quinta-feira, 6 de março de 2014

Temeridade


Fiquei com a alma lavada com a entrada triunfal e competente do Ganso, aos 15 m do segundo tempo, quando o jogo estava empatado. Deu dois passes-enfiadas sensacionais para Luis Fabiano marcar. A segunda enfiada resultou em pênalti,  marcado pelo colombiano (bom jogador) Pebon. Só quem joga muita bola, como Ganso, tem a lucidez de enfiar duas bolas daquelas. Ganso é realmente diferenciado. Jóia rara no futebol brasileiro e mundial. Na  Seleção do sábio Felipão, ninguém mete bolas, descobrindo espaços no meio de diversos adversários, para deixar o  companheiro   literalmente na cara do gol, como Ganso. E na hora do aperto- acontecerão muitos- na Copa, quem conhece as manhas e deslocamentos de Neymar e tem a competência, a frieza e a inteligência  de furar o bloqueio adversário, perto da pequena área, descobrindo os mínimos espaços-brechas-buracos, está fora da Seleção. Nome dele: Paulo Henrique Ganso. Um tremendo escárnio que o bom senso não pode tolerar nem admitir. Ganso é jogador que pode decidir a partida com um, dois ou três passes. Depois do jogo de ontem, com o XV de Piracicaba, o goleiro Rogério Ceni enfatizou o talento de Ganso, afirmando que ele já sabe o que fazer com a bola   "3 jogadas antes". Disse muito bem o Rogério. É de lascar. A Seleção penta campeã do mundo cheia de barangas trombadões e Ganso de fora. Creio que o futebol brasileiro não merece o futebol de Ganso. Como é extraordinário jogador, jogaria melhor ainda, ao lado de craques do Barcelona, PSG ou Real Madrid. Basta perguntar ao Neymar se estou exagerando.   Temeridade é não aproveitar Ganso nem como reserva. Como se a Seleção dele contasse com algum armador de qualidade. Quem vai armar a seleção? Fernando, Hulk, Hernandez, Paulinho? Como Felipão vai conter as boas seleções da Alemanha, da Espanha, da Argentina? No tapa, no pontapé? Rezando para Neymar ganhar o jogo sozinho? Nem o   maior de todos, Pelé, jogava sozinho. Ganso fora da seleção é um escárnio. Um tiro no coração da bola. Os técnicos adversários vão adorar. outra tolice colossal do gênio Felipão: o cretino grupo fechado. Por acaso os jogadores estão presos, são penitenciários? Já vimos esse filme. Felipão venceu a Copa das Confederações e está se achando. Bobagem. Os adversários estão na moita. Lendo e ouvindo as bobagens dele. A panelinha do Felipão tem Júlio Cesar, meus Deus, jogando e perdendo todas no Canadá. O bichado Fred e um monte de arranca-tocos o meio de campo. A torcida pode ajudar, empurrar a Seleção para frente. Mas tudo tem limites. Em 50 também tínhamos a torcida e foi aquele fiasco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário