O amazonense José Roberto Tadros foi eleito
presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O colégio eleitoral
formado por 27 federações estaduais e 7 nacionais (com direito a um voto) deram
a vitória por 24 a 4 a Tadros. A posse será no dia 19 de novembro. A CNC lidera
um dos principais setores da economia do país, que já representa 1/4 do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro e gera perto de 25,5 milhões de empregos diretos
e formais. A CNC é a representante máxima das 5 milhões de empresas do comércio
de bens, serviços e turismo.
Tadros foi vitorioso em reconhecimento ao seu
perfil aberto ao diálogo, capaz de conduzir a transição baseada na busca da
unidade e da coesão de seus pares que visam uma CNC independente, íntegra e
apartidária. Entre as suas propostas de gestão, o futuro dirigente tem como
meta reforçar a área de inteligência em economia da CNC , atrair especialistas
de renome nacional e internacional e atuar de forma mais incisiva nos caminhos
para o crescimento do país.
Também vai atuar em consenso com os presidentes das
federações para reforçar a representatividade estadual. A CNC fará
uma agenda de reuniões itinerantes para ouvir a sua base e democratizar ainda
mais suas decisões. Na gestão Tadros, a CNC estará unida às demais
Confederações para que, em conjunto, ajam na defesa dos interesses dos
brasileiros e do fortalecimento da economia e do emprego.
Entrevista com o eleito, José Roberto Tadros
Como se sente depois da expressiva vitória?
É uma honra, pois já fui vice e presidente de
sindicato de 1967 a 2018, presidente da Federação do Comércio do AM desde 1986
e do Sebrae AM em seis ocasiões. Agora, chego ao ápice do Sistema Comércio
a partir do dia 19 de novembro. Irei presidir com a ajuda de Deus e dos meus
companheiros a Confederação Nacional do Comércio, o Sesc e o Senac nacionais.
Então, vamos traçar uma política em nível nacional para essas
instituições.
- Como se deu o pleito?
Dentro da normalidade e ao final a nossa chapa teve
o apoio de 24 eleitores (de um total de 28). Nossa vitória foi por uma margem
ampla. Isso expressa de forma irrefutável a grande maioria de presidentes de
federações que apoiaram as nossas propostas, programas e projetos.
- Qual a importância da transição segura?
Toda transição segura é importante, porque
transmite tranquilidade não só ao corpo administrativo como também aos
apoiadores da chapa. Faremos uma transição sem euforia, firme e com o intuito
de dar continuidade ao grande trabalho realizado pelo atual presidente Antônio
Oliveira Santos.
- Um dos principais pontos de sua proposta é trazer
inovação à entidade. Como cumprir esse tópico em meio a tanta burocracia em
nosso país?
O objetivo é esse, se deixarem. O Brasil é
extremamente complicado, altamente regulamentado e regulado com um Estado
cartorial. Vamos tentar trazer ferramentas importantes que facilitem a gestão e
acima de tudo a defesa dos interesses da atividade terciária (comércio e
serviços).
- Qual o ambiente pós-eleição?
O clima não ficou agradável devido às agressões que
nós sofremos, pois todos nós sempre convivemos pacificamente há anos e de
repente colegas próximos nos agrediram, de forma virulenta, deixando o clima
ruim e com uma fratura exposta. Para o nosso consolo e bem-estar, esses que nos
agrediram, são ínfimos diante da grande maioria confiante na nova gestão.
- A Amazônia ganha reforço quanto a missão de
desenvolvimento da região?
Na verdade, todos ganham reforço, pois agora o
universo da minha base territorial é o Brasil. Obviamente, conheço mais a
realidade da Amazônia, as suas dificuldades e idiossincrasias. Ao longo do
tempo, o presidente Antônio Oliveira Santos me prestigiou com muitas obras e
investimentos no estado do Amazonas e na minha opinião, devemos dar continuidade
ao que já me era dado sem que eu fosse presidente da CNC, mas enfatizo que o
meu anglo de visão será todo o País.
- O atual presidente ainda participará de sua
gestão?
Antônio Oliveira Santos será o presidente de honra
da casa e do conselho superior. Ele é meu amigo há 32 anos, sempre será meu
conselheiro e o quero perto de mim. Quando surgirem as dúvidas, não hesitarei
em procurá-lo para trocar ideias em relação à continuidade do crescimento das
instituições. Ele sempre será uma peça indispensável na minha gestão. Qualquer
presidente inteligente não abdicaria da competência, respeito e experiência de
Oliveira Santos.
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