A imprensa destacou os 20 anos da eleição presidencial que elegeu Fernando Collor, com 35 milhões de votos. Contou episódios, fez gracejos, ouviu ressentidos e intolerantes, do time dos eternos perdedores; enfatizou cretinices de políticos e cientistas políticos, praga que agora assola o noticiário, com sacadas dignas de quem descobriu a pólvora, enfim, a patrulha rancorosa e prepotente se fartou. Contudo, ninguém teve a sensibilidade e a isenção de procurar obter algum depoimento, alguma palavra sequer, de quem realmente viveu mais intensamente aqueles momentos, o da alegria da eleiçao e o da torpeza, da covardia e da indgnidade do impeachment, o próprio Fernando Collor. Ou seja, creio que a imprensa perdeu grande oportunidade de procurar ajudar a escrever a legítima História daqueles dois acontecimentos. Também se fez jornalismo medonho, vesgo e estarrecedor, lembrando que Collor era adversário de Lula, assim como Lula e Collor eram desafetos de Sarney, e, hoje, são correligionários. E daí? Qual é o problema? O mundo acabou por isso? Acontece que o timeco das vestais grávidas insiste em não admitir que política não se faz com o fígado, mas sim com o cérebro.
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