segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A visão do presidente eleito da Confederação Nacional do Comércio


O amazonense José Roberto Tadros foi eleito presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O colégio eleitoral formado por 27 federações estaduais e 7 nacionais (com direito a um voto) deram a vitória por 24 a 4 a Tadros. A posse será no dia 19 de novembro. A CNC lidera um dos principais setores da economia do país, que já representa 1/4 do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e gera perto de 25,5 milhões de empregos diretos e formais. A CNC é a representante máxima das  5 milhões de empresas do comércio de bens, serviços e turismo.
Tadros foi vitorioso em reconhecimento ao seu perfil aberto ao diálogo, capaz de conduzir a transição baseada na busca da unidade e da coesão de seus pares que visam uma CNC independente, íntegra e apartidária. Entre as suas propostas de gestão, o futuro dirigente tem como meta reforçar a área de inteligência em economia da CNC , atrair especialistas de renome nacional e internacional e atuar de forma mais incisiva nos caminhos para o crescimento do país.  
Também vai atuar em consenso com os presidentes das federações para reforçar a representatividade estadual.  A CNC fará uma agenda de reuniões itinerantes para ouvir a sua base e democratizar ainda mais suas decisões. Na gestão Tadros, a CNC estará unida às demais Confederações para que, em conjunto, ajam na defesa dos interesses dos brasileiros e do fortalecimento da economia e do emprego. 

 Entrevista com o eleito, José Roberto Tadros


 Como se sente depois da expressiva vitória?

É uma honra, pois já fui vice e presidente de sindicato de 1967 a 2018, presidente da Federação do Comércio do AM desde 1986 e do Sebrae AM em seis ocasiões. Agora, chego ao ápice do Sistema Comércio a partir do dia 19 de novembro. Irei presidir com a ajuda de Deus e dos meus companheiros a Confederação Nacional do Comércio, o Sesc e o Senac nacionais. Então, vamos traçar uma política em nível nacional para essas instituições. 

- Como se deu o pleito?

Dentro da normalidade e ao final a nossa chapa teve o apoio de 24 eleitores (de um total de 28). Nossa vitória foi por uma margem ampla. Isso expressa de forma irrefutável a grande maioria de presidentes de federações que apoiaram as nossas propostas, programas e projetos.

- Qual a importância da transição segura?

Toda transição segura é importante, porque transmite tranquilidade não só ao corpo administrativo como também aos apoiadores da chapa. Faremos uma transição sem euforia, firme e com o intuito de dar continuidade ao grande trabalho realizado pelo atual presidente Antônio Oliveira Santos. 

- Um dos principais pontos de sua proposta é trazer inovação à entidade. Como cumprir esse tópico em meio a tanta burocracia em nosso país?

O objetivo é esse, se deixarem. O Brasil é extremamente complicado, altamente regulamentado e regulado com um Estado cartorial. Vamos tentar trazer ferramentas importantes que facilitem a gestão e acima de tudo a defesa dos interesses da atividade terciária (comércio e serviços).   

- Qual o ambiente pós-eleição?

O clima não ficou agradável devido às agressões que nós sofremos, pois todos nós sempre convivemos pacificamente há anos e de repente colegas próximos nos agrediram, de forma virulenta, deixando o clima ruim e com uma fratura exposta. Para o nosso consolo e bem-estar, esses que nos agrediram, são ínfimos diante da grande maioria confiante na nova gestão. 

- A Amazônia ganha reforço quanto a missão de desenvolvimento da região?

Na verdade, todos ganham reforço, pois agora o universo da minha base territorial é o Brasil. Obviamente, conheço mais a realidade da Amazônia, as suas dificuldades e idiossincrasias. Ao longo do tempo, o presidente Antônio Oliveira Santos me prestigiou com muitas obras e investimentos no estado do Amazonas e na minha opinião, devemos dar continuidade ao que já me era dado sem que eu fosse presidente da CNC, mas enfatizo que o meu anglo de visão será todo o País. 

- O atual presidente ainda participará de sua gestão?

Antônio Oliveira Santos será o presidente de honra da casa e do conselho superior. Ele é meu amigo há 32 anos, sempre será meu conselheiro e o quero perto de mim. Quando surgirem as dúvidas, não hesitarei em procurá-lo para trocar ideias em relação à continuidade do crescimento das instituições. Ele sempre será uma peça indispensável na minha gestão. Qualquer presidente inteligente não abdicaria da competência, respeito e experiência de Oliveira Santos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário