
Renan lembrou que a ANL era presidida em Alagoas por Sebastião da Hora e tinha entre seus membros, ao lado deRui Palmeira, o escritor Graciliano Ramos.
- Aos poucos, a ANL perdeu densidade devido à miopia da esquerda, que conduziu o movimento a uma posição sectária e isolada - disse Renan. Rui Palmeira, observou ele, foi um dos que tentaram evitar o esquerdismo radical, nocivo ao próprio Partido Comunista, levando a inúmeras baixas no partido. Conforme Renan, Rui Palmeira manteve-se corajosamente leal aos seus princípios.
Em 1945, no período da redemocratização do país, já como militante da União Democrática Nacional (UDN), Palmeira defendeu o mandato dos três deputados estaduais alagoanos do Partido Comunista (André Papini, José Maria Cavalcante e Moacir Andrade), e do próprio presidente do PCB, Luís Carlos Prestes, senador eleito para a Assembléia Nacional Constituinte. Todos eles tiveram seus mandatos cassados em 1947, pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra.
- Rui orientou a UDN para a aliança com os grupos democráticos e populares na Constituinte estadual e, por meio da sua liderança, o partido junta-se então aos deputados constituintes de 45 mais progressistas da Assembléia Legislativa de Alagoas - disse o líder do PMDB.
Mais tarde, durante o regime militar, em 1968, Rui Palmeira enviou telegrama ao então presidente Costa e Silva, manifestando posição contrária ao Ato Institucional (AI) 5. Renan cita testemunho de Teotônio Vilela sobre recomendação de Rui Palmeira, durante o endurecimento do AI 5: "Não é hora para fraquezas, não é hora para covardes, mas também não é hora para imprudências, quando nós temos, em nossas mãos, o destino da nação".
Da Redação / Agência Senado
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