sábado, 13 de maio de 2017

SEGURANÇA PÚBLICA PEDE SOCORRO!

Trezentos agentes  da Força Nacional  se juntaram a outros 125 que já estavam de reforço ao Rio de Janeiro  diante do gravíssimo problema de segurança pública que vem impactando o Estado.
 Na sua capital, as facções criminosas e milícias dominam  comunidades carentes, o tiroteio é diário, a morte de inocentes e de policiais é crescente, cerca de 30 escolas  são impedidas de ministrarem aulas, ônibus são incendiados, os assaltos se banalizaram e a população está acuada.
A estratégia da presença priorizada pelo programa fracassado da Unidade Pacificadora de Polícia(UPP) elenca  a necessidade de recursos humanos, a gestão de efetivo e a  capacitação do pessoal para o tipo da  missão. O êxito inicial foi ilusório porque a migração criminosa prosperou e os bandidos ocuparam territórios, desrespeitando moradores, zombando dos policiais e espalhando terror nas redondezas.
Na verdade, as UPP não se apossaram efetivamente dos locais de atuação. Há suspeita de coexistência pacífica  entre a força policial e a liderança de facções criminosas. Está sendo investigado o gravíssimo delito de militares do 6º BPM terem transportado, em carro blindado, traficantes de drogas durante  a invasão da Comunidade Cidade Alta.
O ambiente se assemelha ao de uma guerrilha urbana e seus ensinamentos devem ser aplicados em benefício da segurança pública.
As inovações tecnológicas, os meios sofisticados , a obrigatoriedade de ação permanente e a necessidade de aumento de efetivo habilitado elevam os custos das medidas exitosas. Os efeitos psicológicos crescem de importância, razão pela qual a Inteligência e a Contrainteligência têm papel preponderante. Neste particular, convém destacar que a Polícia Militar marcou gol de placa  ao apreender 32 fuzis e prender 40 criminosos, sem vítimas para a força policial e os residentes, em recente operação.
A cultura da repressão continua  muito arraigada e a problemática da segurança  não é somente caso de polícia.
O Programa Nacional de Segurança Pública (PRONASCI) não prosperou. Seria um marco para realizar mudanças, articulando políticas de segurança com imprescindíveis ações sociais, priorizando a prevenção para neutralizar as causas que levam à violência e geram o clima de total insegurança que ora vivenciamos.
 Apesar da calamitosa situação econômica- financeira, da crise moral, do desemprego, da inadimplência, da falência das unidades da federação e da perplexidade da população, o dever do Estado tem de ser preservado.
Para tanto, há necessidade do surgimento de  novas lideranças, da renovação da classe política, do respeito à autoridade, da revisão da legislação penal, da observância da isonomia salarial e de reformas sociais de interesse público.
Deve-se pensar em  segurança pública com vontade política para que o povo tenha tranquilidade e direito à vida. Somente com a participação de todos os segmentos da sociedade este jogo poderá ser virado.

DIÓGENES DANTAS FILHO- Coronel Forças Especiais/Consultor de Segurança.

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