Na verdade, falando português claro, como é do meu feitio, Renan Calheiros é vítima de preconceito de decaídos e recalcados, eternos ressentidos e parasitas que não admitem a vitoriosa trajatória política do líder do PMDB no Senado. Na marola das vestais grávidas, surgem pingentes desinformados, que também insistem em falar bobagens. É preciso que fique claro que o Conselho de Ética, tanto da Câmara como do Senado, foram criados para agir com firmeza, mas com isenção. Outra tolice colossal e tremenda falta de educação foi a torpe pergunta do repórter ao presidente da comissão, senador João Alberto, indagando se ele era "engavetador de processos". Francamente. Fui repórter e chefe de muitos repórteres. O bom profissional precisa e deve ser insistente, correr atrás da informação e publicá-la. Se ele quiser ser dono da verdade e adotar a pauta da leviandande e da irresponsabilidade, será sempre um mau jornalista, um péssimo repórter.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Collor apela para responsabilidade do Brasil com os parceiros do MERCOSUL
Durante a discussão para a votação do Projeto de Decreto Legislativo 115/2011, que altera o acordo entre os governos do Brasil e Paraguai, o presidente da CRE, senador Fernando Collor (PTB) fez uma intervenção, como ex-presidente da República signatário da criação do MERCOSUL, apelando aos senadores para a responsabilidade do Brasil perante os seus parceiros comerciais. Inicialmente o senador Collor pediu que fosse retirado todo e qualquer sentido de caráter ideológico da discussão sobre o Tratado de Itaipu. "Temos também que retirar o interesse de Governo, neste caso o interesse é do Estado brasileiro. O Brasil, como sócio, maior participante do bloco do MERCOSUL, tem sim responsabilidade perante os seus parceiros, tanto pela sua dimensão territorial quanto pelo tamanho da sua economia", disse. Collor lembrou que o MERCOSUL foi uma construção que perpassou por vários presidentes, desde José Sarney, com a assinatura da declaração de Iguaçu, passando por ele, quando o tratado da criação do MERCOSUL foi assinado há 20 anos, seguindo por Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. "Diversos matizes ideológicos diferenciavam os presidentes que ajudaram a construir o processo de integração do Cone-Sul", afirmou. O presidente da CRE lembrou ainda que se o MERCOSUL não avançou nos últimos anos como se imaginava e gostaria é por causa das diferenças. Collor alertou que a tendência mundial é a construção de blocos econômicos fortes, uma vez que a grande guerra a ser enfrentada pelos países no próximo século será a econômica. “Se não constituirmos os nossos blocos de forma hígida, pujante, não conseguiremos sobreviver. Isso só poderá ser feito se corrigirmos as assimetrias que existem hoje entre os países do bloco. E essas assimetrias só poderão ser corrigidas na medida em que o Estado Brasileiro assumir a responsabilidade e a obrigação de quem detém a maior economia dentre os que compõem o bloco do MERCOSUL”, argumentou Collor. Para o senador, ao votar o projeto de correção dos valores pagos pelo Brasil pela energia do Paraguai no Tratado de Itaipu, o Congresso demonstra a responsabilidade e preocupação com os seus parceiros econômicos.
Collor participa de mesa-redonda sobre desenvolvimento sustentável no Rio

quinta-feira, 28 de abril de 2011
Santos x America
Vicente,
Eu fiquei maravilhado com a personalidade e o futebol de alto nível apresentado pelo Ganso no jogo de ontem. Será que estamos tendo de volta a exuberância do futebol do Gérson?
Grande abraço
Limongi:
Vladimir
Eu também, amigo. Tomara! Que os deuses do futebol continuem iluminando o talento e a inteligência deste jovem, que não é mais promessa, é uma maravilhosa e estupenda realidade. Gerson seguramente também vibra com Ganso torcendo para que ele amadureça cada vez mais seu vistoso futebol. Aliás, na boa revista da ESPN, duas jogadoras de voleibol na capa, tem carta minha destacando o Ganso. Aproveitei para sugerir que a revista faça matéria com o nosso fenomenal canhotinha de ouro. Forte abraço do Vicente
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Deu no Gilberto Amaral

O senador Fernando Collor, avança com seu projeto de discutir temas relevantes da vida internacional em sessões especiais na Comissão de Relações Exteriores. Sarney e Collor passaram ontem meia hora juntos, analisando a conjuntura política do país.
Política externa
As atenções sobre Collor já chegaram a São Paulo. Foi convidado para escrever um artigo para o próximo número da prestigiosa revista Política Externa.
Boas relações
A diplomacia quer com elle cultivar boas relações. Collor, que preside a CRE, será homenageado hoje com um almoço no Itamaraty.
O que acontece por aí...
Grande bobagem, PDSB e DEM juntos
FHC anuncia que PSDB e DEM podem se fundir. Cuidado, amados dedos, caprichem na digitação. É fundir. Mas pensava, como muitos, que as duas siglas medonhas já estivessem unidas na derrota e na incompetência. Em todo caso não fará nenhuma diferença. Formarão uma bobagem oficial apelidada de oposição. Medíocre e ineficiente.
Confio na firmeza da presidenta Dilma
Faz tempo fiz uma bronca alertando a Presidenta Dilma para o perigo da inflação. Dizia que o tsunami do governo Dilma poderia ser o pavor da inflação que começava a surgir. Agora, a própria Dilma vem a público afirmar e tentar tranqüilizar a população que a inflação não terá mais seus dias de glória. Esperamos todos, presidenta. Mãos a obra. A Nação confia e conta com sua firmeza de atitudes.
Ministro, mais respeito com nosso bolso
Ministro Edison Lobão, é preciso que o governo respeite o consumidor. É um escárnio, um assalto ao bolso da população, se aproveitar da Semana Santa para se aumentar o preço do litro da gasolina. Devagar com o odor que o santo é de barro.
Romário na Casa Cor
A dedicação do ex-jogador e agora deputado federal Romário(PSB-RJ) às crianças portadoras de necessidades especiais será recompensada e traduzida em um espaço na Casa Cor Amazonas 2011. O craque é uma das 7 celebridades que serão homenageadas com ambientes na segunda edição da mostra, de 29 de setembro vindouro a 9 de novembro, no Centro Cultural Povos da Amazônia, em Manaus. Romário é pai da Ivy, 6 anos de idade, que tem síndrome de Down, se tornou um grande ativista da causa. A propósito, o governador do Amazonas, Omar Aziz, criou a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com o objetivo para que o trabalho desenvolvido no setor seja referência no Brasil. A Casa Cor é iniciativa do Grupo de Comunicação Umberto Calderaro, comandado por Rita e Cristina Calderaro.
FW: dificuldades para liberar cargas
O desembaraço de cargas no aeroporto internacional Eduardo Gomes está normalizado, mas o tempo que os órgãos do governo levam desde o registro da mercadoria até a liberação continua dando dor de cabeça para os empresários do Pólo Industrial de Manaus.Para o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares, Wilson Périco, a indústria leva de 5 a 6 dias para receber os insumos. Périco observa que é preciso investir em infraestrutura que acompanhe as demandas futuras no mesmo ritmo de crescimento do PIM, que cresce dois dígitos ao ano, em torno de 12%. "Sem investimentos no aeroporto, em dois anos teremos novos problemas", alerta Périco. Ele também observa que em aeroportos de Hong kong e Holanda as cargas são desembaraçadas em quatro horas. No Brasil os aeroportos e portos estão sobrecarregados.
Mãe desalmada é quem merece o lixo
Quem joga filho recém nascido na caçamba de lixo é ignorante. Não merece nem compaixão. Alega que não tem como sustentar os filhos. Porque, então, engravida? Pelas informações a mãe desalmada já havia jogado no lixo outros 3 filhos. Quem merece ser jogada na lata do lixo é ela e o marido.Por onde anda o necessário controle de natalidade?
terça-feira, 26 de abril de 2011
Ana Amélia lamenta 'manipulação de dados' contra Senado e pede respeito ao Parlamento
- É uma manipulação com objetivo claro de provocar a reação negativa da opinião pública contra esta Casa, contra o Parlamento. Fico muito impressionada que essa manipulação seja usada por veículos comunicação que têm a responsabilidade de mostrar ao país o lado ruim, mas também o lado bom do que estamos fazendo - criticou.
Jornalista há 40 anos, a senadora ressaltou a importância do trabalho dos profissionais que fazem a cobertura das atividades do Congresso Nacional. Ela acrescentou, no entanto, que todos têm responsabilidade com as instituições democráticas.
Ana Amélia comentou o episódio envolvendo o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que tomou o gravador das mãos do repórter Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes, por não concordar com uma pergunta.
- Tenho o direito de não responder às perguntas que me fizerem, porque dei essa liberdade, e a obrigação de um jornalista é fazer o mesmo. Mas também temos que respeitar o exercício profissional dos jornalistas nesta Casa, assim como os jornalistas também têm que entender as posições que nós aqui tomamos.
A senadora relacionou medidas de economia de recursos tomadas pela Casa nos últimos meses - critérios mais rígidos para uso de telefones, controle de ponto, por exemplo. As medidas não receberiam da imprensa o devido destaque.
- Não é dessa forma que vamos construir a democracia, nem é dessa forma que vamos fazer o nosso país melhor. A imprensa tem uma responsabilidade muito grande nesse particular, uma responsabilidade de colocar os pingos nos "is". Ataquem os outros Poderes como atacam este Poder. Cobrem dos outros Poderes da mesma forma e com o mesmo rigor.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) lamentou que os congressistas "se calem quando aparecem críticas desfavoráveis". Também apoiaram o pronunciamento os senadores Wellington Dias (PT-PI), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Jayme Campos (DEM-MT).
No mesmo discurso, Ana Amélia se queixou por não ter obtido retorno de um telefonema dado na última quarta-feira (20), para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), requisitando uma informação relevante sobre um acordo bilateral com a Argentina.
Mostra Curto Encontro
Estão abertas as inscrições para a Mostra Curto Encontro, que será realizada de 25 a 31 de julho, em 13 cidades baianas simultaneamente. Serão selecionados vídeos de qualquer parte do país e produzidos em qualquer ano e sobre qualquer tema/categoria que tenham de 5 a 20 minutos. Os realizadores poderão inscrever quantos vídeos quiserem, concorrendo a prêmios em dinheiro, troféu e exibição na TVE. As inscrições são gratuitas e online. A Mostra conta com o patrocínio dos Correios e o apoio da FUNCEB, DIMAS e IRDEB que promoverão, além da exibição, debates e oficinas. Mais informações e inscrições no site www.tabuleiroproducoes.com.br
Realização: Tabuleiro Produções
Inscrições: 15 de abril a 15 de maio
Mostra: de 25 a 31 de julho, em 13 cidades baianas
Informações: curtoencontro@tabuleiroproducoes.com.br
(71)30185012
Verdades tiradas da Internet
O que acontece por aí...
É frequente, preocupante e revoltante o amplo noticiário de presos perigosos conversando ou dando ordens para comparsas, através, pasmem, de celulares. Como é que bandidos conseguem tamanho privilégio de dentro da cadeia? Como conseguem carregar os celulares?Porque os bandidos cumprindo pena possuem celulares? É um escárnio intolerável.
Agnelo, Zico não está com nada
Concordo integralmente com a bronca do Léo de Albuquerque, repudiando e lamentando a infeliz idéia do governador Agnelo Queirós de convidar Zico para o aniversário de Brasília. Colossal Tolice do governador e seus vassalos. Mesmo porque Zico jogou muito, mas nunca ganhou nenhuma copa. Não tem autoridade, portanto, para botar banca contra as chances de Brasília fazer o jogo inaugural da copa de 2014. Agnelo, quem muito se abaixa, o fundo aparece.
Crônica do Tostão
Primorosa e irretocável a crônica do Tostão, "Liberdade", na Folha de domingo. Cada vez mais Tostão mostra-se um sensível artesão da palavra. Raciocina com clareza, firmeza e profundidade.
Batam palmas para Dilma
A notícia é importante: Dilma figura entre as 100 pessoas mais influentes do mundo de 2011 pela revista Time. Quem gostou, bata palmas. Quem não gostou, coloque as mãos onde bem entender.
Inveja mata
FHC é o farsante gênio da lâmpada estragada. Preconceituoso, morre de inveja do sucesso de Lula. Diz que estudou tanto e só escreve artiguetes bolorentos e inúteis.
Carta do amigo Jorge Martins
Um abração fraternal.
Jorge
Matéria histórica sobre Sarney é sabotada pelo próprio assessor do senador. Pode?
Autor: Redação
segunda-feira, 25 de abril de 2011
O que nos envergonha em Brasília
Brasília faz 51 anos, já sem vergonha na cara. Amada por muitos, desrespeitada, achincalhada, humilhada, desonrada e desmoralizada pela maioria. O desleixo é quase absoluto. Os absurdos são constantes e gritantes. A insegurança é avassaladora. Nas ruas e nas quadras. Os sequestros aumentaram. Não se poupa nem mesmo vans escolares. Os arrastões chegaram aos restaurantes. As escolas são sujas, os alunos vão armados e agridem professores. Hospitais e prontos-socorros são autênticos chiqueiros. Os irresponsáveis e imprudentes dominam o complicado trãnsito. As ruas são esburacadas. Aumentou o desemprego. Cresceu a mendicãncia. Muitos enchem a boca para declarar amor por Brasília. Também amo Brasilia. Só que jamais fico omisso diante dos graves problemas que afligem a população. A balzaquiana Brasília precisa, urgente, de um bom trato, para voltar a ser feliz.
domingo, 24 de abril de 2011
Sarney: 81 anos, 55 de vida pública em cargos eletivos. Parabéns!

Felicito os 81 anos do presidente do Senado, José Sarney, completados neste domingo de Páscoa (24). Desta vez comemorou a data apenas com a querida dona Marly, em merecida viagem à Europa, onde, entre contatos com amigos e passeios com a esposa, tratou da carreira literária. Em Lisboa, Portugal, foi recebido com as honras de um intelectual de destaque na Academia das Ciências de Lisboa, a qual pertence há muitos anos. Sua biografia foi reconhecida mais uma vez entre seus pares acadêmicos lisboetas, que destacaram sua vida dedicada à tolerância política. Pois, durante seu governo (como presidente da República), permitiu transição política pacífica. Enfrentou, com espírito democrático e grande paciência, 12.600 greves para que o Brasil tivesse uma transição em paz. Além disso, foi lembrado que tem uma carreira política invejável também pela longevidade e produtividade. Foi governador, deputado e senador pelo Maranhão, presidente da República, senador do Amapá por três mandatos consecutivos, presidente do Senado Federal por três vezes. Tudo isso, sempre eleito. São 55 anos de vida pública. Da Europa, agradecendo aos amigos pelos cumprimentos aos seus 81 anos, mandou comentário sobre a necessidade de “sacrifícios” de todos os homens e mulheres de bem. Brincou, com seu sempre bom humor, lembrando o padre Antônio Vieira que, falando sobre o projeto divino que chega aos homens públicos, pelo grito dos necessitados e sacrificados, ensinava: "... não há lume de profecia mais certo no mundo que consultar as entranhas dos homens. E de todo homem? Não. Dos sacrificados. Se quereis profetizar o futuro, consultai as entranhas dos que se sacrificam e dos que se sacrificam para diminuir o sacrifício dos outros". É este o estado de espírito do presidente Sarney hoje. Um homem autêntico, com sua eterna fé na conciliação política e na preocupação com os necessitados. E realizado pela sua longa carreira pública. Parabéns, presidente Sarney!
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Renan Calheiros defende plebiscito sobre desarmamento

Plebiscito X referendo
Em linhas gerais, a diferença entre plebiscito e referendo é que o primeiro é uma consulta prévia, feita antes da criação da norma, e o segundo é realizado posteriormente, com a finalidade de confirmar ou não uma medida do Legislativo.
Ana Cláudia Barros
Milagre tucano!
De uma hora para outra FHC saiu das trevas para trocar farpas com Lula. Não se conforma com o incontestável carisma do político petista. FHC ficou ainda mais irritado porque Lula agora também é conferencista de sucesso no exterior. Críticas de FHC a Lula chegam atrasadas. Poderiam até ter sido úteis, na campanha presidencial. Agora é tarde. Ninguém leva a sério o que FHC diz. O chamado príncipe dos sociólogos desafia Lula eleitoralmente. É verdade que venceu Lula duas vezes. Mas agora a situação é diferente. A oposição continua imbatível em incompetência, arrogãncia e desunião. FHC quer capitalizar debate com Lula pretendendo se arvorar como o único político capaz de derrotar Lula em 2014. Perde tempo e saliva. FHC faria melhor se fosse namorar e cuidar dos netos.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
O que acontece por aí...
Bom brasileiro
Nesta época em que o país vai perdendo seus valores éticos e morais, é maravilhoso o exemplo do motorista Joilson Chagas(19/4) que ganha 1.400 reais por mês, e que achou 78.800 reais dentro do ônibus que dirigia e devolveu ao dono. Eis um brasileiro que realmente orgulha a todos nós. Ao contrário de muitos outros, focalizados negativamente, Joilson merece ser destacado no "Fantástico" e nas revistas semanais.
Pobres gêmeos
Tenho pena dos gêmeos que Larissa espera, filhos de Roger Abdelmassih. Crescerão sabendo que têm um pai canalha, fugitivo da justiça, que jamais será preso porque dispõe de bons advogados. É a tõnica do Brasil surrealista.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Delúbio Soares
CAMPEI!
Um dos acontecimentos mais marcantes da década passada e, seguramente, dos mais importantes da entrada do século XXI, foi protagonizado por duas grandes Nações: Brasil e China. Dois Estadistas visionários conduziram com segurança, discernimento e competência os rumos de suas economias, balizando o papel fundamental que elas desempenhariam nas décadas seguintes no contexto internacional e aproximaram de forma irreversível os seus destinos. Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao, não perderam a chance de dar os passos iniciais para que pudéssemos viver o excelente momento em nossas relações bilaterais. O Brasil e a China, de forma pragmática e transparente, numa equação de co-responsabilidades e metas a serem alcançadas e cumpridas com a participação efetiva do capital privado, iniciaram uma parceria poucas vezes vista entre países de suas dimensões territoriais, importância política e interesses econômicos. A efetiva parceria entre ambos os países pode ser constatada no imenso fluxo de mercado existente nos dias de hoje em todos os setores de nossa vida: o agronegócio, a mineração, a indústria têxtil, o setor petrolífero e de combustíveis, os eletro-eletrônicos e a tecnologia da informação, a indústria aeronáutica, dentre outros tantos. Num trabalho paciente, alicerçado em negociação de altíssimo nível, o Brasil e a China removem pouco a pouco as barreiras residuais numa relação que se intensifica ao sabor do impressionante crescimento de ambos os países. Não há mais mistério para o empresário brasileiro que desembarca em Pequim, Xangai ou Cantão, em busca de bons negócios. Nem há risco algum, além daqueles inerentes à economia de mercado, para o empreendedor chinês que buscar novas oportunidades no Brasil. O Brasil, de 2003 para cá, deixou para trás uma década infame de idas e vindas aos balcões do FMI em situação falimentar, para experimentar uma verdadeira revolução social com a chegada de mais de 30 milhões de cidadãos à classe média. Nos tornamos, sob a égide da Era Lula, a sétima economia mundial e já estamos às portas da sexta colocação. A produção chinesa, que em 1980, detinha 1,90% no PIB global, em 2000 alcançava os 3,70% e hoje reina sob impressionantes 9,30%. Desde 2009 a China é o maior exportador do mundo; em 2010 tomou o lugar dos Estados Unidos na indústria e tornou-se a maior potência de manufaturados, com 19,8% da produção global contra 19,4% dos norte-americanos. Nesse cenário, a visita da presidenta Dilma Rousseff à China - com pesada agenda de trabalho, mas coroada de êxito - é um marco não só nas relações bilaterais, mas na consolidação dos Bric’s, a união de nosso país à China, Rússia, Africa do Sul e Índia, as potências emergentes do cenário econômico internacional. Foi uma visita de resultados, de semeadura e de colheita, de aprofundamento de relações que amadureceram e já dão bons frutos. Mais de R$ 20 bilhões em projetos tecnológicos chineses no Brasil foram anunciados, de tal forma que um i-pad, o “tablet”, passará a ser produzido no Brasil com um preço final ao consumidor quase 40% menor do que o atual. Nova fábrica da gigante tecnológica Foxconn será construída em território nacional, muito provavelmente na região de Campinas (SP). A ZTE e a Huawei, duas outras empresas de porte mundial, anunciaram novas fábricas no Brasil, com investimentos da ordem de R$ 316 milhões e R$ 553 milhões, respectivamente. Irão produzir, criar novos empregos, pagar impostos, gerar divisas e participar de uma economia que cresce em bases sólidas e sustentáveis, num país que optou pela economia de mercado e pela democracia com justiça social. Trocando em miúdos: os empresários chineses não poderiam escolher lugar melhor que o Brasil para investir. A Embraer, hoje a terceira maior indústria aeronáutica internacional, atrás somente da Boeing e da Airbus, que já opera uma linha de montagem na China em conjunto com a Harbin Aviation, não só irá reforçar sua produção atual como passará a fabricar os jatos executivos Phenom 100 e 300, sucessos de vendas no Brasil, Estados Unidos e Europa. Hu Jintao e a presidenta Dilma lançaram as bases para a continuidade de uma relação profícua e o início de um novo ciclo, ainda mais virtuoso e lucrativo para seus países. O imenso mercado chinês se abre para as exportações brasileiras, enquanto a grande potência do extremo oriente deixa claro que seu interesse no Brasil vai para muito mais além do que a soja, o minério de ferro e a celulose. Foi nítida a mudança de postura da China: se era de colaboração, agora é de associação. Mais de 200 empresários dos mais variados segmentos de nossa economia acompanharam nossa presidenta, organizados por um dos homens públicos mais brilhantes de nosso país, o ministro Fernando Pimentel. Rodadas de negociação em todos os setores se deram com empresários chineses e autoridades governamentais. Não houve setor que não fosse analisado, produto que não fosse discutido, problema que não fosse debatido, pleito que não fosse avaliado. O resultado se fará sentir em nossa balança comercial, com o crescimento do volume de negócios entre as duas potências que mais crescem no cenário econômico mundial. Em 2003, quando o presidente Lula tomou as rédeas de um país quebrado pelos tucanos e sem nenhuma credibilidade internacional, as exportações brasileiras para a China eram da ordem de apenas US$ 1,1 bilhão. A presidenta Dilma, após os oito anos benfazejos do governo petista, visitou uma China que importou US$ 30,8 bilhões em produtos brasileiros! E sua exitosa missão chinesa certamente agregará ainda mais a essa cifra fabulosa. Segundo dados do IPEA, o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, em 2009 a China tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, tomando um lugar que era dos Estados Unidos. O Brasil importou US$ 25,6 bilhões da China em 2010. O saldo foi um lucro macroeconômico (superávit) de US$ 5,2 bilhões. Com os EUA, o resultado no mesmo período foi um déficit de US$ 8 bilhões (vendas no valor de US$ 19 bilhões para os Estados Unidos e compras de US$ 27 bilhões). Não é preciso muito esforço para saber que o Brasil Império tinha os olhos voltados para a Europa, o Brasil do passado mirava os Estados Unidos e o Brasil do presente e do futuro tem os olhos postos na grande Nação oriental. A China não é mais um mistério para os brasileiros, nem o Brasil uma aventura para os chineses. Existe uma similitude grande entre nossos países e nossos povos. Uma mobilidade social imensa, economias que crescem vertiginosamente, necessidades a serem supridas e grandes obras a serem realizadas. Culturas extremamente diversas, mas objetivos convergentes. Estive no início da década passada visitando a China. Ao lado de companheiros do PT, todos convidados pelo governo chinês, visitei por quase duas semanas diversas regiões, escolas, fabricas, observando o crescimento econômico, a inclusão social, as dificuldades que eram vencidas com o esforço de um povo que tem como sua marca a sabedoria e a perseverança. Emocionei-me com a riqueza cultural daquela Nação-continente, ao visitar a Cidade Proibida, o monumental e milenar conjunto arquitetônico que o mundo conheceu nas telas do cinema através do premiado filme “O Último Imperador”, de Bernardo Bertolucci. Enxerguei nos Guerreiros de Xian, um verdadeiro exército de estátuas de terracota, o estranho simbolismo de um povo bom e cordial, mas preparado para defender seu país em qualquer situação, com qualquer sacrifício. Na Grande Muralha, avistada da lua pelos astronautas da NASA, deparei-me com a capacidade de trabalho e a persistência dos chineses. Voltei seguro de que a grande potência do hemisfério norte no século XXI estava nascendo ali. A potência emergente ao sul do Equador já era o Brasil, sob o comando do presidente Lula. Hoje Hu Jintao e Dilma Rousseff celebram a aliança que consolida a sólida parceria de sucesso entre dois gigantes econômicos e sociais. E a palavra sucesso, em Mandarim, o idioma local mais falado, é o cruzamento de dois ideogramas: risco e oportunidade. Recordo-me que naquele país fabuloso, ao qual admiro profundamente, estive com importantes líderes políticos em Pequim e convivi com camponeses humildes nas províncias distantes do interior. Em todos a mesma cordialidade, a mesma simpatia quando eram informados de que se tratava de um brasileiro. Invariavelmente levantavam um brinde e repetiam a palavra mágica, vinda do coração, que traduz saúde, felicidade, amizade. Recordo-me de todos eles e homenageio o grande futuro de nossa parceria com os irmãos chineses: Campei!
Delúbio Soares é professor
Acompanhe:
sábado, 16 de abril de 2011
Salve o genial Chico Anísio
sexta-feira, 15 de abril de 2011
CRE do Senado vai acompanhar preparativos para a Rio+20

Vídeo tem que Ir para o lixo
Julgo absolutamente desnecessária e absurda a divulgação do vídeo do assassino de Realengo, revelando detalhes sobre a barbaridade e covardia que cometeu. Divulgar uma porcaria dessas é simplesmente oferecer péssimos exemplos para outros jovens também fracos e pertubados.Francamente.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Presidente da 3M visita o AM para identificar ampliação de investimentos
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Brasil vai ter juros compatíveis com padrão internacional

CRE critica nota da OEA pela suspensão das obras de Belo Monte
"A OEA é extremamente intrometida", declarou Collor ao justificar a apresentação dos requerimentos
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, durante reunião ordinária desta quinta-feira (07/04), voto de solidariedade ao Governo Brasileiro por reagir com veemência à nota da Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) pedindo que o Brasil suspenda a construção da usina de Belo Monte. Autor do requerimento, o senador Fernando Collor (PTB), apresentou ainda um segundo propondo voto de censura ao secretário da OEA que assinou a nota, Santiago Canton, por entender como uma intromissão aos interesses nacionais. - A OEA é extremamente intrometida – declarou Collor ao justificar a apresentação dos requerimentos. O senador, que é presidente da CRE, exaltou a postura da presidente Dilma Rousseff em repudiar a nota da Organização e reagir imediatamente à nota. Por isso, apresentou um voto de solidariedade ao governo. A nota da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA solicita às autoridades brasileiras suspensão de qualquer obra de execução na usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A OEA quer que seja realizada uma nova consulta com as comunidades indígenas locais, que devem ter acesso a um estudo do impacto socioambiental da obra, e a adoção de 'medidas vigorosas para impedir a disseminação de doenças' entre os índios.O Governo considerou as solicitações “precipitadas e injustificáveis” e recebeu com perplexidade. Collor lembrou que a legislação brasileira sobre meio ambiente é uma das mais avançadas do mundo e disse que da concepção do projeto até o inicio das obras houve um período de 12 anos de estudos. O presidente da CRE entende a declaração da OEA como uma intromissão em assuntos internos do Brasil e não deve ser aceita pelo governo brasileiro. O senador João Pedro (PT-AM) criticou o fato de a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA não ter ouvido o governo brasileiro antes de emitir a declaração. Em sua opinião, o país adotou todos os procedimentos e possui instituições fiscalizadoras, como o Ministério Público e a sociedade civil, para apontar eventuais irregularidades nas obras de Belo Monte.A senadora Gleisi Houffmann também defendeu a posição do Governo brasileiro e criticou o que chamou de intromissão da OEA em assuntos internos. Já os senadores Cristovam Buarque (PDT), vice-presidente da CRE, e Randolfe Rodrigues (PSOL), embora tenham concordado com o requerimento, ponderaram que os alertas feitos pela OEA não devem ser ignorados pelo Governo Brasileiro, uma vez que a obra de Belo Monte não tem sido bem aceita por parte da sociedade. O nico que se manifestou abertamente contrário ao requerimento foi o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Em sua avaliação, a atuação de órgãos internacionais, como a OEA e a Organização das Nações Unidas (ONU) é importante para impedir abusos aos direitos humanos no mundo. Para ele, o governo brasileiro já tomou posição clara em relação à declaração da OEA e, em sua avaliação, o Legislativo não precisaria protestar.
Veja também:
Senador Fernando Collor é agraciado com comenda em Piranhas. Ouça!
Senador Fernando Collor lamenta morte de José Alencar
Collor manifesta preocupação com falta de qualificação profissional no Brasil
Collor recebe presidente da Comissão de Relações Exteriores da França

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, senador Fernando Collor (PTB) recebeu, na tarde desta quarta-feira (13/4) o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Forças Armadas da França, embaixador Josselin de Rohan, e um grupo de três senadores. Entre os temas abordados durante a conversa, o estreitamento da parceria estratégica entre os dois países, já existente em várias áreas, aprofundando no setor militar. Tradução: compra dos caças Rafale. Rohan garantiu ao senador que a França fará transferência total da tecnologia dos caças ao Brasil, ao contrário dos EUA, que repassam apenas parte da tecnologia. A questão ambiental também entrou na pauta da reunião. Collor lembrou da realização da conferencia mundial sobre meio ambiente que se realizará em junho do próximo ano, a Rio+20 e aproveitou a oportunidade para pedir aos senadores franceses que sensibilizem o Governo a participar de forma efetiva da conferência em 2012. Collor lembrou que até a China já sinalizou pelo engajamento na conferência mundial sobre meio ambiente. Por fim, eles conversaram sobre o sistema financeiro internacional. Os dois países concordam que é preciso que sejam criadas regras para impedir a especulação internacional e o endividamento excessivo dos países. Collor recebeu ainda o embaixador extraordinário e plenipotenciário da República Eslovaca, Branislav Hitka e o embaixador de Cuba, Carlos Zamora.
Perda dos Valores
Não sou médico. Apenas um pai e avô preocupado com os acontecimentos pertubadores que desafiam o bom senso, o respeito e a solidariedade. Estamos perdendo os valores de tudo. As notícias ruins acontecem como um tsunami, destruindo famílias, destroçando vidas e amizades e o pior, estimulando um oceano de mais ações negativas, violentas e sanguinárias. A agressividade tem espaço precioso nos meios de comunicação. A internet, fabuloso instrumento de informação e relacionamento, hoje é um paiol de pólvora, de maus exemplos. Fico perplexo quando leio na chamada rede social que alguns segmentos consideram o assassino de Realengo um herói. Meu Deus. É apavorante. Minha neta de 10 anos, protesta, chorando:"Assassino não pode virar herói!". Os fatos recentes mostram que não faltam imitadores de coisas ruins. A torpe desculpa é que o fulano se acha perseguido. Ou, o beltrano foi motivo de piada entre os colegas. Creio que a vida é boa e bela para quem é forte e perseverante. Não posso nem devo nutrir sentimento de pena por fracos e covardes. Que tiram a vida de inocentes e acabam com o sossego, com a alegria e com o amor das pessoas de bem.
terça-feira, 12 de abril de 2011
TCU desbloqueia orçamento da SUFRAMA para obras do Distrito Industrial
Diego Queiroz
O Tribunal de Contas da União (TCU) publicou na última semana, no Diário Oficial da União, o Acórdão nº 773/2011, no qual considerou respondidos todos os questionamentos feitos no âmbito do convênio nº 57, de 17 de dezembro de 2007, firmado entre a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam) e o Governo do Estado do Amazonas, visando à realização de obras para revitalização do sistema viário do Distrito Industrial de Manaus. O Tribunal informou ainda que, na presente fiscalização, não foram detectados novos itens a serem esclarecidos. No mesmo acórdão, o TCU determina ao Congresso Nacional o desbloqueio de verbas orçamentárias referentes às rubricas de “Expansão e Revitalização do Distrito Industrial de Manaus” e “Manutenção do Sistema Viário do DI”. O desbloqueio foi efetivado pelo Congresso Nacional na tarde da última terça-feira (5). Em parecer que embasa sua decisão, o TCU afirma que a SUFRAMA e os demais órgãos tomaram as providências necessárias visando às correções apontadas pela sua equipe de fiscalização. O convênio firmado originalmente em dezembro de 2007 entre SUFRAMA e Cieam, no valor de R$ 25 milhões, posteriormente passou a incluir o Governo do Estado como interveniente e a Secretaria da Região Metropolitana de Manaus (SRMM) como órgão responsável pela execução das obras e serviços de engenharia. A retomada das obras passa a depender agora da realização de um novo processo licitatório para contratação da empresa que executará o projeto de revitalização. Segundo a superintendente da Zona Franca de Manaus, Flávia Grosso, a decisão do TCU em julgar saneado o convênio nº 57 e também em autorizar o desbloqueio dos recursos para retomada dos serviços de manutenção e revitalização é uma notícia extremamente benéfica ao Polo Industrial de Manaus, uma vez que a malha viária do DI sofre constantemente com as fortes chuvas sazonais e com o intenso tráfego de veículos pesados. “Felizmente estamos aptos a retomar essas obras de tamanha importância para o PIM, resguardando as vantagens comparativas e locacionais que muito contribuem para atrair novos investimentos e ampliar a competitividade dos nossos produtos”, afirmou a superintendente.
Patife Kfoury
Juca Kfoury realmente é um patife irrecuperável. Deve se achar o Dom Quixote do Bras. Tem inveja das pessoas de bem, respeitadas no Brasil e no exterior, como é o caso de João Havelange, em quem jogou as patas, no artiguete bolorento na Folha de ontem. Kfoury não tem autoridade nem moral para engraxar os sapatos de Havelange. Recolha-se a sua obscura insignificância.
domingo, 10 de abril de 2011
Delúbio Soares
Uma mulher invulgar
Fernando Pessoa de vez em quando também era Ricardo Reis, Álvaro de Campos ou Alberto Caeiro, seus eternizados “heterônimos”. E eles assinam alguns de seus melhores poemas, sonetos e textos de sua vasta e genial produção intelectual. Ao contrário do grande poeta português, a goiana Ana Lins dos Guimarães Peixoto, nascida em 1889, resolveu ser, ela mesma, a sua grande personagem, viver intensamente o imenso papel que a vida lhe destinava: antes de completar seus quinze anos já era Cora Coralina, nome que Goiás, o Brasil, a poesia e o reconhecimento público consagrariam. Dizer que a poeta que assumiu sua personagem era uma mulher à frente de seu tempo é muito pouco. Cora Coralina é atemporal. Os que lerem seus versos, como os que se debruçarem sobre os livros de Machado de Assis ou se extasiarem com as imagens de Cândido Portinari, estarão em contato com o presente e com o futuro, com mestres que jamais perderão a atualidade de suas obras. O “Bruxo do Cosme Velho”, “Candinho” ou a suave doceira e poetisa da bucólica cidade do Goiás Velho, trazem em suas obras a genialidade de tal forma presente, que o tempo passará e eles estarão adiante, no futuro, anos-luz adiantados. Há outros, é claro. Mas exemplifico com três nomes indiscutíveis e dos quais sou profundo e declarado admirador. Cora Coralina foi uma das maiores figuras de nossa história. Em todo e qualquer aspecto que se lhe explore e investigue a biografia. Precoce? Perde o pai aos dois meses de idade, menina estudiosa e produz seu primeiro conto antes de completar nove anos, quando a República sequer havia sido proclamada. Visionária? Aos dezesseis anos funda um “A Rosa”, um jornal histórico, impresso em papel cor-de-rosa, baratíssimo e de péssima qualidade, mas com um conteúdo de tal forma avançado e artigos tão bem escritos, que lançava em pleno sertão goiano a centelha da liberação da mulher, com força idêntica a de Bertha Lutz, em São Paulo, ou Nair de Teffé, no Rio de Janeiro. A diferença é que Bertha era uma mulher ilustre e de família rica, zoóloga formada na Sorbonne e nossa primeira deputada federal; Nair uma artista de talento, intelectual polêmica e jovem primeira-dama da República (mulher do Marechal Hermes da Fonseca), e Cora Coralina não mais que uma impetuosa adolescente do Brasil profundo, uma moçoila idealista e sonhadora do ainda pouco conhecido sertão goiano. Antes de completar seus 33 anos de idade, para espanto e pasmo dos que, apenas alguns anos antes acompanhavam sua difícil luta de difusão de suas idéias e de sua produção poética em Goiás, Cora já era uma figura nacional. Conspiravam contra ela uma absoluta ausência de vaidade pessoal e um marido ciumento. Conjugação que não impediram que, ninguém menos que o genial Monteiro Lobato fosse até ela para convidá-la a integrar o seleto grupo de artistas e intelectuais que mudariam para sempre os rumos de nossa cultura com a Semana de Arte Moderna de 1922. Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Clóvis Graciano, Manuel Bandeira, Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Ronald de Carvalho, Guilherme de Almeida, Guiomar Novaes, Heitor Villa-Lobos, Flávio de Carvalho, Mário de Andrade, Victor Brecheret, Sérgio Milliet e outros nomes notáveis que decretavam o rompimento irrevogável de nossa vida cultura, de nossas artes plásticas, da música, da poesia e da literatura para com o velho, o ultrapassado, o arcaico, o Brasil que importava cultura européia e a consumia em detrimento de sua já rica e excelente produção nativa. Era o Brasil Novo que, enfim, manifestava-se, que brotava para as artes em pleno século XX, ainda que com quase duas décadas de atraso e diante da descrença e da surpresa da sociedade civil e da imprensa conservadora. Cora Coralina foi escolhida – uma das poucas e boas – para ser uma das personalidades que entrariam para a história por aquela guinada irreversível em nossa vida cultural no verão de 1922, consolidada nas múltiplas atividades desenvolvidas no Teatro Municipal de São Paulo. Impedida pelo marido, o advogado Cantídio Brêtas, Cora não saiu de Jaboticabal, no norte de São Paulo, onde então já residiam. Mas seu nome foi lembrado e citado. O reconhecimento explícito de seu talento e incomensurável valor, deu-se ainda em plena juventude, num país onde isso costuma demorar muito tempo... Cora foi mais que uma poetisa gerada no ventre de Goiás. Foi o único nome fora do eixo Rio-São Paulo chamado pelos maiores artistas e intelectuais daquela brilhante e revolucionária Semana de Arte Moderna a integrar o seleto grupo que mudaria os rumos de nossa vida artística e cultural. Suave, brejeira, mãe e esposa dedicada, tão avançada ao defender ideais feministas na adolescência e tão desconcertante ao não aceitar o convite de Monteiro Lobato para não desagradar o cioso marido, Cora surpreende de novo em 1932, quando se alista nas forças de São Paulo e vai lutar na revolução constitucionalista. Foi enfermeira, atendendo soldados feridos nas trincheiras. Sou costureira, cozendo uniformes para as tropas de São Paulo. Se lhe dessem um fuzil, certamente, teria defendido seus ideais de liberdade e justiça. Primeira intelectual goiana a ser reconhecida pelo Brasil e o mundo, Cora Coralina teve sua vasta obra poética aplaudida pela crítica e admirada por Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade, seus íntimos amigos. Prêmio Juca Pato, da União Brasileira dos Escritores e da Folha de S. Paulo, foi a “Intelectual do Ano” de 1983. Esta semana relembramos mais um aniversário da morte de Cora Coralina. Já lá se vão quase três décadas de sua partida. Parece-me que foi ontem. A memória de sua simplicidade, de seu rosto vincado pelo tempo e marcado pela história, o branco a cobrir como neve seus cabelos, o olhar sereno e tão doce quanto os doces que ela fazia num enorme tacho, sua obra admirável e festejada, a lembrança de nossa amada terra goiana, seu exemplo de vida fecundo e belo. Tudo isso me faz desconfiar que Cora Coralina vive ainda - quem sabe? - entre nós, seja no verso genial, seja no exemplo generoso.
(*) Delúbio Soares é professor
sábado, 9 de abril de 2011
O que acontece por aí...
Diretor sádico
Não demora vai aparecer um diretor sádico com roteiro exaltando o pobre e amargurado assassino de Realengo,que fará um filme para encantar a vasta platéia de masoquistas, deprimidos e desapontados com a vida.Amém.
Sócrates ganhou o quê?
Banalizaram a calçada da fama do maracanã. Sócrates o novo "homenageado". Por que? Sócrates ganhou o quê no futebol? Disputou duas copas do mundo e perdeu as duas. A banda tida como politizada do futebol e do colunismo comemora. Nesta linha, vão já homenagear na calçada da fama o Felipe Melo, e outros jogadores e ex-jogadores bisonhos, aos montes por aí. Alô, Gerson, Tostão, Rivelino, Pelé, Nilton Santos, Paulo Cesar caju, etc, estes sim, são merecidos destaques na calçada da fama do Maracanã.
A Suframa em Brasília: potenciais negócios com chineses e italianos
A superintendente da Suframa, economista Flávia Grosso, convidada pela presidenta Dilma Rousseff para integrar a comitiva brasileira que viaja à China, participou em Brasília de duas reuniões: a primeira com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, no Fórum Nacional de Secretários estaduais de desenvolvimento e, a segunda, com o embaixador da Itália, Gerard La Francesca, que informou à Flávia do interesse de empresas italianas de ampliar seus investimentos no Pólo Industrial de Manaus. O embaixador comentou sobre os entendimentos para a instalação na Zona Franca de Manaus de uma fábrica de motocicletas da Ducati, e da possibilidade de ser assinado acordo no setor náutico para a produção de embarcações de turismo e comerciais. O diplomata aceitou convite da superintendente Flávia Grosso para participar da 6ª Feira Internacional da Amazônia, em Manaus, de 26 a 29 de outubro. O governo italiano também tem interesse nas pesquisas desenvolvidas pelo Centro de Biotecologia da Amazõnia(CBA), mantido pela Suframa.