domingo, 27 de novembro de 2022

Retalhos

Destaco comentários das colunistas Ana Dubeux e Denise Rothenburg (Correio Braziliense de 27/11): Ana conta que desde cedo, ainda criança, em Olinda, engrandecia a alma e valorizava seu dia, com orgulho e satisfação, ajudando a amiga, Jandira, na feira. Crescia por dentro. Venceu a vergonha. "Escolhi ter orgulho para sempre. Elegi a humildade como a linha equilibrada da vida, na vitória e na derrota", salienta. Com relação à copa do mundo, Dubeux define a atuação de Richarlison como "grito silencioso, choro e riso contidos, tudo junto explodindo numa alegria universal de todos os brasileiros". Por sua vez, Denise Rothenburg enumera sandices, patetices, idiotices, destrambelhos e histerismos de arruaceiros e baderneiros  bolsonaristas em grupos de WhatsApp, avisando para novas ações irresponsáveis, no dia 1º de dezembro. Como disse Gilberto Gil, frisando o que observei nas redes sociais, ao ser insultado por parvos, no Catar, "não haverá terceiro turno". Pobres diabos. Chupem cana, Manés.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Buarque

O atilado colunista Eduardo Brito anuncia, na excelente "Do alto da torre" (Jornal de Brasilia - 17/11), o lançamento de novo livro do sábio Cristovam Buarque. Desta feita, com a acuidade habitual, o ex-ministro da Educação, demitido pelo telefone pelo então presidente Lula, brinda seus milhões de eleitores com a obra prima "A última trincheira da escravidão". Buarque é estudioso de todos os assuntos. Tem livros sobre culinária, doces em caldas, ferrões de abelhas, energia solar, calos ósseos, infecções cutâneas, fungos, histórias das primeiras bolas de meia do futebol e línguas árabes. O ex-senador está no radar de outro iluminado, o acadêmico Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) para ingressar na Casa de Machado de Assis. Posse imperdível.  

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Palanque

Fora do noticiário político, econômico e social das equipes de transição, alguns senadores apelam para merecer migalhas do noticiário. O Natal chegando, breve vão desfilar no Congresso fantasiados de papai-noel. Nessa linha inacreditável e patética da falta do que fazer, grupelho de senadores, a frente o cearense Eduardo Girão, incansável mariposa de holofotes, também chamado na terra de Iracema como "Allan Kardeck da Praia do Futuro", tramam a bobagem atroz e ridícula de apresentar pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso. Motivo da desprovida e destrambelhada iniciativa: o ministro Barroso retrucou insultos de bolsonaristas, em Nova Iorque, com o jargão já no gosto dos brasileiros, "Perdeu, Mané".  É o fim da picada. Senadores vestais grávidas que deveriam cuidar de temas que afligem a vida dos brasileiros e não perder tempo com sandices. Francamente.

Emoção

Emocionante como os atletas de seleções estrangeiras cantam o hino nacional. Mostram fervor, respeito e amor a seus países. Belo espetáculo a parte, em todas as copas do Mundo. Pena, lamentável, triste  e patético que os jogadores da seleção penta campeã do mundo não façam o mesmo. Não se interessam em saber a letra do belo hino. Alguns fingem que cantam. Mal abrem a boca. Não sabem o que é patriotismo. Vergonhoso. É o fim da picada.

Perdeu Mané

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, falando grosso. Acusando as urnas de fraudes.  Se achando o último biscoito do pacote. Mostrando espírito antidemocrático de exemplar seguidor de Bolsonaro. Diz que o PL será oposição a Lula. Valdemar não engole a derrota, não aceita a vitória do petista. Coisa feia. Valdemar é rodado em política. Como o PL conquistou ampla bancada nas urnas, bota banca. Na verdade, quer barganhar para conseguir vantagens políticas mais tarde. Se o PL saísse fraco das urnas de outubro, hora dessas Valdemar já estava correndo para os braços do presidente eleito. Filme manjado.

Felicitações - Bernardo Cabral

Querido Irmão Vicente:

A nossa Amizade vem de longe. Do teu Avô Vicente – patriarca de muito trabalho, do teu incansável e leal pai Andréa e do teu tio Flaviano, com quem convivi muito de perto. E posso dizer que conheço o teu desempenho na imprensa brasileira desde os idos de 1967 e a tua inquebrantável lealdade aos teus verdadeiros Amigos. Quero, por tudo isso, neste 21 de novembro – dia do teu aniversário natalício – juntamente com Zuleide, formularmos ambos tudo de bom e pedir a “MARIA PASSA NA FRENTE” que te proteja, à nossa querida Wrilene, filhas e netos. Saúde querido Irmão Vicente. Muitas felicidades. Saudoso e fraterno abraço.

sábado, 19 de novembro de 2022

Infantino e Havelange

O advogado italiano, Gianni Infantino, foi reeleito presidente da FIFA por mais 4 anos. Orgulhoso porque a entidade tem reserva financeira de 2 bilhões de dólares. Recordo, nessa linha, que o único presidente na história da FIFA a não pertencer a um país da Europa foi o brasileiro João Havelange. Três deles foram nascidos na Inglaterra, dois na França, um na Bélgica e um na Suíça. Havelange encontrou 500 dólares no cofre da FIFA. A sede era uma casa de dois andares, onde o secretário-geral morava. Na longa e vitoriosa gestão de Havelange, a partir de 1974, a entidade tornou-se rica, poderosa, gigante e respeitada no mundo inteiro. Havelange, que no próximo dia 8 de maio completaria 107 anos de idade, tornou o esporte mais democrático, dando voz a todos os países membros. Com Havelange, a FIFA tinha mais países filiados do que a ONU. Realizou Copas do Mundo fora do eixo Europa-America do Sul. Fez com que o futebol se tornasse a atividade que mais emprega no mundo, gerando e distribuindo riquezas. Havelange saiu da FIFA na hora certa, quando a ganância tomou conta dos valores pelos quais ele primava. Parasitas e decaídos tentaram relacionar a corrupção com a visão que Havelange teve em tornar o futebol um grande negócio. João Havelange foi um extraordinário administrador e grande figura humana. Fomos bons amigos. Tenho saudades dele. Merece ser lembrado e reverenciado como visionário que dedicou a vida ao esporte. Seus sucessores na FIFA se lambuzaram ao ver tanto dinheiro. Como presidente da então CBD, Havelange conquistou 3 copas do Mundo para o Brasil. A CBF fez bem, na gestão Ednaldo Rodrigues, inaugurando estátua de cera para o glorioso Zagalo. Falta mandar fazer, por justiça e mérito, a estátua de Havelange. Registre-se e afixe-se. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Trabalho

"O Brasil voltou", disse Lula, entre aliviado e esperançoso, na COP-27. É preciso mostrar mesmo que vai tirar o país do caos. A responsabilidade do futuro presidente é enorme. Só no dicionário o sucesso vem antes do trabalho. Sem união, diálogo e sintonia entre os poderes e empresários, Lula vai chover o molhado. Passará 4 anos enxugando gelo. Para o Brasil voltar a ser gigante aos olhos do mundo, reconquistando o lugar de prestígio em todos os eventos internacionais, é preciso trabalho e dignidade para os brasileiros mais necessitados. O Congresso tem parcela importante na empreitada nacional. Esquerda e direita devem assumir, de uma vez por todas, suas responsabilidades. A principal missão dos senadores e deputados é trabalhar, sem trégua, dar sangue e suor pela população. O interesse coletivo tem que ser prioritário. As comissões técnicas permanentes das duas casas precisam sair da letargia do lero lero e da conversa fiada. Basta de jogar para a plateia enquanto o povo sofre e amarga humilhações. Deputados e senadores devem promover reuniões, debates e adotar medidas que realmente contribuam para o fortalecimento dos estados e municípios. Colocando na prancheta das decisões, avanços sociais e econômicos que dignifiquem a vida dos cidadãos. Caso contrário, se os desafios não forem enfrentados com firmeza e agilidade, o Brasil corre o risco de tornar-se uma nova Praça Rosada, onde argentinos perto do desespero e da desesperança, fazem ruidosos panelaços. O caos passará a morar na alma do povo. Políticos que queiram trabalhar para ajudar Lula na exortação "o Brasil voltou", precisam tirar a máscara e a fantasia da acomodação e do surrado e manjado " Mateus, primeiros os meus", e passar a cuidar de valorizar temas relevantes que tragam de volta a alegria e a fé dos brasileiros. Foram eleitos com este compromisso. O que une espíritos e corações é trabalho, casa para morar, segurança, comida na mesa, boas escolas, bons hospitais e transporte público de qualidade. 

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Idade gloriosa

Próximo dia 21, abrirei a porta para saudar meus 78 anos de idade e 51 anos de casado com Wrilene, mãe maravilhosa de nossas belas filhas, Joana e Carla. Sou feliz porque tenho família unida e amigos leais e dedicados. Não abro mão deles. Sempre reitero que o verdadeiro amigo é aquele que critica e elogia. Mas não bajula. Tenho alegria de viver. Não me desespero diante dos obstáculos. Aprendi a enfrentar as dificuldades com destemor. Tenho Deus e Maria no coração. Aplaudo e incentivo talentos. Apartidário, diferencio, sem temor, o bom do errado. O correto do hipócrita. O bom combatente do venal e covarde. Desprezo aproveitadores, dissimulados e oportunistas. Dentro dos meus limites, faço questão de ajudar quem precisa. A fome, a miséria e o desemprego humilham e envergonham. Minhas convicções são inabaláveis.Tenho credibilidade e isenção para elogiar e criticar quem mereça. Peço desculpas diante dos desatinos. Não me tira pedaços. Permaneço íntegro e digno. Admitir erros engrandece a alma.  

Janja

Gostei da entrevista da cinquentona Janja ao programa "Fantástico". Segura, articulada, serena, cativante, bem humorada. Companheira de Lula nos bons e difíceis momentos da vida do futuro chefe da nação. Não esconde a alegria diante da felicidade e vontade do marido de acertar no cargo. Não pretende ficar em casa, vendo a banda passar. Não será primeira dama decorativa. Sabe onde pisa. Tem bom senso. Quer sentir-se útil. Estará, sempre que possível, ao lado do marido e presidente eleito. Altiva e vigilante. Dependendo dela, Lula mostrará sabedoria em todas suas decisões. Não fraquejará. Jamais deixará de ponderar e alertar Lula para fatos e episódios que julgar fora do tom, longe do bem da coletividade e do eixo do bom senso. Não está interessada nem preocupada se por ventura suas ações e opiniões causarão ciúmeiras. Janja revelou que trabalhará duramente em três áreas que humilham o Brasil e os brasileiros. No combate ao racismo, na violência a mulher e na fome. "Lula vai reacender a chama da esperança nos corações dos brasileiros", garantiu a visionaria e otimista Janja. 

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Lula

Normais a empolgação e euforia do presidente eleito. Mas, tem horas, que precisa frear a língua. Falou pelos cotovelos, na primeira aparição no QG da transição e acabou falando tolice. Economia não é a praia de Lula. Assessoria precisa resguardar o futuro chefe da nação de novos tropeços. Pega mal, desde cedo, dá munição para adversários. Radares do mundo de olho nos passos e ações do próximo chefe da nação. No geral os passos de Lula foram corretos. As visitas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e aos presidentes da Câmara e do Senado foram marcantes e republicanas. Atencioso e paciente com repórteres. Sinal que Lula não vai repetir as ações destemperadas do atual presidente. Lula tem consciência de que é hora de somar e não dividir. O permanente diálogo entre os Poderes pavimentam êxitos e fortalecem a governabilidade.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

A felicidade como política pública

Início: 10/11/22 - 15h00
Fim: 10/11/22 - 17h00
Local: auditório Antonio Carlos Magalhães (Interlegis)

 

Existe ciência para ser feliz? Você já ouviu falar na ciência da felicidade e do bem-estar? Este é um campo do conhecimento que engloba a psicologia positiva, a neurociência e a ciência das emoções. A Diretoria-Geral (DGer) do Senado convidou Thakur S Powdiel para discutir o assunto. Ele é ex-Ministro da Educação do Butão (2008-2013), país alinhado com o cumprimento dos ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela ONU). Durante o evento Thakur vai tratar, entre outros tópicos, dos conceitos de educação moral e felicidade interna bruta. 

 O objetivo da conversa é mostrar a possibilidade de se atingir níveis elevados de satisfação e bem estar em nossa rotina, colocando a ciência da felicidade em prática no nosso cotidiano. 

Participa também do evento o especialista Gustavo Arns, docente do segmento de pós-graduação em psicologia positiva da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul e do Paraná. Gustavo é idealizador do Congresso Internacional de Felicidade. Também é co-fundador do Centro de Estudos de Felicidade com sedes no Brasil, Canadá e Argentina e presidente da Escola Brasileira de Ciências Holísticas. O evento será aberto pela Diretora-Geral do Senado, Ilana Trombka. O evento será transmitido pelo E-Cidadania em caráter interativo.

 

OAB - Kramer para Limongi

A atual desimportância da OAB, meu caro Limongi, é um aspecto do quadro geral de decadência político-institucional que angustia a Nação… Outro aspecto terrível é o ensurdecedor silêncio das lideranças — quer governistas, quer oposicionistas — diante da grave  crise política da atualidade. No passado não muito distante, em semelhantes conjunturas, a imprensa e a opinião pública voltavam-se automaticamente para esses líderes parlamentares a fim de conhecer as suas opiniões e as alternativas que eles recomendavam para livrar o País do impasse. Hoje…! Que tristeza.

Forte abraço do

Paulo Kramer 

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

OAB

A atual OAB Nacional é uma tristeza. Peca por se omitir, diante dos graves problemas brasileiros. Antigamente a entidade era respeitada, presidida por expressivos e vigilantes juristas que não se escondiam e protestavam contra desmandos. Era uma trincheira  das liberdades individuais e coletivas. Hoje a OAB é lamentável e patética. Um retrato amarelado, caindo da parede, diria Drummond. Acomodada, não reflete mais os anseios populares. Não protesta, não repudia nem participa dos debates que interessam a sociedade e a nação. O atual presidente da classe é enfadonho e obscuro desconhecido. Não é barrado nas solenidades porque usa o broche da entidade na lapela. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Renan no jogo

Para Renan Calheiros, na política, como no futebol, o jogo só acaba quando o juiz apita. A disputa pela presidência do senado continua aberta. Especulações não somam votos. Calheiros argumenta que a boa política é aquela que ouve todos os partidos. É preciso que todos tenham voz ativa nas conversas e articulações. Cartas na mesa e jogo franco com os postulantes. O MDB, partido de Renan, na próxima legislatura terá 10 senadores. O PL, 14. Outras agremiações dividem-se, em média, entre 1 a 3 senadores. É possível e natural  que até as eleições da Mesa Diretora, alguns senadores migrem para os partidos que tenham mais senadores. Nessa linha, não é bom subestimar o poder de fogo do MDB. Muito menos tentar tirar Renan do jogo. É partido de forças experientes e expressivas. Calheiros sabe ocupar os espaços deixados por amadores. O político alagoano, ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, tem serviços prestados ao Brasil e ao legislativo. Foi presidente do senado e do congresso por 4 mandatos. É aliado de primeira hora de Lula. É profissional. Tem extraordinário poder de articulação. Reelegeu o governador de Alagoas e elegeu senador o filho e xará. Renan é mestre na difícil arte do xadrez político.

Barbeiragem

O senador Renan Calheiros, 4 vezes presidente do Senado e do Congresso Nacional, criticou a PEC proposta pela equipe de Lula. Para Calheiros a equipe de transição cometeu uma "barbeiragem" ao negociar a proposta com o Centrão. Líder da Maioria no senado, Renan Calheiros, aliado de primeira hora de Lula, reclamou não ter sido ouvido antes da negociação. A seu ver, "recorrer ao centrão é uma barbeiragem, um erro político". Não dá para tirar da cabeça uma solução dessas, apressada, salientou Calheiros. Para Renan, bastava a equipe de transição fazer uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU), que, na sua opinião, é quem tem legitimidade para resolver esse impasse com segurança jurídica. "Precisamos guardar coerência programática e institucional", argumentou o senador, concluindo: "O centrão não cabe no teto porque é o próprio fura-teto".

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Lula

Lula, mãos à obra. Sem vacilos. Adote providências concretas desde já. O tempo urge. Colar os cacos das desavenças. Pensar grande. Mostrar que vai mesmo tirar o país do caos. Os desafios são imensos. O povo merece ser feliz. O governo nem sempre conviverá com céu estrelado. De brigadeiro. Lula é calejado. Tem o couro duro. Sabe que governar o imenso e desigual Brasil é parada dura. Para profissionais. Não pode jamais esmorecer. O clima ameno e cordial prometido por Lula precisará ser com todos os segmentos da sociedade. O diálogo com todos os poderes tem que ser permanente. Aqueles de espírito pequeno, dominados pelo ódio e rancor, se não quiserem ajudar, que, pelos menos, não atrapalhem. O otimismo mostrado por Lula depois de eleito deve contagiar todos os brasileiros. Sem distinção de credo nem cor. Vingança, intolerância, homofobismo racismo, feminicidio, miséria, fome, desemprego,  pertencem a um passado sombrio que envergonha a nação. A lua-de-mel com os brasileiros precisa durar 4 anos. A nação aguarda com ansiedade o belo dia que o presidente eleito tomará posse. Para deslanchar em benefício do povo. Mostrar serviço. Sair da teoria para a prática. Lula tem 4 anos para cumprir as promessas de campanha. Pegar duro nos graves problemas nacionais. Com destemor e perseverança. Com sintonia entre todos. Desfraldando a chama da esperança. Boa sorte, Lula.