quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Eleições 2010: com ajuda da postura firme de Collor, crise construída do Senado já foi superada...


Parte aloprada do PT, enquadrada por Lula, não poderá assinar nota da oposição contra Sarney
Por Said Barbosa Dib*

Cansado de meses de instabilidade construida e empolgado pela reação contudente de sua base parlamentar no Senado, ontem (3), o presidente Lula resolveu endurecer com os aloprados IRRESPONSÁVEIS do PT do Senado. O presidente telefonou para cada um dos parlamentatres lembrando o compromisso de todos não só com os interesses eleitorais do partido, mas também – e principalmente – com a governabilidade do País. E não teve nem que falar da candidatura Dilma... Mas o presidente não poupou a sua costumeira linguagem bastante contudente e popular para mostrar que, se os mais resistentes não pensam em apoiar Sarney, que pelo menos não atrapalhassem a forte reação de ontem do PMDB e de Collor, que colocaram as mariposas decadentes de sempre no chinelo. Por isso, os senadores petistas reforçaram nesta terça-feira, 4, o apoio para a permanência de José Sarney (PMDB-AP) na presidência da Casa, ao manterem a posição pela licença temporária (apenas para os holofotes) e não aceitar convite de outros quatro partidecos (DEM, PSDB, PDT e PSB) para pedir a renúncia do senador ao cargo, ou seja, para derrubar o presidente da intituição, legitimamente eleito por larga vantagem.

Leia tudo...




    A "decisão" do PT do Senado, em se mancar diante das “admoestações” (esporros) de Lula, do alto dos seus 85%, fortaleceu ainda mais Sarney e deixou isolados os senadores que defendiam demagogicamente a renúncia. O efeito foi imediato e o realismo caiu como efeito dominó. Ao final do dia, todos os partidos - mesmo os golpistas pilantras - optaram por colocar o rabinho entre as pernas e manter apenas o pedido de afastamento de Sarney, eufemismo para “FIQUE SARNEY!”. Se o PT do Senado tivesse concordado com a renúncia, os demais partidos fariam o mesmo, dificultando um pouco mais a permanência de Sarney no comando do Senado, mas sem ameaçá-la efetivamente. Em um plenário de 81 senadores, os cinco partidos da PSEUDO-OPOSIÇÃO juntos somam 46 votos - 14 do DEM, 13 do PSDB, 12 do PT, cinco do PDT e dois do PSB. Mas fontes seguras da própria oposição admitem que pelo menos 7 do DEM, 3 do PSDB, 6 do PT e 2 do PDT, não admitiriam votar contra Sarney. Ou seja, apenas 28 senadores golpistas – mesmo se apoiados pelos 6 aloprados petistas que só pensam nas próprias eleições em 2010 - nunca ameaçariam o presidente legitimamente eleito para a presidência do Senado em fevereiro (seriam apenas 34 no total, num universo de 81). Mas, também é verdade que, pelos números, pode-se constatar que foi pela insistência irresponsável de poucos petistas da bancada que a crise no Senado, que vem sendo inflada pela imprensa golpista de José Serra, se prolongou e atrapalhou o governo federal e o País por tanto tempo. Isto não ocorreria se o egoismo e a irresponsabilidade de alguns poucos (que priorizaram mais suas próprias eleições nos estados), não tivessem aflorado. Entretanto, Lula, homem que vem mostrando ser bastante paciente, segundo fontes do Planalto, promete não deixar barato para essa gente...

    Mas, afinal, quais petistas terão que se submeter às urnas no ano que vem? Quem é quem neste jogo todo. Três senadores do partido, João Pedro, Tião Viana, e Eduardo Suplicy, têm mandatos garantidos até 2015. Todo o resto irá enfrentar a renovação de 2/3 do Senado em 2010. Desses, o primeiro, homem correto do Amazonas, é tido como voto favorável ao Sarney. O segundo não precisa qualquer comentário... Já mostrou que não vale nada. Suplicy, ao contrário do que tenta demonstrar em plenário, tem o mesmo mau hábito do meão Pedro Simon. Nos holofotes, dá uma de radical, mas, segundo o próprio Lula, nos bastidores, o gago faz o que Lula manda, servilmente como um cachorrinho poodle (é assim que se escreve?). Obedece como uma criança amestrada. João Pedro não é traíra nem demagogo. Não seria problema. Do resto, todos vão enfrentar as urnas. Mas, Augusto Botelho e Delcídio Amaral, além de não serem demagógicos, têm relações respeitosas e até afetuosas com Sarney. São parlamentares que trabalham e respeitam a governabilidade. Fátima Cleide, Flávio Arns, Ideli Salvatti e Serys Slhessarenko, embora "radicais' nos discursos, são bastante fiéis ao Lula, portanto, necessaria e indiretamente ao senador Sarney. Mesmo que, para a galera, alguns desses tenham assinado tolices. Slhessarenko, inclusive, faz parte da Mesa que preside o Senado. Moça muito séria. Se ela, que participa de todas as decisões colegiadas, afirmasse que nos últimos meses nada vem sendo feito para melhorar a Casa, estaria dando um tiro no próprio pé. Paulo Paim é realmente uma incógnita. É um senador gaúcho que, diferente de Pedro Simon, tem projetos e tem princípios. Teoricamente, estaria do lado do bem. Mas, por ser do Rio Grande, pode estar submetido às oscilações da política local. Pode, também, ter sofrido pressões de Tarso Genro, canalha que vazou informações da PF contra Sarney; e do PMDB gaúcho de Simon... Resta quem? Os vermes que Lula quer ver ("de cum força", como dizem o interior...) no cadafalso no ano que vem: Aloizio Mercadante (eternamente ressentido por nunca ser chamado para o ministério e que, como parece, quer se aproximar de Serra em SP); Marina Silva (RESSENTIDA, assim como o Cristovam, por ter sido despedida por pura incompetência do MMA) e Tião Viana, pilantra que, repito, dispensa comentários.
    É isso. Tudo poderia ter sido evitado se os irresponsáveis e mariposas de plantão tivessem deixado Sarney aplicar toda sua experiência na melhoria da Casa que presidiu por três vezes. Mas, agora, o céu é de brigadeiro para abrir caminho para a dona Dilma... Tremam serristas canalhas...
    Do Blog do Saïd Dïb

Nenhum comentário:

Postar um comentário