segunda-feira, 31 de março de 2014

O que acontece por aí...

Azevedo apenas puniu baderneiros

Desafetos não tinham e não têm gabarito intelectual para insultá-lo

A propósito da matéria "À Sombra dos Quepes, perseguição na UnB (Correio Braziliense do dia 29), criticando o reitor José Carlos Azevedo, gostaria de salientar alguns pontos: 1) É cômodo, hipócrita e covarde acusar Azevedo, que já não pode se defender.Lamentável e deplorável que  fervorosos ex-estudantes tenham demorado tantos anos para se defender e mostrar incrível valentia e candura; 2) O verdadeiro bom senso e a exemplar isenção ensinam que a Universidade é local para estudar e trabalhar e não para fazer badernas. Quem agora chora pitangas porque foi punido com a expulsão pelo reitor Azevedo, deveria pedir canonização ao Vaticano. O reitor Azevedo apenas cumpriu com seu dever e obrigação. Azevedo sempre foi justo e rigoroso em seus atos. Se expulsou alguém é porque mereceu; 3) A casta e pura patrulha insiste em tentar diminuir as qualidades profissionais de José Carlos Azevedo chamando-o de capitão de mar e guerra da Marinha. Por má-fé e cinismo, esquece de salientar que Azevedo também era graduado pelo M.I.T.(Massachusetts Institute of Technology) em Mestre e Doutor em Fisica, Mestre em Engenharia Nuclear e Mestre e Arquitetura e Engenharia Naval. Não é preciso raciocinar muito para constatar, portanto, que os desafetos de Azevedo não tinham e não têm gabarito intelectual para insultá-lo nem colocar em dúvida sua competência; 4) Por fim, Azevedo deixou a UnB sem dívidas e respeitada no Brasil e no exterior. Cresçam mentalmente e espiritualmente antes de jogar as patas em José Carlos Azevedo.  

Cartas com comentários de peso sobre o texto acima:

“Concordo que muitos jovens por aí confundem liberdade com libertinagem, mas creio, também, que isso se deve, em grande e triste medida, aos sucessores do reitor Azevedo, que, por ignorância, covardia ou cálculo oportunista, jamais ensinaram às novas gerações que existe uma gigantesca diferença entre autoridade legítima e autoritarismo.

O nosso saudoso amigo, mestre e eterno reitor José Carlos de Almeida Azevedo, oficial de Marinha, físico nuclear e educador, tinha um projeto para a UnB que articulava o cultivo do legado humanístico da Civilização Ocidental com a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico em prol de um Brasil forte, próspero, justo e desenvolvido! Que falta ele faz!!

Abração do

Paulo Kramer”

“Meu caro colega Vicente Limongi, repassei o seu comentário para o meu dentista Hamilton França, personalidade bem conhecida em Brasília. Eu e ele estudamos juntos na década de 60 no colégio da Caseb. Eis o que ele disse abaixo. Se vc disponibilizar em seu site me informe que vou repassar pra ele.

Um abraço.

Kleber Sampaio”


“Kleber,

Por gentileza, transmita ao Vicente Limongi as minhas felicitações por tamanha 
coragem em defesa do reitor José Carlos Azevedo que, diga-se, é merecedor 
de todo o respeito e admiração.
Quem dera, nesses tempos de 'democracia', tivéssemos outro reitor assim.

Abs.

Hamilton França

“Ingressei na UnB em 1976. Era outra Universidade, bem diferente da atual, em que até papel higiênico falta nos banheiros. Por isto, concordo com você em gênero e grau, e associo-me na defesa do ex-reitor José Carlos Azevedo. Hoje, os estudantes confundem liberdade com libertinagem, que são conceitos relacionados, porém distintos. Em muitos casos, a libertinagem é traduzida por uma ausência de regras. Desta forma, alguém que bebe e depois dirige, é um exemplo de alguém cuja atitude evidencia libertinagem, pois está colocando em risco a sua vida e a vida de outras pessoas. Mas, Azevedo, sabia distinguir muito bem, uma da outra, por isto foi polêmico e ainda hoje, é lembrado. Lembre-se, Limongi, que só se atira pedras em árvore que dá frutos. Quem nada faz, não é criticado, mas também não é lembrado.

Forte abraço,

Antony


Carta do Prof.Dr. Carlos Sanches comentando minha postagem “Consciente do dever cumprido, Bernardo Cabral completa 82 anos de idade”:

“Caro Limongi, 

Bernardo Cabral o "Filho das Águas, ainda tem muito a contribuir com a política e como homem culto, detentor de várias comendas. Homem respeitado por suas atitudes, sempre em defesa do povo amazonense. Apesar de não esta mais militando no campo da política, deixa o legado de sempre ter dado exemplo de selo e moral ilibada de homem público. Contribuiu decisivamente quando foi relator da Constituição de 1988, contribuição essa que revelou todo um conhecimento adquirido ao longo dos anos de atuação jurídica. Falar de Bernardo Cabral é ter a certeza de que é um homem que conhece e valoriza sua terra, o Amazonas com toda a sua grandiosidade como ele também o é.
Portanto, Bernado Cabral aos 82 anos é um homem que possui um legado que jamais um político filho do Amazonas chegará a alcançá-lo. Ele é único, daí a afirmação. Bernardo Cabral é o filho mais ilustre de uma geração de políticos que não será superado.

Prof.Dr. Carlos Sanches”

Vejam também os seus comentários sobre outra postagem nossa Fórum de infraestrutura vai oferecer respostas práticas, afirma Collor”:

"Caro Limongi.

Fernando Collor, não teve a oportunidade quando Presidente da República de realizar obras de infraestrutura de que o Brasil precisava e ainda continua a exigir intervenções imediatas e arrojadas. O debate é o caminhos para a solução de vários problemas Nacionais que requerem agilidade e compromisso com a causa nacional. Apesar de ter sofrido um impeachment e que foi devidamente esclarecido pela justiça, hoje Collor busca resgatar o tempo perdido por outros governantes que o sucederam.

Prof.Dr Carlos Sanches"

O fracote time dos sonhos

Cada um tem seu time dos sonhos. Futebol é fascinante também por isso. Contudo, a meu ver, deixar de fora Tostão, Gerson e Rivelino é um disparate. E o pior: deixar de votar em Pelé, como fizeram alguns, porque não viram o atleta de século jogar, é uma blasfêmia imperdoável que incomoda os deuses do futebol. 

Tostão faz bem em exaltar Gerson

Toda vez que Tostão fala das virtudes técnicas do eterno craque Gerson a coluna dele torna-se mais marcante. Exaltando ex-jogadores que encantaram os gramados, Tostão, a meu ver, que também foi craque, homenageia e eleva o verdadeiro futebol e  desperta a curiosidade das novas gerações que não tiveram o prazer de vibrar com monstro sagrados como Gerson, Pelé, Rivelino, Paulo Cesar Caju, Nilton Santos, Didi, Garrincha,  Ademir da Guia, etc.

Depoimento de Hélio Fernandes no Senado

Onde está depoimento de Helio Fernandes sobre o atentado à "Tribuna da Imprensa"?

José Carlos Werneck*

Dias após ao atentado contra a "Tribuna da Imprensa",em 1981,o jornalista Helio Fernandes, proprietário do jornal,prestou,perante à "Comissão do Terror",do Senado Federal,cujo relator era Franco Montoro,um contundente e detalhado depoimento de seis horas,relatando todos os detalhes do episódio. Este depoimento sumiu completamente dos Anais do Senado Federal. Esperamos que a Comissão da Verdade possa onde foi parar este importante depoimento sobre o bruta atentado  perpetrado por elementos ,que não aceitavam,de maneira alguma a volta do País à normalidade democrática.  Em sua fala,no Senado,Helio responsabilizava nominalmente todos os participantes, dizia que tudo era comandado e planejado pelo Chefe do SNI, general Octavio Medeiros, que se o regime continuasse,  seria o  sucessor de Figueiredo. No depoimento,Helio,falando de improviso(uma característica do veterano jornalista)  foi veemente e deu todos os pormenores do acontecido perante um  Senado perplexo, que nada ainda havia terminado”.  Quantas razões para que o depoimento (na época eram apenas notas taquigráficas) desaparecesse totalmente.   Espero que a Comissão da Verdade tome providências.Segundo Helio Fernandes, os senadores ficaram tão assustados com seu depoimento, que o “expulsaram” de Brasília. Ele ia ficar lá, mas o levaram ao aeroporto, o colocaram dentro do avião e, só assim se tranquilizaram. Esse era o “clima” que exigiu o “sequestro” do documento,segundo me relatou,por telefone o proprietário da "Tribuna da Imprensa". Helio diz: "Fartos de me sequestrarem por anos, decidiram “sequestrar” depoimentos". Em em artigo ele foi taxativo,quando afirmou:Tentam desencaminhar a Comissão da Verdade, o crime da anistia ampla, geral e irrestrita, a destruição da Tribuna em 1981, dois anos depois da “anistia". Apesar do desencanto do Helio com o mistério do que ocorreu,ponderei com ele,que, como o Senado tem um serviço que cuida com muito esmero da "memória" da Casa e publica nos Anais todas as sessões plenárias e das comissões,uma nova tentativa de busca  está sendo feita para localizar seu depoimento.


José Carlos Werneck é jornalista e advogado

O que o Brasil aprendeu com o regime militar?


Caros amigos

O Brasil aprendeu que, com seriedade, comprometimento, planejamento, honestidade, continuidade administrativa, competência e disciplina, pode-se fazer até milagres!

Naquele tempo, em que pese à ação dos terroristas, a população estava em segurança. Na guerra contra o terror, em 21 anos, tivemos a lamentar menos de 500 perdas, de ambos os lados!

Hoje, são assassinadas 500 pessoas a cada três dias no Brasil!

E, por incrível que pareça, ainda estamos gastando dinheiro público para fazer funcionar comissões da verdade para investigar facciosamente aquele tempo – o dos 500 em 21 anos -, como se aquelas perdas fossem mais importantes que estes assassinatos. Como se aqueles humanos fossem mais humanos do que esses!

É estranho, não é?

Falam de tortura como se ela tivesse sido inventada pelo Regime Militar. E antes de 64, não havia tortura no Brasil? E depois de 85 ela deixou de existir? O clima de tensão em que vive o brasileiro, sempre preparado para não reagir e entregar-se à ação dos criminosos, não é uma tortura coletiva? E o nosso sistema prisional, respeita direitos humanos?

O Brasil está voltando ao ambiente de medo que tomou conta da população em 64. E isto não é bom! Os brasileiros, ou um bom número deles, começam a olhar para trás e ver o que aprenderam em março daquele ano e nos anos subsequentes e manifestam-se novamente como há 50 anos. As Marchas com Deus pela Liberdade são uma repetição, é um aprendizado!

Muitos erros foram cometidos antes e durante o Regime Militar, a Nação aprendeu com estes erros. Todos aprenderam! E, em princípio, eles não deverão mais ser cometidos.

Os comunistas escolheram outros métodos para tomar o poder, assim como os brasileiros aprenderam a identificá-los e a rejeitá-los, com veemência, na internet, nas redes sociais e nas ruas. A sociedade está mais próxima, mais informada e não gosta do que lhe está sendo reservado e está reagindo!

Controle da mídia e da própria internet; cooptação do judiciário; compra de votos no congresso; duvida-se da lisura das urnas eletrônicas; saúde pública desumana e caótica; educação de 4º ou 5º mundo; impunidade; criminalidade; corrupção; gasto de dinheiro público em obras fora do Brasil, tendo tantas obras necessárias aqui, na nossa casa; estádios “faraônicos” para copa do mundo; MST ameaçando novas invasões, destruições e desordens sob os auspícios da Secretaria-Geral da Presidência da República; Petrobras quebrada, e assim por diante! O povo aprendeu que isto não é bom e que não precisa conviver com isto!

Esperemos que, nas urnas, apesar das vulnerabilidades, haja uma aplicação deste aprendizado!


Gen Bda Paulo Chagas

quinta-feira, 27 de março de 2014

Vanessa Grazziotin critica declaração de executivo gaúcho sobre o Amazonas

Da Redação e Da Rádio Senado
A senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) lamentou nesta quarta-feira (26), em pronunciamento no Plenário, declaração do executivo gaúcho José Antônio Fernandes Martins, publicada no jornal Zero Hora, segundo a qual o Brasil não pode perder a posição de grau de investimento e deve fazer tudo para evitar isso, “se preciso vender até o Amazonas e a Ilha de Marajó”. O executivo estava se referindo à decisão da agência Standard & Poor’s que reduziu a classificação de risco do Brasil. Segundo a senadora, ele fez  uma declaração infeliz, e mesmo  que tenha falado em tom de brincadeira, merecia uma resposta: 
- Foi-se o tempo em que o Sul do país cultuava os movimentos separatistas. Eu tenho certeza de que esse empresário não teve a menor intenção de expressar verdadeiramente a possibilidade de o Brasil abrir mão do Amazonas, que concentra grande parte da maior floresta do mundo, e tampouco de falar da Ilha de Marajó, mas isso mostra como as pessoas têm que tomar cuidado porque o período do desconhecimento do Norte do Brasil ficou para trás.
Agência Senado

O que acontece por aí...


Muricy a caminho do inferno

Não se sabe se foi praga corintiana, mas seguramente o técnico Mano Menezes vibrou com a eliminação do São Paulo na disputa pelo título do campeonato paulista. Nesta linha, parodiando a boa, oportuna e verdadeira frase-advertẽncia de José Maria Marin, "Se o Brasil ganhar o hexa vamos para o paraiso, caso contrário, vamos direto para o inferno", quem vai caminhando para o inferno levados pelos deuses do futebol é Murici Ramalho e o time do São Paulo.

Comentário de Henrique Ellery sobre meu texto no Gazeta do Povo/Curitiba sobre a Ditadura:


“Ainda bem, que temos jornalistas, como VICENTE LIMONGI NETTO, para que a verdade não seja escamoteada.  Movimento social de 1964, só aconteceu porque, as mulheres mineiras foram à rua, de panelas e colheres, pedindo para não transformar o Brasil numa Cuba, dos irmãos Castros, que se somar, Brasil,Argentina, Chile e tantos outros ditadores da América do Sul, não teremos 10%, do que estes ditadores mataram. Abraços amigo.”

Fórum de infraestrutura vai oferecer respostas práticas, afirma Collor


Collor: "Diagnóstico nós já temos. O que precisamos agora é de soluções"
Em entrevista após a abertura do 1º Fórum Nacional de Infraestrutura, nesta quinta-feira (27), o senador Fernando Collor (PTB-AL) destacou o aspecto pragmático do evento, que se destina a propor ações práticas para solucionar os problemas do país.
– O diagnóstico já foi feito. Seja nas audiências públicas realizadas no âmbito da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, seja em outros fóruns de debates. Diagnóstico nós já temos para tudo. O que precisamos agora é pontuar as soluções para cada uma dessas dificuldades levantadas. O Fórum vai oferecer tais respostas por via legislativa ou por recomendações ao Poder Executivo – analisou o parlamentar.
Prioridade
Diante dos grandes entraves da infraestrutura brasileira, o senador disse que todos os setores são igualmente prioritários porque o desenvolvimento brasileiro demanda um conjunto de ações de áreas diversas.
– Quando falamos em melhorar o comércio exterior e diminuir o chamado custo Brasil, estamos falando em melhorar as rodovias, as hidrovias, os portos, os aeroportos, a logística. Por isso o fórum é tão abrangente – afirmou.
Energia
Coordenador da mesa redonda sobre energia, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) lembrou que participarão especialistas que conhecem há muito tempo o setor. Além disso, todos estão preparados para apresentarem soluções objetivas.
– Queremos solução, pois ninguém aguenta mais diagnóstico. Já vi o material de vários convidados e percebi que estão trazendo propostas por segmento. Esse é o espírito do fórum – afirmou Delcídio.
Ao ser indagado sobre a crise no setor elétrico, o parlamentar descartou a possibilidade de racionamento de energia.
 O quadro é de controle e administrável. Fomos vítima de uma circunstância ruim, que foi uma grande estiagem. Não temos risco de racionamento, mas precisamos ficar atentos, recuperar os reservatórios e dotar a matriz energética dos meios necessários para garantirmos a segurança do sistema – opinou.
Debates
O 1º Fórum Nacional de Infraestrutura prossegue à tarde, com mesas redondas sobre grandes temas relacionados ao setor, como energia elétrica e transporte de passageiros.
Os trabalhos vão ocupar os plenários das comissões do Senado até a tarde desta sexta (28). Os internautas poderão participar dos debates por meio de links na página do fórum.
Agência Senado

quarta-feira, 26 de março de 2014

Deu no "Estadão"

IMPEACHMENT

Lincharam o Collor por causa de um veículo Elba. Quantos Elbas dariam para comprar com este desvio (roubo) na Petrobrás? E aí, ninguém vai pedir o impeachment da presidenta?

Doraci Laurindo

São Paulo

Helio Fernandes: “Destroçando o destroçado canalha, covarde, crápula do Carlos Heitor Cony”


Vou responder a esse mau caráter. Quem passou, combateu e resistiu a tudo que resisti, antes, durante e depois do golpe, não pode dar a impressão de estar com medo. Isso eu tive nas várias vezes em que ia para o Doi-Codi, nas prisões e nos confinamentos. Já confessei: “Nessas oportunidades tive medo, da mesma forma que tive, quando sendo levado para Fernando de Noronha, meu “aviãozinho” entrou naquela “zona de morte”, onde “caiu” aquele avião da Air France, matando centenas de pessoas”. Quem diz que não tem medo de nada é um covarde, mentiroso, farsante, o Cony reúne as três coisas.

1963, o ano mais tenebroso da história

Era terrível. Os dois grupos que tentavam se aproveitar do golpe eram João Goulart e os generais. Conspiravam diariamente, queriam o poder de qualquer maneira. Os analistas mais competentes e bem informados colocavam o presidente como grande articulador da permanência no Poder. O que ele mesmo confirmou nos comícios de 13 e 28 de Março já de 64. (E vastamente analisado aqui mesmo antes e depois da sua derrubada).

Seis governadores, presidenciáveis em 1965, resistiram de todas as maneiras

Pela própria condição de candidatos, queriam eleição. E nenhum deles estava a favor de Jango. Depois de duas tentativas de intervenção na Guanabara, frustradas e recusadas pelos dois grandes partidos que o apoiavam, PSD-PTB, Jango se voltou contra este repórter.

Minha prisão em 63: planejada, executada de forma golpista

Eu combatia como sempre, denunciava as “maquinações” do vice presidente que assumira com as maluquices de Jânio Quadros. Quando em 21 de Julho desse ano, publiquei uma circular “sigilosa e confidencial” do Ministro da Guerra, Jango chamou-o, mandou que me prendesse e me processasse. Era uma ordem.

Mesmo com prisão de Jango, fui absolvido

Premeditado, o Ministro da Guerra, intimado pelo Presidente do Supremo a dizer quem me prendera, poderia ter respondido simplesmente “que não sabia, ou que eu estava respondendo a um IPM (Inquérito Policial Militar)”. Aí o Supremo não poderia efetuar o julgamento. Mas o presidente queria o julgamento pelo Supremo. Mandara fazer um levantamento, garantiram que eu seria condenado por 6 a 2. Era o suficiente.

“Basta” e “Fora”

Dois editoriais históricos do Correio da Manhã, um dos mais importantes jornais da época, no qual trabalhava esse covarde do Cony. Eu não cheguei tão longe quanto o Correio da Manhã. A confusão era total, difícil de entender o que acontecia e iria acontecer.

Cony escreve alguns artigos sobre o golpe

Começou no seu estilo fofo, intrigante, falacioso, dava a impressão de que combatia o golpe. Era difícil desvendar o que escrevia. Mas acreditemos que era contra, adulterava sua própria atuação de canalha, fingia que era mesmo combatente.

Nem preso, cassado ou perseguido

Os militares no Poder não se preocupavam com o Cony, o que ele fingia escrever não os atingia. Mas insistia, um dia foi chamado a uma delegacia que ficava perto do jornal. Disseram a ele coisas que o assustaram. Inesperadamente (para alguns desinformados) parou de escrever. Ficou refugiado no belo prédio da Manchete, (projeto de Oscar Niemeyer) escrevendo artigos para o dono da revista “assinar”. Não foi o único que se escondeu lá. O Correio da Manhã, meses depois, na oposição verdadeira, com Cony já demitido da redação, por irresponsabilidade e conivência acabou fechado.

Sem ser preso ou cassado, recebe alta indenização

Foi dos primeiros a requerer a chamada “indenização-salarial-individual”. O que é isso? A compensação pela cassação, e impedimento de trabalhar e com isso a perda de salários. O calhorda, mau caráter, mentiroso e covarde do Cony não foi cassado, continuou trabalhando altamente remunerado, “ganhou” a mais alta indenização.

Minha participação em 64
Não apoiei e nem combati o golpe nos primeiros 3 ou 4 meses. Pratiquei represália contra aqueles que me prenderam, me julgaram e pediram ao Supremo a minha condenação a 15 anos de prisão. (Enquadrado na Lei de Segurança). Mas fui o único a noticiar diariamente o que acontecia com o general Castelo Branco, indo “tentar, seduzir ou intimidar JK”, na casa do deputado Joaquim Ramos. (Excelente deputado, irmão de Nereu).

Castelo-Juscelino

Primeiro, Castelo foi com o embaixador Negrão de Lima à casa de Joaquim Ramos. Pediu um encontro com Juscelino. O segundo encontro com Amaral Peixoto, presidente do PSD, “que não queria briga com ninguém”, conversou com o futuro “presidente”.

Juscelino e Castelo se encontram

Finalmente, pressionado, JK foi conversar com Castelo, levou o Ministro da Fazenda do seu governo, José Maria Alckmin. Textual de Castelo: “Presidente, não preciso do seu apoio para ser presidente, mas não quero assumir como Chefe do governo Provisório. Pretendo o seu apoio para ser presidente de verdade, meu único objetivo é garantir a eleição de 1965. E o senhor é o maior interessado, é candidato desde que passou a presidência ao senhor Jânio Quadros”.

As dúvidas de Juscelino

O ex-presidente não sabia o que responder, Castelo Branco acrescentou: “Para mostrar minha sinceridade, estou convidando neste momento seu amigo José Maria Alckmin, para ser vice na minha chapa”. Aceitou, Castelo teve que fazer uma viagem de 72 horas, Alckmin foi dormir num motel no Paraguai, não podia assumir. Critiquei tudo, Cony, o bravateiro da bravata, altamente remunerado na revista Manchete, num silêncio total. Como sempre.

A Frente Ampla lançada na minha casa

Foram duas reuniões. Nas duas: o ex-ministro da Saúde de Jango, coronel da Aeronáutica, Wilson Fadul, preso e barbaramente torturado. Enio da Silveira, grande figura e tão comunista que colocou no primeiro filho o nome de Miguel Arraes da Silveira. O Brigadeiro Teixeira, líder de maior prestígio na FAB. Flávio Rangel, que saudade, morreu moço, realizou com o Millôr, o espetáculo de maior repercussão daquela época, “Liberdade. Liberdade”. E Carlos Lacerda, que jamais falara com alguns dos outros, e eles também não. 3 ou 4 horas de conversa admirável e cordialíssima. Depois as reuniões passaram a ser na casa do empresário Alberto Lee, a mais bonita do Rio.

O Manifesto da Frente Ampla

Decidido e redigido, foi lido na redação da Tribuna da Imprensa. Presentes lá em cima e na rua, mais de 200 Jornalistas. Tiramos tudo da redação, ficou um espaço enorme, Carlos Lacerda leu o Manifesto. E começou os encontros com JK e Jango.

Lacerda-Jango em Montevidéu

Eu ia com Lacerda, não tive autorização para sair do Brasil. Não tinha ressentimento nem constrangimento em conversar com quem mandara me prender. Logo que apertou a mão de Lacerda, Jango perguntou: “O Jornalista Helio Fernandes não vinha também?”. Lacerda explicou, Jango respondeu: “Somos mais de 60 aqui em Montevidéu. Nossa alegria é quando chega a Tribuna da Imprensa, ficamos satisfeitos com a coragem do jornalista, combate duramente a ditadura, e continua no país”.

A prorrogação do mandato

Ainda em 64 e no início de 65, Golbery, já brigadíssimo com Lacerda, começou a articular a prorrogação do tempo de Castelo. Fiquei contra desde o início, escrevi artigos duríssimos contra Castelo. (O de 1967, sem qualquer importância comparados com os que escrevi com ele o mais poderoso presidente. Naturalmente “presidente”). Nenhuma concessão, só não consegui convencer Lacerda que a prorrogação era o fim da eleição de 1965.

1965: a eleição que não houve

Insisti muito com o ainda governador, o doutor Julio Mesquita convencia Lacerda do contrário. Ele tinha mais influência sobre o governador do que eu. Mas escrevi dois artigos que Lacerda comentou, depois que se confirmaram: “O Helio Fernandes adivinha”.

Vou parar por aqui, apenas mostrar como o calhorda, canalha, covarde, bravateiro e mentiroso Cony, é totalmente desinformado.

PS – Além de tudo, Cony não sabia nem sabe de nada. Afirmou que eu fui candidato a senador depois do AI-5 de 1968, pela UDN. Ora, os partidos, incluindo a UDN, foram logo extintos a partir do golpe, criados o MDB e a Arena.

PS2 – Fui candidato a deputado federal pelo MDB, em 1966, tido e havido como o mais votado.

PS3 – A eleição no dia 15 de novembro, fui cassado no dia 12, três dias antes da eleição. Mario Martins, candidato a senador me pediu para participar do comício de encerramento da campanha, no dia seguinte, na PUC.

PS4 – Concordei, cheguei na PUC, o Reitor, Padre Laércio, me esperava na porta. Me disse: “Jornalista, na minha sala estão dois coronéis fardados que dizem que o senhor não pode falar, está cassado”.

PS5 – “Telefonei para meus superiores, que disseram: O senhor não recebe ordens do Exército e sim da Igreja. Se o senhor quiser falar depende do senhor”.

PS6 – “Padre Laércio, se o senhor autoriza já devíamos estar no palanque”. Fiz o discurso mais violento da minha vida.

PS7 – “Fui preso, o único cassado proibido de escrever, dirigir jornal, fiquei três meses longe de tudo”.

PS8 – Quando saí, entrei com Ação na Justiça para recuperar meu direito e minha obrigação de escrever.

PS9 – Por sorte a Ação caiu com o juiz Hamilton Leal, presidente da LEC (Liga Eleitoral Católica), que determinou que eu voltasse a escrever.

PS10 – Como a ditadura estava sendo muito contestada pela Igreja, não quiseram brigar mais, passei a escrever com meu nome. E artigos duros, violentos, incontestáveis.

PS11 – Mais tarde, o Jornalista Antônio Callado, intelectual progressista mas não ativista, foi cassado e também proibido de escrever.

PS12 – Surpresa total no Jornal do Brasil. Já preparavam passaporte, Callado iria para Paris, mandaria material sem assinatura.

PS13 - Logo, logo, Costa e Silva publicou nota oficial: “O jornalista Antônio Callado continua cassado, mas pode escrever”. Apresentei Callado ao famoso e combativo “Capitão Macaco”, ficaram amicíssimos.

PS14 – Me perseguiram e ao jornal de todas as formas que o calhorda do Cony não conhece. Até o fim da ditadura ficou na Manchete, que conseguiu fechar com os outros companheiros de “luxo e grandeza”. Fingindo de herói da Liberdade.

PS15 – Como o mentiroso, farsante e canalha do Cony só “combate” na lama ou debaixo do tapete, é a última vez que escrevo o seu nome. Haja o que houver, deixarei o Cony no subterrâneo do lamaçal, combaterei para cima.

PS16 – Bem para cima e para o alto, lembrando o que já escrevi sobre jornal que “ensandeceu”.

terça-feira, 25 de março de 2014

Investir em educação é acreditar no desenvolvimento da nossa nação, afirma Dilma

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta segunda-feira (24), no Café com a Presidenta, que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) está formando um grande número de brasileiros preparados para construir um futuro melhor. Segundo Dilma, investir em educação é acreditar no desenvolvimento da nossa nação. “Foi para dar oportunidade aos brasileiros de melhorar sua formação profissional que nós criamos, no início de meu governo, o Pronatec. (…) Nós estamos, de fato, investindo muito na educação profissional. Só no Pronatec, nós investimos R$ 14 bilhões”, afirmou Dilma. Dilma detalhou que já são 6,1 milhões de matrículas no programa, com as mulheres respondendo por 60% do público atendido. São 1,7 milhão de matrículas em cursos técnicos de nível médio e outras 4,4 milhões em cursos de qualificação. O Pronatec que atende beneficiários do Brasil Sem Miséria também já alcançou 1 milhão de matrículas. “Nós temos muito orgulho de atingir agora a meta de 1 milhão dessas matrículas feitas pelas mulheres, os homens e os jovens beneficiários do programa Brasil Sem Miséria, que recebem o Bolsa Família. O Pronatec/Brasil Sem Miséria é uma verdadeira porta de entrada dessas pessoas no mundo do trabalho”, disse. A presidenta também falou da expansão da rede de escolas técnicas federais, e do movimento de interiorização do acesso ao ensino técnico e superior. Ela lembrou que todos os cursos do Pronatec são dados em institutos federais, em escolas técnicas estaduais ou nas do Sistema S: Senai, Senac, Senat e Senar. “São 220 cursos técnicos e 646 de qualificação profissional. Nós vamos continuar expandindo a rede dos institutos federais de educação profissional e tecnológica, interiorizando pelo Brasil afora as nossas escolas técnicas federais. Somente no meu governo, para você ter uma ideia, nós abrimos 152 novas escolas técnicas federais e vamos chegar a 208 até o final do ano”, afirmou.

Confira a íntegra
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Regime Militar: famílias de militares também foram destruídas


Percebo no vasto noticiário, impresso, online e televisivo, sobre o Movimento de março de 64, uma imensa, injustificável e rancorosa má-vontade com os militares. O linchamento é geral. Creio que os exageros existiram de ambos os lados. Morreram civis e militares. Os militares evitaram que o Brasil se tornasse uma outra Cuba. Famílias de militares também foram destruídas. Militar também é povo. A história precisa ser contada com isenção e verdade.

Comentário do Luiz Antony:

"Concordo, Limongi. A esquerda procura reescrever a história esquecendo que tiros e abusos foram cometidos dos dois lados. Esquecem que os militares promoveram a anistia sem revanchismo. Ao contrário da esquerda, que estando no poder, se mostra implacável com eles. Na ânsia da revanche, esquece ou procura adulterar o sentido da palavra anistia que vem do grego amnestía que significa esquecimento, um ato em que o Estado renuncia à imposição de sanções ou extingue as já pronunciadas, o que não vem ocorrendo, e que não se vê. São poucos os que se indignam, a maioria, prefere se resignar, o que é injusto com os militares, que muito contribuíram e que continuam contribuindo (anonimamente) para o engrandecimento do país, especialmente naquelas regiões em que só se chega por água (Marinha do Brasil) ou pelo ar (Aeronáutica)."

Comentário do Kleber Sampaio:

"Caro Limongi, li carta publicada por vc no Jornal de Brasília de 6ª ou sábado. Assino. Texto perfeito. Só perde para a serenidade exposta no email abaixo. Houve uma revolução. Goulart parecia uma ilha, cercado de comunas por todos os lados. Cuba era um sonho não mui distante. Veio a guerra em forma de revolução. Ora, quem vai à guerra não tem o direito de chorar a morte iminente. Houve crimes, baixas, sequestros, dor e lágrimas de ambos os lados. Houve vencedor e vencidos. Portanto, não há razão para revanchismo. A democracia agradece. Parabéns."

Consciente do dever cumprido, Bernardo Cabral completa 82 anos de idade


A gratidão é sentimento marcante. Precisa refletir nos corações como a energia do sol. Nesta hora em que as forças vivas do Amazonas, sociedade, empresários, imprensa e políticos, estão unidos e dispostos na luta por mais 50 anos para a Zona Franca de Manaus, não se pode esquecer de Bernardo Cabral. Foi ele, como relator-geral da Constituinte que colocou a Zona Franca na Constituição. Cabral enfrentou hienas e abutres, aquela altura já sorrateiros contra a Zona Franca. Também merecedora de lembrança a bancada federal amazonense na constituinte. Unida e valente. Não cito nomes para não cometer injustiças pelo esquecimento. Peca em enorme blasfêmia quem fala e destaca a Zona Franca sem exaltar o nome de Bernardo Cabral. No vindouro dia 27, Bernardo completa 82 anos de idade. Sereno e competente. Consciente do dever cumprido. Pode bater no peito e dizer como Pedro Nava nas suas memórias, "Confesso que vivi". Tem razão a economista Flávia Grosso, ex-superintendente da Suframa. Para Flávia, Bernardo Cabral merece um busto em todos os recantos públicos do Amazonas, por tudo de notável que produziu pela Zona Franca de Manaus.

Comentário do amigo Zé Augusto:

“Hipoteco irrestrita solidariedade no que concerne ao grande não apenas político mas ao enorme ser humano Bernardo Cabral, de quem guardo imensurável apreço e profundo respeito, que me trazem constantemente lembranças de seu saudoso cunhado, Luis Rocha, meu companheiro, juntamente com Josué Filho, Mario Amorim, Nilton Lins, Padre Tiago de Souza Brás, colegas da Primeira Turma de Administração da Universidade do Amazonas.
Parabéns ao Bernardo Cabral, no dia 27, pelo seu 82º mês de março.

Abraços, Zé Augusto”

segunda-feira, 24 de março de 2014

Leis duras para assassinos em potencial


Renan Calheiros garante que o projeto do senador Aloísio Nunes (PSDB-SP) propondo a redução da idade penal será votada em abril. Ponto para o presidente do Senado e do Congresso. A oportuna iniciativa é clamor da sociedade cada vez mais fragilizada, acuada, amedrontada, desgastada e humilhada por assassinos, estupradores e sequestradores travestidos de menores. Passou da hora. Famílias estão sendo destruídas pela ação nefasta e covarde de canalhas e irresponsáveis, blindados na absurda lei que protege marginais em potencial sob a  alegação que são menores de idade. Matam e continuarão matando, debochando da população porque sabem que ficam impunes. O tema é sério e preocupante. Não é mais hora de debates sobre sociologia e ação social. De passar a mão na cabeça de menores que matam sem piedade. E o pior,  tiram vidas com frieza e consciência. Que o Estatuto da Criança e do Adolescente seja mantido, mas com alterações que protejam menores com boa índole e não assassinos em potencial.

Vitória!

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Zona Franca de Manaus, prorrogação e integração

Wilson Périco (*)

Atentos ao tabuleiro decisório da prorrogação da Zona Franca de Manaus, ZFM - que se agita na lógica franciscana da discussão política - e alvos de frequente investida da mídia nacional contra os incentivos fiscais do modelo , mecanismo de redução das desigualdades regionais, resta às empresas continuar o dever de casa, na expectativa da definição jurídica e enfrentamento dos gargalos operacionais. A renúncia fiscal concedida à ZFM, diferentemente de outros modelos, é transformada em benefícios diretos para a Amazônia e para o Brasil. Afinal, dizem estudos da USP, a União recolhe 54,42 % das riquezas produzidas na ZFM. Longe ser um paraíso fiscal, o modelo responde por mais de 50%  dos impostos federais da Região Norte. Dados da Receita Federal demonstram: das 27 entidades federativas, apenas 8 devolvem à União, em arrecadação de tributos, mais do que recebem no repasse compulsório. O Amazonas é deles. A PEC 103, do próprio governo federal, que assegura mais 50 anos para a ZFM, é um sinal eloquente deste acerto fiscal do modelo. Ironicamente, as iniciativas contra o modelo partem de uma área que concentra mais da metade da riqueza do Brasil. Talvez, por isso, tenha esbarrado  em forte resistência na área econômica da União.  Nosso dever de casa é, também, ter faturado R$ 85 bilhões em 2013, gerando um percentual de tributos duas vezes e meia em relação à alegada renúncia fiscal de R$ 23 bilhões. Este valor se refere aos 7 estados da Amazônia, e representaria apenas 17% da renúncia total, da qual o Sudeste abocanha  mais de 48% da renúncia fiscal do país, além de consumir mais de 60% dos recursos do BNDES enquanto que a região Norte consome apenas 1.6% desses recursos. Na ZFM não há investimento público nos projetos aprovados e as empresas só passam a auferir vantagens fiscais depois de realizados todos os investimentos, contratados os colaboradores, iniciada a atividade produtiva e a emissão da nota fiscal, e venda dos primeiros itens saídos da linha de produção. Prorrogar a ZFM não significa que, a partir daí, serão sanados todas as dificuldades que significam investir na Amazônia onde a logística é cara e precária. Como ser competitivo se 20% do custo da produção é gasto em transporte? A energia de Tucuruí chegou, após décadas de expectativa e não encontrou rede de distribuição para abastecer a demanda e conter o apagão energético que castiga Manaus há décadas. A mesma precariedade se identifica na comunicação lenta e travada pela improvisação de equipamentos sucateados. Este cenário compromete a competitividade da indústria do Amazonas que não se manterá apenas com vantagens fiscais. Para imprimir competitividade e reduzir paulatinamente a dependência da compensação tributária impõe-se enfrentar os gargalos de infraestrutura e assegurar a formulação de novas matrizes econômicas, um dever de casa que exige a contrapartida de nossa contribuição fiscal. Trabalhamos para integrar a Amazônia na perspectiva nacional, e continental, e vemos como obrigatória uma articulação regional e nacional sem delongas. A começar por uma integração doméstica interinstitucional de atores públicos e o setor privado. É inadiável partilhar avanços e parcerias com os arranjos industriais vizinhos, colocando em rede saberes e conquistas em profusão. O vizinho Pará tem sido um parceiro distante, ausente das discussões regionais que recomendam o aproveitamento emergencial da biodiversidade que precisamos, aqui no Amazonas, absorver. Os centros de pesquisa, tanto da Embrapa, como do Museu Emílio Goeldi e Universidades locais, têm desenvolvido sistemas que deveriam ser adotados e implantados com o mínimo de adaptação e o máximo de garantias nos resultados à economia do interior do Amazonas, em parceria com o INPA e outras instituições. A economia da ZFM vem declinando em produção e investimentos, no volume de novos projetos de implantação no Polo Industrial de Manaus, frutos da indefinição e no enfrentamento desses gargalos, e da reforma tributária, das pendências funcionais da cangalha burocráticas. Temos, neste momento, 1500 carretas paradas com a greve de servidores da Suframa, com salários defasados na correção inflacionária e na comparação com servidores federais equivalentes. É emergencial enfrentar esse cenário adverso de esvaziamento da Suframa. Sugerimos mobilizar talentos e investimentos para incluir a economia local/regional na política industrial, tecnológica, comercial e socioambiental do país como um todo. Não interessa a prorrogação de incentivos nesse clima de confronto regional e insano entre ZFM e demais estados, como se este modelo fosse um apêndice na lógica produtiva nacional, desmembrado de todas as políticas federais, tanto industriais, quanto tributárias e de Ciência, Tecnologia e Inovação. Postulamos assentar à mesa do debate da política industrial do país, definindo a Zona Franca de Manaus como um capítulo destacado e integrado da economia e do desenvolvimento do país, capaz de atrair novos investimentos e assegurar que os incentivos que anteparem este modelo não fiquem à mercê de mudanças conjunturais e eleitorais. Prorrogar sem integrar levará o Brasil, a ZFM e a Amazônia a nenhum lugar.


(*) Wilson Périco é presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM. 

Resposta enviada em 21 de março de 2014 a O Estado de S.Paulo sobre a aquisição da refinaria Okinawa


A Nansei Sekiyu Kabushiki Kaisha, sociedade detentora da Refinaria Okinawa, tinha como sócias a subsidiária da Exxon – Tonen General Sekiyu Kabushiki Kaisha (TGSK) (87,5%) – e a Sumitomo Corporation (12,5%). Em 09 de novembro de 2007, o Conselho de Administração da Petrobrás autorizou a empresa a adquirir a participação acionária correspondente à parcela da TGSK na refinaria, com base em Resumo Executivo apresentado aos seus membros. No referido Resumo Executivo, apresentado ao Conselho de Administração, e elaborado pela Diretoria Internacional da empresa, está referida a existência de cláusulas contratuais que materializam o Put Option, bem como as informações técnicas correspondentes. A aquisição estava alinhada com a estratégia geral da companhia, prevista no Plano de Negócios 2004-2010 e no Plano Estratégico 2015, no que se referia ao incremento da capacidade de refino de petróleo no exterior. A Refinaria Okinawa detinha uma vantagem adicional, por possuir um grande terminal de petróleo e derivados para armazenamento de 9,6 milhões de barris.

Secretaria de Comunicação Social
da Presidência da República

Blog do Planalto

quinta-feira, 20 de março de 2014

Aprovada em 1º turno PEC que prorroga Zona Franca de Manaus até 2073

Benefícios fiscais são prorrogados por 50 anos, contados de 2023.
Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Discussão do PL 2126/2011, que
Alves: votação em 2º turno dependerá de acordo sobre a nova Lei da Informática e do prazo de áreas de livre comércio.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (19), em primeiro turno, a proposta que prorroga os benefícios da Zona Franca de Manaus até 2073. O texto aprovado em Plenário é o da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 103/11, do Poder Executivo. Foram 364 votos a favor e 3 contra, com 3 abstenções. A votação em segundo turno da proposta será marcada somente depois que os partidos concordarem sobre a aprovação de projetos que tratam da vigência das áreas de livre comércio na Região Norte do País e da nova Lei de Informática. A prorrogação dessa lei constava da PEC 506/10, de autoria do Senado, que tramita em conjunto com a PEC 103. 
Para o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, a votação em segundo turno da PEC precisará, além do acordo quanto ao mérito, do compromisso do governo de não vetar os demais temas. “Eu, como presidente da Câmara, assumo o compromisso de não colocar em votação no segundo turno enquanto não houver o equacionamento dessas questões.” Para o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), a prorrogação da Zona Franca é essencial. "O estado do Amazonas vive da receita da Zona Franca de Manaus. O governo brasileiro, nos últimos dez anos, recebeu mais de R$ 50 bilhões de tributos arrecadados na Zona Franca de Manaus. Se não houvesse o benefício fiscal, não haveria esse volume de negócios", afirmou.

Livre comércio


O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), explicou que o acordo entre os partidos previu a votação apenas da prorrogação da Zona Franca porque as outras matérias não podem ser tratadas na Constituição. “As áreas de livre comércio precisam de regras homogêneas para evitar confrontos no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). No Acre, o prazo é indeterminado. Em Roraima, é por 30 anos”, declarou.

Da mesma maneira, Chinaglia disse que a prorrogação dos benefícios da Lei de Informática (Lei 11.077/04) não poderia ocorrer por meio de PEC por causa do vício de iniciativa. “A proposta do governo é de prorrogação por dez anos”, lembrou o líder do governo. O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), é autor do Projeto de Lei 6727/13, que prorroga a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 70% para as empresas de informática até 31 de dezembro de 2029. Essa redução hoje está prevista até 2019.


Redução de impostos


A Lei 11.077/04 prorroga, até 2019, benefícios previstos em leis anteriores para empresas fabricantes de bens de informática (computadores pessoais, discos de memória, circuitos eletroeletrônicos, etc). Os benefícios são na forma de redução do IPI, com aplicação mínima do faturamento bruto anual em atividades de pesquisa e desenvolvimento. Essa redução procura manter empresas do setor em outros estados que possuem polos tecnológicos e que, de outra forma, migrariam para Manaus em busca dos benefícios da zona franca.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

Lideranças prometem votar PEC da ZFM nesta quarta-feira


A votação da PEC que prorroga a Zona Franca de Manaus (ZFM) por mais 50 anos deve acontecer nesta quarta-feira, 18. Foi o que garantiram ao prefeito Arthur Virgílio Neto e ao governador Omar Aziz os líderes dos partidos e o ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, depois de intensas articulações na Câmara dos Deputados, em Brasília. De acordo com o prefeito, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, disse que na sessão desta quarta-feira vai priorizar a votação do primeiro turno da proposta que mantém o modelo econômico de Manaus. Para o prefeito, esta articulação, feita nesta terça por deputados e poder executivo, foi fundamental na colocação da matéria na pauta. "Pelo que vejo, a maioria é a favor da Zona Franca de Manaus, desde que também sejamos a favor da Lei de Informática. Nós não nos opomos ao que eles querem. Estamos entrando na zona vermelha para o nosso polo e agora precisamos contar com todas as forças, senão começaremos a contabilizar prejuízo", assinalou o prefeito. Durante toda a terça-feira, a comitiva do Amazonas visitou os gabinetes de grandes partidos nacionais, como o DEM, PSDB, PR, PR, PSD e PR. Os líderes garantiram que estão a favor da ZFM, mas pedem que a Lei de Informática também seja avaliada e contemplada positivamente pelo Governo Federal. "A proposta é para que o primeiro turno da PEC da Zona Franca seja votado na Câmara e que apoiemos para que a Lei de Informática também seja aprovada. Acreditamos que este é o melhor caminho e que nos leva à vitória. Quem sabe o segundo turno da PEC e a Lei de Informática possam até ser votados juntos", avaliou o governador Omar Aziz. No encontro com Aloízio Mercadante, a comitiva deixou clara a preocupação com a Lei de Informática. O prefeito afirmou que o modelo amazonense depende de mais este esforço do Governo Federal. Ele garantiu que analisará a pauta junto à presidente Dilma Rousseff. "A votação da PEC da Zona Franca acontecerá, mas só deve entrar no segundo turno se o governo fizer um esforço para estudar a prorrogação da Lei de Informática. O ministro se comprometeu em discutir o assunto", explicou Arthur.A votação do primeiro turno da PEC deve acontecer nesta quarta-feira, antes da discussão de proposta do Marco Civil da Internet no Brasil. 

União

O prefeito fez questão de destacar a união da bancada federal do Amazonas com o Executivo amazonense. "Os deputados federais foram essenciais nos levando aos seus líderes na Câmara. Este tipo de articulação é fundamental no processo. Sem eles as conversas com os partidos seriam muito mais difíceis", assinalou Arthur Neto. Participaram das visitas aos líderes dos partidos, além do prefeito Arthur Virgílio Neto e do governador Omar Aziz, os deputados federais Rebecca Garcia, Pauderney Avelino, Carlos Souza, Átila Lins, Silas Câmara, Henrique Oliveira e Francisco Praciano.