segunda-feira, 31 de julho de 2017

Renato e Luxemburgo respondem aos críticos

Não faz muito tempo, sábios analistas de futebol, muitos deles nunca jogaram nem bola de gude, enchiam a boca para endeusar os técnicos Guardiola e Zidane. Vencedores,  estudiosos e bobagens do gênero. No badalado programa semanal do Sportv, empolgados,  deitaram falação: técnico que não estuda não evolui.  Carapuça para Luxemburgo, ausente, e  provocação para Renato Gaúcho, presente no programa.  Renato fez blague, retrucando as exageradas bajulações:  com o timaço que Guardiola e Zidane  dispõem,   ele também não teria dificuldades como treinador.  Hoje, Renato Gaúcho mostra com resultados e a segunda colocação do Grêmio no brasileirão, que tinha razão ao fazer pouco caso do rosário de louvações dos arrogantes analistas aos famosos Guardiola e Zidane.  Nessa linha, Tostão entrou na roda. Em diversas colunas lançou farpas a Renato Gaúcho e Luxemburgo. Agora, Tostão decidiu sair pela tangente. Não admite que exagerou com Renato Gaúcho. Que como ele, também foi bom jogador.  Preferiu escrever, jurando aos pés da cruz, que Renato quando estava desempregado, "estudou muito, diariamente". Menos, Tostão, menos.  Da mesma forma Luxemburgo.  Fazendo excelente trabalho no Sport. Mesmo taxado pelos fantásticos analistas como superado.   Como se percebe, a arrogância não permite que Tostão e outros menos votados dêem a mão a palmatória. Vão continuar cuspindo sangue pelos olhos. 

Deixem o Presidente trabalhar

Quem não quer ajudar Michel Temer a tirar o Brasil do caos,   herança que recebeu dos desgovernos petistas, que pelo menos não atrapalhe. Seja cidadão por completo. Pense grande. Como patriota.  Esqueça o rancor. Sonhe com um pais melhor, com mais qualidade de vida para os mais necessitados com mais segurança, emprego e respeito.  Deixem o chefe da nação trabalhar em paz. O surrado, mesquinho  e inútil "Fora, Temer" é uma bobagem abissal. Ao assumir, antevendo as dificuldades, Temer frisou que não estava preocupado com popularidade. Seu objetivo era trabalhar. Superar os obstáculos.  Como afirmou o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, sobre Temer, ao repórter Roberto D'Ávila: "Ruim com ele, pior sem ele". Nessa linha de intolerância, leviandade e grosseiro patrulhamento, salientou o advogado Sacha Calmon, em artigo ao Correio Braziliense, do dia 29, intitulado  "A voz da Globo":  "O  que me estarrece mesmo é essa politicalha no maior veículo da imprensa nacional, neste momento tão grave por que passa o país".

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Imbróglio superado: Prefeitura e Suframa ajustam detalhes do projeto de revitalização do Distrito Industrial

Cumprindo todas as exigências legais para o começo das obras da revitalização completa do Distrito Industrial, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto reuniu-se, ontem (25), com o superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Appio da Silva Tolentino, com o vice-prefeito e secretário de obras, Marcos Rotta, e demais técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) e da Suframa. Segundo o prefeito, desde o anúncio da liberação dos recursos do Ministério do Desenvolvimento, todos os envolvidos têm trabalhado para vencer os trâmites burocráticos. Ainda de acordo com Arthur, atualmente o grupo de trabalho cuida das minúcias técnicas do projeto executivo, para garantir a boa aplicação dos recursos e qualidade da obra. Em dezembro de 2016, o Governo Federal sinalizou a liberação de R$ 150 milhões para a recuperação das ruas do Distrito 1 e 2. Em março deste ano, foi acordado que a execução das obras na área seria da Prefeitura de Manaus, pondo fim ao imbróglio sobre o assunto. O superintendente da Suframa destaca que a parceria com prefeitura tem ido além da recuperação das ruas do Distrito Industrial, visando ainda à criação de uma nova matriz econômica para o Amazonas. Appio Tolentino disse ainda que foi graças a esse entendimento que foi possível garantir os recursos junto ao Governo Federal. É por aí! (  blog Pedrinho Aguiar)

Collor defende parceria com Mercosul

Ele destaca prioridade no relançamento das tratativas que viabilizam acordo

Senador Fernando Collor de Mello fala à imprensa de Marrocos após reunião com integrantes da Câmara dos Conselheiros
Convidado para uma visita de trabalho, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado da República, senador Fernando Collor de Mello (PTC/AL), visitou o Reino do Marrocos, onde cumpriu intensa agenda com representantes do governo local. A presença de Collor foi destaque na mídia daquele país. O parlamentar visitou o Reino do Marrocos a convite da Câmara de Conselheiros, que lá corresponde ao Senado brasileiro, e tratou de temas relativos ao aprofundamento das relações bilaterais entre o Brasil e aquele país africano, com destaque para os entendimentos referentes à assinatura de acordo entre o Mercosul-Marrocos.

Durante as reuniões, o senador tratou ainda da instalação do grupo parlamentar de amizade entre Brasil-Marrocos, essencial para se desenvolver a chamada diplomacia parlamentar que dá suporte à diplomacia convencional. Nas discussões relativas às relações entre as nações, propriamente na esfera econômica, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal tratou do relançamento das negociações com vistas a um acordo entre o Mercosul e o Marrocos. Atualmente, a existência de barreiras tarifárias é um impedimento real à ampliação do comércio bilateral. 

“Precisamos trabalhar para reduzir ou eliminar essas barreiras. Sem isso, os produtos brasileiros ficam prejudicados no mercado marroquino, e os produtos marroquinos, no mercado brasileiro”, posicionou-se Collor. Em novembro de 2004, foi assinado o Acordo-Quadro para o estabelecimento de parceria comercial entre o Mercosul e o Marrocos. Desde 2008, no entanto, não se registra avanço.

ACORDO

Fernando Collor ressaltou a necessidade de se relançar as tratativas do acordo, sobretudo, pelo fato de o Marrocos manifestar interesse na parceria entre os países. O governo marroquino examina data proposta informalmente pelo Brasil para a realização de reunião Mercosul-Marrocos, em Brasília, no próximo mês de setembro.
Em vista ao Reino do Marrocos, senador Fernando Collor de Mello é recebido pelo Chefe de Governo marroquino, Saad Eddine El Othmani
O senador apontou como grande oportunidade para o Brasil a parceria bilateral, já que a economia marroquina vem crescendo de forma ininterrupta nos últimos 18 anos, com uma inflação de 1,6%. Apesar de variações no ritmo da economia, o crescimento nesse período foi, em média, de cerca de 4,5% por ano. Ainda durante as audiências com representantes daquele país africano, Collor ouviu, também, informações sobre os avanços realizados pelo Marrocos em seu processo de desenvolvimento econômico e social, como também sobre o funcionamento de suas instituições políticas.

O agronegócio é parte importante da pauta comercial bilateral entre os países, com relevante participação do açúcar nas vendas brasileiras ao Marrocos, de um lado, e de fosfatos, fertilizantes e sardinhas nas exportações marroquinas ao Brasil, do outro. Collor ressaltou, durante as audiências com os marroquinos, que o Estado de Alagoas é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar no Brasil, sendo o açúcar alagoano produto para exportação. O senador acredita ser possível aproximar mais essa relação.

“O Brasil realizou grandes avanços no agronegócio, e o Marrocos tem tido um desenvolvimento impressionante de sua agricultura. Há um campo para cooperação e aprendizado recíproco entre os dois países”, defendeu Collor.

Em entrevista à imprensa local, ao se referir à visita do senador Collor, Abdessamad Kayouh, primeiro-vice-presidente da Câmara de Conselheiros do Marrocos, elogiou “a qualidade das relações entre a Câmara de Conselheiros e o Senado brasileiro, sublinhando a importância dessa cooperação parlamentar no acompanhamento e no reforço das relações de parceria entre os dois países”.

AGENDA DE VISITAS

O senador Fernando Collor reuniu-se com o vice-presidente da Câmara de Conselheiros e outros membros do Parlamento marroquino. Manteve encontros, ainda, com o chefe do Governo do Marrocos, Saad-Eddine El Othmani, e com outras autoridades, inclusive a secretária de Estado para os Negócios Estrangeiros e a Cooperação Internacional, a secretária de Estado para o Comércio Exterior, o presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos e o presidente do Conselho Real Consultivo para Assuntos do Saara.

Da esq. p/ direita - O Presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Marrocos Conseiller (Senador) Abdellatif Abdouh; Senador Collor; o Primeiro-Ministro do Marrocos (Chefe de Governo) Saad Eddine El Othmani; o Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Câmara de Conselheiros Conseiller (Senador) Mohamed Rezma
Collor foi homenageado em jantar oferecido pelo presidente da Câmara de Representantes do Marrocos, Habib El Malki. Em Marrakech, foi recebido em jantar oferecido pelo governador daquela região, pelo presidente do Conselho Regional e outras autoridades locais. Em sua trajetória pública, especialmente na presidência da República, Collor sempre defendeu uma política externa brasileira que erguesse pontes de relacionamento com o mundo, no sentido da construção de novas oportunidades. 
Da esq. p/ dir. - O Presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Marrocos Conseiller (Senador) Abdellatif Abdouh e o wali - autoridade do Ministério do Interior, responsável pela administração de uma determinada região do Marrocos) de Marraqueche, Abdelfattah Lebjioui, recebendo um livro sobre o acervo de obras de arte do Senado das mãos de Collor

Para acessar a matéria completa:
http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2017/07/no-marrocos-collor-cumpre-agenda-e-defende-parceria-com-mercosul_37452.php

Texto: Jonathas Maresia
Fotos: Agência Senado

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Resta a conexão Paraguai (Coluna Follow-Up)

“Algo de muito estranho se passa sob os céus poluídos do Brasil Sudeste, com o aumento da saraivada de balas mal-intencionadas contra a economia do Amazonas, que agora incorporou a carabina mineira de Míriam Leitão. Muitos poderiam questionar a ZFM, menos ela, que aqui veio, se encantou e destacou os avanços da indústria em dois artigos, nos tempos da bonança de 2010. Em sua coluna na imprensa carioca, na última sexta-feira, falou e não explicou porque comparou a desoneração da cesta básica com a Zona Franca de Manaus, afirmando que esta modelagem econômica foi “aprovada ao sabor dos lobbies”.
A ZFM, ela bem sabe, foi criada em 1967, com o estatuto constitucional, que prevê o uso de renúncia fiscal para redução de desigualdades regionais. Citando o Relatório de Acompanhamento Fiscal, com os detalhes da desoneração de R$ 284 bilhões, não destacou que toda a Amazônia – 2/3 do território nacional - usufrui de apenas 12,8%, incluindo a Zona Franca e todas as áreas de livre comércio. O Sudeste usufrui quase 60% dos benefícios fiscais com destaque para a indústria automobilística, desde 1955.
Não há um centavo de recurso público na ZFM, e só a Suframa, órgão gestor, presta contas dos incentivos. Para cada R$1,00 de renúncia o Amazonas recolhe R$1,54 aos cofres federais e movimenta R$1,75 na economia dos demais estados, gerando emprego, estimados em 3 milhões. Somente Manaus recolhe 50% dos impostos de todo a região Norte do Brasil. Pelos dados da Receita, o Brasil apurou em Manaus, de 2006 a 2016 R$ 98 bilhões e repassou ao Amazonas apenas R$23,5 bilhões.
De que adianta implodir a ZFM para inchar o parque industrial do Sudeste, como sugere subliminarmente a campanha.  Certamente, as empresas aqui instaladas não suportariam o custo Brasil e, a continuar a desinformação predatória, ou a difamação persecutória, vão ser expulsas de Manaus, em direção ao Paraguai.
Os incentivos não foram prorrogados por lobby, mas pelo reconhecimento da representação parlamentar devida os estados do Brasil, pelo reconhecimento de sua contribuição ao desenvolvimento regional e proteção florestal de mais de 95% da cobertura florestal do Amazonas. Infelizmente, transformada em exportadora liquida de recursos, a Zona Franca de Manaus não recebeu investimentos federais necessários em infraestrutura e logística, como portos, aeroportos, estradas, oferta de energia, internet e capacitação de capital humano. Há 4 anos não recebe um centavo do FNDCT, o fundo de Ciência & Tecnologia, para o qual as empresas de Informática recolheram entre 2012 e 2016 R$ 2,3 bilhões para pesquisa e desenvolvimento.
Com essa restrição, falta competitividade para consolidar a produção local de eletroeletrônicos, a partir da convergência tecnológica e digital. No confisco federal, tanto das verbas da Suframa como os recursos de P&D, fica impossível diversificar a economia agregando valor aos produtos do bioma amazônico, uma vocação natural da região, que requer fortes investimentos públicos para induzir investimentos privados em inovação, ciência e tecnologia.
Burocratas de terceiro escalão boicotam sistematicamente a liberação de novos produtos, alegando falsos riscos à indústria de outros estados. Vetos ao PPB, Processo Produtivo Básico, impedem que a indústria de fármacos, cosméticos, placas de energia solar, entre outras demandas e vocações regionais, se instalem em Manaus. São industrias de baixo carbono, como tem sido o paradigma de produção desde o início. A jornalista se alinha com o movimento do governo federal – por retaliação política - de esvaziamento do polo industrial de Manaus, 0,6% dos estabelecimentos industriais do Brasil.
Assim procedendo, apenas defende o lobby das indústrias de São Paulo, 30% dos estabelecimentos industriais do Brasil. O Amazonas exige respeito, consideração e agradecimento, por sua contribuição à geração de emprego em todo o país, ao equilíbrio do clima e da balança comercial: ou tem algum incentivo que consegue devolver ao país tão robusta contrapartida?
Coluna de responsabilidade do Cieam, editada por Alfredo MR Lopes

Show de Agnaldo Timóteo em Brasília


DIA 25 DE AGOSTO TEM ELE, AGNALDO TIMÓTEO, NO SHOW  "OBRIGADO CAUBY".

Foto: Murilo Alvesso

Ingressos na bilheteria do Teatro dos Bancários ou na BILHETERIADIGITAL.COM


Revista Ribeirinhos está no ar

Com periodicidade bimestral, revista digital criada pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, é aberta a colaborações e reúne artigos, ensaios e textos literários


A prosa, a poesia e as ideias com foco no Amazonas e no restante da Região Amazônica ganham um novo espaço no universo digital. Trata-se da Revista Ribeirinhos, publicação online que reúne artigos, ensaios, entrevistas, depoimentos e textos literários de temática e enfoque regionais. Com edição do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, a revista já está no ar e pode ser acessada no endereço http://revistaribeirinhos.cultura.am.gov.br/.

Aberta à colaboração de novos autores a cada edição, a Revista Ribeirinhos tem como proposta editorial servir de espaço democrático para a veiculação de conteúdos ligados ao Amazonas e à Amazônia, nos diversos campos do conhecimento, além de produções de cunho literário. Já no nome, a publicação faz referência à cultura dos povos de Manaus, do interior do Estado e de toda a região amazônica, que vivem à beira dos rios e que em torno deles constroem vidas, vivências e saberes singulares.

“Com essa publicação, a Secretaria de Cultura busca fomentar a produção de ideias e de conhecimento de uma cultura que evoluiu de forma única no mundo, forjada por uma História plena de encontros entre povos e civilizações, por uma geografia peculiar e pela relação íntima com a natureza”, afirma Robério Braga, titular da pasta. “E essas ideias, esse conhecimento, têm sua importância e merecem ser reconhecidos no universo do saber”.

Além de Braga, no cargo de Editor Chefe, a revista tem um Conselho Editorial formado por autores e pesquisadores de renome no cenário local: Max Carphentier e José Braga, ambos escritores e membros da Academia Amazonense de Letras (AAL); Raimundo Pontes Filho, historiador e mestre em Direito Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA); Cristian Pio Ávila, doutor em Antropologia Social pela UEA; e Antonio Ausier Ramos, diretor do Departamento de Literatura da Secretaria de Cultura.

No staff de sua primeira edição, a Ribeirinhos tem ainda Sarah Viegas, Karla Colares e Arminda Mendonça, responsáveis pela produção editorial; Lucas Rodrigues, redator; Luis Felipe Albuquerque, responsável pela identidade visual; Jhulio Santos e Fued Felipe, programador; e Jonei Picanço, web designer.

Literatura e arte – A vertente literária ganha destaque na Revista Ribeirinhos com uma instigante seleção de conteúdos em prosa e poesia. Do primeiro gênero se destaca “Umas e outras do beiradão: Crônicas caboclas – Nem com piti de bodó”. No texto, Arivelto Marical e Paulo Cabral Barboza Junior, técnicos da Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico e Social, registram depoimentos de habitantes de comunidades beneficiadas por um programa executado pela agência entre 2007 e 2009. No terreno da poesia, a edição julho/agosto da revista traz contribuições generosas dos autores Samuel Lucena de Medeiros, com o poema “Araçá”; Abner Viana, com “Clara Azul Bonina”, “O Velho Nuta” e “Pérola de Zion”; e Lidiane de Souza Cunha, com “Meu verde, meu lar”.

A cada edição, a publicação eletrônica vai destacar obras de duas iniciativas editoriais mantidas pela Secretaria de Cultura: a Coleção Poranduba e a Série Memória. Nesta primeira edição, a revista destaca “A crise amazônica e a borracha” (1908), obra de José Armando Mendes publicada na Poranduba, resenhada por Edlane Mendes e também disponível no acervo da Biblioteca Virtual do Amazonas.

E os meios de transporte na Manaus de antigamente são tema de dois artigos curtos da Série Memória: “Bondes em Manaus”, de Soraia Magalhães, e “Os carros de aluguel em Manaus”, de Robério Braga.

Leituras à parte, os internautas poderão conferir na Revista Ribeirinhos reproduções de obras de nomes importantes das Artes Visuais no Amazonas. A galeria virtual já conta com criações de Moacir de Andrade e Auxiliadora Zuazo, em obras originais do acervo da Pinacoteca do Estado.



Para se tornar um colaborador, basta acessar o site da Revista Ribeirinhos (http://revistaribeirinhos.cultura.am.gov.br) e seguir o modelo de formatação proposto pelo editorial da publicação. Todos os textos recebidos serão avaliados pelo Conselho Editorial, e se aprovados serão incluídos nas edições subsequentes da publicação.


segunda-feira, 24 de julho de 2017

Sob artilharia pesada - Coluna Follow-up

Coluna de responsabilidade do Cieam, editada por Alfredo MR Lopes: “Além da queda de produção, desemprego, desarticulação dos fornecedores de suprimentos, o momento reflete uma constelação de mau agouro. Todos se unem contra a Zona Franca de Manaus. E o que é pior. Entre esses desafetos, tem gente que se diz de casa e da terra e está nem aí para os problemas que se multiplicam e agravam. Nesta semana, reportagens e editoriais da mídia paulista não deram refresco nem trégua e partiram pra cima, com a habitual desinformação e evidente má-fé. Folha, Estadão e Valor Econômico, como se tivessem combinado com os russos, resolveram atacar o Norte. Vade retro!!!! As reportagens raivosas e difamatórias do Valor e Estadão, ampliadas pelo editorial da Folha, usam o jargão revanchista e o esquecimento tinhoso do papel e contribuições robustas de nossa economia. O problema maior é a desarticulação local. Pra prejuízo, obviamente, de todo tecido social. Até quando?
‘Feliz (?) coincidência’
O convênio de R$150 milhões, para recuperar as vias do polo industrial, celebrado com a prefeitura está na gaveta. Trata-se de um recurso de emenda parlamentar, um simbolismo raro em retratar o clima de antagonismo reinante. “Para mim foi uma coincidência muito feliz começar um novo governo com a completa recuperação das ruas do Distrito. Isso devolve a confiança para os investidores e a esperança para população de que é possível vencer a crise econômica com trabalho e responsabilidade”.
Parou por aí, aparentemente, o sonho da reativação dos esforços para cuidar da galinha de ovos de ouro do Amazonas e do Brasil. “Faltava união. Agora o esforço conjunto de todos os deputados e senadores para liberação desses recursos vai possibilitar que a prefeitura dê vida nova ao Polo Industrial de Manaus”. Os comentários tem mais de seis meses e, chegando dezembro, se não houver movimentação, o dinheiro será devolvido aos cofres da União. “Vamos transformar o Distrito Industrial em um novo cartão-postal que, sem dúvida, dará novo fôlego à Zona Franca de Manaus”.
Fôlego ou suspiro fatal
Quem vai interessar-se em investir num polo industrial com ruas tão esburacadas, com o mato crescendo e as ervas daninhas se expandindo em todas as direções? Que reputação terá um poder público que deixa entregue à própria sorte um arranjo industrial tão importante e tão generoso revenderíeis para a população. Epa, dirão os investidores, se eles cuidam com este padrão a casa onde se instalaram os empreendimentos, como serão as parcerias em outras instâncias? “Atualmente, cerca de 10% das mercadorias são perdidas – isso se deu em janeiro de 2017 – em alguns segmentos, só no transporte interno de uma fábrica para outra. Isso sem falar nas vidas que foram perdidas em alguns acidentes fatais no trânsito por conta das péssimas condições das vias”, lamentou.
Convalidação fiscal
O Senado aprovou, neste 12 de julho, o SCD 5/2017, que possibilita a convalidação pelo Confaz dos incentivos fiscais de ICMS. Oriundo do PLP 54/2015, aprovado pela Câmara dos Deputados em 31 de maio passado, o substitutivo do Senado segue agora para a Sanção Presidencial, para ser publicada como Lei Complementar.
Essa convalidação dos incentivos, tentada desde sempre pelos estados que desafiaram, historicamente, o Confaz, Conselho Nacional dos Secretários de Fazenda, para oferecer todo tipo de vantagem para quem quisesse produzir qualquer coisa em seu limite federativo. Festival de incentivos com 10, 15 ou 25 anos, a revelia das restrições constitucionais. A farra foi legitimada, enfim, com os danos à ZFM que alguns técnicos insistem em negar. A medida abre, não uma porta, mas uma avenida para ampliar a desindustrialização do Amazonas.
A mídia do Sudeste nada diz a respeito, como se o bode exclusivo devesse ser a ZFM. Os estados se uniram para quebrar a imposição de unanimidade e concordância integral dos membros do Confaz para autorizar incentivos. Agora, a convalidação tem cursos, gera receita e novas oportunidades sem contrapartida relevante para a sociedade. Quem financia uma creche ou, no limite, patrocina, integralmente, uma academia, a Universidade do Estado do Amazonas?”

Um mundo sem ponte e sem pinguela

Aylê-Salassié F. Quintão*
    
             Julgamentos, articulações, traições e, finalmente,  o recesso. São alguns dos temas com os quais os partidos cozinham a  imprensa , iludem a população e os políticos divertem-se entre si. Um pic-nic.  É até possível que o País ande quando param,  observa o jornalista Carlos Brickmman.  Sem eles no cenário, Brasília e o Brasil  são diferentes. Não chega a ser um mundo novo, embrionário, mas os cidadãos retornam, pelo menos, ao protagonismo cotidiano, sem a necessidade de passar por “Pinguela” , “Ponte para o Futuro”,  nem acompanhar a novela e enunciados de figuras errantes.
 
             Para a população o recesso não funciona como um “tempo morto” (Cavalcanti), visto assim por um grupo de altos funcionários e políticos que  desfrutam confortavelmente de um mês sem trabalho,  interpretando  a folga como um “direito” do cargo e “mérito” profissional, conquistados em  menos de cinco meses de atividades.  São privilégios classistas como esses, institucionalizados, que, no Brasil, carimbam alguns como diferentes dos outros. Assim é que enquanto os cidadãos se matam para contornar a crise que inviabiliza a economia e espalha o desemprego, esse grupo está  em “gozo de “férias”.
 
              Das contradições  dessa velha e agonizante ordem, um novo mundo surge. Inspira-se nas revoluções digital , ambiental, nos direitos humanos e na luta pela  justiça social.   É  disso que falava o filósofo  italiano Antonio Gramsci, nas Cartas de Cárcere,  ao reclamar que “o mundo novo tarda a chegar”, mas que quando chegasse poderia assustar , ao  interromper repentinamente práticas  transgressoras naturalizadas.  Na prisão dos fascistas, Gramsci ficava angustiado com a dificuldade das pessoas para entender o esgotamento dos modelos que sustentavam   os regimes de privilégios e opressão, e as rupturas profundas que estavam para acontecer.
 
              Pois, para esse novo mundo que aflora lenta e sistematicamente   não tem modelo alternativo, ponte, pinguela e nele não há recesso.  É um mundo desmitologizado e democraticamente polivalente.  Sua aceleração se dá  em função das contradições que emergem assistemáticas  do submundo da política e da economia, e  ridicularizadas viralmente no campo da cultura pelas mulheres,  pelas redes sociais, pelos ambientalistas, pelas minoriais. Provocam um afrouxamento inclusive no caráter identitário  pátrio do cidadão. Conduzem um conjunto de grandes rupturas nos usos, costumes, ações ritualizadas pelos segmentos hegemônicos  nacionais.
 
              No Brasil, a ponte que o separa do futuro próximo parece ser simbolicamente  a Lava Jato que, em            três anos de funcionamento, centrada unicamente na corrupção na  Petrobrás,  fez  207 prisões, condenou 141 pessoas, recebeu 158 acordos de colaboração premiada (pessoa física) e 10 de “leniência” (empresas), do que resultaram 64 acusações criminais contra 281 líderes políticos e empreendedores. Cerca de 50 pessoas foram acusadas de improbidade administrativa. Seis partidos de relações espúrias, sendo que o caixa de um deles registrava movimentações de  R$ 14,5 bilhões . Constatou o desvio de R$ 42,8 bilhões de recursos públicos. Recuperaram-se  R$ 10 bilhões de propinas, dos quais R$ 756,9 bilhões em dinheiro repatriados, conforme mostra o Relatório Dallagnol (2017). A Operação revelou a estrutura criminosa que vem  gerenciando a coisa pública no País há quase 20 anos.
             
              Enganou-se, portanto,  quem  tratou, como anômicas,  as explosões das ruas  em 2013 no Brasil. As frentes ativas da cidadania estão convictas da ideia de que a produção de bens constante e crescente, para alavancar o crescimento econômico,  já não deve ser o primeiro propósito das políticas públicas. Seus benefícios não chegam à população. Conectados aos milhões, os ativistas  distanciam-se das simplificações ideológicas, mantendo sob desconfiança  governos e políticos que se  amparam em soluções envelhecidas.
 
             Os protagonistas  desse mundo novo espelham-se em filosofias , também em gestação, contra os tais “monstros” , de que fala Gramsci – todo esse mundo reacionário -   e, por isso, apóiam lutas de libertação,  estimulando a ciência e a tecnologia a se aproximarem da sociedade , defendendo ainda direitos de mobilidade das pessoas. Colocam em check a cultura do nacionalismo: “ATerra é um só mundo, e nós seus cidadãos” (Bahaís).  Esperam derrubar posições e privilégios instituídos pelo modelo neoliberal e, com isso, o medo instrumentalizado por ele.
 
             Depois da “Pinguela”, o caminho será áspero. Cada vez mais pressionado, o capital terá de estar aberto a novos pactos com as comunidades para incorporar responsabilidades sociais e inovações tecnológicas em suas práticas. No Brasil, as mudanças são arrastadas. Mais da metade das empresas não fez diagnóstico algum para introdução do eSocial , obrigações que vão vigorar a partir de  2018 ( dec. nº 8373/2014).  A maioria delas não definiu também o quadro das novas opções tecnológicas. Está tudo meio imobilizado ou sendo paralisado por essa  crise artificiosa gerada no espaço da Política, com base em soluções  de aparências milagrosas. O mundo que tarda não deixará de chegar  mas, provavelmente, será necessário desinterditar o percurso, representado pela velha ordem e pela resistência  messiânica, essa cortina de retórica que turva o cérebro dos brasileiros .
 
Jornalista, professor, doutor em História Cultural

Acredito na amizade segundo Fernando Pessoa

Texto enviado por Reginaldo Castro: Amizade segundo Fernando Pessoa

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril".

domingo, 23 de julho de 2017

Collor engrandeceria a disputa presidencial

Sei que vou atrair a ira dos decaídos de espírito e rancorosos de carteirinha.  Mas estou seguro que milhares de brasileiros gostariam de ver Fernando Collor  participando dos debates entre candidatos, declarados, definidos ou ainda  não, a Presidência da República. Nessa linha, creio que nenhum dos aspirantes ao cargo de Michel Temer, em 2018, é mais competente e conhecedor dos graves problemas nacionais do que Collor de Mello. Foi Collor que na chefia da Nação tirou o Brasil das amarras do atraso. Analistas quando falam de modernidade na administração brasileira, deveriam ter a grandeza e a isenção de admitir e salientar que a modernização na economia foi implementada por Collor.Sucessores  de Collor prosseguiram com as diretrizes econômicas traçadas pelo governo dele. Leis do governo  Collor são presenças marcantes na vida nacional, como o Código de Defesa do Consumidor,  o Estatuto da Criança e do Adolescente  e a lei Rouanet. Nenhum dos candidatos postos na mesa, é mais determinado, mais firme e mais trabalhador do que Collor. O ex-presidente e senador valorizaria e engrandeceria  a disputa presidencial. Com a participação de Collor os debates sairiam do marasmo e da superficialidade que desgraçadamente tomou conta do noticiário político. 

sábado, 22 de julho de 2017

Collor recebido pelo presidente de Marrocos

Em visita oficial ao Reino do Marrrocos, o senador FERNANDO COLLOR (PTC-AL), presidente da Comissão de Relacões Exteriores e Defesa Nacional do Senado da República, foi recebido pelo Chefe de Governo marroquino, SAAD EDDINE EL OTHMANI. Acompanhado do embaixador brasileiro José Humberto Cruz, o senador também se reuniu com a presidência da Câmara dos Conselheiros, que representa o Senado daquele país africano. O Brasil possui status de parceiro privilegiado do Marrocos, com o qual mantém, desde 1999, mecanismos de consultas políticas.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Saudade dele

Raimundo Limongi Cabral.  Valoroso e amado ser humano que completaria hoje 70 anos de idade.  Raimundo colecionou amigos e admiradores.  Amava viver e cultivar amigos. Parceiro de fé e primo querido que partiu cedo. Deixando saudades, ternura e exemplos marcantes de decência. 

Maledicências não servem de provas

Virou moda, por má-fé ou rigorosa falta do que fazer- ou ambas as coisas- , envolver o nome do presidente da CBF,Marco Polo Del Nero, em supostas investigações envolvendo  dirigentes esportivos. Marco Polo não é acusado nem citado em nenhum inquérito no Brasil nem no exterior. Há pouco tempo, a secretária-geral da Fifa declarou que Marco Polo Del Nero não é citado nem investigado em nenhuma ação policial  em andamento na entidade. Cérebros doentios  insistem em comentários surrados e debochados citando Marco Polo.  Ilações, suposições, ouvir-dizer ou maledicências não servem de prova judicial em nenhum país do mundo. Del Nero permanece focado e trabalhando pelo sucesso do Brasil na copa na Rússia, em 2018. Nenhuma lorota ou torpeza  impressa ou online vão atrapalhar os rumos da atual direção da CBF.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Amo meus amigos

O dia 20 de julho tem um significado especial para todos que gostam de exaltar a arte de viver. É o dia do amigo. Ele preenche o vazio da Alma. O amigo não nos deixa faltar nada. É uma dádiva dos céus. Presente nos momentos difíceis. Espanta a melancolia, fortalece o espírito. Estimula a convivência, respeita a individualidade. Pondera com sabedoria. Amo meus amigos. Não vivo sem eles. No meu blog destaco Vitor Hugo, "um amigo pela metade é um traidor pela metade". Também são valiosas as palavras do italiano C.Dossi: "O falso amigo é como a sombra que nos segue enquanto dura o sol".

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Mamata sem mãe!


Coluna de responsabilidade do Cieam, editada por Alfredo MR Lopes, de autoria do presidente da entidade, Wilson Périco: “Com deselegância, desinformação e grosseria, o economista Alexandre Schwarsmann, exímio e empírico Mandraque do mercado financeiro, em artigo publicado na Folha, dia 4 último, referiu-se às empresas e trabalhadores da ZFM, espalhadas por todo País, como uma ‘mamata que apenas em renúncias fiscais consumiu algo como R$ 28 bilhões/ano entre 2012 e 2016’. Ele reportou-se, com este calão e baixo nível, ao maior acerto fiscal da história da República, amparado na Carta Magna, na busca de redução das desigualdades regionais.
O dicionário diz o que significa mamata. ‘…empresa ou administração pública que dá ensejo de vantagens pecuniárias a políticos e funcionários desonesto; ou...ganho desonesto; vantagem pecuniária ilícita obtida em operação ou transação de órgão público por meio de suborno, tráfico de influência etc.; comedeira, ladroeira, negociata.’ Este cidadão, que se diz formado no Primeiro Mundo, sem perceber, oferece elementos para a compreensão de seu caráter.
Paraíso do Fisco
Aqui no Amazonas temos 500 empresas que sobrevivem às manobras da corriola da qual elevadas parte, ao olhar o mercado como uma ciranda financeira e a sociedade como espaço de manobras de enganação para alguém se dar bem. Não conhece a história do empreendedorismo da Amazônia. Nem será capaz de entender a decência de muitos de seus patrícios que aqui vivem, sem mamata, a construir a prosperidade regional. Fomos alertados pelos docentes da USP e da UFMG que uma caça às bruxas, ou aos bodes, estaria em movimento.
Não menciona o estudioso que a renúncia fiscal da região Sudeste, a mais rica do Brasil representa 53%, de toda a renúncia fiscal do País contra 12% da região Norte, a mais pobre. Aí residem os clientes de sua consultoria especulativa. Ao dito economista, também, não importa reconhecer a tese de doutorado da FEAUSP sobre a Distribuição da riqueza na Zona Franca de Manaus”, onde ficou demonstrada com nota máxima e louvor que 54,42% da riqueza produzida na ZFM é recolhida aos cofres federais.
O número usado por Schwartsman é fictício, como suas ilações financeiras para ensinar investidor a se dar bem, pagando bem. Ele se junta ao humorista que, disfarçando sua piada vigarista, usou, recentemente, investidores e colaboradores da Zona Franca de Manaus para agradar a uma colega de trabalho, num caso passional, agredindo um empresário da região. Alguém me diga por que tanta hipocrisia, reforçada pela pena quase prudente de Celso Ming, subitamente transformada em canguru da notícia que se restringiu a um número sem olhar o contexto de sua dignificação.
De quem é a mamata?
Vamos abstrair a Zona Franca, demitir, por exemplo, 7 mil colaboradores da Honda, a maior empresa de motocicletas do mundo, que é capaz de produzir o modelo 125, em 22 segundos, com 85% de verticalização industrial nacional. Os exemplos se alastram e não importa se esse batalhão de desempregados transformem a floresta em meio de subsistência. A renúncia fiscal da Amazônia inteira, incluindo Tocantins, dois terços do território nacional, é irrisória perto dos incentivos que alimentam o São Paulo desde JK.
E se essa floresta for removida, como ocorreu em outras regiões amazônicas, de onde o Sudeste vai retirar água para abastecer seus reservatórios ou energia para a população?  A Zona Franca, a rigor, é do Brasil, pois fornece produtos de qualidade a preços adequados a todos os lares e empresas do Brasil. O Estado do Amazonas é um dos 8 que devolve a União, em arrecadação de tributos, valores maiores que o repasse compulsório que os Estados recebem. Responsável por 48% da arrecadação de tributos de toda a região Norte, o Amazonas, recebeu nos últimos 6 anos apenas 7 bilhões do BNDES dos 1 trilhão de reais que foram investidos no País, o Estado de São Paulo recebeu R$243 Bi, mais que todos os Estados das regiões Norte e nordeste juntos.
Lá e aqui
As empresas que lá, na região mais rica do país, estão operando não suportariam a carga tributária e burocrática do custo Brasil, e rumariam para o Paraguai. No Amazonas a renúncia fiscal é compulsória e atinge tão somente a população. Neste paraíso do fisco, a sociedade se vê desfalcada da riqueza que a ZFM recolhe e lá deveria ser investido. Em São Carlos, na unidade de Instrumentação, a Embrapa investiga, em seus laboratórios de Nanotecnologia os clones de seringueira, a árvore da fortuna que criou, há cem anos e por três décadas, o ciclo da borracha na Amazônia.
O laboratório custou R$3 milhões e nos permitiriam retomar com vá-se tecnológica este ciclo de riqueza na população. Sabe porque não criamos? Nos últimos 5 anos as empresas de informática recolheram R$ 2,4 bilhões para pesquisa & desenvolvimento na Amazônia. Há 4 anos, um centavo não fica na região. Mamata sem mãe, Alexandre! Pois só as mães nos ensinam que devemos dizer a verdade em base no conhecimento objetivo da realidade.
(*) Wilson é economista, presidente do Cieam, e vice-presidente da Technicolor para a AL.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Nesta segunda-feira, depois de idas e vindas na negociação com a direção da empresa, o DCI publicou o resumo deste artigo do presidente do Cieam, Wilson Périco, sob o título ‘De quem é a mamata’, A SER VEICULADO NESTA QUINTA. Não apenas pelo espaço reduzido que oferecem para os articulistas, mas por restrições editoriais quando é citado um veículo ou um autor em clima de acusação é resposta. Esta norma é comum aos veículos do Sudeste que costumam dar espaços a acusações infundadas, ou seja, não acompanhadas de informações documentadas, causando prejuízos de toda ordem, difíceis de contornar. Agradecemos ao DCI o espaço mas reiteramos, aqui, nossa indignação contra o conjunto da mídia que insiste em alimentar distorções e difamações. O artigo de hoje é mais um que esclarece, mas não consegue conter essa infâmia institucionalizada”.



O jornalismo da Globo é venal, imundo e mentiroso

A TV-Globo mudou a redação. Ficou exuberante. A JBS e Rodrigo Janot adoraram. O jornalismo, porém, continua o mesmo: safado, ordinário, infame, manipulador, torpe, pretensioso e arrogante. A Globo gosta de meter os pés na jaca. Famosa por editar matérias criminalizando, intrigando e insultando quem ousar não atender  suas ordens.  Quem não rezar pela cartilha venal, patife e covarde da Globo vira personagem constante do Jornal Nacional. É preciso saciar  o apetite doentio e imoral  da emissora. Nessa linha, bastou a CBF decidir que amistosos da seleção passariam a ser transmitidos pela TV da entidade(com retumbante sucesso, registre-se e afixe-se), para a Globo inventar matérias contra dirigentes e ex-dirigentes da CBF. Baseada em matérias de jornais, acusa Ricardo Teixeira. Repete, mais uma vez, imagens de José Maria Marin em prisão domiciliar nos Estados Unidos. Sem ainda ser julgado. Não apresenta, contudo, nenhum fato novo nem acusações verdadeiras contra Teixeira e Marin. Tudo notícias surradas e repetidas.  Para não perder o atalho da canalhice explícita, o imundo Jornal Nacional também diz que Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF, é acusado. Acusado de quê? Onde estão as provas? Qual foi a autoridade da justiça estrangeira que acusou Marco Polo? Há poucos dias, a secretária-geral da Fifa declarou, enfaticamente, que não há nenhuma investigação em curso na entidade envolvendo o presidente da CBF. É costume da Globo insistir em catar minhoca no asfalto. Em acusar e manipular levianamente sem provas.  Ilações, especulações e e suposições não valem nada na justiça. Não condenam ninguém.  É o joguinho sujo predileto das organizações Globo. Se colar, ótimo. Caso contrário, o plim-plim ciníco e covarde da Globo vai atrás de novas vítimas. 



CADA VEZ PIOR!


Em 2009, nas conclusões de minha modesta obra sobre “Insegurança Pública e Privada” declarei textualmente que os agentes armados do crime desafiam  o Estado e chegam a exercer um poder paralelo em inúmeras localidades. Chefes de facção, embora presos, continuam a comandar ações criminosas contra a população, afrontando o poder público.
Meu trabalho baseou-se, também, no relatório da ONU, de 2008, sobre criminalidade no BRASIL que afirmou, dentre outros argumentos, o seguinte:
- as megaoperações policias  de nada servem;
- a justiça criminal é demasiadamente lenta , contribuindo para a impunidade;
- o crime organizado impõe suas próprias leis, principalmente em SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO e RECIFE;
- a presença do Estado é tão ausente que policiais só entram em determinadas localidades mediante confronto armado.
De lá pra cá a situação piorou muito!
No RIO DE JANEIRO, por exemplo, o estado de tensão é permanente. Nem as mulheres grávidas são poupadas, sendo vítimas de agressão de assaltantes, atropelamentos propositais ou balas perdidas que atingem seus fetos.
As cenas de guerra são frequentes, principalmente nas comunidades carentes. Arrastões sistemáticos e assaltos rotineiros à luz do dia. A violência está transformando estádios de futebol em campos de batalha. Caixas eletrônicos são implodidos e os carros-fortes com seus seguranças são vulneráveis à audácia dos criminosos.
Milhares de turistas estão sendo orientados a respeito dos perigos na cidade outrora considerada maravilhosa e empresas têm cancelado viagens por falta de adesões.
O programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) teve sucesso inicial e serviu de plataforma política para reeleição ao então Governador SÉRGIO CABRAL, ora enrolado nas teias de aranha da corrupção.
As UPPs não foram exitosas no seu prosseguimento porque não receberam as necessárias e prometidas obras de infraestrutura, além dos meliantes continuarem atuantes nas suas regiões de homizio com enorme influência sobre a população local.
A pré-falência do Estado contribuiu para a proliferação dos chamados “black spots” e o retorno das milícias, deixando os moradores sem saberem a quem recorrer.
A insegurança privada e pública é generalizada, piorando a cada dia sem perspectivas de solução a curto prazo por falta de policiais,  recursos, motivação, autoridade e de vontade política.
No restante do País a situação também é alarmante.
Na SÍRIA, em 4 anos, morreram 256mil pessoas em ambiente de guerra. No BRASIL, no mesmo período, quase279 mil foram vitimadas pela violência. Cerca de 60mil morrem por ano em decorrência de armas de fogo. Proporcionalmente, SERGIPE, ALAGOAS E RIO GRANDE DO NORTE são ainda mais atingidos do que o RIO DE JANEIRO.



Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nossa Polícia é a que mais mata no mundo mas, infelizmente, a que mais morre.
Os tráficos de armas e de drogas agravam o problema e não têm sido encarados pelas autoridades de diferentes níveis com o enfoque e prioridade merecidas.
Mais da metade dos mandados de prisão não são cumpridos porque inexistem locais para alojar tantos delinquentes que ainda recebem salário-prisional. E com a Lava- Jato houve maior congestionamento razão pela qual defendemos a tese de que os corruptos devem ser sancionados com o ressarcimento aos cofres públicos, com as devidas correções, de tudo que surrupiaram.
É inadimissível que marginais possam dispor das prerrogativas do cidadão comum. Os apenados por  crimes hediondos e sequestros não devem, sequer, gozar de abusivas  regalias concedidas aos demais presos.
Atualmente, nem as pessoas de posse dispondo de custosos meios tecnológicos têm assegurado o seu direito de ir- e- vir com tranquilidade, Muitos vivem em seus presídios domiciliares.
As medidas policiais repressivas são casuísticas e só servem para estancar a sangria  momentaneamente, sendo que algumas vezes, involuntariamente, contribuem para aumentá-la com as balas perdidas atingindo inocentes,
O Governo precisa estar convicto da necessidade do desencadeamento de ações preventivas em todos os campos do Poder para o benefício da população.
Neste contexto, os papéis da Inteligência e das Informações são de vital importância.
Apesar da preocupante instabilidade política e da desunião nacional, nossas vulnerabilidades  e insegurança só serão superadas com muita vontade, coragem, sem demagogia, com alocação de recursos, superação de antagonismos e o imprescindível apoio do povo.
Os criminosos não podem desfrutar de maior liberdade do que os homens de bem.
WILHEM VON HUMBOLDT, grande filósofo alemão, já preconizava há mais de 200 anos que a função precípua do Estado é garantir a segurança no seu amplo sentido. O que diria se vivesse no BRASIL de hoje?
Diógenes Dantas Filho- Coronel Forças Especiais/ Consultor de Segurança



Justiça solta advogado assassino


Ninguém suporta mais leis que beneficiam assassinos. O mais recente exemplo, indigno, deplorável e revoltante, é o do advogado( ou marginal ao volante?) que matou o comissário de bordo. O  irresponsável dirigia feito maluco em São Paulo. Fugiu sem socorrer a vítima. O procedimento é manjado:Prendem o patife por 24 horas, para disfarçar e soltam em seguida, depois de pagar fiança. Esta justiça torpe e frouxa com irresponsáveis como este advogado,  humilha o Brasil e os cidadãos de bem. A impunidade é um tapa na cara das pessoas honestas e trabalhadoras.   Outro deboche são os argumentos surrados de sempre do juiz livrando a cara do cretino: tem endereço fixo, não tem ficha policial e não causa perigo a vida das pessoas.  Seria cômico se não fosse ridículo, absurdo e patético.







No rastro do ódio semeado, surge uma trilha rumo a um Brasil na contramão da felicidade

Da minha amiga Hildegard


PPBs da Zona Franca aumentam 400%

De janeiro a junho deste ano, 28 portarias interministeriais com Processos Produtivos Básicos (PPBs) para a Zona Franca de Manaus foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Isto significa um aumento de 400% em relação ao primeiro semestre de 2016, quando foram publicadas sete Portarias. Dados da Coordenação de Acompanhamento de Projetos Industriais (CGAPI) da SUFRAMA mostram que nos primeiros seis meses deste ano já foram publicados mais PPBs do que em todo o ano passado, quando 24 portarias chegaram ao DOU.

O PPB é um conjunto de operações básicas que devem ser seguidas para que a fabricação de um produto na Zona Franca possa gozar de incentivos fiscais, com o intuito de agregar etapas de fabricação local, gerando mais empregos no Polo Industrial de Manaus (PIM). Dos 28 processos aprovados até junho, cinco se referem a produtos até então não fabricados no PIM. Dentre eles, destaque para o PPB de bateria de ônibus e de máquina de mistura de bebidas, capaz de fazer desde cafés e sucos, até refrigerantes e drinks, com o uso de cápsulas.

Para o coordenador da CGAPI, Sidnei Magalhães, o crescimento nas publicações se deve a uma postura mais articuladora adotada por parte da SUFRAMA junto ao Grupo de Trabalho do PPB (GT-PPB), em Brasília . “Estamos em constante contato com os técnicos dos demais ministérios que compõem o grupo explicando as demandas, fazendo ajustes e conversando para formar um consenso”, explicou Magalhães.

O Grupo de Trabalho do PPB (GT-PPB) é formado por representantes do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e da SUFRAMA. 

O superintendente da autarquia, Appio Tolentino, reforçou seu compromisso em acompanhar  PPBs importantes para a Zona Franca de Manaus que ainda não foram aprovados, tais como óculos de sol e luminárias LED. “As discussões de PPBs muitas vezes extrapolam os questionamentos técnicos e entram na esfera política. Precisamos destravar estas e outras demandas que são extremamente relevantes para incrementar os investimentos na região e também importantes para o Brasil como um todo, uma vez que vários produtos desses PPBs atualmente são importados e passariam a ter fabricação nacional. A Zona Franca de Manaus é uma oportunidade para a substituição de importações”, afirmou.


Temer desmancha-prazeres

Michel Temer e aliados desmancharam os prazeres dos adversários. 
Estrebuchar também é do jogo. 
O governo colocou embaixo do braço o regimento da Câmara Federal e foi a luta. 
Ganhou  na CCJ. Trocas legais. 
Estranho seria Temer cruzar os braços e assistir a derrota. Carmelitas, beatos e carpideiras esqueceram, por má-fé ou burrice, ou ambas as coisas, que o jogo político é para profissionais.
O mais bobo  dar nó em éter.  
O velório tomou conta dos desafetos de Temer. 
Na  política e na imprensa.  O jogo prossegue dia 2 de agosto. Com detalhe que assombra os opositores do governo. Temer não precisa de 172 votos para livrar a pele e ir ao cinema com Marcelinho. 
A oposição, sim, terá que correr atrás de 342 votos, para tirar  o escalpo de Temer. 
O jogo é jogado, o lambari é pescado. 
A mais nova lição do Papa Francisco é oportuna e perfeita. Serve para quem tem tutano e juízo. Colou na porta do quarto  o aviso com os dizeres, "é proibido reclamar". 

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Centro Cultural Palácio Rio Negro reabre para visitação do público

Passeios guiados no espaço cultural do Centro apresentam aos visitantes a riqueza histórica e arquitetônica do edifício remanescente do período áureo da borracha


Localizado num dos mais importantes edifícios remanescentes do período da borracha no Amazonas, o Centro Cultural Palácio Rio Negro já se encontra aberto para visitação do público. Localizado na avenida Sete de Setembro, 1.546, Centro, o espaço mantido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, recebe visitantes de terça a sexta-feira, no horário das 9h às 14h, e aos sábados, das 9h às 13h. A entrada é gratuita.

O Centro Cultural Palácio Rio Negro oferece aos visitantes a oportunidade de conferir exposições de arte e de conhecer de perto um rico acervo de mobiliário original de época, que reúne peças como mesas, cadeiras e estatuetas de bronze. O espaço promove também visitas guiadas, dando ao público a oportunidade de conhecer mais a fundo sobre a riqueza histórica e arquitetônica do edifício.

As visitas guiadas são realizadas para grupos reunidos no hall de entrada, e acontecem sempre a partir das 9h, com novos passeios a cada 15 minutos. Os últimos grupos iniciam a visita às 13h45, de terça a sexta-feira, e às 12h30, aos sábados.


PASSEIO PELA HISTÓRIA – A atual sede do Centro Cultural Palácio Rio Negro ocupa aquele que foi conhecido como Palacete Scholz. Construído em 1903 para servir como residência a um rico comerciante de borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz, o edifício em estilo eclético permanece até hoje como um dos símbolos da riqueza e da prosperidade na região amazônica advindas com o Ciclo da Borracha.

Com o declínio da economia do látex na Amazônia, o palacete foi hipotecado por Scholz ao seringalista Luiz da Silva Gomes. Em 1918, foi adquirido pelo Governo do Amazonas e recebeu o nome de Palácio Rio Negro. Até 1959, o prédio foi residência dos governadores do Estado e Sede do Governo; e, de lá até 1995, apenas Sede do Governo.

Em 1997, dentro das iniciativas promovidas pela Secretaria de Cultura para o acesso e a popularização da arte e da cultura, que se mantêm desde a criação da pasta ao longo dos últimos 20 anos, o edifício reabriu as portas como Centro Cultural Palácio Rio Negro, com visitação pública aos ambientes e ao mobiliário de época.

O espaço também passou a abrigar exibições locais, nacionais e internacionais, tendo recebido, entre outras, as exposições “Memórias da Amazônia”, com a coleção etnográfica de Alexandre Rodrigues Ferreira; “Brennand”, com desenhos de Francisco Brennand; “Manaus através da prata”, com obras de Irene Borges; “Expedição Retorno à Amazônia”, com registros da expedição de Jean Michel Cousteau à região e mostra individual com pinturas de Joana Limongi.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Pronunciamento do Senador Fernando Collor, que votou contra a Reforma Trabalhista

PRONUNCIAMENTO
(Do Senhor FERNANDO COLLOR)

        Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores,
Até 1930, a política trabalhista estava subordinada ao Ministério da Agricultura, e a estrutura fiscalizatória era absolutamente nula. Alegando as dificuldades por que passavam a indústria e o comércio, os empresários declaravam as leis impróprias e inaplicáveis e as ignoravam.
        As consequências estavam nas ruas: mobilizações e greves marcaram as décadas de 1910 e 1920. Não havia paz social na República, que desaparecia. Arthur Bernardes governou em estado de sítio permanente. Washington Luís tratou as questões sociais como caso de polícia.
         O cisma que dá origem à Revolução de 30 não está apenas no interior das oligarquias. O Brasil estava conflagrado. Aquela República em que o trabalhador não era respeitado, em que os movimentos sociais eram criminalizados, não era uma República de todos.
        O programa da Aliança Liberal, redigido por meu avô Lindolfo Collor, que lançava o nome de Getúlio Vargas contra o continuísmo da política do café com leite de Júlio Prestes, propunha medidas de proteção aos trabalhadores, como a extensão do direito à aposentadoria, a regulamentação do trabalho do menor e das mulheres e a aplicação da Lei de Férias. O programa rompia com uma política de controle da classe operária e tornava clara a necessidade de se ampliar e de se fazer cumprir a legislação social.
         Foi criado então o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, o Ministério chamado por Getúlio Vargas de Ministério da Revolução, tendo Lindolfo Collor como principal idealizador, seu fundador e primeiro titular.
         O Ministério do Trabalho promoveu uma mudança de paradigma que possibilitou ao Brasil construir uma nova ordem social, com maior valorização do trabalhador e estabilidade para o empresariado. Lindolfo Collor, em seu discurso de posse, definiu a sua criação como um desafio na correlação entre a justiça social e o desenvolvimento econômico, porque, disse ele, “O Brasil deve ser um ótimo mercado interno para o Brasil”.
        A partir de então, os sindicatos passam a servir de anteparo dos conflitos trabalhistas, e criam-se comissões permanentes e mistas de conciliação entre empregados e empregadores. Enfim, reconhecem-se como legítimas as reivindicações históricas do movimento sindical anterior à década de 30, e lançam-se as bases da legislação trabalhista, sindical e previdenciária, que posteriormente seria agrupada na Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, de 1943.
        Quase cinco décadas depois, como presidente da República, implantei em definitivo a aposentadoria rural, garantindo um salário mínimo a todos os trabalhadores do setor. Também como presidente, sancionei a lei conhecida como RJU, o Regime Jurídico Único dos servidores públicos federais, um marco da administração pública, bem como a lei que concedeu o seguro-desemprego a pescadores artesanais, durante os períodos de defeso. Ainda na minha gestão, consolidei por decreto as normas regulamentares do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS.
Sr. Presidente, hoje se diz que a CLT está ultrapassada e precisa ser reformada. Ela foi inúmeras vezes alterada, modernizada e adaptada pontualmente de acordo com as demandas de cada época. O conjunto de artigos da CLT já sofreu, desde 1943, 497 modificações, além das 67 disposições constitucionais de 88 que a ela se somaram.
        No mundo de transformações tão velozes como hoje, precisamos salvaguardar os direitos dos trabalhadores, especialmente daqueles mais vulneráveis, como as gestantes, os terceirizados, os trabalhadores rurais, os trabalhadores mais simples, menos qualificados e, acima de tudo, menos mobilizados. Mas, principalmente, precisamos também voltar nossas preocupações aos deserdados da globalização que estão ficando, dia a dia, à margem do processo de inovação tecnológica.
        Pensar nas relações trabalhistas, no choque entre capital e trabalho no século 21, é, sobretudo, reconhecer a CLT como a base sólida sobre a qual devemos criar um novo modelo de legislação. Uma legislação moderna, prospectiva e capaz de estimular desde a readequação das profissões até a inclusão dos trabalhadores às novas tecnologias, como a robotização, os serviços via softwares, os veículos autônomos e demais inovações que avançam e se renovam em escala geométrica. Portanto, não será desmontando a atual base desse novo e necessário arcabouço que estaremos contribuindo para entendê-lo e adaptá-lo à realidade do mundo virtual na produção de bens e na prestação de serviços.
        Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, a verdade é que a imposição desta reforma trabalhista terá somente um efeito: a volta do clima de intranquilidade da classe trabalhadora. Uma intranquilidade que se voltará, paulatinamente, contra o próprio Estado brasileiro. É esta a cena que precisa ser enxergada; é este o cenário que precisa ser descrito e o futuro inovador que precisa se antever.

Por tudo isso, Sr. Presidente, encaminho o voto contrário ao PLC 32, de 2017.