domingo, 4 de dezembro de 2016

Moro para a vaga de Gullar

Ancelmo Gois informa (O Globo - 4/12) que Sérgio Moro pretende escrever livro de memórias sobre a lava-jato. Maravilhosa notícia. Júbilo nos corações do mundo inteiro. Credencial  imbatível para o humilde e modesto juiz, que não suporta  holofotes,  torna-se imortal de qualquer academia de letras do planeta.  Do céu, entre as estrelas,  letrados ilustres como Rui Barbosa e Nelson Hungria apoiam Moro.  Entre nós,  o acadêmico Merval Pereira é o mais indicado para apadrinhar o incansável magistrado. Moro já poderia sonhar com a ABL, mesmo sem o livro pronto,  na vaga aberta com a morte de Ferreira Gullar. Na Casa de Machado de Assis, entre chá e torradas, Moro daria  aulas impagáveis  sobre delações premiadas, tornozeleiras eletrônicas, e vazamentos seletivos, para atenciosos acadêmicos. O fardão de  Moro seria presente dos inesgotáveis procuradores da lava-jato. Também craques em mandar prender e estipular penas e também avessos a badalações na mídia. Todos igualmente prontos para ingressar  em  Academias de Letras Jurídicas do Universo. Os fardões ganhariam da Odebrecht.

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