Emerson Medina
Autoridades, delegações de países estrangeiros, empresários, representantes de instituições públicas e privadas e representantes das classes trabalhadoras lotaram o auditório do Studio 5 para a solenidade de abertura da sexta edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2011). O tom da cerimônia foi o reconhecimento da importância da Feira como vitrine dos produtos e serviços da região e o comprometimento do governo federal para com a Amazônia e o modelo Zona Franca de Manaus. Representando o Governo Federal, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, elogiou o esforço de todos os envolvidos para a realização da FIAM 2011. “A Feira possibilita conhecermos o espetáculo da sustentabilidade e das potencialidades da Amazônia”, afirmou. O secretário-executivo enfatizou que o trabalho da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) é importante não apenas para a região, “como também para o País” e fez questão de reforçar que o Governo Federal está comprometido com o modelo ZFM. “Quando alguns poucos de outras regiões afirmam que a Zona Franca é ultrapassada e decadente, e quando eu vejo que apesar das dificuldades, temos aqui um centro de produção com recordes de faturamento e emprego eu me pergunto como é que podem dizer que aqui é um modelo de atraso?”. Como prova de que o Governo apóia o modelo ZFM, Teixeira lembrou a assinatura do Projeto de Lei assinado pela presidenta Dilma Rousseff no último dia 24, para a extensão dos incentivos fiscais à Região Metropolitana de Manaus (RMM) e a assinatura do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) prorrogando os incentivos em mais 50 anos. “Quando divulgamos a ZFM em outros países e ouvimos que é um modelo com diferencial, nos orgulhamos de dizer que é um modelo que combina tecnologia com recursos humanos e sustentabilidade”, afirmou. Dando as boas vindas, o superintendente em exercício da SUFRAMA, Oldemar Ianck, citou os três pilares que reúnem as principais atrações da FIAM 2011, a exposição da produção do PIM, as Rodadas de Negócios e de Turismo, além do Salão de Negócios Criativos e os seminários internacionais com as discussões de temas estratégicos para a região. Durante o discurso, Oldemar Ianck saudou os ex-superintendentes que passaram pela administração da autarquia, entre os quais Ozias Monteiro, que idealizou a Feira e a ex-superintendente Flávia Grosso, que deu continuidade à realização do evento.
Oldemar Ianck agradeceu o apoio do Governo Federal e do MDIC na realização do evento e destacou os investimentos federais em infraestrutura energética como o Linhão de Tucuruí e o gasoduto de Coari, e em infraestrutura portuária, como o novo porto a ser construído na área da extinta Siderama. “Mas eu vejo mais com o Linhão do Tucuruí. Eu vejo um novo paradigma de integração da região, promovida pelo Governo Federal. Eu vejo oportunidades de desenvolvimento para o médio Amazonas e também a futura integração da cadeia produtiva do PIM ao complexo minero-metalúrgicoeral do Pará e do Maranhão. Vejo ainda, o desenvolvimento do polo petroquímico em Tefé e Coari. Estejam certos que a ZFM e o PIM entram em um novo ciclo de crescimento”, celebrou.
O governador do Amazonas, Omar Aziz, saudou os empresários que acreditam no modelo e investem na região, mas criticou aqueles a quem acusou, sem citar nomes, de quererem “tirar daqui investimentos para levar a outros Estados”. Omar defendeu o modelo ZFM e o PIM, mas demonstrou preocupação com os novos paradigmas tecnológicos que precisam ser acompanhados pelo País, além da concorrência com os produtos chineses. Ele destacou, no entanto, o diálogo e o apoio do Governo Federal ao Estado, traduzidos, segundo o governador, na ampliação dos incentivos da Zona Franca por 50 anos e ampliação da influência desses incentivos para a RMM.
Omar Aziz também fez questão de citar a ex-superintendente Flávia Grosso em seu pronunciamento a quem reconheceu o trabalho à frente da autarquia e ofereceu solidariedade pelas circunstâncias que a levaram a se desligar do cargo. Flávia Grosso solicitou a sua exoneração no último dia 7 de agosto.
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