quarta-feira, 19 de abril de 2017

Para jurista generalização é a salvação dos canalhas

Incrível, patético e lamentável: a maioria dos jornais ignorou declarações do ex-ministro da Justiça, ministro aposentado do STF e ex-presidente da Câmara Federal, Célio Borja, sobre a lava-jato e as delações da Odebrecht.
De acordo com o jurista Célio Borja, as delações não são provas. São apenas a narração de fato que pode ser criminoso ou não. Borja exemplifica: "Dizer que o candidato recebeu doações. É preciso provar que ele sabia que doações vinham de fonte ilícita. Mas ninguém se preocupa com isso. Pelo fato de ter sido citado em delação , ele acaba no rol dos culpados. Estão criminalizando quem não é absolutamente criminoso. E estão colocando nessa triste posição quem não tem nada a ver com isso".
No entender de Borja, a generalização "é a salvação dos canalhas. Se jogam na mesma lama parlamentares corretos e decentes e os incorretos e indecentes". A seu ver, o Congresso tem legitimidade para tocar as reformas. "Se você não tiver Congresso, o país fica acéfalo. Isso é pior que tudo". Célio Borja acredita que as instituições políticas permanecem fortes. "Enfraqueceram-se pessoas, partidos, candidatos e posições políticas. A consciência moral do povo brasileiro evoluiu. O que se tolerava antes, não se tolera hoje".

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