sexta-feira, 30 de junho de 2017

Usina Chaminé resgata brincadeiras tradicionais na programação de férias

Centro cultural terá atividades lúdicas e recreativas, além de exibição de filmes infantis e teatro de fantoches, sempre com acesso gratuito, para criançada e família, nas férias escolares de julho.

Toda criança espera ansiosamente pelas férias do mês de julho. E para aproveitar essa animação e a agitação do período de recesso escolar, o Centro Cultural Usina Chaminé lança a primeira parte do calendário de atividades preparadas exclusivamente para essa época, que movimenta o espaço sempre de terça-feira a sábado, das 9h às 14h, com acesso gratuito.

As atividades visam os públicos infantil e juvenil, com práticas recreativas que acontecem todos os sábados (dias 1º, 8 e 15 de julho), até o meio-dia. Nestes finais de semana também haverá exibição de filmes infantis e desenhos, nos cines Animação e Expresso Pipoca, do meio-dia às 12h45.

Na primeira terça-feira do mês das férias, dia 4, já tem Roda de Leitura da coleção Folclore Fantástico, das 10h ao meio-dia e, na sequência, atividades de recorte e colagem até às 13h45. Esta programação volta a acontecer na quinta-feira (6) e no sábado (8), ambas das 10h ao meio-dia.

E para quem tem energia de sobra para gastar nesse período, a Usina Chaminé também fará o resgate de muitas brincadeiras tradicionais, como pula-corda, passa o recado e dança das cadeiras, nas quartas-feiras (5 e 12), sexta-feira (7) e sábado (15), sempre das 10h ao meio-dia, onde a interação, a cooperação e o reflexo serão alguns dos aspectos explorados.

“Nossa intenção é estimular as crianças a interagirem entre si. Em tempos de tecnologia, muitas ficam em casa nas férias, mexendo no celular e jogando vídeo game. Por isso, as atividades da Usina Chaminé fogem dessa nova realidade e estimulam o desenvolvimento da parte comunicacional e social dos pequenos”, explicou uma das gerentes do local, Edna Rezende.

Oficinas e teatro

Focado na exposição permanente “Sentidos da Amazônia”, em exibição na Usina Chaminé, um painel decorativo será produzido com a ajuda das crianças na terça-feira (11), do meio-dia às 13h45. Com desenhos feitos a lápis, giz, tinta guache sobre papel e colagens com emborrachado, a ideia é trazer para a grande tela tudo o que a criança achar de mais interessante sobre a mostra.

“Depois disso, vamos esperar secar para guardar. E logo mais estará disponível para exibição no Espaço da Criança”, explica Edna.

Já na quinta-feira (13), a programação de férias também é diferenciada, e apresenta Oficina de Origami, das 10h ao meio-dia, e Teatro de Fantoches, retratando a obra “Macunaíma”, do meio-dia às 13h45.

A sexta-feira (14) terá programação inteira voltada para os trabalhos manuais, oferecendo, das 10h ao meio-dia, pinturas com as mãos, seguido de Oficina de Reciclagem, onde as crianças aprenderão a confeccionar uma tartaruga com materiais de reutilizáveis.

Além disso, o museu da Usina Chaminé funciona normalmente para visitação, das 9h às 14h, de terça à sexta-feira, e das 9h às 13h, aos sábados. O Centro Cultural Usina Chaminé fica localizado na avenida Lourenço da Silva Braga, via conhecida como Manaus Moderna, Centro.

Biblioteca Volante

         Itinerante, a Biblioteca Volante do Projeto Mania de Ler também tem parada obrigatória na programação de férias do Centro Cultural Usina Chaminé, no dia 11 (terça-feira), das 9h ao meio-dia. Com um acervo de cerca de 600 livros, a ideia é despertar e incentivar o hábito à leitura nas crianças amazonenses.

          Segundo o secretário de Cultura, Robério Braga, o projeto Mania de Ler é importante porque desperta nas crianças a reflexão por meio do estímulo à leitura. “A participação do programa Mania de Ler, dentro da programação, cumpre o compromisso do Governo do Estado de dar acesso aos livros e à leitura, como fonte de poder transformador na sociedade”, disse.

Pais e filhos

Tempo de qualidade é tudo na vida uma criança. Para isso, o Centro Cultural Usina Chaminé também convida os pais e responsáveis a participarem de todas essas atividades junto aos filhos. De acordo com Edna Rezende, esse processo aproxima ainda mais a família:  “Isso dá mais segurança e confiança aos pequenos. Além disso, é uma ótima oportunidade de conhecer mais sobre os próprios filhos e interagir com eles”, afirmou.

Todas as atividades contam com profissionais do local, mas o estímulo ao acompanhamento dos pais é indispensável.

Brasil: vetos, gafes e blagues (Coluna Follow-Up)

Coluna de responsabilidade do Cieam, editada por Alfredo MR Lopes : “Numa apresentação brilhante, recheada de informações emblemáticas e elucidativas sobre os gargalos e embaraços de Infraestrutura do setor produtivo da Zona Franca de Manaus, o engenheiro Saleh Hamdeh, titular do Observatório da ZFM em Brasília, FIEAM/CIEAM, pôs o dedo na ferida, tanto durante o XXII Fórum dos Executivos da CNI, e Federações das Indústrias de todo o Brasil, 16 de junho, como na Audiência Pública, na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, dia 20 último.
Nesse clima de surpresas e reviravoltas diárias onde uma decisão é válida até que se publique a próxima anulando seu teor e relevância, as colocações de Hamdeh mostraram, sobretudo aos representantes das empresas e aos empresários presentes, que não se pode transferir ao poder público qualquer expectativa ou tomadas de decisão envolvendo a rotina, os estragos e as sequelas da crise.
A prioridade do poder neste momento é segurar a cadeira, a caneta e o controle do Tesouro. De concreto e estratégico está a certeza de que vem mais imposto por aí. A notícia incomoda e inquieta com intensidade adicional quando a sociedade assiste às razões da má gestão do erário que empurraram o país a recessão. Má e fraudulenta, a gestão do país – na medida em que o núcleo duro está integralmente implicado em graves acusações – não tem autoridade moral para propor a imoralidade de mais imposto para repor recursos fraudados. Nesse bolo, ninguém duvida, a riqueza gerada no Polo Industrial de Manaus está incluída. Os recursos que deveriam reduzir as desigualdades regionais foram ‘contingenciados’, uma forma elegante de descrever um confisco ilegal.
Em sua apresentação, Saleh inicia com o relato da BR 319, uma novela absurda, ícone do descaso logístico do governo federal. O Amazonas, a despeito da pobreza de seus índices de desenvolvimento humano, está entre os estados que carrega o país nas costas.  Recolhe três vezes mais do que recebe nas contrapartidas federais. Mesmo assim, juntamente com Roraima, está isolado do resto do país por via terrestre. As licenças, mais uma vez, mostraram que as desculpas ecológicas esconderam o descaso econômico. Não há impedimento e o estado tem um crédito ambiental superavitário. Para Saleh, a própria classe política parece que não está interessada em priorizar a equação do problema.
O sol sobre a peneira
Em seu relato, Saleh mostrou que o processo de esvaziamento se deu bem antes da crise. O faturamento das empresas, camuflado nos indicadores da Suframa desde sempre, com dados nominais de performance em real estão sendo revelados, no portal do CIEAM, em dólar, desde 2013. Na real, porém, o faturamento geral das indústrias caiu 43,31% em dólar nos últimos 5 anos. E o uso da moeda americana fala por si, posto que as transações de compra e venda na cadeia produtiva se baliza por ela. Não adianta tapar o sol com a peneira. Outro indicador eloquente são a perda de 35 mil postos de trabalho, desde o final de 2014.
Considerando que cada posto movimenta outros cinco, essa perda representa, numa estimativa discreta, 200   mil postos de trabalho a menos. Algumas iniciativas de fomento, com um naco discreto dos R$ 1,3 bilhão repassado pelo estado, geraram operações de crédito e geração compensatórias de postos de trabalho. Entretanto, o poder público não foi capaz de fazer sua parte, ajudando a ZFM a exercer com dinamismo seu papel de indutora do desenvolvimento. Na realidade, o estado, aqui traduzido por poder público federal e estadual. As sequelas estão aí. Investimentos fixos estagnado nos últimos 10 anos impediram que o modelo de maior indução de crescimento regional ficasse estagnado.
Pressão predatória
E essa desindustrialização desembarca em seu contraponto: a pressão do desmatamento. Como gerar emprego numa planta industrial abandonada, esburacada, desprovida de investimentos em energia de baixo custo, logística competitiva e comunicação de dados e voz com preços adequados?  A recuperação da BR 319 é fator de competitividade do setor produtivo, um diferencial que, em vez de ameaçar o fator ambiental, permitiria gerar a riqueza necessária à sua conservação.
Na semana passada, diante do mundo abalado pelas mudanças climáticas, o presidente Temer levou um “chega para lá” da Noruega e perdeu metade dos recursos que deveriam ser investidos na Amazônia com o Fundo de U$ 2 bilhões. O Brasil, sequer soube usar, e se danou a desmatar. Como alertar o poder público para esse grito de presta atenção como tem buscado fazer o trabalho vital e essencial do Observatório da ZFM em Brasília?”

quinta-feira, 29 de junho de 2017

TRINTA ANOS DE UM, HISTRIÔNICO, GROSSEIRO, GROTESCO E FARSANTE NO PARLAMENTO

Texto de Eurico Schwinden
Não é pelo tempo de televisão pública que ele usufrui. E este é o único objetivo deste parlamentar, a título de apresentar um "voto em separado". O que ofende a opinião pública, além da linguagem grosseira, escrota, chauvinista deste representante do Rio Grande Sul é que ele se mantenha falando por horas, sem qualquer censura diante de agressões sórdidas aos seus pares. No caso do relator do projeto de Reforma Trabalhista, valeria, no mínimo uma denúncia ao Conselho de Ética e, para o bem do decoro, um boletim de ocorrência por todos os crimes cabíveis nessas recorrentes ofensas contra o relator da Reforma.
Lamentável a atitude dos presidentes das comissões  onde tramita a reforma. Um deles chegou a ser agredido fisicamente, os demais, tolerantes, violando o Regimento, concederam ao senador petista tempos extras, sucessivamente, enquanto ele apenas repetia, repetia, repetia, seus precários argumentos de gigolô de trabalhador.
Senador mente. Mente muito mas mente sempre na primeira pessoa.
É  uma figura deprimente. Seu papel como deputado ou como senador sempre teve o mesmo tom e desídia: a exploração de idosos, minorias e, claro, como o único brasileiro que defende os trabalhadores. Um clássico gigolô de classes. Quanto mais fragmentada a sociedade mais lhe rende o “prestígio malandro” dos impostores políticos. E como se não bastasse, embora já tenha admitido publicamente sua vergonha por ser petista, não conseguiu se desgarrar da Organização Criminosa que, direta ou indiretamente, lhe rendeu a propina suficiente para garantir seus sucessivos mandatos.
E como ninguém lhe contesta, insiste em dizer que “estava lá” na Constituinte. Sim, estava, mas como todo o PT teve participação abaixo de zero. E, por fim, como questão fechada, votou contra e deixou de assinar a Carta de 1988. Em todas as fases - das comissões  temáticas, passando pela Comissão de Sistematização e nos dois turnos de votação da Constituição não se acha o nome do referido e lamentável senador. Não se conhece uma só fala, uma só linha pronunciada ou escrita por seu chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, o comandante da tropa e hoje consagrado como o Chefão da Organização Criminosa, que já se chamou PT.

- Que este mendaz senador mostre o texto original da Carta de 1988 com sua assinatura e seus comparsas do PT. (Não duvidem que ele possa ter incluído esta "assinatura" em edições posteriores. O PT é um fiel seguidor de Stalin na falsificação da História.

- Jornal da Constituinte editado semanalmente pela ANC estão registrado todas as emendas propostas com nome do autor, dos apoiadores, o resultado da votação em cada item.

Intolerável má-fé e ignorância contra a Zona Franca

 Texto de Wilson Périco 
Antes da viagem à Rússia e Noruega, que serviu para "levar" puxões de orelha e envergonhar os brasileiros com "equívocos" , o presidente Michel Temer sancionou o Decreto que cria as novas taxas da Suframa e regulamenta as verbas de pesquisa e desenvolvimento das empresas de Informática. E, dentro da lógica da política franciscana, o toma lá dá cá, vetou o artigo que dá à Suframa autonomia na gestão dos recursos para cumprir suas atribuições legais. Ou seja, os recursos continuarão sob o confisco federal. E, em tempo de crise, vetou o escalonamento das dívidas de empresas que não recolheram as taxas de P&D. Quanto ao confisco, as empresas já decidiram, em Assembléia, que voltarão à justiça para demonstrar a comprovada ilegalidade das taxas. Havíamos concordado em recolher se este recurso fosse aplicado na região em gestão compartilhada com os estados da Amazônia Ocidental. Quanto ao veto de escalonamento das dividas, a medida apenas confirma os danos de uma gestão federal à distância, tanto dos problemas locais como das contradições históricas dessa cobrança. Pior, se observa claramente, uma vez mais, que os interesses ou birras político-partidárias estão acima do interesse da sociedade.  Em qualquer dos casos, as empresas enxergam nessa “punição” de cartas marcadas, um elemento de revisão de investimentos e acariciam a opção Paraguai. A insegurança é jurídica, institucional e eleitoral. E as empresas, além da comunidade internacional,  enxergam como quebra da credibilidade com tomadas de medidas sem critérios e prioridades.
O veto da Noruega, além da puxada de orelha, que cortou metade do Fundo Amazônia, verba de US$ 2 bilhões administradas pelos burocratas do BNDES, se baseia não apenas no aumento do desmatamento na Amazônia, que cresceu 24% em 2015 e 29% em 2016. Eles indagaram por que, depois de 8 anos, menos de 40% dos recursos foram aplicados na região? Onde foram aplicados os recursos?? Por que punir um estado como o Amazonas, que está fazendo o dever de casa corretamente? Por que confiscar as verbas que podem e devem ser aplicadas para adensar, diversificar e interiorizar  uma economia que não desmata a floresta?? Pelo contrário, conserva e tem propostas de produzir alimentos na piscicultura que geram 22 toneladas de proteínas num hectare de lâmina d'água, enquanto um hectare de pecuária produz 500 quilos? Por que confiscar as verbas recolhidas pelas empresas que podem consolidar o polo de fertilizantes para uma bioeconomia inteligente acoplada a uma agricultura sustentável? Há 15 anos o confisco se dá na ordem de 80%, dinheiro suficiente para promover uma revolução tecnológica. Por que os parlamentares da região se recusam a refutar este dano institucionalizado?
É tanta negligência, misturada com desinformação e má fé, que sobra espaço para humoristas "muito" engraçadinhos pedirem aos universitários: “Alguém me explica a Zona Franca”,  para atacar este programa fiscal de acertos sem precedentes na história da redução das desigualdades regionais do país. Piada pronta pois, além de não conseguir respostas corretas a sua ignorância expos o baixo nível de humor que todos nós vivemos hoje. Este reconhecimento de um programa fiscal  premiado por organismos internacionais, foi ratificado pelo economista Paulo Roberto Haddad, professor emérito da UFMG, uma das maiores autoridades em desenvolvimento regional do país, em recente entrevista ao Jornal do Comércio, Coluna Follow Up. “A ZFM, em vez de aplauso, deverá ser alvo de iminente corte de incentivos fiscais”. O alerta veio seguido de uma recomendação: promover o adensamento de uma dezena de arranjos produtivos, com taxas robustas de apoio e baixa emissão de carbono, como proteína de peixe, cosméticos e alimentos funcionais, para exigir o fim do confisco. Outro caminho não nos resta, senão assumir o protagonismo em bloco, aproximando as entidades de classe do setor produtivo, tanto local, como regional – voltar a Suprema Corte se preciso – para construir uma economia diversificada, a serviço da prosperidade regional, sem gafes diplomáticas nem humoristas com suspeita intenção.

Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Amazonas e vice-presidente da Federação das Indústrias do Amazonas.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Zeca Nascimento recebe em torno de Amazonino Armando Mendes

Coluna Pedrinho Aguiar – 27-06-17
Uma tarde de confraternização entre comunicadores e um dos maiores ícones da política amazonense. O cenário do movimentado encontro foi a residência do investidor Zeca Nascimento, no Centro antigo da Grande Manaus. Cerca de 80 convidados, entre jornalistas, admiradores e seguidores do ex-governador, ex-prefeito e ex-senador, Amazonino Armando Mendes, lotaram o salão e o alpendre das samambaias, no grande agito que movimentou a mansão da rua Luiz Antony, no sábado que passou.

Comunicadores (tevê e jornais), blogueiros e personalidades de vários segmentos sociais, fizeram questão de prestigiar o encontro para aplaudir e incentivar, Amazonino Mendes, candidato do PDT ao Governo do Amazonas nas eleições de 2017. Pleno de vitalidade, bom humor e disposição, o ‘negão’ adentrou ao recinto precisamente à 14h, acompanhado do seu assessor e fiel escudeiro Otávio, sob calorosos da plateia presente. Carismático e sorridente, Amazonino foi recebido com música, alegria, carinho e respeito do público heterogêneo que foi reverenciá-lo.

Os projetos políticos e blá,blá,blás ficaram de lado. A tônica do compromisso era apenas a satisfação de reencontrar um ídolo que retorna à cena política local, com o propósito de ouvir dos eleitores o que é melhor para o nosso Amazonas. Segundo o candidato, ele não está atrás de honraria nem bens materiais, mas da gratificação de ajudar seu estado e ajudar seu povo. Ele está forte, saudável, firme e cheio de vontade. No mais, a reunião rendeu boas risadas e puro congraçamento. A banqueteira Charufe Nasser, amiga do homenageado, foi a responsável pelo irrepreensível bufê de iguarias árabes. Ao amigo Zeca, o grande anfitrião, fica a certeza de ter propiciado um dos encontros mais democráticos da temporada. Carece mais?
Foto de Carlos Herton

Temer reage firme contra Janot

Hora da luta do século. De um lado, o franzino e  elegante Temer, trabalhando para tirar o Brasil do atoleiro. Do outro, Rodrigo Janot, o  insaciável  procurador-geral. Armado até os dentes  com  material de guerra de fazer inveja aos rebeldes da Síria e os terroristas do Estado Islâmico. Os óculos  escondem os olhos cheios de ódio e rancor.  Janot   vestiu a armadura do paladino  imbatível.  Passa por cima de   quem tiver a audácia de atravessar o caminho dele. Janot emagreceu 25 quilos. Quer descontar o tempo perdido tirando o couro do esquálido Temer.  No ringue, David contra Golias. O jogo é jogado. Lambari é pescado.  É necessário um raciocínio coletivo para se avaliar melhor as ações mesquinhas, covardes, demagógicas e oportunistas de Janot: Foi ele, através do MPF que endossou a delação premiadíssima da quadrilha chefiada por Joesley Batista. Sem interferência do juiz Moro nem do STF.  A seguir, Janot deu de mão beijada para o Globo o furo fajuto da delação de Joesley. Evidente que com o gesto, Janot queria ter aliado poderoso da midia para levar adiante seu devaneio doentio.  E assim foi.  Juntou-se a TV- Globo, O Globo e a Globonews. Todos babando ódio e se deliciando com enormes e saborosas picanhas e maminhas. De graça, claro. Começava a escalada de Janot para passar por cima inclusive do STF.  Um acinte descarado feito a sol  aberto para o estarrecimento de toda a nação. Aos justiceiros Janot, Globo, TV-Globo e Globonews, juntaram-se a polícia federal, e as pornográficas Veja e Época. Somente Deus tem poder para desmentir matérias surradas e levianas das organizações Globo. Tudo pronto para mandar Temer para o espaço. Onde já se viu, um arrogante e balofo procurador-geral dando ordens para todos os escalões da justiça e praticamente para a mídia toda?  Parece um Brasil enlouquecido pelo rancor, pela vingança. Janot é quem manda. Sonhou ser a raça pura enviada pelo deuses. Encarna o policial, o carrasco, o juiz e a metralhadora que visa acabar com a governabilidade. É o cúmulo do desaforo. Quem dará um basta na arrogância e na prepotência de Janot? Armação e empulhação, Globo, Janot, polícia Federal e Fahin, tudo a ver. É o fantástico , o show da tapeação. Jornal Nacional já era. Agora é Vale pena ver de novo. Repetem dezenas de vezes as mesmas imagens, os mesmos assuntos, os mesmos entrevistados. Tudo contaminado e visando criminalizar Temer.  Jornalismo mais imundo é impossível.

Retaliação contra políticos deixa Suframa de mãos atadas

Opinião/Claro & Escuro (DIÁRIO DO AMAZONAS)
A retaliação do governo federal contra os parlamentares do Amazonas de dentro e de fora da base aliada sobrou para o maior projeto de desenvolvimento regional do País com a limitação da atuação da autarquia federal mais importante da região, a Suframa, responsável pela política de incentivos fiscais. O veto presidencial à aplicação dos recursos obtidos com as novas taxas da Suframa junto ao comércio e à indústria na região afeta Estados e municípios da Amazônia Ocidental, impedidos de celebrar convênios com a autarquia, que permanece de mãos atadas com o contingenciamento dos recursos. O outro veto do presidente Michel Temer impede o parcelamento dos débitos das indústrias do segmento de informática que deixaram de aplicar em P&D, medida que igualmente desestimula a atração de investidores. No meio do embate, a indústria tenta articular apoio dos congressistas da região em defesa desses pontos que foram derrubados.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

A INTELIGÊNCIA NO BRASIL

Não somente as grandes potências mas todos os países devem dispor de um eficaz Sistema de Inteligência que contribua para defesa nacional, a integridade territorial, a segurança interna, a preservação dos valores institucionais, a manutenção dos recursos naturais, o combate à corrupção, às ingerências estrangeiras, aos movimentos insurrecionais, subversivos e perturbadores da ordem pública, propondo adoção de medidas, prioritariamente preventivas, de interesse do Estado e do Governo.

O desenvolvimento tecnológico, a invasão nas redes de comunicação, a sofisticação do armamento, o incremento de atentados terroristas e o barbarismo do Estado Islâmico (EI) merecem ser acompanhados diuturnamente por autoridades competentes  e pessoal altamente especializado.

Já imaginaram a possibilidade de ataque do VATICANO com drones portando, por exemplo, munição química? Não poderia haver maior repercussão para os brutais assassinos que deturpam seus próprios princípios religiosos para catequizarem crianças como  futuros homens-bomba na propaganda de seus interesses deletérios.

No BRASIL, é inquestionável a eficiência do Serviço Nacional de Informações (SNI)  durante os governos militares para se contrapor  à subversão, às guerrilhas urbana  e rural, e ao desvio do dinheiro público.

Algum Presidente, Ministro ou titular de Estatal ficou rico ou foi denunciado por corrupção? Houve superfaturamento na extraordinária obra da Ponte RIO - NITERÓI?

Os radicais de esquerda afirmam que tudo era tão fechado que não dava margem a tais especulações. Porém, os revanchistas fizeram incursões exitosas em algo muito mais recluso haja vista as indenizações maximizadas  pela denominada Lei de Desaparecidos  no Governo FHC e as absurdas conclusões das Comissões da Verdade(?) nas administrações de LULA e DILMA.

Apesar da anistia, torturadores devem ser denunciados à opinião pública da mesma forma como os que assim procederam na subversão.  Mas daí a imputar responsabilidade penal ao Patrono da Aeronáutica, aos Generais – Presidentes e a tantos outros inocentes, poucos ainda vivos e sem sequer  ouvi-los, aí já é demais. Os Comandantes das Forças Armadas, de então, levarão para o túmulo o remorso da omissão por não terem defendido companheiros de farda mesmo sabendo que alguns foram caluniados  ou tiveram seus nomes equivocadamente trocados.

O SNI cometeu excessos e extrapolou no exercício de suas atribuições. Foi na realidade um governo paralelo com extraordinário poder que, inúmeras vezes, ultrapassou  as autoridades militares e criou inúmeros  ressentimentos internos. O malfadado “CONSTA QUE” proliferou e banalizou-se criando um pavor até no meio militar porque ninguém ficava imune a acusações vagas, levianas , preconceituosas e, até mesmo, vingativas.

Com o término da chamada “ditadura militar”, ele continuou menos invasivo e mais moderado no governo SARNEY.

Cumprindo a promessa de campanha, COLLOR extinguiu-o radicalmente e, para tanto, também contribuiu o fato do Chefe do SNI não tê-lo recebido no Palácio do Planalto quando era Governador de ALAGOAS.

Acabaram as agências de informações nos Ministérios Civis e nas Estatais, incluindo a PETROBRAS, o pessoal altamente especializado foi demitido e cooptado pelas empresas privadas de segurança, os antigos que permaneceram fizeram corpo mole e os admitidos eram muito jovens com  conhecimento incipiente.

O pouco que restou do SNI foi para a recém criada Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e o resultado foi um fracasso. No Governo ITAMAR, o novo titular da Secretaria ainda teve de aturar a remanescente Subsecretaria de Inteligência que acabou caindo no colo do Gabinete Militar de FHC, como sempre ocorre em situações semelhantes.

A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) só foi criada no final de 1999 e os resultados aí estão.

Basta citar que o BRASIL é, talvez, o único país do mundo a admitir somente por concurso público, o pessoal para tão importante setor da vida nacional. Que vulnerabilidade! E a experiência anterior, a vida pregressa, a ideologia e a confiabilidade? 

Será que detectaram e informaram a quem de direito com oportunidade as aventuras de PC FARIAS, a compra de votos para aprovação da emenda  constitucional que garantiu reeleições, o  mensalão, o petrolão, o poder dos empreiteiros, a generalização do Caixa Dois, os “malfeitos” nos órgãos governamentais, o fedor da corrupção e os cenários de possibilidades de impedimento de Presidentes da República, dois já concretizados?

Pouco antes da posse de COLLOR, seu tio se reuniu com os futuros Ministros das Forças Armadas e o Chefe da Casa Militar, na Base Aérea de Brasília, dizendo ter sido por ele incumbido de estudar a reestruturação do Sistema de Inteligência. Trocaram ideias a respeito do enxugamento do SNI e da restrição de sua atividade em alguns setores.

Ficou a impressão de que o serviço seria reformulado mas jamais extinto. Para surpresa geral, o Presidente nada adotou daquilo que lhes havia sido informado e seu parente sumiu, sendo nomeado  Embaixador em um país europeu.

De lá pra cá, até hoje, nos ressentimos da falta de um instrumento que seja de extraordinária eficácia para o Estado, principalmente, e cujos benefícios seriam em proveito da população sob todos os pontos de vista.
DIÓGENES DANTAS FILHO- Coronel Forças Especiais/Consultor de Segurança.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

O rebotalho da crônica esportiva decidiu fazer delação premiada

Aspas para o famoso e folclórico rebotalho da crônica esportiva:  Curitiba. Sala fria. Repleta de policiais.   O farsante decidiu delatar. Abrir o verbo.Logo ele, que adora vazar delações alheias. O cretino pergunta: " O gravador é bom mesmo, doutor? Melhor do que aquele enferrujado do colega Joesley? "Eu garanto. Fala", irrita-se o procurador. Vamos lá.  " Não aguento mais tanta angústia. Há anos não consigo dormir. Ruminando, babando  ódio,  contra quem vou jogar as patas amanhã. Não preciso de provas. Nasci leviano. Morrerei  leviano.  Acuso e pronto. Dane-se,  Jornalista não vai em cana no Brasil. Desde que fui parido, no curral das vacas, sinto uma sofreguidão no peito. Minha sina é falar mal dos outros. Doutor Janota, estou abrindo meu coração ao senhor para tentar, pela última vez, se consigo me tornar cidadão decente. Preciso aplacar o  ódio, o recalque, a inveja e a frustração que carrego no peito. Deixar de ser anjo torto e cretino. Minha alma tem mau hálito, de tanta imundície que escrevo.  Aliás, registre-se: sou apenas um rabiscador de asneiras, sandices, idiotices e imbecilidades. E a Folha de São Paulo ainda me paga por isso. Antes da delação premiada que agora faço ao senhor, doutor Janota, procurei o perdão de Deus."Não diga. Sério? Indaga o doutor Janota.   Fui barrado em todas as igrejas católicas de São Paulo.  Todos os padres recusaram ouvir minhas confissões. Correram de mim como o diabo corre da cruz. Agora,  doutor Janota,  em Curitiba, sei que vou finalmente encontrar a paz que tanto almejo. Não quero mais ser torpe. Juro que não patrulharei mais nenhum diretor, presidente de clube ou jogador.Não insultarei mais a CBF. Tentarei ser menos ordinário. Burrice falar mal da CBF. Os caras lá nem sabem existo. Não dão a minima para minha medíocre existência.    Percebo que  estou perdendo  a credibilidade e o respeito profissional. Nos meus  muitos endereços que a Receita federal tem, não sou mais saudado com festa nem pelos vigias noturnos. De madrugada, os lixeiros viram a cara. Fingem que não me conhecem. Não quero mais ser um cara repulsivo, arrogante e pretensioso. Juro, doutor Janota, que tentarei rabiscar menos porcariadas. A Folha de São Paulo ainda vai se orgulhar de mim. Nessa linha, tentarei levar a amarga Mariliz Pereira para o caminho do bem e da ternura.  Prometo, doutor Janota, que voltando para São Paulo, marcarei consulta com uma junta internacional de  psiquiatras, psicólogos, pais de santo e pastores evangélicos.  Talvez ainda tenha cura. Não aguento mais ter pesadelos com os versos imortalizados no samba de Antônio Maria: "Ninguém me ama/ ninguém me quer/ ninguém me chama de meu amor".  Doutor Janot percebe que o rebotalho tenta  chorar. Em vão.

Exército trabalha com um terço do orçamento, revela comandante

Um dos temas abordados na audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) com o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, nesta quinta-feira (22), foram as restrições orçamentárias pelas quais passa a força.
O general revelou que o Exército necessita de dotações anuais da ordem de R$ 2 bilhões, porém os repasses previstos em 2017 são de R$ 767 milhões. Neste cenário, explicou o general,  o custeio não é comprometido, mas as restrições afetando fortemente o desenvolvimento de novos projetos.
Villas Bôas disse que tal cenário é "preocupante", e que as verbas à disposição, após um contingenciamento superior a 40%, criam incertezas para acertar as contas a partir de setembro.
- No que se refere a esta questão momentânea, o governo está atento e creio que os problemas imediatos serão resolvidos. Mas na área da Defesa, mais importante até do que o valor anual das dotações, é o orçamento ao menos ser previsível. Não é possível definir um valor na peça orçamentária, a gente se estruturar e depois já vem uma interrupção - disse o general, explicitando que esse tipo de prática traz "prejuízos terríveis" ao Exército e "uma situação calamitosa" para as empresas com as quais a força tem contratos.
O general ressaltou a importância que tem para o país investir no setor de Defesa, pelos impactos estruturais que provoca no desenvolvimento científico, econômico e na geração de empregos. Acredita que no mundo de hoje qualquer país que descuide do seu poder de dissuasão comete um erro, citando como exemplo a recomendação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para que seus países-membros incrementam as dotações de 1,5% para 2% do PIB na área.
- Temos capacidade dissuasória assegurada em relação a nosso hemisfério, mas não temos em relação às grandes potências e outros países. Daí a importância de projetos como o submarino nuclear, os novos caças, aeronaves KC e outros projetos - reiterou.
Citando estudos da Universidade de São Paulo (USP) e da Embraer, o militar demonstrou que a cada R$ 1 investido em Defesa multiplica-se em R$ 10 no produto interno bruto. Lembrou ainda que a atuação do Exército brasileiro hoje é condizente com o que se espera de uma prestação de serviços moderna, indo além do combate ao inimigo. Sua profissionalização deve estar voltada para atender a qualquer necessidade do país, citando como exemplo hoje a distribuição de água para cerca de 4 milhões de habitantes do Nordeste, missão assumida e cumprida diariamente desde 2003.

Segurança das fronteiras

No portfólio de programas estratégicos, Villas Bôas reitera que o mais relevante para o país é o Sistema Integrado de Monitoramento das Fronteiras (Sisfron). Para o militar, o Brasil e suas autoridades são passivas diante do descalabro provocado pelos altíssimos índices de violência urbana, fruto em grade parte do descontrole do que se passa nas fronteiras, vizinhas de regiões onde imperam cartéis ligados a um pesado tráfico de armas e drogas.
- A qualidade de vida do brasileiro e sua liberdade é fortemente afetada por esse descontrole. Hoje convivemos passivamente com mais de 60 mil assassinatos por ano, outros 20 mil desaparecidos, mais de 100 estupros por dia, somados a incalculáveis danos ao patrimônio - disse o general, para quem a solução para o "descalabro" passará necessariamente pelo uso intensivo de alta tecnologia no monitoramento dos mais de 17 mil quilômetros de fronteiras do país.
Diante do quadro exposto pelo general, o senador Jorge Viana (PT-AC) acredita que a CRE tem a obrigação de priorizar o Exército e as demais forças em suas emendas ao Orçamento. Ele apresentou quadros demonstrando uma forte queda nos repasses desde 2013. Quem também disse estar preocupado com essa situação é Lindbergh Farias (PT-RJ), para quem o país precisa revisar as regras ligadas ao teto de gastos públicos, entre outras razões pela "corrosão" que causará nos investimentos em defesa nacional a médio e longo prazo.
Agência Senado 

quinta-feira, 22 de junho de 2017

“De portas abertas” (Coluna Follow-Up)

Trecho da coluna de responsabilidade do Cieam, editada por Alfredo MR Lopes: “Num espaço curto de tempo, um servidor da Suframa, José Jorge do Nascimento Júnior, foi escolhido para dirigir o órgão estadual de Planejamento. Nesta quarta-feira, um servidor da mesma pasta estadual, Appio Tolentino, assume a Suframa, e o faz com aceno simbólico de dirigir essa autarquia ‘com as portas abertas’. Esse rodízio é extremamente saudável na medida em que uniformiza condutas, alinha procedimentos, flexibiliza formalidades. Há que se promover um choque de desburocratização para tornar fluída e eficaz a gestão pública, em nome da produtividade, competitividade e transparência nas relações e atribuições. A imagem das ‘portas abertas’ é elucidativa e traduz exatamente aquilo que a presidência e os conselheiros do Cieam, e certamente das demais entidades do setor produtivo, mais almejam. Tem sido, aliás, assim, nas últimas gestões da Suframa, por força dos resultados que esse alinhamento produz. Seguem, então, algumas ponderações pautadas nas vantagens da disposição comum para trabalhar, os em equipe, prestigiando os técnicos que estão tocando projetos, sempre na linha de integrar a luta pela sintonia fina entre os setores públicos e privados para ambos façam o melhor de si a luz do interesse coletivo. Abrir as portas significa desburocratizar procedimentos e resgatar autonomia da autarquia, entre outros prognósticos indicadores do diálogo e de união pelo Amazonas, pela Amazônia Ocidental e pelo empenho de resgatar o crescimento, os empregos e a arrecadação do Estado. Esta é a síntese que ampara a boa acolhida e recomenda apoio irrestrito aos compromissos da nova direção da Suframa”.

Pantominas do canastrão Joesley

A nação assiste, estarrecida, as pantomimas do cretino e debochado Joesley Batista. É o xodó  mais pautado pela imprensa. O moderno e caro jato de Joesley é atração nacional. O chefão da camarilha da JBS cumpre com esmero as ordens da Procuradoria-Geral da República e da polícia federal. Desfia o rosário de escabrosas acusações, contra tudo e contra todos. Sem pudor ou constrangimento. Mente descaradamente para criminalizar e fragilizar Temer.  Peraltices e ordinarices de Joesley são repetidas como verdades absolutas.  O canastrão  age com desembaraço. Fantasiado de paladino e imaculado. Como  se nada temesse. Leva fé nos padrinhos que apoiam suas falcatruas.  Voltará aos Estados Unidos ainda mais abusado e insolente. Dando gargalhadas e picanhas podres aos brasileiros de bem.  É patético se não fosse trágico. 

Neymar, amigo da onça

Neymar, surgido e crescido no Santos, ao lado de Ganso, tornaram-se grandes amigos. Tanto que Ganso é  padrinho de casamento de Neymar.  Contudo, Neymar  deu uma de amigo da onça: Preferiu  recomendar Lucas Lima, ao Barcelona,  ao invés de Paulo Henrique Ganso. A meu ver, Lucas Lima nunca jogou e jamais jogará mais do que Ganso. Registre-se  que Neymar, com o lamentável gesto,  mostra, na realidade, que não tem o carinho, apreço e amizade por Ganso que diz ter. Que o episódio sirva de lição para Ganso. Assim caminha a humanidade.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Queridas amigas, queridos amigos,

... apoiadores, parceiros, colaboradores, doadores de peças, depois de dois anos
de trabalho neste Projeto e quase 30 anos de obstinação, estamos lançando o Portal
www.zuzuangel, com a Coleção Zuzu Angel - Documental e Têxtil - digitalizada.
Além disso, concluímos nossas quatro Reservas Técnicas, na Casa Zuzu Angel de
Memória do Brasil, na Usina, com parte de nosso Acervo Têxtil já higienizado,
catalogado, organizado, dentro de padrões museológicos internacionais.

É só o começo, ainda há muito por fazer. Mais um percurso nesta estrada que
temos ainda a percorrer juntos, rumo à preservação da memória da moda brasileira.
Aguardando sua presença na Casa França Brasil para brindarmos a esta conquista,

Hildegard Angel -
Presidente, Instituto Zuzu Angel

“ESTÓRIAS” DE UM PRESIDENTE

Este é o título do livro do saudoso e brilhante Coronel HERNANI  D’AGUIAR que abdicou de sua promoção a General para dar assistência permanente ao Presidente COSTA e SILVA, como Chefe de seu Gabinete Pessoal, desde a grave enfermidade até à morte.

O militar tinha sido anteriormente, de 1967 a 1969, o primeiro Assessor Chefe de Relações Públicas da Presidência da República, desfrutando da intimidade do Marechal.

Àquela  época, a lealdade era considerada um apanágio dentre as virtudes castrenses e D’AGUIAR  foi exemplar na sua observância.
Ficou ao lado de seu Chefe e Amigo, inválido em cima de uma cama e alheio a tudo em vida semivegetativa, enquanto grave crise ocorria pela posse do poder.

O autor procura retratar  o lado humano do Presidente apesar de sua aparente sisudez.

Católico fervoroso, COSTA e  SILVA repetia com frequência que não desejava o seu Cargo nem para o pior inimigo. Parece até que estava adivinhando o calvário de COLLOR  e os tsunamis enfrentados por LULA, DILMA e TEMER.

Desejava ser como o Marechal DUTRA ao deixar o Governo: “ter a casa cheia de amigos, cuidar dos netos e envelhecer tranquilamente pelas ruas do RIO...”. Que brutal diferença para os governantes recentes!
Ele era muito emotivo, chegava às lágrimas com facilidade e reconhecia não possuir o “aplomb”  de um Presidente por não ser imponente, alto, forte, magro e bonito. Apesar dos constantes regimes alimentares, a vaidade não lhe batia às portas. Quantos de seus sucessores se aproximam dele neste particular?

No seu leito de dor, imobilizado e mal conseguindo comunicar-se com os que o rodeavam, preocupava-se com o destino de seus amigos leais. Assim também foi com o bravo Jornalista CARLOS CHAGAS, seu Secretário de Imprensa. Ao saber que voltaria para  “O GLOBO” os dois começaram a chorar de mãos dadas. Realmente emocionante! O que diriam do atual ambiente de traições, delações premiadas, denúncias e deslealdades?

O Ministério das Comunicações acabava de ser criado e a chefia da EMBRATEL estava vaga. Levaram-lhe o nome de seu filho ÁLCIO da COSTA e SILVA por ser engenheiro formado no ramo pela Escola Técnica do Exército e satisfazer plenamente as condições exigidas para o cargo. Ele discordou por ser um mau exemplo.Bons tempos em que o nepotismo era repudiado até na Praça dos Três Poderes.

Em 1969, recebeu um grupo de juízes e desembargadores que pleiteavam isenção de imposto de renda. Após escutá-los, mostrou-lhes o seu contracheque de vencimentos com o desconto mensal do referido imposto e solicitou-lhes que também o fizessem. O constrangimento foi grande pela diferença salarial e o Presidente lhes disse: “orgulho-me de pagar imposto de renda- é uma das formas de redistribuir a riqueza”. Já imaginaram como seria este diálogo atualmente onde é abismal a diferença salarial entre os integrantes dos Poderes Judiciário e Legislativo, de um lado, e os do Executivo, de outro, apesar de a isonomia estar prevista na Constituição?

COSTA e SILVA nunca  escondeu que era apaixonado pelo turfe e gostava de moderadamente apostar em cavalos de sua preferência. Sabedores disto, lobistas tentaram lhe oferecer, de presente, o puro-sangue TIGER de 2 anos, de excelente linhagem e de elevado valor.
Com a sua simplicidade e inspirando-se  em fato semelhante ocorrido com o Consolidador da República, respondeu: “aceitarei com muito prazer mas no dia seguinte ao da passagem do governo para meu sucessor”. Qualquer comparação com o que se sabe, se lê sistematicamente nos noticiosos  e se ouve nas TV, fica por conta do leitor.

Ele tinha grande coragem pessoal e não se atemorizou com  a covardia do Atentado de Guararapes, em Recife, que o tinha como alvo. Jamais admitiu excessos praticados em nome de sua segurança. Sempre citava o exemplo de KENNEDY que foi mortalmente baleado apesar de contar com uma das melhores proteções do mundo. Várias  vezes saltou de seu carro para confraternizar com o povo mesmo em redutos da Oposição.

Durante seu mandato, somente se ausentou do país por 3 dias para comparecer  à reunião dos Chefes de Estado em PUNTA DEL LESTE/URUGUAI. Bons tempos de economia nos gastos públicos sem desperdícios em mordomias.

Na manhã de 29 de agosto, com o rosto repuxado e coberto por um cachecol, falando palavras enroladas e mal articuladas, preparou-se para deixar o Alvorada e fez questão de sair como chegou: andando. Ao ultrapassar a portaria, olhou para o Palácio e começou a chorar antevendo a final despedida. Com ele viajavam 2 grandes amigos, o médico da Presidência e seu ajudante de ordens, testemunhando a grande dificuldade do  Presidente  guardar  o lenço que enxugara suas lágrimas porque o braço não lhe obedecia. No meio militar as amizades são sinceras e independem de hierarquia.

No dia 17 de dezembro de 1969, pouco antes das 16 horas, o Marechal COSTA e SILVA já afastado da Presidência teve um infarto fulminante e repousou.

Ele ficou marcado pela implantação do AI-5 que o associou à figura de um ditador que sempre repugnou. Poucos sabem que ele lutou para impor uma Nova Constituição antes do epílogo  de seu mandato mas Deus assim não o quis.

O livro é uma Bíblia de ensinamentos para os governantes de diferentes níveis e revela a personalidade de um homem bom,  desconhecido pela grande maioria da população. Merece ser lido e relido!  
DIÓGENES DANTAS FILHO- Coronel Forças Especiais/Consultor de Segurança.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Marcella Bártholo faz visita à Secretaria de Cultura

A cantora, que participou da edição de 2017 do programa The Voice Kids, da Rede Globo, apresenta-se no Teatro Amazonas no próximo fim de semana com o espetáculo “Dream, o Musical”.

 A cantora Marcella Bártholo, 15, encontrou-se com o secretário   de Cultura, Robério Braga, para agradecer o apoio da Secretaria de Cultura ao espetáculo Dream, o Musical, que acontecerá no Teatro Amazonas neste sábado, 24, em duas sessões, às 17h e às 20h.

O encontro foi na Secretaria de Cultura,   com a participação do pai e do irmão de Marcella, Marcellus e Pedro Campelo, que  integram  da produção do espetáculo.

Robério Braga elogiou o talento da jovem cantora. “Marcella foi aluna do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro e surpreendeu a todos nós com a sua participação no The Voice Kids, que foi de arrepiar! O talento dela mostra que o trabalho que estamos desenvolvendo no Liceu, com uma política cultural forte, tem dado muitos orgulhos para o nosso Amazonas”, afirmou o secretário. 

Para Marcella, apresentar um espetáculo no Teatro Amazonas durante as comemorações dos 120 anos da casa é um marco na sua vida musical. “É um sonho realizado! Eu já tinha participado de um espetáculo no Teatro quando tinha 6 anos de idade, mas dessa vez é diferente. Eu estou bem emocionada, e tenho certeza de que a apresentação vai ser maravilhosa”, completou.

Dream, o Musical

Com direção geral de Marcellus Campelo, Dream, o Musical, conta a história da infância de Marcella desde as primeiras aulas de balé até a participação no The Voice Kids, mostrando também as curiosidades e bastidores do programa. O espetáculo tem direção artística de Matheus Sabbá, cenografia de Marcos Apolo e coreografia de Brunno Athayde, além da direção musical e preparação técnico-vocal de Mardson Campelo.

No palco com Marcella, participam músicos e bailarinos que integram o Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro e a Amazonas Filarmônica. O espetáculo também tem a participação em cena dos atores Tânia Melo, Sílvio Romano e Pedro Campelo.


Fotos Lucas Vítor Sena/SEC


Imbecil e mentiroso Romário

O inútil, ressentido e desmoralizado Romário insiste em ser irresponsável. O relatório bolorento, recalcado e mentiroso que tentou aprovar na CPI do Futebol não tem validade jurídica. O desesperado Romário pode rosnar como quiser  e plantar canalhices a vontade. O relatório final aprovado na CPI do Futebol  é da autoria do senador Romero Jucá. É o documento que vale para a justiça. O tal plano B de Romário é um calhamaço de ilações e acusações sem provas e ridículas. Repleto de notícias requentadas, vencidas, ultrapassadas e enterradas. Como breve será o próprio Romário, enterrado nas  urnas pelo  eleitor carioca, iludido pelas fanfarrices  e sandices do ridículo senador. O Rio de Janeiro não merecia senador tão inexpressivo.  Xô, Romário.

Comissão de Relações Exteriores realizou mais um painel para tratar sobre a conjuntura mundial e o papel do Brasil

Collor preside Comissão de Relações Exteriores do Senado (FOTO: AGÊNCIA SENADO)

Fenômenos como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia (processo conhecido como "Brexit") sinalizam um "fim de ciclo" na geopolítica internacional e a inauguração de uma nova ordem. Essa é a conclusão dos convidados da audiência pública realizada nesta segunda-feira (19) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal, presidida pelo senador Fernando Collor de Mello (PTC/AL).

Durante a discussão na sessão, os convidados ressaltaram que ainda não é possível prever que tipo de configuração geopolítica emergirá desses novos fatos. Eles apontaram, no entanto, que já é possível observar que a balança de poder que vinha sendo hegemônica nas últimas décadas está em xeque.

O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim afirmou que o enfraquecimento do bloco europeu, com a defecção britânica, pode ter consequências que extrapolem as relações econômicas entre os países - e que extrapolem, inclusive, o continente europeu.

"Projetos de integração são instrumentos econômicos, mas são predominantemente políticos. São projetos de afastamento da possibilidade de conflito. Vamos ter que analisar, para além das perdas comerciais, até que ponto a saída do Reino Unido representa ou não o enfraquecimento de uma estrutura de paz mundial", considerou ele.

Em relação ao governo de Donald Trump, Amorim avalia que as movimentações iniciais do novo presidente sugerem uma desestabilização da atual ordem mundial, que tem nos Estados Unidos o seu principal patrocinador, mas sem deixar para trás a política America first ("Estados Unidos em primeiro lugar").

O ex-ministro também observou que as políticas de Trump podem beneficiar o Brasil. Para ele, o fim da parceria Transpacífico é positivo, pois esse tratado faria o Brasil (mesmo não fazendo parte dele) renunciar a muitas autonomias econômicas para se adequar ao novo mercado local. Além disso, explicou Amorim, a figura pouco carismática ou agregadora de Trump pode impelir aos países sul-americanos a se unirem entre si.

Interrogações

O professor Klaus Dalgaard, que ensina Política Internacional na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), analisou o Brexit como um movimento que deve ser considerado um "caso à parte", uma vez que o Reino Unido sempre teve uma postura isolacionista perante o resto da Europa. Além disso, explicou ele, as posições pró e contra o abandono da União Europeia se inverteram entre as forças políticas britânicas ao longo dos anos.

Por causa dessas particularidades, ele considera a questão do Brexit como um "cenário de interrogações". O acordo de separação, desenhando as novas relações entre o Reino Unido e a União Europeia, precisa estar concluído até o fim de março de 2019. Segundo explicou o professor, o panorama de negociação não é simples e a volatilidade política é alta - caso qualquer um dos outros 27 membros rejeite as condições estabelecidas, a saída britânica será total, o que significa um grande abalo no continente.

"A melhor solução possível para o Reino Unido é um acordo interino, pelo qual o país participaria do mercado comum sem representação nas decisões supranacionais, enquanto se ganha tempo para negociar um acordo mais detalhado que não seja tão nocivo quanto a saída total", afirmou.

Dalgaard explicou que o atual governo do Partido Conservador está em posição de fragilidade após perder, nas eleições do último dia 8, a maioria absoluta que detinha no parlamento. A primeira-ministra Theresa May precisou montar um governo de coalizão e, assim, perdeu a liberdade de conduzir a negociação do Brexit nos seus próprios termos.
Novos polos

O professor Guilherme Sandoval Góes, coordenador da pós-graduação em Direito Público da Universidade Estácio de Sá, disse que o quadro geopolítico global firmado após o fim da Guerra Fria está em "desconstrução", e o principal resultado disso pode ser a dissolução dos polos de poder que se observavam nas últimas três décadas.

Esses polos eram três: o americano, encabeçado pelos Estados Unidos; o europeu, consolidado na União Europeia, e o asiático, que tinha o Japão como principal potência. Além da mudança da orientação dos Estados Unidos com Trump, sinalizando maior isolamento econômico, e do Brexit, que desestabiliza a Europa, a ascensão da China como potência global pode reposicionar os polos de poder.

O ex-ministro Celso Amorim disse que, no cenário antigo, os Estados Unidos figuravam como potência hegemônica mundial mas exerciam a sua influência de forma multilateral, integrando outros países em suas decisões - assim, mantinha-se certo equilíbrio. Isso pode vir a mudar, segundo ele, com as atitudes mais autonomistas de Donald Trump.

Essa postura, chamada de multilateralismo afirmativo, era, na concepção de Amorim, um dos pilares do sistema pós-Guerra Fria, junto com o capitalismo liberal e a democracia ocidental. Esse sistema, segundo ele, é o que está posto em dúvida diante dos novos fenômenos políticos e econômicos internacionais.

http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2017/06/trump-e-brexit-sinalizam-fim-de-ciclo-apontam-participantes-de-audiencia_35360.php

segunda-feira, 19 de junho de 2017

SUFRAMA busca parceria com academia e instituições de pesquisas com alimentos amazônicos

A industrialização e a exportação de alimentos da Amazônia foram tema de reunião entre o superintendente da SUFRAMA, Appio Tolentino, e pesquisadores e cientistas especializados em piscicultura e fruticultura do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

De acordo com Tolentino, a ideia é elaborar um planejamento integrado multi-institucional focado em produtos alimentícios amazônicos com potencial estratégico para serem industrializados e depois exportados. “Queremos construir um projeto junto com as instituições de pesquisa da região para definir uma lista prioritária de alimentos amazônicos que mais agradem ao paladar dos consumidores da Europa, da Ásia e dos Estados Unidos, por exemplo, e que tenham potencial de industrialização. Temos excelentes pesquisas na área e contamos também com um grande interesse internacional pela grife Amazônia. O papel da SUFRAMA é fazer esse meio de campo entre indústria e pesquisa para gerarmos empregos para a região”, detalhou, destacando, ainda, que a proposta de construir um plano em parceria com os pesquisadores visa evitar entraves burocráticos e ampliar as chances de sucesso.

Nos últimos 20 anos, cerca de 40% dos 1.275 convênios feitos pela SUFRAMA na região foram para o fomento de cadeias produtivas do setor primário. Um exemplo positivo é a cadeia leiteira em Rondônia, que hoje atende também o mercado consumidor do Amazonas. “É urgente a estratégia de diminuirmos a dependência da nossa economia do Polo Industrial de Manaus (PIM). A segunda parte desse plano terá como fim as pesquisas fitoterápicas, fitocosméticas e de biomoléculas. Iniciaremos com os alimentos pelo potencial de geração de empregos e de renda do agronegócio. É histórico que o setor primário e o agronegócio é que seguram o País em momentos de crise”, explicou Tolentino.

O superintendente salientou que, além do encontro com os pesquisadores do Inpa e da Ufam, também se reunirá com especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de outras universidades federais e estaduais dos cinco Estados que fazem parte da área da abrangência da SUFRAMA. “Também analisaremos a melhor forma de estabelecer convênio ou cooperação técnica e buscaremos financiamento com emendas parlamentares. Há ainda um grande potencial de atração por meio dos incentivos fiscais da Zona Franca Verde”, ressaltou.

Pela parte do Inpa, estiveram presentes à audiência os pesquisadores Nilson Carvalho, Francisco Souza, Dionísia Nagahama e Rogério Jesus, enquanto que a Ufam esteve representada pelo pesquisador Antônio José Inhamuns. Também participaram da reunião o superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Marcelo Pereira, o coordenador geral de Desenvolvimento Regional, Vitor Lopes, e o procurador federal junto à SUFRAMA, Bruno Bisinoto.

SIM OU NÃO?

Meus caros, o jornalista gaúcho (que em sua matrícula escolar constava como nascido no Uruguay) Apparicio Fernando de Brinkerhoff Torelly, que também assinava Apporelly, quando veio para o Rio trabalhar em jornais, se auto concedeu o título nobiliárquico de Barão de Itararé (referência à maior batalha campal da América Latina - que nunca chegou a ser travada).

Um dos mais brilhantes e criativos intelectuais da nossa imprensa, criador de frases memoráveis, como ¨quando um pobre come galinha um dos dois está doente¨, ¨o casamento é uma tragédia em dois atos: um civil e outro religioso¨, ¨tudo seria muito fácil, se não fossem as dificuldades¨.

Certa vez, respondendo a uma prova oral do curso de medicina, que abandonou no quarto ano por questões não explicadas, o professor tentando humilhá-lo por uma resposta errada, dirigiu-se a um bedel e pediu, em voz alta: Fulano, vá até a cantina e traga um feixe de capim! o nosso Apparicio completou: e pra mim um cafezinho!Comenta-se que ali começou o seu afastamento da Faculdade.

Durante a ditadura Vargas foi muito perseguido por ser comunista. Foi eleito vereador pelo Partidão com o lema: ¨Mais leite e mais água para o povo; e menos água no leite!¨
Dividiu cela com Graciliano Ramos, de quem era amigo e correligionário, e está citado no monumental ¨Memórias do Cárcere¨.

Certa vez, durante um interrogatório, irritou tanto o
policial que o interrogava, que este bradou: Seu Apparicio, responda apenas o que eu perguntei, pare com tantos subterfúgios e diga apenas sim ou não. O bravo jornalista respondeu: senhor major, certas perguntas não podem ser respondidas com apenas um sim ou não, há que contextualizá-las.
O major discordou afirmando que qualquer pergunta pode ser respondida simplesmente com um sim ou não.
Posso fazer ao senhor uma pergunta para o senhor responder sim ou não? perguntou humildemente o nosso herói. O major cheio de raiva desafiou: Faça! faça qualquer pergunta que eu
responderei sim ou não.
O destemido jornalista tascou: Major, o senhor acredita que sua esposa parou de lhe trair?
Foi quando levou a primeira mãozada.

Pois é, são perguntas capciosas que não podem ser respondidas
que constam das mais de oitenta que o Fachin mandou para o Temer e lhe concedeu 24 horas para responder; depois, condescendente, dilatou o tempo, mas as perguntas continuaram irrespondíveis, e versavam sobre quatro temas: 1. relativas à gravação clandestina que não foi periciada e é a pièce de résistance de todo o processo, mesmo não sendo aceita como prova em nenhum tribunal decente; 2. fatos anteriores ao mandato presidencial, portanto fora do alcance do processo; 3. questões de caráter pessoal (quem é Edgar?); e 4. questões referentes ao Rocha Loures, que está em outro processo.

Descobri hoje que o Fachin não é obrigado a responder aos questionamentos que alguns deputados aliados do Temer queriam lhe fazer. Mas eu farei as perguntas que me intrigam mesmo assim, mesmo eu conhecendo as respostas.
Lá vai:
Ministro Fachin, é verdade que o senhor certa vez atuou como advogado do Paraguay numa questão internacional contra o Brasil? (patriotismo é isso!)
Ministro Fachin, é verdade que o senhor participou ativamente da campanha presidencial, pedindo votos para a Dilmula, e se identificando como líder de ¨um grupo de juristas que têm lado, o lado do PT¨?
Ministro Fachin, é verdade que o senhor advogou pelo MST, em questões de invasões de propriedades?
Ministro Fachin, é verdade que, para ser Ministro do STF,  o senhor foi pedir votos aos senadores de braços dados com o Ricardo Saud, tesoureiro, e propineiro do Joesley Folgadão?
Ministro Fachin, é verdade que o senhor, já Ministro do STF, participou de um jantar na mansão do Joesley Folgadão em Brasília, que varou a noite, e pela manhã foi para Curitiba no Jatinho do criminoso?
Ministro Fachin, é verdade que o Joesley Folgadão cometeu 245 crimes, cuja prisão, na soma pelas penas máximas, chegam a 2.448 anos de cadeia?
Ministro Fachin, é verdade que o senhor mandou instaurar um processo contra o Presidente da República com base numa fita gravada clandestinamente, portanto sem nenhum valor em qualquer tribunal democrático?
Ministro Fachin, é verdade que o senhor se arvorou relator do Processo solicitado pelo Janot, quando, pelo Regimento Interno do STF, o relator deveria ser escolhido por sorteio?
Ministro Fachin, é verdade que, ao arrepio da Lei, o senhor concedeu Perdão Judicial ad aeternum ao criminoso Joesley Folgadão?
Ministro Fachin, por que o senhor é desse jeito?

Humberto Ellery

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Facínoras insultam Alexandre Garcia dentro do avião

Outro espetáculo de selvageria, ódio e insensatez  fez nova vítima: depois de  ofensas e xingamentos a  Miriam Leitão, agora o alvo dos marginais e covardes, armados com celulares, dentro do avião, foi o jornalista Alexandre Garcia. É preciso que se dê um basta nessas cenas antidemocráticas,  irresponsáveis e desrespeitosas. A escalada dos fanfarrões fantasiados de donos da verdade não pode ser mais tolerada.   O imbecil e exibicionista que se comporta dessa maneira, constrangendo a tudo e a todos, tem que ser punido e enjaulado. Não pode conviver com pessoas de bem.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

VELHAS NOVIDADES - Coluna Carlos Brickmann

(Edição dos jornais de QUARTA-FEIRA, 14 de junho de 2017)

O veterano Repórter Esso, que marcou época no rádio e na TV, tinha como lema “o primeiro a dar as últimas”. Os noticiários do Brasil, hoje, são os de sempre, divulgando o de sempre. Novidades? Preferem velhidades. Para todos nós, resta a impressão de que só há notícias bem antigas.

O PSDB fica no Governo, como ficou sempre que pôde. Claro, dizem que é para garantir a governabilidade e a estabilidade do país e os avanços na economia. Nada a ver com cargos e verbas, claro. Puro patriotismo.

Lula diz que o PT tem muito a ensinar aos outros partidos. Não é bem assim: com Mensalão, Petrolão, empreiteiras amigas, açougueiros amigos, propriedades que não são dele, nunca antes na História desse país partido nenhum girou tanto dinheiro.

Mas o PMDB é mais competente: participou da farra petista e continuou no poder quando o PT caiu. O PT, na busca de pixulecos, perdeu gente de nível, como Hélio Bicudo, Paulo de Tarso Venceslau (que, além de sair, fez as primeiras denúncias de malfeitos petistas), Erundina. O PMDB fez igual e não perdeu ninguém.

O PSDB, este tem a aprender. Não é questão de ética: há muito tucano, incluindo seu candidato à Presidência, em listas de denunciados. Nem de caráter: a ala jovem tucana, que era contra ficar no Governo, resmunga mas ficou. Miguel Reale Jr., 73, foi quem saiu do partido. Pergunta que os líderes tucanos não fizeram: se o PSDB é igual aos outros, por que ficar lá?

Alto nível


O PSDB promoveu uma reunião de altíssimo nível para decidir o que fazer. Havia quatro governadores, Geraldo Alckmin, de São Paulo, Beto Richa, do Paraná, Marconi Perillo, de Goiás, e Simão Jatene, do Pará, quatro ministros, Bruno Araújo, Aloysio Nunes, Antônio Imbassahy e Luislinda Valois, dois prefeitos de capitais, Arthur Virgílio Neto, Manaus, e João Dória, São Paulo, mais um carro Gol lotado com a ala jovem tucana. Decidiram que ficar no Governo é melhor do que na oposição.

Exemplo partidário

O PMDB é coerente: está sempre com o Governo. O Governo muda, o PMDB fica. Ninguém desvia o PMDB de seus ideais.

De um lado a outro

Quando os fundadores do PSDB resolveram tomar rumo próprio, eram classificados como “a consciência do PMDB”. Tinham deixado o partido por não concordar com seus rumos. Mas, se os tucanos deixaram o PMDB, o PMDB não deixou os tucanos. O PSDB esteve em todos os governos, exceto o de Collor – e só porque Mário Covas, governador de São Paulo, impediu a adesão (Collor queria Serra e Fernando Henrique no Ministério). Mas há uma diferença entre Reale Jr. e Covas: Reale Jr. tem prestígio, caráter, e Covas tinha o Governo paulista.

A força da palavra


Miguel Reale Jr. tem também o dom da palavra. E está indignado:


“É difícil sair de um partido do qual fui vice-presidente em São Paulo, amigo de todos os dirigentes, em que compartilhei ideais e esperanças. Mas desisti diante de tantas vacilações e fragilidades. Não se pode ser fraco diante da afronta à ética.” E, referindo-se à fama tucana de sempre ficar em cima do muro, previu o futuro do PSDB: "Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo".

O TSE é só nosso

Do repórter Cláudio Tognolli: “Só no Brasil o juiz Napoleão cita o Alcorão, pede guilhotina para os jornalistas e fica tudo por isso mesmo”.

O voto do TSE...

Houve quem aprovasse e quem criticasse a decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Os dois lados têm leis para citar (e citam só a parte da legislação que melhor atenda às suas preferências políticas). O fato é que as leis devem ser interpretadas, e quem decide é a Justiça. Ponto final.

Decisão judicial se cumpre, mas pode-se (e deve-se) discuti-la. A posição de um dos procuradores da Lava Jato contra a decisão, porém, não pode ser aceita: primeiro, porque os procuradores têm o direito de propor, mas não de decidir; quem decide são os juízes, ouvidos obrigatoriamente os advogados que defendem os réus. Insultar os juízes, faltando-lhes com o respeito, e classificando o voto dos que não concordam com os promotores de “verdadeiro cúmulo do cinismo”, é um excesso que também deve ser discutido. E os próprios procuradores devem, entre si, iniciar a discussão.

...e suas consequências

A senadora Kátia Abreu, antiga líder dos ruralistas, ex-DEM, ex-PSD, hoje PMDB, que era ferozmente antipetista e virou amiga de infância de Dilma, quer vê-la candidata ao Senado ou à Câmara pelo Tocantins. Dilma sairia pelo PT e Kátia a apoiaria pelo PMDB.

Mas já há reações: no Estado, entidades antipetistas estão organizando o movimento “Aqui, não!”

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Moreno partiu

Jorge Bastos Moreno partiu feliz. Consciente do dever cumprido. Repórter indomável. Mordaz, irônico. Excelente contador de histórias curiosas, marcantes, engraçadas e reveladoras.  Elenco feminino da Globo aos prantos. Igualmente todos  que praticam e respeitam o legítimo jornalismo.

Ministro Marcos Pereira dá posse a novo superintendente da SUFRAMA


Fotos: Washington Costa/MDIC

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, assinou nessa terça-feira (13) o termo de posse do novo gestor da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), Appio da Silva Tolentino. Nomeado no último dia 2 de junho, Tolentino assume a autarquia no lugar de Rebecca Garcia, que esteve à frente da instituição entre outubro de 2015 e maio de 2017.

A posse ocorreu em ato realizado na sede do MDIC, em Brasília, e do qual participaram também o secretário-executivo do MDIC, Marcos Jorge de Lima, e os superintendentes adjuntos de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Marcelo Pereira; de Operações, Bruno Monteiro Lobato; e de Projetos, Paula Andrea Soares, entre outros dirigentes e técnicos dos dois órgãos.

Aos dirigentes e servidores da SUFRAMA, o ministro Marcos Pereira pediu empenho e imparcialidade, recomendando, ainda, compromisso com a celeridade e a tecnicidade nas decisões envolvendo as demandas do setor produtivo local. “Quero que vocês trabalhem com seriedade e com transparência. Nosso compromisso é não permitir uma condução somente política da superintendência”, enfatizou.

Appio Tolentino, por sua vez, fez questão de elogiar o corpo técnico da SUFRAMA e disse que uma de suas metas prioritárias à frente da instituição será promover uma mudança de mentalidade e aproximá-la cada vez mais da classe empresarial, em busca de parcerias que possibilitem a celeridade na retomada do desenvolvimento e do crescimento da indústria. “Hoje nós temos que entender que os protagonistas verdadeiros são os empresários, sejam eles do setor comercial, do agronegócio, da agroindústria, do setor de serviços, da indústria. Temos que fazer tudo o que for possível para prestigiá-los e atendê-los com a celeridade devida”, disse.

A solenidade de apresentação formal do novo superintendente à sociedade amazonense ocorrerá nesta quarta-feira (14), às 16h, no auditório da sede da SUFRAMA.

Formação

Engenheiro de Pesca e advogado tributarista, Tolentino possui larga experiência atuando em órgãos governamentais, sobretudo, em atividades de fiscalização e acompanhamento de indústrias incentivadas, políticas industriais e ações de desenvolvimento econômico. O superintendente ingressou no serviço público há 30 anos, na então Secretaria de Estado da Indústria e Comércio (SIC), do Amazonas, atual Seplan-CTI. No órgão, ocupou cargos de gerente de Laudo Técnico e de Diretor de Departamento na área de Desenvolvimento Econômico, além de ter sido Secretário Executivo de Desenvolvimento Econômico. A experiência no serviço público inclui, ainda o cargo de professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em piscicultura e aquicultura e também o de servidor concursado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), atividade que exerceu por três anos.
* com informações da Assessoria de Comunicação do MDIC

Vai zarpar o iate do MPF e da JBS em busca de provas contra Temer

Trombeteiros   anunciam o retorno do comandante dos irmãos-metralha.Incontidos sorrisos no arraial do MPF.  Expectativa abissal entre os passageiros do iate que vai zarpar com mergulhadores e ourives em busca de prendas e tesouros até então desconhecidos que poderão levar   Michel Temer ao paredão. Tudo, claro, dentro da legalidade e da isenção.  Características de vida do inigualável e estupendo  procurador-geral Rodrigo Janot.  Tripulação a bordo. Com trabucos nos dentes. Óculos escuros para aliviar  o sangue nos olhos. Além de   muito fio-dental para tirar picanhas e maminhas dos dentes.  Afinal, nem delator é de ferro.

terça-feira, 13 de junho de 2017

O gol anulado

"Meus caros, como todos sabem eu não sou Advogado. Acontece que aprendi a ler aos cinco anos de idade e nunca mais parei. Evidentemente para ser um causídico não basta saber ler (condição necessária mas não suficiente).

Então, como não queria ficar de fora do momentoso julgamento de TSE, fui acompanhar seu desenrolar lendo, pari passu, juristas e professores da matéria e construindo a minha opinião. Vi e ouvi também muitos leigos, muitos deles intelectuais respeitados, ao final do julgamento, dizendo bobagens do tipo: assim não dá pra combater a corrupção! Ora, o TSE não é o locus apropriado para combater corrupção, sua finalidade precípua é outra. Mas a estupidez campeã eu a ouvi do jornalista da Globo News Merval Pereira que pontificou, cheio de empáfia: ¨se o TSE cassa prefeitos, governadores, vereadores, porque não cassa um presidente? É uma jabuticaba que não serve para nada!¨ Tamanha barbaridade na boca de um ¨imortal¨da ABL, convenhamos, tem tudo para ser a bobagem campeã do torneio de asneiras. 

A primeira coisa que aprendi ao acompanhar os fatos foi que uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) tem prazo até a Diplomação dos eleitos para ser apresentada, e a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) até 15 dias após a Diplomação. Como o autor não pode prever o futuro, na ação  são citados os fatos sobre os quais se pede a investigação, que deverá se cingir aos prováveis delitos cometidos. Não são aceitas denuncias que surjam a posteriori. 

Lembrei agora de um jogo de futebol entre o Arranca Toco Esporte Clube e o Quebra Canela de Futebol e Regatas. Dizem que o presidente do Arranca Toco ¨comprou¨o juiz, pois precisava ganhar aquele jogo a fim de disputar com o Leão do Pici Esporte Clube quem iria subir da série ¨H¨para a série ¨G¨.

Mal começou o jogo e o referee logo percebeu que não iria precisar nem roubar para fazer jus à propina prometida. Isso porque o Arranca Toco tinha um jogador, o Diefeito, que era um crack: desarmava como o Clodoaldo, lançava como o Gerson, driblava como o Garrincha e fazia gols como o Pelé.

Um fenômeno. Quase ao final do primeiro tempo o time do Diefeito já ganhava de três a zero, três golaços do ídolo, quando o endiabrado atacante fez o quarto gol numa posição meio duvidosa. O mediador da partida viu ali a chance de se mostrar imparcial e honesto e, incontinenti, anulou o gol: Impedimento claro! , segundo berrou. Começou o segundo tempo e sobreveio a tragédia, entrou em campo o Sobrenatural de Almeida (como diria o Nelson Rodrigues) e o nosso herói machucou-se. Num lance bobo, sozinho, desequilibrou-se e caiu sobre o tapete verde. Ohhh! Naquela época não havia ainda a regra 3, e o Arranca Toco ficou com apenas dez em campo, e o pior, completamente desarvorado. Com isso o Quebra Canela se agigantou no gramado e começou a fazer gols: um, dois e três. Estava empatada a partida . Aos 44 do segundo tempo, jogo empatado em 3 a 3, o árbitro, já sentindo a propina sumir de suas  honradas mãos, chamou os capitães ao meio do campo e sentenciou: Vocês estão lembrados daquele gol que eu anulei no primeiro tempo? Pois tá valendo! e encerrou a peleja. Vitória de  4 a 3 para o Arranca Toco!

Pode isso, Arnaldo?

Mutatis mutandis, foi o que pretendeu o nobre Ministro Herman Benjamin,

trazendo para o TSE fatos ¨públicos e notórios¨, já além do tempo regulamentar, para querer mudar o resultado do jogo, pois os tais fatos, embora públicos e notórios, ainda estão sob investigação, não são fatos já provados, como  exige a legislação.

Torci, por fundadas razões, por esse resultado, mas, embora eu defenda meus argumentos com paixão, construo minhas convicções com a razão. 

O Professor (Direito Constitucional) Pedro Horta: ¨Absolvição correta, julgamento técnico, dentro da legislação eleitoral.¨ Professor Pedro Estevam Serrano (Direito Constitucional): ¨ No mérito, a decisão foi correta; cassar a chapa seria, antes de tudo, Inconstitucional¨. Já o Professor (Direito Eleitoral)

Sávio Chalita lamenta que : ¨Percebe-se um apego formal demasiado quanto a questões processuais. Infelizmente é um desfecho triste para a sociedade¨.

Talvez o mestre acredite que não há necessidade de se apegar a questões processuais formais, melhor o julgador agradar o clamor da sociedade, vox populi vox Dei (soltem Barrabás, crucifiquem Jesus). Talvez, se consultasse o jurista americano Oliver Wendell Holmes, aprenderia que o Juiz não existe para fazer Justiça, mas para aplicar a Lei; ou ainda a máxima do Direito usada na Itália, use o Texto, não a testa!

O Globo, em editorial, foi mais ambíguo, deu uma no cravo outra na ferradura.

Começa dizendo que ¨era uma chance de o TSE  equiparar-se a outras instâncias do Judiciário identificadas na luta contra a corrupção (não sabem para que existe o TSE), e, depois afirma que¨não se pode acusar de ilegítima a decisão da Corte. Há argumentos técnicos que embasam o 4a3¨.

Termino com uma sugestão às autoridades do Legislativo. Incluam no preâmbulo da Constituição o dístico presente nas poules do Jogo do Bicho: 

VALE O QUE ESTÁ ESCRITO."


Texto de Humberto Ellery

Sou solidário com a Míriam .
Enfim, depois de suprimirem a autocrítica como método,
e introduzirem o corporativismo como organização para 
a luta revolucionária, tudo pode acontecer.



Aylê

Destrambelhado Romário

Bobagem o destrambelhado  senador  Romário fazer marola com o inútil, bolorento, mentiroso e falso relatório alternativo, que a maioria dos senadores, na CPI do Futebol reprovou e literalmente jogou no lixo. Como não produz nada de importante para a população do Rio de Janeiro, a única forma do obscuro Romário sair do anonimato político e pegar migalhas do noticiário, é acusar dirigentes esportivos sem provas. Com irresponsabilidade e mentiras.  Desta vez com o auxílio de uma dupla igualmente inexpressiva e sem credibilidade de Alagoas, igualmente loucos  aparecer. Romário e assessores são tão estúpidos que resolveram comprar briga  com Renan Calheiros. Perto da envergadura política e pessoal de Calheiros, Romário é um medíocre anão de jardim.

Covardões contra Miriam Leitão

Deplorável, covarde, odiosa e revoltante a atitude de delegados petista, aos berros, dentro do avião, insultando, xingando, intimidando  e ameaçando  a jornalista Miriam Leitão.  Atitude vil, própria dos intolerantes e canalhas.

Prepotente e insano Janot

Indignidade, prepotência, insanidade e estupidez, do procurador-geral Rodrigo Janot, desesperado, irado e raivoso, tentando  incriminar em delitos, a todo custo, o presidente da República, Michel Temer. Arrogante e fantasiado de paladino de barro, o vazador-mor Janot  age com destempero, apoiando causas vencidas . Além de desrespeitar a soberania do TSE, que deu ganho de causa a Temer. Saiba Janot que o Palácio do Planalto não ficará inerte nem indiferente, pelo contrário, diante das pantomimas do deslumbrado Janot.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Senado realiza sessão especial para discutir os 25 anos da Eco-92

Pronunciamento do Senador Fernando Collor
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores,
Demais convidados aqui presentes,
Há 25 anos, em 3 de junho de 1992, o Brasil inaugurava a maior conferência internacional de todo o século XX. Recebíamos chefes de Estado e de Governo de 179 países, representantes de todos os grandes organismos internacionais, de todas as organizações não-governamentais que tratavam da sustentabilidade de nosso planeta.
Naquela primeira quinzena de junho, as atenções da humanidade estiveram voltadas para as questões essenciais da vida, do desenvolvimento e da justiça na Terra. E o Rio de Janeiro foi o cenário dessa nova consciência, dessa nova vontade, dessa nova esperança.
Animava-nos, a todos, o “espírito do Rio”, como o definia Boutros-Ghali, então secretário-geral das Nações Unidas. Inspirava-nos o desafio histórico e a obrigação ética de forjar um novo modelo de desenvolvimentoA Rio-92 significava uma oportunidade histórica de redenção e a oportunidade para que o Brasil pudesse ser o palco de um novo contrato social internacional que, inspirado no princípio da solidariedade, pudesse unir toda a comunidade dos Estados em torno de uma causa comum. E assim fizemos.
Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, tenho o orgulho de não ter poupado esforços, como Presidente da República à época, para que os caminhos do desenvolvimento sustentável se tornassem mais nítidos e mais consolidados. Aqui, durante a Rio 92, firmamos três acordos ambientais, assinados por 175 líderes, e posteriormente ratificados pela imensa maioria dos países: a Convenção sobre Diversidade Biológica; a Convenção para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca; e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Aqui elaboramos a Declaração de Princípios sobre Ecossistemas Florestais. Aqui formulamos a Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento, versão seminal da Carta da Terra. Aqui definimos a Agenda 21, documento-base para a elaboração dos planos nacionais de preservação do meio ambiente e principal instrumento de avaliação do desempenho ambiental dos países signatários.
No Rio de Janeiro, opusemos, à perspectiva de um futuro distópico, a utopia de um congraçamento universal; combatemos o imediatismo com o planejamento de longo prazo; e exortamos o mundo à paz e à justiça social.
Reconhecemos ali a diferença entre poluição consciente, proveniente do excesso, e poluição inconsciente, derivada da falta. E admitimos que os adversários mais persistentes do equilíbrio ambiental são a ganância: a busca do lucro a qualquer preço; e a miséria: a busca da subsistência por qualquer meio.Em oposição a um e outro, enfatizamos a necessidade de um princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, com compromissos específicos para as nações desenvolvidas. E encorajamos uma reconversão econômica que produzisse estabilidade regional e global, que pacificasse a disputa entre os detentores dos recursos genéticos e os detentores dos meios científicos e tecnológicos, e que permitisse o desenvolvimento social sem degradação da natureza e com impacto ambientalassimilável.
A partir da Rio-92, a consciência de nossa biodiversidade e das potencialidades da biotecnologia se tornou mais disseminada; a disposição para a proteção ambiental, mais amadurecida; e as alternativas de desenvolvimento sustentável, justo e equilibrado, mais concretas. Cheguei mesmo a sugerir, à época, que passássemos a mensurar o Produto Nacional do Bem-Estar, que incluiria indicadores de liberdade e harmonia social, de diversidade cultural, de integração racial e respeito ao meio ambiente.
E aqui, Sr. Presidente, registro a importância e o papel doSecretário Nacional de Meio Ambiente de meu governo, entre 1990 e 1992, José Lutzenberger. Apesar de reações contrárias ao seu nome por setores mais conservadores, ele se mostrou a personalidade determinante na inspiração, na condução e na disseminação da causa ambiental e nos resultados da Rio 92. A ele, in memoriam, rendo as minhas homenagens e o meu agradecimento, assim como, também in memoriam, ao governador do Rio de Janeiro em 1992, Leonel Brizola, e ao então prefeito da cidade, Marcelo Alencar.
Da mesma forma, devo ressaltar a imprescindível atuação do Embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, nas discussões e negociações em foros internacionais para definição do Brasil, e do Rio de Janeiro, como sede daquela segunda Conferência Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Sua habilidade na articulação diplomática garantiu a escolha brasileira para a Rio 92 e, ao mesmo tempo, o cargo de Secretário Executivo da Conferência ao canadense Maurice Strong, cujo país também pleiteava recepcionar o encontro. Igualmente, a ele, Maurice Strong, bem como ao Embaixador Marcos Azambuja, Coordenador da Conferência no Brasil, aos Embaixadores Carlos Moreira Garcia e Marcílio Marques Moreira e, ainda, aos ministros da Relações Exteriores Francisco Rezek e Celso Lafer, devemos reverenciar pelacompetência e dedicação aos trabalhos da Rio 92.
Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, procurei fazer, de meu governo, o exemplo a ser seguido, com a demarcação de terras indígenas dos Ianomâmi, dos Caiapó e dos Mekrãgnoti; com a assinatura do acordo Brasil-Argentina para o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear; com as diligências, junto à Agência Internacional de Energia Atômica, para contra-arrestar a corrida armamentista e a proliferação nuclear, bem como banir as armas químicas e bacteriológicas; e com uma política de conservação, de proteção e de recuperação ambiental que estivesse em consonância com os objetivos e as metas definidos na Rio-92.
A Rio-92 representou um divisor de águas. Três anos mais tarde, as conferências anuais das partes – as COPs – começaram a detalhar as estratégias para um mundo mais hígido. Na COP-3, em 1997, em Quioto, Japão, firmou-se o Protocolo para a redução das emissões de gases do efeito estufa, e foram criados os certificados de carbono e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Na COP-5, em 1999, em Bonn, Alemanha, tiveram início as reuniões sobre a mudança de uso da Terra e das florestas. 
No entanto, a agenda ecológica terminou por ser atropelada pela nova ordem mundial, que, sobretudo a partir do início dos anos 2000, voltou a colocar o planeta em segundo plano.Diferentemente do esperado, a multipolaridade que emergiu da Guerra Fria não nos trouxe um mundo de paz e harmonia, mas de guerras e disputas localizadas, acirradas pela ameaça terrorista. Neste choque de civilizações, neste clima generalizado de instabilidade e insegurança, nesta competição fratricida entre blocos regionais, a primeira vítima foi o consenso ecológico internacional.
Embora a agenda global tenha sido irreversivelmente afetada pela Rio-92, os instrumentos elaborados durante a Cúpula da Terra terminaram por se revelar insuficientes: a não-ratificação do Protocolo de Quioto pelos Estados Unidos e uma nova escalada de políticas isolacionistas fizeram com que as metas estipuladas fossem objeto de um relaxamento generalizado, ainda que as anomalias climáticas confirmassem uma tendência de aquecimento global que precisava ser urgentemente estancada.
Foi então, Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, que, para resgatar o “espírito do Rio”, requeri a este Senado, em 2007, a realização de um novo encontro, a Rio+20, aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2009, e realizado no início de junho de 2012, quando expiravam as metas iniciais propostas pelo Protocolo de Quioto.
A Rio+20, embora tenha produzido resultados importantes, não teve o mesmo poder e o mesmo alcance da Cúpula da Terra.Mas conseguimos, ali, operar a defesa do legado conceitual e jurídico da Rio-92 e consolidar o princípio do não-retrocesso, de forma a evitar que prosperassem as tentativas revisionistas de recuo em relação aos objetivos, metas e direitos acordados nas convenções e nos tratados internacionais já firmados, que erigimos em patrimônios irretratáveis da comunidade de nações.Trata-se de princípio jurídico fundamental nos diversos postulados ambientais, que serve de contrapeso a possíveis decisões políticas.
Também avançamos em relação às alternativas e perspectivas da economia verde e de governança global. E reafirmamos a interdependência entre os três pilares do desenvolvimento sustentável: o pilar econômico, o pilarambiental e o pilar social. Mas, não posso deixar de observar que nos deparamos com um déficit de implantação que, ainda hoje, nos impede de avançar mais.
A emenda de Doha ao Protocolo de Quioto, um dos subprodutos da Rio+20, que estabelece novas metas de redução de emissões até o ano de 2020, foi aprovada, até o momento, por apenas 77 Estados, metade do requerido para que entre em vigor.
A saída da Rússia, do Canadá e do Japão, que haviam ratificado a primeira versão do Protocolo, complica ainda mais o cenário. A própria demora do Brasil em ratificar a Emenda é constrangedora: o Projeto de Decreto Legislativo, o PDC 433, de 2016, que trata do tema, está parado na Câmara dos Deputados desde o fim do ano passado, aguardando parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. 
É bem verdade, Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, que, nesse meio tempo, ratificamos o Acordo de Paris costurado na COP-21, cujo objetivo é limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius até o ano 2100, em comparação com as temperaturas médias da era pré-industrial. O Brasil se comprometeu com a redução de 37% das emissões de carbono até 2025, e com o indicativo de redução de 43% até 2030, tomando por base o ano de 2005. Mas de nada adiantarão esses esforços se não houver um movimento internacional coordenado.
Embora sejamos hoje o sétimo maior poluidor do planeta, somos responsáveis por pouco mais de 4% das emissões de gases que causam o efeito estufa. Sem que as iniciativas de redução sejam também adotadas em âmbito planetário, e principalmente pelas economias desenvolvidas, dificilmente a meta será atingida. E não podemos perder de vista que a contenção do aquecimento global, apesar de necessária, não é suficiente.
Apesar de deter 20% da água potável de todo o mundo, o Brasil hoje tem sede, e não há mais como adiar uma reformulação completa da gestão de nossos recursos hídricos. O desmatamento na Amazônia, que vinha retrocedendo, cresceu quase 30% em 2016. E, mesmo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, despejamos ainda 30 milhões de toneladas de lixo por ano de forma inadequada em quase 3 mil lixões e aterros irregulares, com impacto negativo na qualidade de vida de 77 milhões de brasileiros.
Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, repito que, para alguns eventos, não é preciso aguardar o julgamento da História. Vejam o que se passa com o Distrito Federal, que enfrenta um racionamento de água há mais de quatro meses; vejam o que se passa com o rio São Francisco que, assoreado, vai setransformando em um enorme areal; vejam o que se passou com o Rio Doce, convertido em um curso estéril de lama; vejam o que se passa no Nordeste, que viveu a pior seca dos últimos cem anos. É já passada a hora de agir!
Por isso, gostaria de me valer aqui desta Sessão de Debatespara lançar um apelo: que o “espírito do Rio” volte a animar esta Casa. Que este Senado Federal tome a dianteira na causa ambiental. O passo inicial já foi dado com a iniciativa do Senador Jorge Viana, presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas – juntamente com outros senadores –, de propor este primeiro grande debate pelo transcurso dos 25 anos da Rio 92.
Nesse sentido, Sr. Presidente, Senhoras e Senhoresproponho a criaçãono âmbito do Senado Federal, de uma Instituição Ambiental Independente, com o objetivo de acompanhar e articular com foros e Assembleias legislativos de nações mais reticentes ao cumprimento das metas do Acordo de Paris, oriundo da COP 21. Com um conselho executivo enxuto, pragmático e apartidário, a Instituição seria estruturada com autonomia de atuação, poder de mobilização e capacidade de mobilidade para exercer atribuições específicas de assessoramento e convencimento de atores influentes e decisivos no conjunto dos países.
Sua composição contaria com representantes do mundo científico, da sociedade civil e do Senado Federal, todos dereconhecida autoridade na causa ambiental. Trata-se, assim, de modelo de organização similar ao grupo executivo que criei durante os preparativos da Rio 92 que, sob o comando e a competência do Prof. José Goldemberg, Secretário de Meio Ambiente do meu governo – a quem aqui agradeço – promoveu um autêntico périplo pelo mundo com o papel de mensurar a adesão aos propósitos da Conferência; de persuadir com argumentos as personalidades e nações resistentes; e, ainda, de aparar arestas no plano técnico e político. 
Sem dúvida, Sr. Presidente, a criação dessa Instituição seria uma salutar contribuição do Poder Legislativo para o rearranjo das relações exteriores perante as ameaças ambientais que advirão com a decisão dos Estados Unidos de sair do Tratado de Paris.
E penso que poderíamos marcar também o nosso compromisso com a responsabilidade ambiental pela ratificação antes da reunião da COP 23, na Alemanha – da Emenda de Doha, tão logo nos seja encaminhada pela Câmara dos Deputados. Cumpre-nos, pois, instar aquela Casa para acelerar a tramitação do PD433, de 2016.
Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, o Planeta é um só... indivisível. Como relembrou o presidente Macron, não existePlano B, porque não há Planeta B. Portanto, não há saída! Cada atitude do passado – e do presente – pertence à morte do astro. O resto será silêncio!
Não existem fronteiras para o meio ambiente. A preservação ambiental não admite barreiras nem muros que possam salvar um país em detrimento de outro. Não há como isolar a poluição, circunscrever os seus danos ou criar campânulas particulares. Ao contrário, temos apenas uma redoma que encobre todo o planeta: a redoma da camada de ozônio que, progressivamente, está sendo destruída pela cegueira, pela irresponsabilidade e pela estupidez humana. 
O aquecimento global é fenômeno incontestável, a despeito do ceticismo de uma minoria. A extinção de espécies marinhas e animais é real. Os ecossistemas estão se desintegrando. Os mananciais se contaminam. O desmatamento avança. As calotas polares degelam, a ponto de já servirem como rotas comerciais, como o “Caminho do Ártico”. Países irão desaparecer com a elevação dos mares. Chegamos ao extremo de uma nação, como Kiribati, ter comprado 2.400 hectares de florestas em Vanua Levu, das Ilhas Fiji, como precaução para estoque de alimentos e talvez como futuro lar para parte de seus habitantes. O aquecimento global, portanto, é o tsunami planetário. A diferença é que ondas gigantes destroem, mas passam e permitem a reconstrução. O aquecimento global, não! É irreversível!
Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, se não bastasse este cenário degradante, ainda padecemos com a irracionalidade de alguns líderes regionais. No primeiro dia do mês em que comemoramos a Semana do Meio Ambiente, as nações se abismaram com a decisão mais despropositada e excêntrica que um presidente da maior potência do mundo poderia tomar: contra tudo e contra todos, Donald Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos, o segundo maior poluidor do planeta, do Acordo de Paris. Atitude totalmente diferente à importância dada ao tema pelo presidente George Bush, em 1992. Ao brincar com um poder deletério, Trump sentenciou a humanidade ao desaparecimento paulatino e condenou todo tipo de vida à morte. Por isso, é preciso dizer: assim como o Acordo de Paris não se restringe a Pittsburgh, o Mapa Mundi não se resume aos Estados Unidos da América.
O presidente Barack Obama havia se comprometido, em 2015, com uma redução das emissões entre 26% e 28% até 2025 em comparação com os níveis de 2005. Agora, com a decisão de Donald Trump – equivocadíssima, em termos científicos; e catastrófica, em termos ambientais –, a perspectiva é de que a redução, no caso dos norte-americanos, não supere os 14%,absolutamente insuficientes para evitar o aumento das temperaturas médias.
Resta-nos então – quem sabe? –, torcer para que a China, como maior poluidor entre as nações, assuma o papel e o protagonismo dessa luta. Afinal, antes, a filosofia chinesa dizia que enquanto o Ocidente tem como referência o relógio, a China tem como referência o tempo. Agora, ela não mais tem o tempo... o relógio está no pulso da própria China! Se ontem ela exaltava a paciência, a reflexão e o tempo disponível para suas decisões, hoje ela corre contra o tempo diante da iminência das catástrofes ambientais que se anunciam com o abandono americano do Tratado de Paris. Daí a relevância da atuação chinesa a partir de agora, seja por sua responsabilidade nas emanações que causa, seja pelo tamanho de sua economia, seu territóriosua população, mas também pela sua capacidade de se reinventar.
No mesmo sentido, o mundo anseia para que as empresas e os estados americanos, no uso da autonomia que detêm, mantenham a consciência ecológica não deixando de cumprir o Acordo de Paris – o que aliás já se pronuncia –, a despeito da decisão do governo central, que, vale lembrar, está sendo objeto da Reunião do G&, hoje, em Bologna, na Itália.
Por tudo isso, Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, nãopodemos permitir que a traição do governo americano aoAcordo de Paris faça com que o “espírito do Rio” se esvaneça.Precisamos estancar a passividade, o conformismo e a contrafação. Precisamos semear o ponto de partida de uma novatransformação. Que revivamos, pois, os compromissos da Rio-92, porque para isso serve a lembrança de datas marcantes como esta: para perpetuar, em nós mesmos, a memória do que já fomos capazes, e reunir forças para que sigamos adiante, e alcancemos muito mais além. 
Que nos superemos, então.
Era o que eu tinha a dizer, Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. 
Muito obrigado.

Sala das Sessões, em 12 de junho de 2017.
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