os demais membros do COI pedindo que votassem no Rio de Janeiro. Tomara que o bom senso refresque as cabeças dos organizadores das Olimpíadas-Rio para que tenham a educação, gratidão e sensibilidade de convidar João Havelange para a abertura das olimpíadas, época em que Havelange completará 100 anos de idade.  

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Conflitos Urbanos

A revolução industrial trouxe a urbanização e, como consequência, o êxodo rural. Comunidades sem infraestrutura multiplicam-se nas grandes cidades, com ocupação desordenada de terrenos, normalmente em sítios propícios à fácil degradação ambiental, tornando-se áreas de risco, insalubres e violentas.
O vazio do Estado é ocupado por agentes do crime que passam a ter forte influência na população.
Sun Tzu, há 2500 anos, nos ensina: “quem chegar primeiro ao campo de batalha e esperar a chegada do inimigo estará em posição vantajosa; quem o atingir depois e tiver de precipitar-se para o combate, já estará em desvantagem”.
No Rio de Janeiro, as comunidades carentes têm a especificidade de não possuírem apartheid do ambiente, ou seja, todos convivem no mesmo espaço por razões geográficas.
A repressão criminal, antes de atacar determinada comunidade que serve de área de homizio aos criminosos, deve verificar as vantagens e as desvantagens do empreendimento. Nos conflitos urbanos, as grandes baixas ocorrem na população, e não entre os oponentes, acarretando imagem altamente negativa das forças repressoras.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro já mostrou a estratégia que deve ser empregada no enfrentamento à criminalidade em área urbana. Quando em 2007, Marcelo PQD e seus comparsas foram presos. Distanciou-se da estratégia do atrito de Carl Von Clausewitz e aproximou-se da estratégia da ação indireta, com intenso uso de tecnologia de informação na atividade de Inteligência, sigilo, discrição, pequeno efetivo com grupos capacitados, ágeis, motivados, equipados e armados adequadamente.
O desequilíbrio do poder de combate nos conflitos urbanos de baixa intensidade não se realiza com grandes efetivos e forte proteção blindada, e sim pela forma que a Polícia Civil realizou e também muito bem articulada com a Polícia Militar naquele ano.
O apoio da população é fundamental e imprescindível para qualquer ação repressiva em área urbana, assim como a água está para o peixe.
Nas comunidades carentes, a grande maioria da população é constituída de pessoas honestas e corretas, obrigadas, pelas circunstâncias, a conviverem com marginais em ambiente de completa insegurança. Eis aí mais uma razão para o “disque-denúncia” ser estimulado, bem remunerado e continuar com seu sigilo amplamente garantido.
Nos conflitos urbanos, de baixa intensidade, as operações de Inteligência são muito mais eficazes do que as ações repressivas de grande porte. Aliás, hoje a máxima Intelligence  Drives Operation  está sendo substituída por Intelligence  is Operations.
É o que a História nos ensina!
DIÓGENES DANTAS FILHO- Coronel Forças Especiais/ Consultor de Segurança

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Palavras duras e verdadeiras de Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Amazonas:
"O Amazonas precisa exercer com urgência e firmeza seu protagonismo, mobilizando as forças políticas regionais da Amazônia Ocidental, sobretudo para brecar e impedir o confisco desses recursos de PED e das taxas da Suframa. Está na hora de conter o veto do PPB, processo produtivo básico, frequentemente embargado em nome de interesses obscuros com graves prejuízos ás empresas e a economia regional. Só assim a Suframa vai recuperar a autonomia econômica e gerencial para cumprir o que diz a lei".

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 Parlapatão Kfoury 
O irrecuperável Juca Kfoury, rebotalho da crônica esportiva, jogou as patas imundas em Fernando Collor. O calhordão Kfoury não tem moral nem autoridade para amarrar os cadarços dos sapatos de Collor. Também precisa lavar a boca suja com creolina antes de vomitar idiotices contra José Maria Marin, Ricardo Teixeira e Paulo Maluf. O Juquinha é um eterno recalcado  sem eira nem beira. Um miserável em busca de glórias. Um lixo ambulante. Um pobre diabo. Xô, idiota!

Limongi é jornalista. Trabalhou no O Globo, Última Hora de Brasília e TV-Brasília. Tem matérias assinadas no O Globo, Tribuna da Imprensa, Fatos e Fotos, O Cruzeiro, Jornal de Brasília, Correio Braziliense, A Crítica, A Notícia e Jornal do Comércio de Manaus. Foi assessor de imprensa da Universidade de Brasília, da Suframa e da Confederação Nacional da Agricultura e em Brasília dos governadores Amazonino Mendes e Paulo Maluf. É sócio militante da ABI há 35 anos. Tem blog pessoal e colabora nos bloques Pedrinho Aguiar, Feichas Martins e Tribuna da Internet. É servidor aposentado do Senado Federal.


sábado, 8 de agosto de 2015

Timóteo manda recado para Aécio: “quer novas eleições? Você perdeu cara! Você e os babacas do panelaço”



“Esta é minha opinião sobre o atual momento vivido na política brasileira... Quer falar de corrupção vamos ao governo de FHC. Quem sabe achamos contas reprovadas pelo Supremo ou até vamos ver o quanto o povo brasileiro sofreu, sem estabilidade, sem voz, sem sequer oportunidades de emprego ou estudo.
Sei que muito falta para o Brasil, mais também mostro que o desenvolvimento vem acontecendo e os líderes de governo trabalhando muito para isso!
O Brasil é BRASIL, não é Venezuela e muito menos movido por esses baderneiros que são memória de uma derrota e parte da classe estabilizada do país...
– O nosso País já não é mais endividado com empréstimos e tributos.
Lula pagou tudo e Dilma vem mantendo o trabalho e evoluindo 2,63 % ao mês a economia de nosso pais...”


Assista ao vídeo:

Cora e Collor

Lamentável e destrambelhado o artigo de Cora Ronai(7/8) sobre Collor de Mello. É deplorável que profissional qualificada como Cora Ronai escreva colossais e e amargas sandices. Ao contrário do que diz Cora, o senador Fernando Collor não enriqueceu utilizando-se de cargos públicos. Muito menos no exercício da Presidência da República. Quem determinou que todo cheque superior a 100 reais passe a ser nominal, como fez Collor na chefia da nação, jamais tem ou teria a intenção de roubar. Collor é dono majoritário das Organizações Arnon de Mello, criada há 50 anos, que tem televisão(afiliada da rede Globo), jornal e rádio. Desde quando era deputado federal, Fernando Collor possui carros modernos e caros. Não tem cabimento, é insensato, injusto e irresponsável, Cora Ronai afirmar que "Collor só não está preso por descuido". Collor é o único homem público inocentado em dois julgamentos pelo STF de todas as levianas acusações de seus detratores. É cômodo e patético que Cora Ronai, a exemplo de muitos outros, se arvore de dona da verdade e passe a condenar Collor de Mello antes que denúncias contra ele sejam comprovadas.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Collor mentiu?

Discordo do escarcéu  em torno da verdade cristalina dita pelo senador Fernando Collor, durante discurso novamente retrucando torpezas do procurador-geral Rodrigo Janot. Segundo alguns jornais, Collor a certa altura,  definiu o caráter de Janot, chamando-o de filho da puta. Por acaso   Collor mentiu? 

Adriano Benayon: “Há que reverter o rumo da guerra”


Não se pode mais ter dúvida de  que estamos em guerra, nem de que a estamos perdendo. Onde ela se trava? Obviamente, na economia. A inflação está em alta, e os juros na estratosfera são arma, não de defesa contra a inflação, mas, sim, de destruição em massa da economia.

2. A enorme desvalorização cambial, com o dólar a mais de R$ 3,40, mostra a dimensão do descalabro, pois, em qualquer economia não corroída, altas taxas de juros implicariam valorização cambial.

3. O bombardeio destrutivo é lançado, não diretamente pelo inimigo, mas pela 5ª coluna a serviço deste. É ela que decreta as taxas de  juros absurdas  e,  através delas, a falência múltipla do País, com a colossal dívida interna.

4. A desnacionalização da  indústria, acelerada  desde 1955,  já  levara ao saqueio do  País  nos anos 90, por meio das privatizações,  e  o pretexto para isso foi a dívida externa, completamente fora  de controle já em  1982.  A origem foram as transferências das transnacionais e o consequente acúmulo de déficits com o exterior.

5. A essa altura as potências imperiais não  precisavam mais do regime  militar, cuja política financeira era submissa ao sistema financeiro “internacional”, mas tinha bolsões nacionalistas. Aproveitaram os anseios democratizantes da maioria da nação e comandaram a formação das instituições que viabilizaram radicalizar a desnacionalização da economia brasileira, inclusive a Constituição de 1988.

6. Isso lhes permitiu, paralelamente à pilhagem das privatizações, ir inflando a gigantesca dívida interna, que agora serve para entabular nova fase de saqueio acelerado do patrimônio público do País.

7. Esta fase, tal como a dos anos 90, é movida pela corrupção e pretexta moralidade para varrer do mapa a Petrobrás, a única mega-estatal, que escapara de ser totalmente alienada durante a ofensiva entreguista do Executivo  “eleito” após a farsa  do Plano Real (1994).

8. Estão também marcadas para morrer as empresas nacionais de engenharia, o último bastião estratégico do empresariado nacional dotado de dinamismo tecnológico.

9. O Estado brasileiro, dominado por interesses monopolistas dos cartéis transnacionais, ao contrário dos Estados sedes desses cartéis, age contra as empresas controladas por seus nacionais.

 10. É como se empobrecer o País fosse meta constitucional. Visto de outro modo, as instituições pátrias estão fora do controle do governo.

11. O sistema da dívida – de há muito montado pelo sistema financeiro mundial - perpetua e agrava a abissal desigualdade entre as potências centrais e os países que, como o Brasil, vêm sendo submergidos na periferia.

12. A partir do colapso financeiro (2007/2008), dos grandes bancos capitaneados pela oligarquia,  ficou ainda mais patente que antes, que eles contam com todo o  poder daquelas potências.

13. Quando controladores e executivos dos bancos da oligarquia se locupletaram ainda mais, através de fraudes, e, assim, os abalaram, através dos derivativos, os governos e as instituições financeiras mundiais os capitalizaram, dando-lhes dezenas de trilhões de dólares, inclusive novos títulos em troca de títulos podres.

14. É diferente em relação aos países marcados para ser vitimados. É guerra, disfarçada como “austeridade”: programas de demolição econômica prescritos pelos fraudadores, que nem tomam conhecimento das auditorias de dívida, e os impõem via terrorismo: não adotar esses programas implica sanções descritas como letais para os recalcitrantes.

15. O  mais grave é que, nessa guerra, as potências imperiais confiam em seu poder, e  isso não se dá do outro lado. No Brasil, por exemplo, investem, há mais de um século, na corrupção, desinformação e alienação das classes e corporações influentes: as forças estão dispersas e falta, mais que tudo, visão estratégica e até da realidade.

16. O indispensável conhecimento sobre o adversário, recomendado  por Sun Tsu, exige  entender que nada há  a  ganhar das potências imperiais e que todo acordo com elas conduz à ruína. Só há esperança sem ele.

17. Observadores honestos, com experiência em instituições-chave do poder imperial, confirmam-lhe a estrutura oligárquica e totalitária.

18.  Entre esses, Karen  Hudes,  durante vinte  anos, assessora jurídica do Banco Mundial. Ela verificou a coesão, regida pelas famílias dominantes da oligarquia, entre: grandes bancos comerciais e de investimentos, empresas gigantes, Banco Mundial e FMI, bancos centrais, coordenados no Banco de Liquidações Internacionais, sediado em Basel, Suiça; além disso, sua ascendência conjunta sobre os governos.

19. Hudes não omite a observação essencial, de que a dívida é a ferramenta principal para escravizar nações e governos.  Estas são suas palavras:

"Querem que sejamos todos escravos da dívida, querem ver todos os nossos Governos escravos da dívida e que todos os nossos políticos sejam adictos das gigantes contribuições financeiras que eles canalizam nas suas campanhas. Como a elite também é dona de todos os principais meios de informação, esses meios nunca revelarão o segredo de que há algo fundamentalmente errado na maneira como funciona o nosso sistema”.

20. Os economistas mais citados e entrevistados pela grande mídia ajudam a fomentar a falsa crença em que os juros altos e demais instrumentos  da política  de arrocho  seriam aceitáveis diante da crise, e não, agravadores dos males estruturais que assolam a economia.

21. Estarrece-me que os sensatos, que rejeitam a aplicação abusiva de teorias em contextos diferentes do de seus pressupostos, se limitem a refutá-la somente à luz da macroeconomia, sem  apontar  que o Brasil só poderá ser tirado  do  pântano através de profundas medidas estruturais, como  as  delineadas no artigo “Prosperar  ou sucumbir”.

22. Não me parece razoável, dadas as mazelas do subdesenvolvimento incorporadas à economia brasileira por obra do modelo dependente, esperar sejam sanados através da desvalorização cambial os problemas decorrentes da baixa produtividade, nem que a sobrevalorização do câmbio tenha sido causa primordial dos desequilíbrios causadores  da presente crise.

23. O País não tem mais setor público nem privado. Ambos têm de ser recriados. O primeiro, com grandes empresas, sob princípios administrativos baseados no mérito, e substanciais investimentos em tecnologias para as infraestruturas e indústrias de base, inclusive no âmbito das Forças Armadas.

24. Ao lado da fabulosa expansão dos empregos qualificados decorrente disso, despontará  comparável crescimento  no setor privado, em que o teste do mérito tem de ser feito no mercado em estrutura de concorrência.

25. Quem mostrar qualificações  para agir produtivamente e trazendo tecnologias de interesse nacional e social, terá o financiamento,  podendo-se absorver incontáveis técnicos e empresários brasileiros e até estrangeiros.

26. Não devem, é claro, ser admitidos cartéis das grandes transnacionais, que já estão aqui na função de parasitas dos sobrepreços aos clientes e dos  subsídios governamentais, além de abusarem do superfaturamento das despesas.

27. Havendo  a desnacionalização  feito da indústria  um fardo para o País, em lugar de um ativo - e disso são exemplos as montadoras - é incrível não reconhecer a necessidade de  reformulá-la de modo compatível com o desenvolvimento econômico e social.

28. Eliminada a chantagem do sistema da dívida, não haverá problema algum de recursos financeiros para investir. Basta macroeconomia decente, sem as letais taxas  de juros que  os inimigos do País representados por todos os partidos, a serviço das potências imperiais, infligem ao Tesouro Nacional.

29.  Se prosseguir o atual andar da carruagem, a situação não demorará a ficar muitíssimo pior, porque a inércia do subdesenvolvimento é muito maior aqui, e porque a altura das taxas de juros não tem termo de comparação nem com as mais absurdas da própria periferia europeia.

30. Os juros altos são a droga altamente tóxica que o sistema usa para cobrir os déficits externos, os quais só podem ser afastados (e sem problemas) através das correções estruturais. Curioso que os críticos, inclusive de esquerda, não ousem dar um pio a respeito.



Adriano Benayon é Doutor em Economia pela Universidade de Hamburgo e Advogado, OAB-DF nº 10.613, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Professor da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”.







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