sexta-feira, 17 de abril de 2009

Sobre "molecagens" e "espírito público"

O senador Heráclito Fortes bateu no peito e anunciou, entre revoltado e confiante, o que o mundo já sabia: "Não sou moleque". Ótimo, boas falas. A humanidade fica feliz. Contudo, seguramente, nesta linha, o diretor-geral interino do senado, Alexandre Gazineo, também não é moleque. Pelo contrário, é servidor qualificado, cumpridor de seus deveres. É preciso acabar de uma vez por todas, nesta época avassaladora de imbecil e doentio furor denunciatório, e saber enfrentar os patrulheiros, recalcados, desclassificados e covardes, que estão em todos os cantos, que o servidor, de todos os escalões e Poderes, inclusive na iniciativa privada, apenas cumprem ordens de seus superiores. É uma falácia colossal e uma canalhice absoluta, os pretensos poderosos colocar a culpa dos problemas e denúncias, comodamente e candidamente, nos subordinados. É preciso que senadores, deputados, ministros, etc, tenham grandeza de atitude e aquilo roxo, para declarar aos holofotes que também têm culpa em determinadas situações. Lembro, nestes casos, da famosa e atualíssima máxima de Vitorino Freire: "se tem um jabuti nos galhos da árvore é porque alguém o colocou lá". É necessário respeito mútuo entre patrões e empregados, parlamentares e servidores. Caso contrário quem vencerá é o caos e os que babam torcendo pela desmoralização das instituições e pelo fim da democracia. Todos já são crescidinhos o suficiente. É tão simples entender e assimilar. Tentem. Com destemor e legítimo espírito público.

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