Bolsonaro está em desvantagem no
arranca rabo com a Folha de São Paulo e Grupo Globo. Com juras de amor à
democracia e a liberdade de expressão, logo que assumiu o cargo, o presidente
mostra que não foi feliz ao afirmar que certos veículos de imprensa não teriam
mais vida mansa com verbas polpudas de anúncios do governo. Piorando as coisas,
Bolsonaro, a primeira-dama e os filhos dão entrevistas para todo mundo. Até
para o jornalzinho do colégio onde estudaram. Menos, porém, para a Folha de São
Paulo e Globo. Nessa linha, agravando e entornando mais ainda o caldo, surge em
cena, em palpos de aranha, o filho e senador eleito Flávio Bolsonaro, para
esclarecer contas bancárias reveladas pelo Coaf e vazadas para o Jornal
Nacional. Para a Folha e Grupo Globo, já em pé - de-guerra com Bolsonaro, foi a
fome com a vontade de comer. Ambos vão tirando o couro aos pouquinhos, sem dó e
piedade, de Flávio Bolsonaro. O senador Flávio se irrita com o noticiário
desfavorável. Mas não pode impedir a publicação dos fatos. Folha e Globo, principalmente
o Jornal Nacional se esmeram em exibir novas denúncias e o mais grave: refutam
com vasta munição as explicações do jovem senador carioca. Quanto mais Flávio
estrebucha, mais cai na esparrela perigosa do nada esclarecido e do ninguém se
convenceu do que o acusado argumenta. Os ânimos estão cada vez mais exaltados
entre Flávio, Globo e Folha. A esta altura, outros meios de comunicação já
engrossaram a pauta. A ordem é demonizar o filho do presidente. Se Bolsonaro,
pai, filhos e auxiliares em geral, não querem virar notícias tristes e
desagradáveis, que trabalhem para evitar que elas aconteçam. O fato é que
Bolsonaro depois de eleito, errou feio ao olhar torto e ressentido para a
imprensa tida por ele como "inimiga". Bolsonaro destravou a língua
com acidez e gosto de vingança anunciada. Atirou, a meu ver, no próprio pé.
Pode-se não gostar do Grupo Globo e do jornalismo pretensioso com mania de dono
da verdade que pratica. Contudo, é
inegável que toda cobertura ou campanha da emissora tem mais repercussão, boa
ou ruim, do que todos os outros canais juntos. Os mais velhos já viram esse
filme. O papai Bolsonaro vai começar a estrilar em defesa da cria. Natural e
compreensivo. Será uma pena. Perderá o foco do que exortou em Davos, com patriotismo,
firmeza e otimismo, a favor de dias melhores para o Brasil e brasileiros. A
esta altura do jogo pesado, sem previsão para acabar, quem se delicia, de
camarote, são os desafetos e opositores do presidente eleito e consagrado nas
urnas como a última chama de esperança para os cansados e sofridos brasileiros.
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