Bolsonaro pode mas não deve meter a colher presidencial na disputa pela presidência do Senado Federal. Dará com os burros n'água. Nunca deu certo a intromissão de um Chefe da Nação a favor de determinado nome para ocupar o comando da Câmara Alta. O bom senso manda Bolsonaro queimar seus poderosos cartuchos em outras batalhas. Na Câmara dos Deputados o governo costuma meter o bedelho com sucesso. No senado o buraco é mais embaixo. A tradição jamais deixou de ser cumprida e seguida. O escolhido é referendado entre os senadores da maior bancada. No caso, o MDB. O qual, seguramente, não abrirá mão da vantagem numérica que tem no jogo. O MDB, por sua vez, e o presidente sacramentado, não deixarão o governo em maus lençóis. Registre-se a afixe-se. O diálogo e as boas relações entre a Câmara Alta e o governo haverão de ser produtivos, respeitosos e permanentes. O tarimbado Bolsonaro não precisa ter receio do MDB, com o tempo a amizade vira namoro e, não demora, longo e feliz casamento. Registre-se a afixe-se.
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