O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) solicitou em Plenário, já na quinta-feira retrasada (11), ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, o compromisso público de solucionar urgentemente o problema do endividamento dos agricultores brasileiros, especialmente da Região Nordeste. O senador condicionou a aprovação da Medida Provisória 470/09 a um compromisso da área econômica com a solução dessa questão.
Ao reconhecer a boa vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para resolver o problema, Renan criticou a área econômica do governo, acusando os técnicos do Ministério da Fazenda de "falta de sensibilidade" para com os pequenos agricultores nordestinos. Mesmo tendo o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), garantido que a questão seria resolvida por determinação do presidente Lula, Renan manteve sua determinação de apenas votar a MP 470/09 após um pronunciamento do ministro da Fazenda no sentido de solucionara questão das dívidas dos agricultores do Nordeste. Com o objetivo de dar tempo ao Ministério da Fazenda para que se pronunciasse sobre o assunto, a ordem do dia da sessão plenária, no início da noite, chegou a ser suspensa por 30 minutos pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Em apartes os senadores José Agripino (DEM-RN) e Efraim Morais (DEM-PB) manifestaram seu apoio a Renan. Diante da reação do senador alagoano, foi novamente adiada, desta vez para a terça-feira do dia 16, a votação do projeto que abre crédito de até R$ 6 bilhões à Caixa Econômica Federal, com o propósito de atender à demanda por empréstimos e financiamentos em sua área de atuação. O mesmo projeto, que deveria ter sido votado no dia 10 destina R$ 1 bilhão ao Banco do Nordeste do Brasil S.A, para "fortalecer a área de atuação da instituição".
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