quarta-feira, 27 de junho de 2012

"Impeachment": Lá como cá. Uma patifaria só


Caro Gilberto,

meus efusivos parabéns pela firme e verdadeira nota sobre a crise política no Paraguai, com oportunas e corajosas observações, com fatos irretrucáveis, comparando o impeachment de Lugo com a canalhice explicita fantasiada de jogo político contra Fernando Collor, eleito pelos brasileiros com 35 milhões de votos. Como você bem frisou, parlamentares medíocres, ressentidos e covardes, babando ódio pelas ventas, palanqueiros cretinos e venais, cometeram as maiores atrocidades até arrancar o valoroso Collor do cargo. Hoje, como o tempo realmente é sábio e senhor da razão, Collor continua determinado e corajoso defendendo o Brasil e ajudando a presidenta Dilma a melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Enquanto a maioria esmagadora daquele timeco de ressentidos e paus mandados, morreu, não foi reeleito, largou a política ou, ainda, passa o resto da vida doente ou em cadeira-de-rodas.

Abraços do Vicente Limongi Netto

Eis a nota do amigo Gilberto Amaral:

"Collor e Lugo

A América do Sul vive momentos difíceis com o "impeachment" a toque de caixa promovido pelo Congresso paraguaio para cassar o mandato do presidente Fernando Lugo. A forma - não a rapidez -, faz lembrar página triste da história política brasileira, que foi a cassação do então presidente Fernando Collor. Não pela rapidez, mal pela estupidez, por tudo que a envolveu, inclusive sob o argumento cômico de uma Fiat Elba. Ao contrário de Lugo, o nosso drama estendeu-se por alguns meses.

Armando o circo

Entristeceu no episódio Collor a "mis-en-scene" montada por uma emissora de televisão, que levou aos olhos do mundo uma inconcebível injustiça, protagonizada pelo então presidente do STF, ministro Sidney Sanches. Apesar de ter recebido a carta-renúncia de Collor momentos antes, houve por bem - ou por mal - abrir a sessão, o que não deveria ter feito. Com isso, lavou a alma dos muitos parlamentares da época, que puderam usar o fato como bandeira de campanha para a eleição que se avizinhava.

Revelação

No dia 25 de setembro de 1992, tomei a liberdade de pedir audiência ao então ministro do Exército, general Carlos Tinoco, que preservei como fonte, que disse textualmente: "à medida que se aproxima a votação do - impeachment - do presidente Fernando Collor, fala-se cada vez mais em voto de consciência". Ele me disse exatamente o que publiquei em minha coluna do dia 29 de setembro do mesmo ano.

"Voto de Consciência"

"Que é votar com a Consciência? Certamente votar ouvindo apenas a própria consciência, liberto de quaisquer condicionantes, liberto de quaisquer compromissos partidários ou eleitorais". "No caso da votação em causa - observou a fonte militar -tal liberdade somente estará assegurada se ocorrer após as eleições de 3 de outubro e os partidos políticos não fecharem questão, pouco importa, aí, seja o voto aberto ou secreto". E complementa "Tal não ocorrendo, como falar em Voto de Consciência"."

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