segunda-feira, 27 de maio de 2019

Bolsonaro canta de galo antes do tempo

O apressado come crú e mal. Tem dor de barriga e quem sabe, congestão e tiro no próprio pé.  Bolsonaro solta foguete antes do tempo. Colossal bobagem tentar demonizar a classe politica. A advertência também serve para o ministro Sérgio Moro. Aprenda, de uma vez por todas, que não vai ganhar nada no grito e na soberba.  Mais uma vez Bolsonaro erra feio. Logo ele, ex-deputado por mais de 25 anos e que tem 3 filhos políticos. Bolsonaro enche a boca para alardear que as manifestações de domingo repudiam as "velhas práticas". Dentro da própria casa o presidente sabe bem do que se trata. Será que o Coaf também prima por velhas práticas?  O legislativo tem consciência de seus deveres e compromissos com o Brasil. Não vai se comover , se abater nem se intimidar com gritos, ameaças e faixas das manifestações. Afinal, deputados e senadores foram eleitos pelos brasileiros cheios de civismo e patriotismo que encheram as ruas. O placar do jogo politico permanece inalterado. Com banca de puro,  salvador da Pátria e jogando o Congresso contra o povo, Bolsonaro vai fracassar. A lua-de-mel tem prazo de validade.

Instagram do Ruy Nogueira




@ruynogueira


quarta-feira, 22 de maio de 2019

Em 2022 o hexa não cairá do céu

Meu texto abaixo é de 11  julho de 2018. Repito, 2018. 
Nada para alterar. Pelo contrário, reitero tudo. Atento e preocupado. 

Que fique claro: não sou pessimista vazio; mas realista pragmático. Com os pés no chão. Oremos.

  
VICENTE LIMONGI NETTO
Assunto: em 2022 o hexa não cairá do céu
11 julho de 2018

É preciso deixar claro, desde já, que o Brasil terá muitas dificuldades, para conquistar o hexa, na Copa de 2022. A seleção terá que evoluir. Fisica e taticamente.  O talento e a força individual não poderão mais ficar longe do coletivo. Não temos mais Pelé, Gerson, Rivelino e Jairzinho.  A copa da Rússia mostrou ao mundo que diversas seleções estão se aprimorando.Jogando o fino. Com  qualidade, objetividade e precisão. Não temem mais a seleção penta campeã. Jogam em igualdade de condições com os brasileiros. Chegarão na copa de 2022 ainda mais preparadas. Até lá, na longa caminhada pela frente, a seleção precisará sem mesclada. É fundamental que os atletas convocados treinem e joguem  mais tempo juntos. Nessa linha, Tite disporá de 4 anos para  compor o elenco, analisar os convocados.Lembrar de excelentes jogadores que não tiveram chances de disputar a copa da Rússia.  Aparar arestas. Fortalecer o coletivo. Vencer a Copa America,  no Brasil, em 2019, será estimulante e útil para os planos de Tite. A CBF, por sua vez, permanecerá trabalhando com eficiência, firmeza  e profissionalismo, ampliando e fortalecendo o destino glorioso de vitórias e conquistas do futebol brasileiro.

A fascinante dupla Alcolumbre e Hélio José

O desprendido, bondoso e grandioso presidente do senado, Davi Alcolumbre, estava inspirado pelos deuses do Amapá,  quando nomeou para assessor o magnífico Hélio José. Figura iluminada e sábia da política brasileira. Partículas do privilegiado cérebro do "inventor da melancia sem caroço", como o encantador Hélio José é conhecido mundialmente, estão sendo pesquisadas em universidades norte-americanas. O ex-governador Rodrigo Rolembergue exige dividir a feliz nomeação com o roliço e sorridente Alcolumbre. Foi dele a brilhante iniciativa de colocar Hélio José como suplente de senador. A fantástica produção política, social e econômica de Hélio José foi doada a Academia Brasileira de Ciências. Sob protestos da Academia Brasileira de Letras, que pretendia ficar com o fabuloso acervo. Cada dia que  passa fica mais robusta, inteligente e competente a assessoria de Alcolumbre.

Os escombros da alma

   Transformei em argila
   para abrigar pássaros carentes

   O medo do coração no corpo rude
   transformei em silêncio noturno
            
   O eco do desamor 
   transformei em lâminas floridas 
             
   Os trapos da imaginação
   transformei em comovidos gritos de pirilampos
               
         Vicente Limongi Netto
        (do meu segundo livro, em elaboração, "Camposangue")

Academia Nacional de Medicina e Palácio São Clemente no XIV RioHarpFestival

Dois concertos do  Trio Enrico Euron, Anne Gaelle, harpas e voz,  e Jean Carlo Bonino, percussão,  da Itália, com um programa de música irlandesa do seculo XVIII, empolgou  as  plateias que lotaram a Academia Nacional de Medicina e o Palácio São Clemente neste final de semana, entre eles, os Acadêmicos,Professores Jayme Marsillac, Mauricio Magalhães, Fabio Jatene, Claudio Benchimol, José Antonio Egido Nardi, José Suassuna, Patricia Rocco, Antonio Egidio Nardi, José Carlos do Valle,  Eliete Buskelar, além do Dr. Marcelo Campos Oliveira, diretor do Ministério da Saúde e no Palácio São Clemente, o casal Jaime Leitão e Maria Eduarda, Cônsules de Portugal no Rio,entre muitos outros.

O presidente da Academia Nacional de Medicina, Professor Jorge Alberto Costa e Silva convidou Sergio Costa e Silva  para que organizasse uma ali uma programação de música constante e, assim, integrando-a a Série Música no Museu  iniciando-se no dia 2 de julho quando da inauguração do Museu da Medicina e a comemoração dos seus 190 anos.

O XIV RioHarpFestival  prossegue até o final de maio com concertos no CCBB, Corcovado, AquaRio, Forte de Copacabana e CC Justiça Federal e a programação completa está nos sites
www.musicanomuseu.com.br e www.rioharpfestival.com.br 

Nelson e os olhos de Collor

Aluno aplicado de psicologia por correspondência, Nelson Motta (O Globo - 17/5) mostra-se fascinado pelos olhos de Collor de Mello. A tese de mestrado do atilado jornalista e escritor tratará minuciosamente dos sintomas de "distúrbios sérios" do ex-presidente. O irrequieto Nelson ganhará nota máxima, com louvor e na maior moleza, porque os olhos dele são idênticos aos olhos de Collor. Diria até que mais expressivos e acentuados. Enxergam e farejam longe. Quanto aos "distúrbios", Nelson Motta ganha fácil de Collor.  Os óculos escuros de Nelson Motta falam por mil palavras. Não deixam a menor dúvida. Perto de Nelson, Collor não fede nem cheira.

sábado, 18 de maio de 2019

Quem disse que o governador não trabalha?

Na falta melhor de algo  mais útil para fazer, pela coletividade, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi fazer média com o empresário Paulo Octávio, participando da inauguração de uma fonte  2 metros de cumprimento por dois de largura, na frente de um dos hotéis do ex-vice-governador.A turma de áulicos compareceu em peso. Afinal, a aprazível fonte tem o nome de JK.  O sol estava escaldante. Ibaneis ameaçou mergulhar de cabeça, na enorme fonte. Mas  o cerimonial do Buriti esqueceu de levar o kit esportivo do governador.

Lewandowski recebe título de cidadão do Amazonas por apoiar a zona franca

A Assembleia Legislativa do Amazonas  concedeu o Título de Cidadão do Amazonas ao ministro do Supremo Tribunal Federal , Ricardo Lewandowski, sexta-feira (17), no Plenário Ruy Araújo. A proposta foi do presidente, deputado estadual Josué Neto, em razão do histórico de votações favoráveis a questões relacionadas ao Estado, sobretudo no que diz respeito à Zona Franca de Manaus (ZFM). 


O último julgamento do STF relacionado à região, realizado nos dias 24 e 25 de março deste ano, tratou do direito ao creditamento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nos insumos provenientes da ZFM. O voto de Lewandowski foi determinante para a vitória de 6 a 4 em favor do modelo.
A sessão solene contou com a presença do superintendente da SUFRAMA, Alfredo Menezes, do governador do Amazonas, Wilson Lima, do presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, Desembargador Yedo Simões, do senador pelo Amazonas, Eduardo Braga, entre outras autoridades amazonenses. 

Em seu discurso, o ministro agradeceu o título e ressaltou a importância do modelo Zona Franca de Manaus para a região e para o País. “Tudo que diz respeito ao Amazonas é superlativo. É o maior estado dentre as 27 unidades da Federação Brasileira. Tem um território maior do que a soma dos territórios da França, Espanha, Suécia e Grécia. É maior do que o Sul e Sudeste juntos. É uma potência do ponto de vista ecológico. Tem mais de 90% de sua cobertura vegetal preservada. É, nesse aspecto, uma região que indica o futuro do planeta na medida em que concilia desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Grande parte graças a esse grande e inteligente projeto que é a Zona Franca de Manaus”, disse. 

Lewandowski abordou, ainda, a segurança jurídica do modelo. “Esta iniciativa, que começou como um Projeto de Lei Ordinária, acabou sendo incorporada na Constituição pelos constituintes originários, reafirmada diversas vezes a sua importância, e, mais do que uma política de governo, a ZFM é uma verdadeira política de Estado. É uma iniciativa que permite o sustento de dezena de milhares de famílias. É um exemplo de excelência do ponto de vista do desenvolvimento industrial, sobretudo na química, na eletrônica e nos veículos sobre duas rodas”, observou. 

Por fim, em relação à Zona Franca de Manaus, o ministro destacou o impacto ambiental da concentração do Polo Industrial de Manaus em uma área de 10 mil quilômetros quadrados. “Graças a esse modelo, que transformou a cidade de Manaus e seu entorno na sexta região em importância econômica do Brasil, é que conseguimos preservar a floresta amazônica, que é um patrimônio não apenas dos amazonenses, tampouco dos brasileiros, mas é um patrimônio da humanidade e que precisa ser preservado a todo custo”, afirmou. 

Também proferiram discursos o presidente da Aleam, Josué Neto, a deputada estadual, Joana D'arc, e o governador do Amazonas, Wilson Lima.

Superintendente da Suframa com Ministros da Justiça e do Meio Ambiente

Em Brasília, o superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, participou de duas reuniões,  com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales.

A reunião com Moro foi  junto ao prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, ao secretário nacional de Segurança, general Guilherme Theophilo, ao procurador federal Leonardo Galiano, ao secretário do Ministério da Justiça, Luiz Pontel, e à presidente do Fundo Manaus Solidária, Elisabeth Valeiko Ribeiro. Foram  discutidos projetos para a cidade de Manaus. 

Já na reunião com Sales, Menezes colocou a Suframa  à disposição do Ministério do Meio Ambiente para coordenar ações conjuntas que visem ao desenvolvimento sustentável por meio de uma política ambiental moderna. “Estamos atendendo uma recomendação do presidente Jair Bolsonaro que defende sempre que os poderes da República se comuniquem”, disse Menezes.

Conversa mole dos senadores

Me engana que eu gosto. É o slogan dos senadores. Reis do lero-lero, lorotas, bravatas, cinismo, oportunismo, demagogia e hipocrisia. O roliço e sorridente presidente saracoteia nos Estados Unidos. A viúva paga. Davi manda os áulicos exibicionistas anunciar que o senado há 20 anos não produziu tanto como nestes 100 dias. Quantidade não significa qualidade. Não se sabe se o monte de sandices e pantomimas entraram na monumental lista de inesgotáveis serviços prestados ao país. A decantada nova política e a renovação no quadro de senadores empolga a nação. Oremos. 

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Relevância da ZFM para o Brasil é abordada durante reunião na Fecomércio

O superintendente da Suframa,  Alfredo Menezes, participou  da 5ª reunião ordinária da diretoria da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM) e do Centro do Comércio do Estado do Amazonas (CECEAM), na sede da Federação. Menezes apresentou à classe comercial  dados sobre a atuação da Zona Franca de Manaus,  que fortalecem  a importância do modelo para a economia brasileira. “Foi com esse propósito de defesa que trouxemos o superintendente  para conversar com os nossos associados”, afirmou o presidente em exercício da Fecomércio-AM, Aderson da Frota.


Alfredo Menezes inicialmente fez questão de reafirmar o compromisso que a presidência da República tem com a região, de manter os benefícios e as vantagens competitivas existentes, e também o compromisso do ministro da Economia, Paulo Guedes, para com a Zona Franca de Manaus e a SUFRAMA. “O ministro já disse que da Zona Franca nada se tira, tudo se melhora ou aperfeiçoa e foi um pouco mais além na última oportunidade que teve com a bancada federal, onde avançou um ponto com a reforma tributária, afirmando que o Imposto Sobre Valor Agregado (IVA) acontecerá, porem nós receberemos um tratamento especial. Como será esse tratamento, ainda estamos fazendo estudos”, explicou.

Menezes também afirmou que ao ser confiada a missão de dirigir a SUFRAMA, apresentou ao presidente Jair Bolsonaro cinco ideias para o fortalecimento da Autarquia e fez algumas demandas. “Pedi que ele me desse uma autonomia administrativa, com a garantia de nomear a equipe da alta administração da Autarquia, o que foi concluído na semana passada, com a posse de três superintendentes adjuntos e o último deverá tomar posse no dia 20. O segundo ponto que pedi ao presidente foi a autonomia financeira, para descentralizar os recursos da SUFRAMA que estavam no governo federal desde meados de 2002. Até aquele momento tínhamos a capacidade de investimento com a nossa marca em diversos pontos da nossa região de abrangência e ele me garantiu que assim seria feito depois das reformas que estão em curso”, afirmou.

Atualmente, o superintendente informou que desenhou um plano de trabalho para a SUFRAMA focado nos três segmentos de atuação da Autarquia: indústria, comércio e agropecuário. “Vi que tínhamos um foco muito grande na indústria e assim que assumi, procurei o contato com todas as áreas e expus a nossa intenção em trabalharmos em conjunto, inclusive com a classe política dos demais Estados de abrangência da SUFRAMA (Acre, Amapá, Roraima e Rondônia). Com a chegada dos meus adjuntos estou partindo para a segunda fase, que é a visita in loco a todos os Estados e às Áreas de Livre Comércio”, garantiu.

Menezes também apresentou dados que mostram o alcance nacional do modelo Zona Franca. “Em 2017 nós internamos aproximadamente R$33 bilhões fora do modelo, com geração de empregos diretos e indiretos na faixa de 750 mil. Em São Paulo, foi gerado em torno de R$ 12 bilhões com a faixa de 250 mil empregos diretos e indiretos. Os dados de 2018 estamos compilando no momento”, observou, apontando ainda os dados sobre a renúncia fiscal brasileira. “Uma autocrítica é que nos comunicamos muito mal com o restante do País. Hoje sabemos que a renúncia fiscal do Estado brasileiro está em R$ 300 bilhões, representamos 8% disso, em torno de R$ 25 bilhões, deixando claramente, a partir de pesquisas, que é um investimento e não um gasto, e que temos os únicos incentivos previstos na Constituição. Temos um desafio estratégico de marketing para dizer o quanto somos importantes ao País”, disse.

Por fim, o superintendente abordou a necessidade de alterações em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e de novas matrizes complementares para a região. “Vejo que não há uma integração na parte do P&D. Temos que ter um protagonismo nisso. Hoje as empresas escolhem as áreas que elas querem fazer a pesquisa e muitas vezes não atendem as nossas demandas. Já estamos trabalhando para o aperfeiçoamento dessa legislação. Além disso, o meu compromisso é caminhar na direção de novas matrizes complementares e aí vemos a tecnologia, o turismo, que é a nossa vocação, e a biodiversidade”, complementou.

terça-feira, 14 de maio de 2019


Olavo satanizado

Aqui e alhures, leio destacados e longos artigos achincalhando Olavo de Carvalho. É muita magoa para um pobre marquês. Olavo já foi xingado de tudo. Fuzilado no paredão e linchado como Judas. Resta chamar Olavo de gay e filho de mãe desconhecida. É patético o espetáculo de virulência contra o filósofo. Vale tudo a pretexto de elogiar Bolsonaro e bater continência para generais. Há alguns anos, Olavo retrucou, na "Folha de São Paulo", aleivosias de seus algozes que permanecem atualizadas e irretocáveis." A constância com que expressões de repugnância física, asco e desejos de vômito aparecem nos protestos das pessoas que me odeiam é para mim um motivo de lisonja e satisfação. Assinala que, diante dos meus escritos e comentários, essas criaturas se vêem privadas do dom de argumentar. Paralisada a sua inteligência pela obviedade do irrespondível, vem-lhes o impulso irrefreável de uma reação física. Já que lhes arranquei a língua, querem sair no braço. Mas, como bater em mim seria ilegal e ademais as exporia à  temível possibilidade de um revide, a última saída que lhes resta é voltar contra seus próprios corpos o sentimento de raiva impotente que as acomete, donde resulta todo um quadro sintomatológico de diarréia, tremores, cólicas e convulsões". Nesse sentido, Nelson Motta escreveu dia 10, no Globo: "Olavão deve se divertir com a idolatria dos ignorantes e com o poder que lhe dão, pela incapacidade de contestá-lo  intelectualmente e pela fé cega no mestre".

ABRACE: 33 anos!

Ética e transparência, como princípio. Transformar dor em amor, como lema. Cura, como objetivo.


Roberto Nogueira Ferreira - Primeiro presidente da ABRACE

Em 1º de maio de 1986, nove pais e mães de crianças em tratamento no Hospital de Base de Brasília reúnem-se na residência do casal Roberto Nogueira Ferreira e Maria Angela Marini Vieira Ferreira e fundam a ABRACE – Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias. Recontar esse começo é uma forma de agradecer a sociedade de Brasília que abraçou a ABRACE e fez dela um conceito. Recorro-me ao velho e sempre atual bom latim: “VERBA VOLANT, SCRIPTA MANENT”.

Pior que o tempo nublar a história é a ação do homem – nesses tempos de pós-verdade – a criar convenientes versões, conferindo-as ares de verdades definitivas. A ABRACE é um patrimônio imemorial de Brasília. A ABRACE é resultado do esforço coletivo, da união de cidadãos de boa ética, desprovidos de segundas intenções. A idéia é ajudar quem precisa, atuando coletivamente, porque só o nada se produz a sós, o bem-fazer é coletivo. A ABRACE faz parte de uma Brasília que deu certo.

A parceria desinteressada com os poderes constituídos faz parte do percurso. Permitam-me citar Joaquim Roriz e Wesllian Roriz. Foram eles que nos cederam a “residência oficial do administrador do Guará” para ser a nossa Casa de Apoio. Visitem-na e verão no que ela se transformou. Foram eles que a partir de pleitos da ABRACE levantaram o Hospital de Apoio. Justiça se faça também ao Secretário da Saúde de então, Jofran Frejat. Foram eles também que nos cederam o térreo onde a ABRACE, com recursos privados, construiu o Hospital da Criança José Alencar. Permitam-me, uma vez mais, fazer justiça à Senhora Marisa Campos Gomes da Silva, pelo apoio fundamental nessa obra.

A ABRACE pertence à sociedade de Brasília e deve permanecer apolítica. O conceito ABRACE é dotado daquela força espiritual, humanista, que move homens públicos e não públicos na direção e no sentido de atender as necessidades reais, concretas e dolorosas das famílias e das crianças portadoras de câncer, ao qual se somam outras patologias clinicas pediátricas de alta complexidade. Se a ação política não atender ao homem, com eficiência e qualidade, qual a razão de ela existir?

Em 1986, os fundadores da ABRACE fixaram 10 diretrizes fundamentais, norteadoras de sua ação. Trinta e três anos depois elas continuam atuais: Assistência moral e emocional às famílias quando do diagnóstico; Assistência total durante a após o tratamento; Assistência financeira e material às famílias carentes; Acompanhamento do tratamento das crianças internadas com apoio financeiro, material, social e recreativo; Orientação às famílias quanto aos cuidados e procedimentos durante e após o tratamento; Busca da melhoria das condições hospitalares, locais de tratamento e internação, medicamentos e equipamentos; Assistência às famílias de outras localidade, especialmente nos períodos de internação e

altas temporárias; Acompanhamento do tratamento de crianças carentes, após alta hospitalar; Busca de melhores condições de trabalho para os profissionais envolvidos em todas as fases de tratamento; Despertar a sociedade e autoridades governamentais para a enfermidade, possíveis causas e conseqüências, desmistificando a doença.

Hoje, a doença está desmistificada. Falar em câncer é um avanço social e ele não mais é visto como uma sentença de morte. Tudo que a ABRACE faz, 33 anos depois, cabe nas diretrizes.

ABRACE, para abraçar e ser abraçada e foi o que a sociedade de Brasilia fez. 1º de maio para homenagear os abnegáveis trabalhadores da saúde pública de Brasilia, médicos, paramédicos, enfermeiros, auxiliares administrativos... Enfim, todos aqueles que no Hospital de Base de Brasilia da década de 1980 acolheram mães, pais e crianças com o carinho de sempre, a dedicação de sempre, o amor de sempre.

Ao Hospital de Base de Brasilia, de ontem, hoje e sempre, o reconhecimento da ABRACE e a nossa eterna gratidão. A sociedade de Brasília, aos voluntários, aos colaboradores anônimos, aos profissionais da medicina em todos os níveis, o nosso respeito e o nosso amor incondicional. À imprensa escrita, falada e televisiva de Brasilia, o nosso muito obrigado.

Quando o destino nos surpreende, só nos resta surpreendê-lo. E o destino, redimido, quis que Maria Angela Marini, fundadora da ABRACE, estivesse na sua presidência na comemoração de seus 33 anos. Afinal, a criança de seis anos, gênese da fundação da ABRACE, hoje é uma jornalista profissional de 39.

sábado, 11 de maio de 2019

Mãe, te amo

Mãe, teu amor suaviza a luz. Teus braços eternizam a paz. Teu sorriso é o vento suave das estrelas. Teu rosto é a trilha da emoção. Teus olhos projetam o infinito. Tuas mãos são eclipses de flores. Tuas lições refletem minha alma. Mãe, minha devoção, amor e gratidão por ti são eternos.

As razões de tantas besteiras

Jorge Kajuru revelou que tem dois conselheiros sensacionais: Cristovam Buarque e Pedro Simon. Explica-se, então, porque o espalhafatoso, bolorento e prolixo   senador fala tanta besteira.

Patetices no Senado

Prossegue inesgotável o show de bobagens no senado. Senadores perdem tempo com miudezas. Adoram tolices e patetices. Votaram numa comissão projeto para que carteira de radialista tenha validade como carteira de identidade. Radiante, o relator da importante matéria opinou: "Como radialista sinto-me feliz. Passaremos a ser mais respeitados". Patético, se não fosse trágico. Seguindo o raciocínio vesgo do parlamentar, os senadores garantem que votarão para que carteiras de outras profissões também  sejam reconhecidas como carteiras de identidade. Serão beneficiados carteiros, garis, lavadores de carro, flanelinhas, pedreiros, bailarinos, garotos de programa, jogadores de futebol, porteiros de boates e prédios residenciais e comerciais, entregadores de pizza, pintor de parede, árbitros  de basquete, voleibol, esgrima, cozinheiros, frentistas, açougueiros, peixeiros, cantores, fotógrafos, cinegrafistas, bombeiros, dominadores de urso e tigres, jornalistas, médicos, enfermeiros, guardas-noturno e salva-vidas. Assim, o fecundo trabalho dos senadores passarão a ter o respeito que merecem da população. 

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Balaio de medíocres contra Olavo

É interminável o manancial de bobagens e sabujismos, do Congresso Nacional, em busca desesperada de migalhas do noticiário.Senadores e deputados disputam o troféu do lero-lero. Os debates são medíocres. Em plenário e nas comissões técnicas. Os assuntos que realmente poderiam modificar para melhor a vida do cidadão são esquecidos em detrimento da demagogia e das sandices e da conversa fiada. Os "novos políticos" com as raras exceções de praxe, são toscos,  pretensiosos e arrogantes. A solidariedade apregoada pelo roliço presidente do Senado ao general  Eduardo Villas Bôas é escancarado e explícito espetáculo de medonha bajulação. É patético, se não fosse triste e lamentável. Repúdios de senadores e deputados embrulhados de pseudo civismo e falso espírito público ao filósofo Olavo de Carvalho beiram  o ridículo. Um texto de 5 linhas de Carvalho remeteria de volta os torpes valentões ao aconchego de suas mediocridades. Deveriam colocar freios nos dentes. A exemplo da apregoada lucidez manifestada agora pelos generais.

terça-feira, 7 de maio de 2019

Olavo incomoda

Bolsonaro obra bem, mostra caráter, reiterando admiração e gratidão por Olavo de Carvalho. O que não significa que o filósofo vá recolher a pena contundente, toda vez que julgar necessário opinar sobre os rumos do governo brasileiro. Declarações de generais, com aulas de política, existencialismo, decência e vida, ofendendo e fazendo pouco caso da importância cultural de Olavo não intimidarão o filósofo. Quem não é tolo sabe que para entrar numa rinha com Olavo de Carvalho é preciso ter tutano e coragem. O campo é minado para Bolsonaro, porque também não pode deixar de afagar os generais que tem em sua volta. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Anjos Mel e Lis

Aplaudo, feliz da vida, a bela e  comovente matéria de Helena Leite e Mariana Machado, "Quero vê-las separadas, mas juntas de novo", (Correio Braziliense de 05/5),  com a jovem e feliz Camilla Neves, mãe das gêmeas siamesas, operadas com sucesso em Brasília. Parodiando os versos de Manuel Bandeira, "Vão, anjos  Lis e Mel, ser gente na vida!". Não sei se a dupla de repórteres tem pouca idade, mas seguramente terão orgulho a vida inteira. Pessoal e profissional, por terem feito uma matéria tão valiosa, para o jornalismo e para a ciência. Trabalho apurado e checado com rigor e paciência. Com texto romanceado, rico em informações. Elaborado, repleto de candura, sensibilidade e emoção. Cumprimentos também aos Correio Braziliense e ao fotógrafo Carlos Vieira, pela magnífica edição. A matéria obterá, com todos os méritos, prêmios nacionais e internacionais. Com 74 anos de idade e 50 de jornalismo, a matéria sobre Lis e Mel me enche de orgulho e satisfação.  Certo de que, com tolerância, amor, desprendimento, otimismo e fé, ainda podemos ter esperanças de dias melhores.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

‘Maria Stuarda’ mostra rivalidade entre rainhas no 22º Festival Amazonas de Ópera

Segunda montagem do FAO faz parte do trio de rainhas do compositor italiano Gaetano Donizetti

Não há registros de que Mary Stuart, rainha da Escócia, e Elizabeth I, regente na Inglaterra, tenham se encontrado, porém as figuras históricas entram em conflito na peça de Friedrich Schiller, na qual foi baseado o libreto da ópera “Maria Stuarda”, do compositor italiano Gaetano Donizetti. Segunda montagem a ser apresentada no 22º Festival Amazonas de Ópera (FAO), a versão crítica da obra terá estreia em solo brasileiro no palco do Teatro Amazonas, neste domingo (5/5), às 19h.

O FAO é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), com patrocínio master do Bradesco, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura. O evento segue com apresentações de ópera, recitais e concertos até 30 de maio.

Com três horas de duração, incluindo os intervalos, “Maria Stuarda” será apresentada pela Amazonas Filarmônica, Coral do Amazonas e Núcleo de Teatro do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. A direção musical e regência ficam a cargo do maestro Marcelo de Jesus, que destaca a ópera como importante no repertório belcantista, no qual o canto e a voz são as características principais da obra.

“O Bel Canto já faz parte do DNA do Festival. Já fizemos obras de Gioachino Rossini e Vincenzo Bellini que, juntos a Donizetti, são o auge dessa tradição vocal. ‘Maria Stuarda’ tem sido resgatada nos teatros de todo mundo, e já tínhamos esta obra separada para ser realizada. Isso evidencia o quanto o FAO continua se mantendo alinhado em relação ao pensamento contemporâneo. Quando pesquisamos também descobrimos que ainda não havia sido apresentada no país, o que foi uma surpresa para nós”, diz Marcelo de Jesus.

De acordo com o maestro, há um movimento cultural em torno da obra das duas rainhas, nos últimos anos. Na temporada 2019-2020 de The Metropolitan Opera, de Nova York, “Maria Stuarda” está incluída entre as obras que serão apresentadas. A estreia recente do filme “Duas Rainhas” (“Mary Queen of Scots”, 2018) também é reflexo deste movimento.

“A história envolve diversos elementos chamativos para o público. Mary era prima de Elizabeth e tinha direito ao trono da Inglaterra. Porém, Mary era católica, e o reino inglês estava dominado pelo protestantismo, defendido por Elizabeth. Há intrigas políticas, sociais e religiosas, um jogo de xadrez dos tronos que atinge o público e faz parte do conceito da montagem para o FAO”, pontua o regente.

O jogo de poder citado por Marcelo de Jesus é refletido nos cenários de Giorgia Massetani, nos quais o público poderá reconhecer detalhes de um tabuleiro de xadrez, e também nos figurinos assinados por Fábio Namatame, que faz uma releitura dos trajes usados pela realeza e pelos nobres do século 16.

“A obra é belíssima, o elenco de solistas que temos é incrivelmente talentoso e a montagem do FAO é linda visualmente. Estes elementos, unidos às características do enredo, com certeza irão chamar e prender a atenção do público", afirmou. 

Obra – Quando estreou em 1835, em Milão, na casa de ópera La Scala, “Maria Stuarda” tinha três atos. A versão crítica que será apresentada no Teatro Amazonas tem dois, cantada em italiano. “A versão crítica tem um grande primeiro ato, com dois quadros, e um segundo ato com um quadro. Como sempre no FAO, apresentamos a obra completa, sem nenhum corte”, explica Marcelo de Jesus.

Junto a “Anna Bolenna” e “Roberto Devereux”, “Maria Stuarda” faz parte das chamadas “Rainhas de Donizetti”, obras baseadas no período Tudor (1485-1603). O enredo inicia com Mary aprisionada e mostra, desde o início, um grande confronto entre as duas rainhas.

“Este confronto tem seu ápice quando as duas se encontram e Mary xinga Elizabeth. Tanto Donizetti quanto o libretista Giuseppe Bardari foram transgressores à época, por colocar xingamentos nunca antes vistos numa ópera. Mary diz que Elizabeth é a filha impura de Anna Bolenna e a chama de meretriz, algo bem forte naqueles tempos”, ressalta o regente.

Ainda segundo o maestro, este é o trecho-fetiche da obra, sendo regravado diversas vezes. “O trecho é muito famoso e grandes cantoras de ópera já realizaram gravações apenas desta parte, por ser um trecho marcante e famoso no mundo da ópera”, acrescenta o maestro.

Elenco – O elenco de “Maria Stuarda” conta com Tatiana Carlos (soprano), como Elizabeth; Cristina Giannelli (soprano), como Mary; Dhijana Nobre (soprano), como Anna Kennedy; Paulo Mandarino (tenor), como Roberto, conde de Leicester; Fred Oliveira (barítono), como Cecil; e Pepes do Valle (baixo), como Talbot.

“Tatiana é um jovem talento, com um grande potencial, que faz estreia no FAO. Em contrapartida, temos a experiência da italiana Cristina Giannelli, que já interpretou Mary em três produções. Assim como temos, também, Pepes do Valle, que fará sua 50ª obra, e um dos nossos expoentes do canto, que é Dhijana Nobre. O FAO tem tradição de unir novos e experientes talentos”, comenta Marcelo de Jesus.

A amazonense Dhijana Nobre participa do FAO desde 2009, já tendo feito a “Lucia di Lammermoor” de Donizetti. Ela interpretará a melhor amiga de Mary. “Anna é solicitada, pela própria Mary, para acompanhá-la no momento da execução. Para mim, é um privilégio fazer mais um papel de Donizetti, que é bel canto puro e muito bem estruturado. Também é uma honra poder estar no mesmo palco de grandes nomes nacionais e internacionais da ópera”, declara a soprano.

A carioca Tatiana Carlos faz sua estreia no FAO e no Teatro Amazonas. Já atuou em diversos papéis e agora também fará sua primeira Elizabeth. “Ela é um personagem incrível e complexo. Na história, ela é a vilã, mas não a vejo apenas como isso. É um desafio enorme para mim abraçar toda essa gama de cores e pensamentos que eu vejo nela, e tentar passar isso ao público”.

Com um bacharelado em canto pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Tatiana está terminando atualmente o mestrado em Performance Vocal na Brigham Young University (BYU), nos Estados Unidos. Há duas semanas em Manaus, a cantora destaca o acolhimento do elenco e dos amazonenses.

 
 
 
O secretário estadual de Cultura, Marcos Apolo Muniz, ressalta que um dos diferenciais este ano é a ampliação do acesso aos espetáculos. O FAO conta com programação nos teatros Amazonas e da Instalação, nos centros culturais Palácio Rio Negro e Palácio da Justiça, em shoppings, hospitais e escolas de Manaus, além de chegar ao interior.

“É um espetáculo grandioso e ficamos felizes pela procura do público. Os ingressos, que são bem acessíveis, têm esgotado em todas as apresentações”, concluiu. ( Fotos Michael Dantas).

Rio de Janeiro sedia 14ª edição de festival internacional de harpas

Evento, que tem apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, segue até dia 31 de maio com a participação de 35 músicos de 22 países

A 14ª edição do RioHarpFestival – Festival Internacional de Harpas começa nesta quarta-feira (1º), com a participação de 35 músicos de 22 países, incluindo importantes nomes brasileiros e orquestras de projetos sociais. O festival, que segue ate dia 31 de maio em vários locais do Rio de Janeiro, tem apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A entrada é franca.
O evento faz parte do projeto Música no Museu, que realiza há mais de 20 anos uma série de concertos gratuitos em espaços culturais. Os artistas presentes mostram as várias facetas do instrumento musical, com obras de música clássica, rock, étnico, jazz e até ritmos brasileiros.
Entre os destaques da programação estão o belga Jacques Vandelvede e sua harpa dupla; o Ecos Latinos, de New Orleans, que faz um parceria com a Orquestra Violões do Forte, da comunidade de Pavão-Pavãozinho; os Tambores do Japão, com instrumentos de dois metros de altura, que se apresenta com o harpista Yns Ever Coronado, do Peru; e Les Alizes, um quinteto proveniente da França e da Martinica, que fará apresentações tendo como pano de fundo o mar do Caribe. Confira a programação completa.
“É uma satisfação muito grande colocar o Brasil na programação cultural desses artistas da harpa. E, por conta do sucesso do evento, estamos expandindo nossa atuação para as cidades de Lisboa e Coimbra (Portugal), Madrid (Espanha), Bruges (Bélgica), Grasse (França), Milão (Itália), Nova Orleans (USA) e o Caribe. Isso é o Brasil democratizando o acesso e exportando nossa cultura”, afirma o diretor e criador do Festival, Sergio da Costa e Silva.

Versão paulistana

A capital paulista recebeu, entre 10 e 12 de abril, o IV SPHarpFestival – Festival Internacional de Harpas. A realização do festival também contou com o apoio de empresas por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Um dos destaques da edição paulista foi a argentina Soledad Yaya, que se apresentou com a soprano Juliana Starling, o cantor Sandro Bodilon e o clarinetista Peter Pass, do Canadá, no espetáculo Recordas. Da Argentina também veio o harpista Dario Andino, que, ao lado do flautista brasileiro Dennis Crepaldi, forma o Vento Celta. O Grupo Seiha Brasil de Koto apresentou a herança da harpa na música japonesa.