quinta-feira, 31 de março de 2011
Hipócritas contra Bolsonaro
quarta-feira, 30 de março de 2011
Caetano Veloso

"Também tenho fígado"
Não concebo por que o cara que aparece no YouTube ameaçando explodir o Ministério da Cultura com dinamite não é punido. O que há afinal? Será que consideram a corja que se "expressa" na internet uma tribo indígena? Inimputável? E cadê a Abin, a PF, o MP? O MinC não é protegido contra ameaças? Podem dizer que espero punição porque o idiota xinga minha irmã. Pode ser. Mas o que me move é da natureza do que me fez reagir à ridícula campanha contra Chico ter ganho o prêmio de Livro do Ano. Aliás, a "Veja" (não, Reinaldo, não danço com você nem morta!) aderiu ao linchamento de Bethânia com a mesma gana. E olha que o André Petry, quando tentou me convencer a dar uma entrevista às páginas amarelas da revista marrom, me assegurou que os então novos diretores da publicação tinham decidido que esta não faria mais "jornalismo com o fígado" (era essa a autoimagem de seus colegas lá dentro). Exigi responder por escrito e com direito a rever o texto final. Petry aceitou (e me disse que seus novos chefes tinham aceito). Terminei não dando entrevista nenhuma, pois a revista (achando um modo de me dizer um "não" que Petry não me dissera - e mostrando que queria continuar a "fazer jornalismo com o fígado") logo publicou ofensa contra Zé Miguel, usando palavras minhas.
Bethânia e Chico não foram alvejados por sua inépcia, mas por sua capacidade criativa
A histeria contra Chico me levou a ler o romance de Edney Silvestre (que teria sido injustiçado pela premiação de "Leite derramado"). Silvestre é simpático, mas, sinceramente, o livro não tem condições sequer de se comparar a qualquer dos romances de Chico: vi o quão suspeita era a gritaria, até nesse pormenor. Igualmente suspeito é o modo como "Folha", "Veja" e uma horda de internautas fingem ver o caso do blog de Bethânia. O que me vem à mente, em ambas as situações, é a desaforada frase obra-prima de Nietzsche: "É preciso defender os fortes contra os fracos." Bethânia e Chico não foram alvejados por sua inépcia, mas por sua capacidade criativa. A "Folha" disparou, maliciosamente, o caso. E o tratou com mais malícia do que se esperaria de um jornal que - embora seu dono e editor tenha dito à revista "Imprensa", faz décadas, que seu modelo era a "Veja" - se vende como isento e aberto ao debate em nome do esclarecimento geral. A "Veja" logo pôs que Bethânia tinha ganho R$ 1,3 milhão quando sabe-se que a equipe que a aconselhou a estender à internet o trabalho que vem fazendo apenas conseguiu aprovação do MinC para tentar captar, tendo esse valor como teto. Os editores da revista e do jornal sabem que estão enganando os leitores. E estimulando os internautas a darem vazão à mescla de rancor, ignorância e vontade de aparecer que domina grande parte dos que vivem grudados à rede. Rede, aliás, que Bethânia mal conhece, não tendo o hábito de navegar na web, nem sequer sentindo-se atraída por ela.
Pensam o quê? Que eu vou ser discreto e sóbrio? Não. Comigo não, violão
Os planos de Bethânia incluíam chegar a escolas públicas e dizer poemas em favelas e periferias das cidades brasileiras. Aceitou o convite feito por Hermano como uma ampliação desse trabalho. De repente vemos o Ricardo Noblat correr em auxílio de Mônica Bergamo, sua íntima parceira extracurricular de longa data. Também tenho fígado. Certos jornalistas precisam sentir na pele os danos que causam com suas leviandades. Toda a grita veio com o corinho que repete o epíteto "máfia do dendê", expressão cunhada por um tal Tognolli, que escreveu o livro de Lobão, pois este é incapaz de redigir (não é todo cantor de rádio que escreve um "Verdade tropical"). Pensam o quê? Que eu vou ser discreto e sóbrio? Não. Comigo não, violão.
Se pensavam que eu ia calar sobre isso, se enganaram redondamente. Nunca pedi nada a ninguém. Como disse Dona Ivone Lara (em canção feita para Bethânia e seus irmãos baianos): "Foram me chamar, eu estou aqui, o que é que há?
O projeto que envolve o nome de Bethânia (que consistiria numa série de 365 filmes curtos com ela declamando muito do que há de bom na poesia de língua portuguesa, dirigidos por Andrucha Waddington), recebeu permissão para captar menos do que os futuros projetos de Marisa Monte, Zizi Possi, Erasmo Carlos ou Maria Rita. Isso para só falar de nomes conhecidos. Há muitos que desconheço e que podem captar altíssimo. O filho do Noblat, da banda Trampa, conseguiu R$ 954 mil. No audiovisual há muitos outros que foram liberados para captar mais. Aqui o link: http://www.cultura. gov. br/site/wp-content/up loads/2011/02/Resultado-CNIC-184%C2%AA.pdf . Por que escolher Bethânia para bode expiatório? Por que, dentre todos os nossos colegas (autorizados ou não a captar o que quer que seja), ninguém levanta a voz para defendê-la veementemente? Não há coragem? Não há capacidade de indignação? Será que no Brasil só há arremedo de indignação udenista? Maria Bethânia tem sido honrada em sua vida pública. Não há nada que justifique a apressada acusação de interesses escusos lançada contra ela. Só o misto de ressentimento, demagogia e racismo contra baianos (medo da Bahia?) explica a afoiteza. Houve o artigo claro de Hermano Vianna aqui neste espaço. Houve a reportagem equilibrada de Mauro Ventura. Todos sabem que Bethânia não levou R$ 1,3 milhão. Todos sabem que ela tampouco tem a função de propor reformas à Lei Rouanet. A discussão necessária sobre esse assunto deve seguir. Para isso, é preciso começar por não querer destruir, como o Brasil ainda está viciado em fazer, os criadores que mais contribuem para o seu crescimento. Se pensavam que eu ia calar sobre isso, se enganaram redondamente. Nunca pedi nada a ninguém. Como disse Dona Ivone Lara (em canção feita para Bethânia e seus irmãos baianos): "Foram me chamar, eu estou aqui, o que é que há?"
Meu comentário:
Sensacional o Caetano. Texto também publicado domingo no “O Globo”. A tônica indignada dele é a minha, há muito tempo, com relação aos covardões e canalhas que usam a rede, a internet, para insultar os outros. Sobretudo famosos que fazem sucesso, competentes, autênticos ídolos, que fizeram e fazem muito pelo Brasil e pelos brasileiros. Também observe que parte do Noblat, vil patrulheiro, foi contada-denunciada no meu blog há mais de 15 dias. Igualmente com relação à Veja. Não é de hoje que escrevo e manifesto a mesma opinião. Caetano mostra sensibilidade e excelente análise neste texto-desabafo-denúncia. Parabéns a ele.
No Rio também tem muitos ratos!
Collor lamenta morte de José Alencar e diz que Brasil perdeu um dos políticos mais lúcidos

segunda-feira, 28 de março de 2011
O que acontece por aí...
domingo, 27 de março de 2011
Motta e Dilma
Quem diria, o tucano Nelson Motta agora elogia Dilma(25/03). Mudou da água para o vinho. Moço esperto. Antes, para Nelsinho, Dilma era apenas "um poste" inventado por Lula que jamais venceria Serra. Agora, Motta não economiza elogios para a presidente. "É uma mulher forte e intensa". Assim caminha a humanidade.
Collor comemora 20 anos do Mercosul e diz que momento é de avaliar trajetória da América do Sul

Veja também:
sábado, 26 de março de 2011
Herpes mental
Longe de mim querer ser dono da verdade. Muito menos pretender ser paladino de alguma coisa. Mas lamento e repudio, energicamente, sandices enfurecidas e monuntalmente equivocadas e injustas, chulas e grosseiras, de um velhaco do Rio Grande do Sul, contra Collor e Lula. O infeliz deve ter herpes mental. Até os mais ferrenhos adversários de Collor admitem que o ex-presidente mudou o Brasil. Deixou leis que continuam beneficiando o cidadão. As diretrizes econômicas traçadas por seu governo foram seguidas por todos os presidentes que o sucederam. Collor foi arrancado do cargo por um impeachment imoral e ilegal, que violentou a Constituição. A seguir foi inocentado e absolvido pelo STF de todas as torpes acusações de seus detratores. Collor olha para a frente e para o futuro. Não carrega ódio no coração. Pessoas de bem e isentas não devem permitir que canalhas e farsantes fraudem a legitima e verdadeira História Republicana, mentindo e caluniando como bem entendem. O calhorda gaúcho é filho raivoso da má-fé e do rancor. Anda de quatro. Lula, por sua vez, também insultado pelo verme gaucho, cavou seu belo destino pessoal e político com competência. Deixou o governo com 85% de apoio popular. Como ex-Chefe de Estado também é respeitado no exterior.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Roberto Saturnino Braga
Obama no Brasil
Pessoalmente, continuo esperando transformações importantes na sociedade americana sob a presidência de Obama. Talvez ele devesse ser mais ousado, como querem muitos, mas é difícil fazer julgamentos desse tipo aqui de longe. O conservadorismo americano passa por uma fase de surpreendente exacerbação; talvez como resultado da própria eleição de Obama. O fato é que, diante desse sentimento tão forte, expressado nas últimas eleições parlamentares, fica realmente difícil avançar, e a prudência sussurra para ter cautela e paciência, esperar pelos melhores dias que certamente virão, provavelmente depois da reeleição e durante todo o segundo mandato. Se não houver reeleição, aí, sim, se pode chorar a tristeza da frustração.
Uma observação pode e deve ser feita, sobre o momento político americano, que serve para todas as democracias do mundo, que clamam por reformas purificadoras. Trata-se da influência cada vez mais forte e decisiva do poder econômico nas eleições de deputados, através do financiamento das campanhas. Em eleições majoritárias de presidente e governador, essa influência existe, é importante também, mas não tão decisiva. A razão, creio, é que nessas disputas de enormes votações, a compra de cabos eleitorais e a compra de votos através de prestação de assistência em várias formas não garante o gigantesco número de votos necessários. Na eleição de deputados essa compra é muito mais eficiente, ela traz os votos necessários, muito menos numerosos, e hoje é quase indispensável. Daí a ânsia dos deputados eleitos em garantir o financiamento para a reeleição, que é o caminho mais comum da corrupção. Daí a dependência cada vez maior dos deputados em relação ao grande capital.
Postas essas preliminares, vamos propriamente à visita: por que veio o Presidente Obama ao Brasil? Bem, quase todos os presidentes americanos dos últimos 50 anos vieram ao Brasil; é natural visitar o maior país do sul do continente. É claro porém que, além do gesto protocolar de boa vizinhança, cada visita tem a sua motivação própria, diferentemente dos presidentes brasileiros que vão ao Norte, sempre para pedir dinheiro, de uma forma ou de outra. No caso de hoje, parece que Obama veio em busca de duas prioridades do seu país para as próximas décadas: a garantia do suprimento de petróleo e a continuidade da hegemonia econômica na América do Sul seriamente ameaçada pela China.
A primeira decorre das dificuldades crescentes que os americanos vão encontrando na região que, há quase cem anos, lhes fornece abundantemente o óleo fundamental, que é o Oriente Médio, e, por outro lado, a descoberta das grandes reservas brasileiras no pré-sal. No atendimento dessa prioridade, os EE. UU. não deverão encontrar dificuldades maiores, desde que não pretendam se sobrepor às políticas de exploração e de exportação traçadas autonomamente pelo Brasil com vistas aos seus interesses. A melhor maneira de garantir esse suprimento é manter um bom relacionamento político em bases respeitosas e democráticas; é de se esperar que eles tenham chegado a esta conclusão depois dos problemas que estão tendo no Oriente. A segunda questão é, a meu ver, mais complicada. O crescimento da China é avassalador e suas relações econômicas, além do espaço natural da Ásia, já bem ocupado, vão naturalmente extravasar para a América do Sul. O nosso comércio com a China já ultrapassou o dos Estados Unidos e os investimentos chineses na região estão sendo gigantescamente projetados.
Roberto Saturnino Braga, ex-senador e atual presidente do ISB - Instituto Solidariedade Brasil
Av. Beira Mar, nº 216 - Térreo
Rio de Janeiro - RJ
www.isb.org.br
Tel: (21) 2285-3702
e-mail: secretaria@isb.org.br
"Ficha Limpa"
Este blog já advertia, sob a pena competente do advogado e jornalista José Carlos Werneck, sobre o perigo da aplicação casuística da importante “Lei da Ficha Limpa”. Releiam "Ficha limpa só nas próximas eleições", publicado neste blog em 29 de agosto de 2010:
"Ficha limpa só nas próximas eleições
Não se trata de gostar ou não. De querer ou não querer. Mas do ponto de vista estritamente legal, as sanções previstas no projeto “Ficha Limpa “só poderão ser aplicadas a partir das próximas eleições. Todos os especialistas entendem que não se pode sacrificar princípios basilares do Direito como a Reserva Legal e a Irretroatividade da lei, mesmo levando-se em conta os excelentes propósitos do projeto Ficha Limpa.” Uma lei nova jamais poderá retroagir para prejudicar quem incorreu nos crimes nela tipificados. Pode até não ser direito, mas é perfeitamente legal e encontra amparo na Constituição brasileira e de todos os países democráticos do mundo. A irretroatividade da lei é fundamental ao Estado de Direito e é a maior garantia com que podem contar os cidadãos de uma nação civilizada. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, que também é membro do Tribunal Superior Eleitoral, mostrou seu profundo conhecimento do Direito, ao afirmar magnificamente: ”A primeira condição da segurança jurídica é a irretroatividade da lei. Sem a irretroatividade da lei a segurança jurídica passa a ser uma balela, algo simplesmente jurídico, simplesmente formal”. No mesmo sentido, manifestou-se outro ministro do STF, Gilmar Mendes,quando disse que,”qualquer mudança legislativa causa um sentimento de indefinição jurídica”. Isto não quer dizer que os juristas que assim se manifestam, sejam contrários ao projeto “Ficha Limpa”, mas antes de tudo são a favor da ordem legal e do Estado de Direito. Gilmar Mendes lembrou que os julgadores terão que estudar claramente o assunto, pois “quando se optou por fazer essa lei em um período próximo a eleição, sabia-se que teríamos esse quadro de insegurança.” E conclui afirmando que “certamente haverá prudência, por parte do Tribunal. A jurisprudência está associada à prudência, para não haver prejuízos”. Realmente, se as cominações previstas no “Ficha Limpa” forem aplicadas nestas eleições, estaremos violentando garantias legais previstas na Constituição Federal e abrindo um gravíssimo precedente em nossa ordem jurídica. Por tudo isso, creio firmemente, que nossa mais Alta Corte de Justiça, o Supremo Tribunal Federal,quando for examinar a questão,decidirá de acordo com o que prevê a Constituição Federal e os princípios consagrados no Direito. O que fazer então para punir já, nestas eleições, os políticos fichas sujas e impedir que sejam eleitos? A resposta está ao alcance de todo e qualquer eleitor: não votando neles. Dessa forma simples e direta, votando só em candidatos que têm ficha limpa, nós eleitores resolveremos o assunto de maneira rápida, sem ferir os princípios do Direito e sem esperar pelas decisões da Justiça.
José Carlos Werneck é advogado e jornalista"
Veja também:
quarta-feira, 23 de março de 2011
Imprensa em Foco
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Deu no Blog "Os Amigos do Presidente Lula"
Filho do Noblat descola quase R$ 1 milhão na Lei Rouanet, igual a Maria Bethânia
A cantora Maria Bethânia teve um projeto cultural aprovado pela Lei Rouanet, no Ministério da Cultura, que a autoriza a captar R$ 1,3 milhão em deduções do imposto de renda das empresas para produzir 365 vídeos declamando poesias, e veicular na internet em um blog.
Zona Franca de Manaus terá licença prorrogada por mais 50 anos

A visita da presidenta Dilma Rousseff ao estado do Amazonas teve um viés econômico. Além da cerimônia de lançamento do Programa de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, a presidenta Dilma anunciou que vai prorrogar por mais 50 anos a licença da Zona Franca de Manaus e que tal procedimento se estenderá aos demais estados da região Norte. Com isso, a partir de 2013, quando termina o prazo de operação como zona franca, será instituído instrumento que dá mais meio século de prazo para o funcionamento especial do polo industrial.
A anúncio foi feito pela presidenta Dilma durante entrevista ao deixar o Teatro Amazonas, local da cerimônia de lançamento do programa. De acordo com o histórico, a licença da zona franca foi prorrogada pela primeira vez, dentro da vigência do modelo ZFM, de 1997 para 2007, por meio do Decreto nº 92.560, de 16 de abril de 1986. Em 1998, por meio do Artigo 40 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal, o prazo foi ampliado para até 2013.
“Vamos criar um muro virtual de proteção à floresta e à biodiversidade”, diz a presidenta Dilma ao concluir a entrevista.
Na conversa com os jornalistas, a presidenta Dilma também tratou da questão da mina de potássio que existe naquele estado. O local pertence à Petrobras e sua exploração se dará para a produção de fertilizantes. Na semana passada, durante cerimônia que marcou o início da implantação de uma planta de produção de fertilizante em Uberaba, no Triângulo Mineiro, a presidenta Dilma havia destacado o uso da matéria-prima para produção e, deste modo, ajudar o Brasil a tornar-se exportador de fertilizantes. Atualmente, 60% do produto é importado.
“A mina de potássio está ligada a um elemento importante que é a segurança alimentar”, explicou.
Ainda durante a entrevista, a presidenta Dilma comentou sobre a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ocorrida no último fim de semana, e defendeu também a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Sobre a Líbia, a presidenta Dilma disse que a posição do governo foi manifestada com nota à imprensa divulgada ontem (21/3) à noite pelo Ministério das Relações Exteriores. Na nota, o Itamaraty diz que “o governo brasileiro manifesta expectativa de que seja implementado um cessar-fogo efetivo no mais breve prazo possível, capaz de garantir a proteção da população civil, e criar condições para o encaminhamento da crise pelo diálogo”.
Zona Franca de Manaus -- A Zona Franca de Manaus (ZFM) foi idealizada pelo deputado federal Francisco Pereira da Silva e criada pela Lei Nº 3.173 de 06 de junho de 1957, como Porto Livre.
Dez anos depois, o governo federal, por meio do Decreto-Lei Nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, ampliou essa legislação e reformulou o modelo, estabelecendo incentivos fiscais por 30 anos para implantação de um polo industrial, comercial e agropecuário na Amazônia. Foi instituído, assim, o atual modelo de desenvolvimento, que engloba uma área física de 10 mil km², tendo como centro a cidade de Manaus e está assentado em Incentivos Fiscais e Extrafiscais, instituídos com objetivo de reduzir desvantagens locacionais e propiciar condições de alavancagem do processo de desenvolvimento da área incentivada.
No mesmo ano de 1967, por meio do Decreto-Lei nº 291, o governo federal define a Amazônia Ocidental tal como ela é conhecida, abrangendo os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. A medida visava promover a ocupação dessa região e elevar o nível de segurança para manutenção da sua integridade. Um ano depois, em 15 de agosto de 1968, por meio do Decreto-Lei Nº 356/68, o governo federal estendeu parte dos benefícios do modelo ZFM a toda a Amazônia Ocidental.
A partir de 1989, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que administra o modelo, passou a abrigar em sua área de jurisdição sete Áreas de Livre Comércio (ALCs), criadas com objetivo promover o desenvolvimento de municípios que são fronteiras internacionais na Amazônia e integrá-los ao restante do país, por meio da extensão de alguns benefícios fiscais do modelo ZFM, da melhoria na fiscalização de entrada e saída de mercadorias e do fortalecimento do setor comercial, agroindustrial e extrativo.
A primeira a ser criada foi a de Tabatinga, no Amazonas, por meio da pela Lei nº 7.965/89. Nos anos seguintes, foram criadas as de Macapá-Santana (Lei nº 8.387/91, artigo II), no Amapá; Guajará-Mirim (Lei nº8.210/91), em Rondônia; Cruzeiro do Sul e Brasileia-Epitaciolândia (Lei nº 8.857/94), no Acre; e Bonfim e Boa Vista (Medida Provisória 418/08), em Roraima.
Fonte: Blog do Planalto
Lançamento de 'Sarney - A Biografia', de Regina Echeverria, tem noite de gala e a presença importante de ex-presidentes


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), eterno e elegante conciliador, fez questão de amenizar mais uma polêmica envolvendo o seu nome. Ao chegar ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), desconversou sobre um trecho revelador do livro, que mostra que o atual governador do Acre, Tião Viana (PT), querendo ser presidente da Casa a qualquer custo e em detrimento dos interesses do presidente Lula e da estabilidade política, foi o responsável pela divulgação de um dossiê capcioso contra o peemedebista e que acabou provocando a crise montada dos atos secretos no Senado, em 2009. Na biografia autorizada, Sarney, indagado pela autora, mostra que "no início de todo este problema, informaram-me, que o Tião Viana entregara para o [jornal] Estadão um dossiê a meu respeito com mentiras todas alimentadas pelo pessoal do Senado que estava a favor dele, para quem ele já tinha prometido cargos e direções".
Para Regina, o trabalho foi mais difícil do que imaginava. Foram cinco anos de pesquisas e 168 entrevistas para chegar ao resultado que está em 624 páginas.
Bernardo Cabral
Um grande brasileiro, Bernardo Cabral, cidadão do mundo, que honrou todos os cargos que ocupou, faz 79 anos de idade no próximo dia 27. Nunca será demais destacar as qualidades e os traços marcantes do amazonense ex-presidente nacional da OAB, do ex-ministro da Justiça e ex-senador, relator geral da Constituição, que perenizou a zona franca na Carta Magna. A superintendente da Suframa, Flávia Grosso, tem razão: Bernardo Cabral merece um busto em todas as praças públicas do Amazonas, pelo bem que fez para toda a Amazônia. A competência jurídica de Bernardo Cabral também é admirada e reconhecida em universidades e instituições internacionais, através de conferências, condecorações e títulos acadêmicos de Honoris Causa. Cabral é autor de diversos livros, membro da Academia Amazonense de Letras e do Conselho da Associação Brasileira de Imprensa.
Veja também:
Bernardo Cabral, mais uma vez homenageado
terça-feira, 22 de março de 2011
Collor, Dilma e Lula
O leitor Dirceu Luiz Natal(22/3) critica Lula por não aceitar o convite da presidente Dilma para almoçar no Itamaraty com Barack Obama, mostrando-se surpreso porque Collor foi e "teve um comportamento digno". Collor é educado, civilizado e agradável. Claro que responde e retruca á altura aos que lhe jogam as patas. Jamais alguém verá o ex-presidente Collor receber com indelicadeza convites de Chefes de Estado, ministros, governadores e, principalmente, da presidente do Brasil.
Carta do Presidente da CBF, Ricardo Teixeira
"Prezado Vicente Limongi,
Agradeço sua publicação do dia 18/03/2011, no AQUI-DF, de Brasília, e no seu Blog (Os Imaculados Garotinho, Romário e Kfoury", referente às questões equivocadas e inverdades do discurso do Deputado Anthony Garotinho, realizado no dia 15 de março no plenário da Câmara dos Deputados.
Atenciosamente,
Ricardo Terra Teixeira
Presidente CBF"
segunda-feira, 21 de março de 2011
O que acontece por aí...
Abutres e pingentes e Jaqueline
Ainda bem que o MP puxou a orelha do dedo-duro Durval Barbosa. Não demora Durval vai ser canonizado pelo Vaticano. É o cúmulo dos absurdos: um calhorda delator amado e paparicado pela imprensa e temido por políticos. Pobre Brasil. Enquanto isso, pingentes, demagogos, parasitas e abutres do PSOL, inclusive uma senadora, fazem de tudo para aparecer no noticiário, fantasiados de éticos e imaculados. Deveriam ter bom senso e inteligência e deixar que a justiça cuide do caso de Jaqueline Roriz. Mas não. É uma corja que insiste em ser pingente dos holofotes. Pobres diabos.´deveriam saber que geralmente, neste presidencialismo safado, o carrasco de hoje, pode ser o réu, o enforcado de amanhã.
O Cachorro de Obama e a Camisa do Flamengo
Excelente idéia do inspirado e simpático Presidente Barack Obama. Fez uma enquete no vôo Rio-Santiago do Chile para saber o que fazer com a vistosa camisa do Flamengo que ganhou da presidente do clube mais querido do Brasil. Resultado: a maioria esmagadora dos votantes sugeriu, e Obama concordou, como democrata que é, que se faça uma bonita sueter para um dos cachorros da Casa Branca. Obama é mesmo o cara!
Do Blog da Monica Freitas, no almoço para o Obama no Itamaraty.

Parabens pela iniciativa grandiosa e desprendida da presidenta Dilma e, também, pela sensibilidade da Mônica Freitas.
Carta do amigo Haroldo Jorge
Bom dia Amigo!
Sou agora um leitor assíduo do seu blog. Estou gostando. Parabéns! Relendo os nossos e-mails trocados, acho que não fui bem claro na redação de um dêles. Estou esclarecendo agora. Me referi aos comentadores do Bem Amigo como sendo bons. Na verdade eu quiz dizer que o Caio é o melhor deles, porque é o unico comentarista. Só comenta com imparcialidade. Quanto aos comentadores, são parciais e torcedores. O bom é que pensamos igual. O Caio quando jogou no Botafogo até que não me fez muita raiva, por ter sido um jogador inteligente. Quanto ao Bão Demais quando for à Brasilia, gostaria de ser o árbitro de uma partida, pois atualmente é só o que posso fazer. O Aguinaldo Timóteo é um baita cantor. Tenho muitos discos LP dêle. Tomei muitos porres ao som de sua voz, no bar do Nenen, na Ramos Ferreira esquina com a General Glicério, na companhia do meu saudoso primo Camarrão e do Cadinho. Por onde êle andará? Ah, ia esquecendo. O nosso tira-gosto era farofa de carne de lata (conserva), e no final da noitada para curar o porre aquela caldeirada de tucunaré ou carauaçú com a pimenta murupi sendo amassada no prato. Quantas saudades!! Se pudesse faria tudo de novo. Um grande abraço.
Haroldo Jorge, juiz do trabalho aposentado pelo Amazonas, mora em Fortaleza
Meu comentário:
Idem, idem, amigo. Você sempre foi um grande sujeito. Sempre nos demos bem. Temos afinidades, caráter, sinceridade, solidariedade, sensibilidade, franqueza e firmeza de atitudes. Vivemos e deixamos os outros viverem. Não somos mesquinhos, de gestos nem de atitudes. Cadinho é o mesmo. Agnaldo é irmão de fé. Digo sempre, honra mais as calças que veste do que muitos babacas por aí metidos a valentões. Inteligente, decente, leal e corajoso. Claro, serás bem recebido no "bão demais". Boa idéia, apareças.
Forte abraço,
Vicente.
Dilma no Amazonas
Será terça-feira a primeira visita de Dilma ao Amazonas, depois de eleita. Lançará em Manaus a campanha nacional de combate ao cãncer de colo de útero de de mama. O Teatro Amazonas foi o local escolhido pelo governador Omar Aziz para a solenidade e aprovado pelo Palácio do Planalto
domingo, 20 de março de 2011
O que acontece por aí...
Grandeza e espírito público
Collor é pautado pelo espírito público. Não é mesquinho. Não guarda ódio nem rancor no coração. Isso fica para decaídos. Collor serve ao Brasil. Ontem, hoje e sempre. Não abre mão de seus deveres de cidadão e parlamentar. Estará sempre ao dispor da presidenta Dilma quando se tratar do interesse coletivo. Não importando quem ela convoque ou quem precisa sentar ao lado dele. Em todas suas ações Collor visa o bem comum.
Paes é melhor como fotógrafo
Eduardo Paes, como prefeito carioca, é, realmente, um bom fotógrafo. Estava no lugar certo na hora certa. Claro, previu tudo. Show de bola.
sábado, 19 de março de 2011
Obama não viu o povo
Barack Obama não viu o povo. O povo não viu Obama. Tudo frio, quase congelado. Tensão por todos os lugares. Visita histórica e triste do homem mais poderoso do mundo. Ruas desertas, atiradores nos prédios. Policiais preparados para combater ataques nucleares. Levaram Obama para falar no palco do Teatro Municipal. O local dedicato à arte e à cultura, transformou-se em cenário de medo e pavor. O brasileiro não merecia ser tratado como delinquente.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Sarney fala sobre sua biografia escrita por Regina Echeverria

Impeachment – Ascensão e queda de um presidente
A Editora Cia. dos Livros, o autor Arnaldo Santos e a Casa do Ceará convidam para o lançamento do livro IMPEACHMENT - Ascensão e queda de um presidente
Quando: 30 de março 2011 (quarta-feira) as 19h30
Onde: Casa do Ceará de Brasília –
Endereço: SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte – Brasília - DF
Informações: 61 3533-3800
Informações pelo site: http://www.aquivoceenoticia.com/
O livro Impeachment – Ascensão e queda de um presidente, editado pela Cia dos Livros, do jornalista e sociólogo, doutor em ciência políticas Arnaldo Santos, é um texto envolvente e altamente esclarecedor porque propicia ao leitor uma volta ao tempo e a cena política dos anos noventa. O autor apresenta as bases da compreensão política, a campanha eleitoral, o governo e o processo do impeachment. O Brasil foi sacudido pela sua destituição, mas tudo foi feito com as instituições democráticas funcionando plenamente, sem sobressaltos - algo até então inédito na América do Sul. Foi a primeira manifestação democrática participativa do País.
Arnaldo Santos*
Trazendo fatos reais, entrevistas, reportagens e uma rica e profunda análise do que foi esse importante momento político na história do Brasil. Indicado para estudantes e profissionais das áreas de comunicação bem como para todas as pessoas que têm interesse em entender um pouco melhor a história política do Brasil. Foram diversos personagens entrevistados por Arnaldo, durante sua pesquisa, que participaram diretamente de eventos que culminaram no impeachment, entre eles o próprio Collor. "Entrevistei desde o então Presidente da Câmara dos Deputados, Ibsen Pinheiro, até o próprio Collor, por duas vezes. No total, a tese contou com o depoimento de 14 pessoas - entre elas o Senador Amir Lando, relator da CPMI que investigou os escândalos de corrupção relacionados a Paulo César Farias, e o então Ministro da Justiça Jarbas Passarinho, que chegou a fornecer documentos confidenciais a Santos.”, revela o autor.
Ficha técnica: Livro: Impeachment – Ascensão e queda de um presidente; Editora: Editora Cia. dos Livros; Autor: Arnaldo Santos;Nº de páginas: 380; Preço: R$ 45,30
Quem já leu
... Este trabalho do jornalista e sociólogo Arnaldo Santos é parte de sua tese de doutorado pela Universidade Nova de Lisboa. Ele trata, com rigor científico e senso de oportunidade jornalístico, de um dos mais importantes episódios da história recente do Brasil. O impeachment do presidente Fernando Collor de Mello que foi um teste decisivo para a jovem democracia brasileira se consolidar, como também foram a eleição e posse na Presidência do candidato, de um partido de oposição ao que estava no poder em 2002, ainda mais porque esse partido e seu candidato haviam sido considerados durante algum tempo por muitas pessoas como seguidores da “esquerda” no espectro político. O país se saiu muito bem nos dois casos, que ajudaram a consolidar as instituições políticas nacionais. O tempo transcorrido desde os acontecimentos de 1992 até a edição deste volume é suficiente, na vida individual do brasileiro, para a pessoa obter a maioridade. Parece ter sido também o bastante para a democracia no país demonstrar também ter atingido maioridade, processando a sexta eleição direta para presidente seguida, em paz, liberdade e absoluto respeito aos direitos civis e políticos de todos. Um feito inédito em nossa história e cuja relevância talvez os mais jovens não estejam apreciando devidamente, talvez o considerando apenas como “um fato da vida”... (Carlos Eduardo Lins da Silva).
... O longo, minucioso e cuidadoso trabalho de pesquisa com o qual o jornalista Arnaldo Santos obteve seu doutorado pela Universidade Nova de Lisboa não apenas ilumina – ou seja, torna mais clara uma quadra grave da história recente do Brasil – mas representa, ao mesmo tempo, uma valiosa contribuição à memória nacional. O autor é um profissional dedicado ao seu mister. É daqueles que enfrentam e vencem, como um maratonista, todos os desafios para alcançar o seu objetivo. Ele o alcançou com este trabalho sobre “O processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Melo e sua repercussão na imprensa de Lisboa e o sentido do impeachment para a democracia”. Um trabalho acadêmico muito bem orientado e muito bem executado... (Ciro Gomes)
* Breve Entrevista com jornalista e sociólogo, doutor em ciência políticas, Arnaldo Santos
Editora Cia. dos Livros – O que mais lhe surpreendeu, em sua vasta pesquisa sobre o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello?
Arnaldo Santos – Objetivamente a maior surpresa ficou por conta da postura de quase todos os que foram ouvidos durante a pesquisa, notadamente daqueles que de uma forma ou de outra durante todo o processo de investigação do ex-presidente, estiveram a frente do movimento fora Collor e quando os entrevistei de uma forma ou de outra quase todos apresentaram uma explicação que ao contrário de acusarem o ex-presidente, como o fizeram durante o processo do impeachment, na verdade quase absolveram. Essa afirmação pode ser comprovada nas transcrições que faço ao longo do livro.
Editora Cia. dos Livros – Como foi defender esta tese fora de seu País?
Arnaldo Santos – Desafiador. Afinal por que uma Universidade Européia (Universidade Nova de Lisbôa) se interessaria por um estudo desses? Duas razões se evidenciam: a primeira é o ineditísmo do estudo. Essa é primeira pesquisa que investiga o fenômeno do impeachmen sob a ótica da política. Que paixões, quais as motivações especialmente do Congresso, do empresariado, da imprensa e da sociedade em geral, estiveram por traz do movimento que destituiu o primeiro Presidente eleito pelo voto direto após o regime militar? O segundo foi a repercussão que o processo do impeachment teve em toda a imprensa européia especialmente na mídia lusitana. Defender uma tese de doutorado sobre o fato mais importante da história política brasileira e ainda relativamente recente, olhando de fora do Brasil, foi extremamente desafiador.
Editora Cia. dos Livros – Como Sr. avalia a volta de Collor ao poder.
Arnaldo Santos – Extremamente importante para a democracia brasileira. Sua volta ao contrário do que muitos podem avaliar, representa o grau de maturidade política do povo brasileiro e sua postura no Senado, tem evidenciado o seu amadurecimento como homem público, pois ao contrário de um homem ressentido como se podia esperar, o que se está vendo por parte do senador Fernando Collor, é uma postura equilibrada colaborativa para com os problemas do país, e para com seus pares no cotidiano do Senado, bem diferente de quando esteve a frente da Presidência da República.
Editora Cia. dos Livros – Qual o principal legado deixado por aqueles que empenharam a ‘bandeira’ do impeachment, para os jovens de hoje?
Arnaldo Santos – De que independentemente das motivações políticas quando os homens públicos resolvem promover mudanças, ainda que ponham em risco a estabilidade Democrática, eles buscam apoio nas instituições representativas da sociedade civil, constroem e amplificam suas motivações ainda que essas não representem necessariamente as verdadeiras motivações da sociedade brasileira.
Editora Cia. dos Livros – Os jovens de hoje têm consciência sobre importância deste episódio, que podemos afirmar, ter sido um dos mais importantes na política brasileira?
Arnaldo Santos – A julgar pela forma como os jovens se comportam diante dos processos políticos do país, eu afirmo que não. A participação dos jovens na política ainda é muito pequena. Tambem é preciso afirmar que a culpa não é deles, pois o legado é ruim. Temos uma prática política mal sã, onde a elite política cumpre uma agenda que não guarda nenhuma relação com a agenda da sociedade em geral, especialmente com o que representa os interesses da juventude; mas essa realidade não será mudada sem a participação dos jovens, isso eu posso afirmar.
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quinta-feira, 17 de março de 2011
Proposta de Renan para MP's aceita pelo Senado

Ocorre que, atualmente, as Medidas Provisórias editadas pelo Executivo são submetidas ao Congresso Nacional através da Câmara dos Deputados, inicialmente. Na verdade, elas permanecem demasiado tempo na Câmara e, quando chegam para deliberação do Senado, já estão em vésperas do seu vencimento.
Se, por algum motivo, houvesse necessidade de emenda, sugestão, correção ou qualquer outra manifestação do Senado, a Medida deveria ser devolvida à Câmara, o que implicaria em sua caducidade, não produzindo os efeitos indicados pelo Poder Executivo.
É o que vem ocorrendo faz muito tempo, retirando do Senado o seu papel constitucional.
Ontem, porém, inconformados com essa prática, os senadores, tanto das bancadas da oposição como das que apóiam o Governo, trataram de corrigir a continuada anormalidade. Foi quando o líder do PMDB, senador Renan Calheiros, propôs um novo rito para a tramitação das MP’s.
O “Jornal do Senado”, em sua edição de hoje (16) bem reconhece o papel decisivo de Renan para aprovar a proposta do líder do PMDB:
“ Foi feito o acordo, a partir da sugestão de Renan Calheiros (PMDB-AL), para aprovação de uma emenda ao PLV forçando o seu retorno à Câmara e a consequente perda de sua validade. Em seu lugar será apresentado um projeto de lei com tramitação em caráter de urgência urgentíssima. O projeto resgatará o texto original da MP, que sofreu modificações na Câmara com as quais os senadores não concordaram.
- Descontado o recesso, esta proposição ficou 14 dias parada na comissão mista, que jamais se reuniu, 92 dias na Câmara e 14 dias no Senado. Parada. Sem ser discutida, o que dirá aperfeiçoada. Que seja a última vez que o Senado aceite isso – afirmou Renan”.
Os Imaculados Garotinho, Romário e Kfoury
Análise isenta
Parabens ao Antônio Brasil, no "Bronca" do Cláudio Humberto, pela análise isenta, competente, verdadeira, justa e corajosa. Collor realmente tirou o Brasil das amarras do atraso. Foi arrancado do cargo porque não se sujeitou aos caprichos dos oportunistas e cretinos. Não dobrou a espinha para maus empresários, maus advogados e maus jornalistas. Todos canalhas travestidos de isentos e democratas. Já disse e repito, com prazer, alguns dessa corja de vermes continuam no palco de suas vidinhas inúteis, mentindo e iludindo as pessoas. Passam por Collor e abaixam a cabeça. de vergonha, porque não foram homens. Apenas ratos. Outros já foram diretos para o inferno.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Lula voltou com disposição ao jogo
Pronto. Acabou a moleza das oposições. Sobretudo a paulista. CH e Folha de São Paulo informam que Lula participará ativamente das eleições paulistas, com o PT, aliados e com Dilma. Alguns tiveram pesadelo. Cairam da cama. Foram medicados. Souberam que Lula poderá inclusive ser candidato a prefeitura de São Paulo. Um Deus nos acuda nas bandas do DEM e do PSDB. Novo pesadelo. Alguns pensam(?) em suicidio coletivo.
Ricardo Teixeira tem razão
Pelo andar da incompetência, da inércia e da insensibilidade, montadas na lerda e medonha burocracia, constata-se que o alerta-temor do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, manifestado há 3 anos e reiterado várias vezes, é atualíssimo e preocupante. Perguntado sobre quais seriam os problemas mais graves que o Brasil precisaria enfrentar para o sucesso da copa do mundo de 2014, Teixeira foi certeiro:"O primeiro problema chama-se aeroporto, o segundo, aeroporto e, o terceiro problema, aeroporto". Presidenta Dilma, tenha a Santa paciência!
Povo pecador
A CNBB lançou oportuna campanha "Fraternidade e a vida no Planeta". Por sua vez, o secretário-geral da entidade, Dom Lara Dimas Barbosa declarou que jogar lixo no chão pode ser considerado pecado. Então, nesta linha, chego a triste conclusão que o brasileiro é um tremendo pecador e não tem perdão, vai direto para o inferno. Os pecadores estão em todo canto e em todas as camadas sociais. Não se respeita normas nem leis. A continuar assim o chefão dos diabos terá que providenciar uma ampla reforma nas dependências do inferno. Joga-se lixo na rua, na calçada, dentro do cinema, dentro das lojas, no chão das repartições, dentro dos banheiros e dentro dos carros e ônibus. Dentro do avião também. Vai ver que é porisso que o avião dá uns solavancos dos diabos, causando pavor em todo mundo. Mas não adianta o pecador brasiliense, em particular, e o brasileiro, em geral, ir confesssar seus pecados ao padre. A maioria esmagadora não respeita nada. Prefere conviver com a sujeira. De dentro do carro os "motoristas" jogam pontas de cigarrro, como se o asfalto fosse cinzeiro, jogam latas, garrafas, papel e, pasmem, até casca de côco. Sem faltar o canudinho que não deu para tirar. E os donos de cachorros que vão passear com seus animalzinhos e não têm a sensibilidade nem a gentileza de levar um plástico para recolher a porcariada que vão deixando pelo caminho? A campanha da CNBB é importante. Pena que o povo seja mau educado. Pouco adiantará a exortação.
Lula no jogo
Tostão e Muricy
Para variar Tostão analisou certo a novela Muricy Ramalho e o Fluminense. A imprensa carioca também tem culpa. Colocou Muricy nas nuvens, porque esnobou a seleção brasileira e fez contrato de palavra. Encantado com as belezas cariocas, Muricy fez juras de amor eterno ao Rio. Com os principais jogadores sempre machucados e ganhando fortunas, Muricy jogou a toalha. Nenhum treinador ganha jogos e títulos assim.
Para a Folha amestrada, homenagem. Para a guerreira Tribuna da Imprensa...
terça-feira, 15 de março de 2011
Obama e Timóteo
Será um acontecimento marcante, o presidente Barack Obama discursando para o Brasil e para o mundo, domingo, na Cinelãndia. Não poderiam ter escolhido palco melhor. Creio que a iniciativa ficaria ainda mais bela se o magnífico cantor Agnaldo Timóteo interpretasse o Hino Nacional.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Lula vai fazer palestra no 'Bão Demais'
sexta-feira, 11 de março de 2011
Imprensa em Foco
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quinta-feira, 10 de março de 2011
O que acontece por aí...
Mulheres
Registro e destaco meu apreço e respeito as mulheres pelo dia especial. São mãos carinhosas, candentes e solidárias, ajudando a construir o mundo, unindo gerações, sentimentos e ideais, longe dos ressentimentos, mágoas e desiluções. Habitam corações enamorados e bondosos, ao mesmo tempo que enxugam lágrimas dos que amam e sofrem, sem jamais deixar de refletir amor permanente e virtudes inigualáveis.
Até quando?
Até quando veremos os irritantes agarra-agarra dos zagueiros com os atacantes? Nossa Senhora. Recentemente assisti um jogaço, Inter e Bayer de Munique. Foram 90 minutos sem nenhum, nenhum puxão, abraços pelas costas, pela cintura, pelo pescoço, nada. Um belíssimo jogo. Nenhuma vez o arbitro precisou advertir nenhum dos jogadores para este tipo de recurso (?) tão feio e usual no nosso futebol. E os que jogaram lá fora, como Ronaldo gaúcho, sofrem, coitados, com tamanho exemplo de mediocridade do adversário.
Protesto imbecil de inocentes inúteis
Tem um texto imbecil, com português de portugal (será por que?) rolando na Internet, conclamando o povo a acabar com a "classe política". Vão trabalhar, cambada de vagabundos, golpistas, brasileiros de merda, paus mandados de fracassados, recalcados, pilantras e cretinos! vão para a puta que os pariu, filhos da puta! repassem... repassem. Canalhas travestidos de bonzinhos! Bando de inocentes inúteis. Vocês estão a serviço de quem? Do Brasil democrático garanto que não é? Breve vão mandar vocês pedir o fechamento do Judiciário! Corja de burros e babacas! Idiotas querendo aparecer! Quem vai garantir vida melhor para vocês, a imprensa? Faixas imbecis com clichês mais imbecis ainda? Por que a turma enfurecida e raivosa com a classe política não se candidata, já que rosnam tanto, fantasiados de salvadores da Pátria e de dom Quixote da Sapucaí? Generalizar é cômodo e covarde. Não eleva o debate. Tão querendo é destruir o Estado e a Independência do Brasil. Acordem!
Meu comentário ao texto “Ninguém põe o guiso no gato”, de Carlos Chagas
Chagas, Rosalba não é mais senadora. É governadora do Rio Grande do Norte e, teu bloco de “Filhos de Dom Quixote”, é para fazer rir ou para fazer chorar? Um horror. Todos eles, a meu ver, deveriam sair fantasiados de vestais grávidas.
domingo, 6 de março de 2011
Na mira do Belmiro
PIB, avanços preocupantes
Quem, rigorosamente, se levantaria contra o reajuste do Programa Bolsa Família, dentro da perspectiva política de distribuição de renda num país que ocupa os primeiros lugares no ranking mundial de concentração de riqueza? Ninguém, em sã consciência. Ninguém, se se considera ainda o crescimento de 7,5% do PIB, a somatória de todas as riquezas produzidas pelo país em 2010, de acordo com a publicação do IBGE. A propósito do Programa, já manifestamos ponderações sobre a eficácia, distorções e alternativas que poderiam emprestar resultados de médio e longo prazo mais coerentes e consistentes na ótica do desenvolvimento humano e social, integrado e sustentável no âmbito da brasilidade e equidade nacional. Um caminho mais espinhoso, porém, mais promissor. Retumbante na ótica da publicidade institucional, os 7,5% do PIB é maior do que o dos países centrais, União Européia incluída, e destacado entre os emergentes. Aproximando a lupa da acuidade real, porém, o PIB, somado com o de 2009, não chega à metade do desempenho bombástico e vem caindo, em 2010, a partir do segundo semestre. Os riscos da inflação que retorna, os excessos da folia eleitoreira recente, e a ampliação desordenada do crédito, sem as ressalvas e ajustes de praxe, entre outras pirotecnias, tudo sugere a artificialidade do índice e necessidade de uma revisão mais profunda na metodologia viciada de controlar a economia com o tacão das extorsivas taxas de juros e outras façanhas. Artificialidades fiscais para promover resultados fictícios, que pouco avança em termos da sustentabilidade efetiva do crescimento. É emblemática a a preensão do setor produtivo com a ameaça dos importados e as restrições de crescimento impostas pelo colapso de infraestrutura, sobretudo de transportes e energia. Daí as indagações sobre a eficácia do programa de distribuição de renda. Pouco depois de anunciar cortes nos gastos públicos, uma imposição do bom senso para reduzir a cangalha tributaria, e promover a atividade produtiva, com a geração de novos empregos, o governo monta o circo mais uma vez de sua sustentação política anunciando reajustes significativos no referido programa. É a recorrência preguiçosa à solução da inércia que se alimenta da cangalha fiscal. Não foi à-toa que a presidente Dilma fez uso – por força do Dia da Mulher - de um programa de apelo popular, familiar e doméstico para dizer, indiretamente, de sua disposição em – se faltar recursos – resgatar a imoralidade da CPMF. Assim, com o pires alheio e a generosidade compulsória do cidadão, segue a procissão das boas intenções em busca do milagre das transforma ções. Até quando?
Zoom-zoom
Oportunismo barato – as movimentações políticas para desestabilizar a gestão municipal seguem a pleno vapor, visando impedir o mandato do prefeito Amazonino Mendes, pela infelicidade de sua manifestação no episódio de uma cidadã migrante, moradora de área de risco. O prefeito já desculpou-se publicamente mas o episódio – infelizmente – virou moeda de embate político.
Jogo de cintura – as dificuldades entre prefeito e oposição são conseqüência da inabilidade de parte a parte em levar adiante o interesse público dentro das regras do jogo democrático, de respeito e condução do interesse público. E isso não aconteceu agora, é fruto de interferências alheias, conectadas a interesses escusos de uma traquinagem crônica antiga, perversa e estéril.
Prioridades proteladas - Enquanto isso, a questão do uso e ocupação do solo urbano, por exemplo, descuidada com o arquivamento da discussão do Plano Diretor, são deixadas de lado pelo despreparo e omissão do Poder Legislativo.
Soluções medonhas – Depois do atraso com a adoção de motocicletas como meio de transporte público, nesta semana estamparam nos jornais a imagem de um triciclo, oferecida como panacéia, mais uma, para enfrentar o caos dos transportes. Tenha dó.
Belmiro Gonçalves Vianez Filho é empresário e membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Amazonas
belmirofilho@belmiros.com.br