segunda-feira, 12 de maio de 2014

Absolvição de Collor pelo STF



Ao comentar decisão do Supremo Tribunal Federal que o absolve das últimas acusações a ele imputadas, o senador Fernando Collor (PTB-AL) - afastado da Presidência da República em 1992 - disse que experimentou um grande sofrimento ao "reviver em toda a sua extensão a tortura, a angústia e o sofrimento de quem é agredido meses a fio" e que, além disso, "teve de suportar as agruras de acusações infundadas e a condenação antes mesmo de qualquer julgamento".
Segundo o senador, a decisão do Supremo Tribunal Federal, tomada por unanimidade na quinta-feira (24), não só alivia as angústias que ele sofria há 23 anos, como também permite reescrever a história do país, no período em que ele passou na Presidência e em que implantou, como observou, "medidas macroeconômicos e estruturantes" da administração federal, como a abertura comercial e a quebra de monopólios. Sem essas medidas, disse ele, seria impossível a estabilização alcançada pelo país.
- Estou absolvido de todas, absolutamente todas as acusações. Estou inocentado de todas as delações. A ninguém é mais dado o direito, salvo por reiterada má fé, de dizer o contrário. Todavia, depois, de mais de duas décadas de expectativas e inquietações pelas injustiças a mim cometidas, cabe agora perguntar: quem  poderá me devolver tudo aquilo que perdi, a começar pelo meu mandato presidencial? - questionou Collor.
Para o senador, o julgamento possui, em especial, "o mérito e a virtude de passar a limpo o país", no que se refere ao período que ele passou à frente da Presidência da República. Em sua opinião, este foi um dos períodos mais importantes da história da República, uma vez que "consolidou o processo de redemocratização política por meio da primeira eleição direta para presidente da República, após 25 anos de governo sob um estado de exceção".
A decisão do Supremo, a seu ver, permitirá mais do que o resgate da justiça e da imagem de um homem público. Propiciará, também, a "reflexão da sociedade em geral sobre a verdade dos fatos e, em particular, de uma geração de jovens, que tão somente ouviram inverdades ou estudaram em livros tendenciosos por versões falseadas".
Além da decisão unânime do Supremo de absolver o ex-presidente de todas as acusações ainda pendentes, o tribunal resolveu, por cinco votos a três, absolvê-lo, também no mérito, de outros dois crimes, mesmo em detrimento de sua prescrição.
- Ou seja, mesmo nesse caso, a maioria julgou pela absolvição completa ou, em outras palavras, não houve, nos 16 votos proferidos nas duas votações quanto às preliminares e quanto ao mérito, nenhum voto pela minha condenação em relação aos três crimes de que me acusava o Ministério Público. E não poderia ser diferente - afirmou Collor.
Ao final de seu pronunciamento, o senador lembrou o dramaturgo alemão Bertold Brecht, para quem "a verdade avança e nada a deterá".
- É o caso exemplar do ditado vincit omnia veritas, ou seja, a verdade tudo vence.
Agência Senado
Clique aqui para ler o discurso na íntegra



Alguns comentários sobre absolvição de Collor pelo STF




A Justiça foi feita!
Parabéns ao eterno presidente Collor!
Sempre fomos seus admiradores!
Abraços,


Gerson e família

Obrigada
Parabéns pela coerência no apoio a Collor .
Abraços


Hilde (Hildegard Angel)

Collor foi deposto porque não comprou nenhuma Refinaria, nem "emprestou" dinheiro para Cuba, Africa.... Na absolvição pelo STF deveria "constar isso".

Celerino

Eu não tenho a menor duvida amigo, que o que acabou com o governo dele foi aquela ministra! Ele fez várias ações em benefício do Brasil, que aliás, usufruímos até hoje!
A justiça foi feita, apesar da demora absurda!
Uma ótima semana, abração,


Ray Jorge

Foi maravilhosa a leitura do Collor dando total esclarecimento do julgamento e pergunto: Jô Soares Boechat e outros terão a nobreza de se desculparem?
Agnaldo Timóteo

Prezado Vicente Limongi Netto.

É muito fácil fazer criticas quando se está na oposição. Collor ganhou a eleição para presidente com idéias inovadoras. Hoje a economia do Brasil não esta estagnada porque sabiamente, Collor fez a abertura de mercado e estabeleceu as diretrizes para que os outros presidentes que o sucederam pudessem delimitar os caminhos para que a inflação tivesse controle. Todos que viveram a transição para a democracia, sabem muito bem que era preciso fazer um controle econômico sob pena de o Brasil entrasse num caminho sem volta para uma hiper-inflação. Se hoje o consumidor pode brigar por seus direitos, é porque Collor proporcionou criação dos Procons nos estados. em pouco tempo, Collor fez o que muitos em 8 anos não fizeram. Acusar e ultrajar a dignidade de uma pessoa que ficou sem defesa que ao longo dos anos foi sendo inocentado de todas as acusações, incorporou o espírito de um verdadeiro brasileiro, sem mágoas e sem rancor, agora senador dá a sua contribuição para o engrandecimento do política, que se apresenta pequena e mesquinha, onde os interesses pessoais se sobrepõem aos do povo. Penso que ao longo dos anos, Collor calado esperou pela justiça que é demorada mais se fez justa e verdadeira e esclareceu definitivamente a inocência de um homem que só queria ver um Brasil melhor, com justiça, harmonia e desenvolvimento social.


Prof. Dr Carlos Sanches

Limongi, nota 10 para a serenidade e respeito à liturgia do cargo que exerce - Collor é um legítimo Senador. Parabéns!

Kleber Sampaio

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