O artigo "Os companheiros", de Luiz Garcia, O Globo de 17.07. ironiza os elogios de Lula para Collor. Lembro ao atilado Garcia, que já deve ter passado dos 60, como eu, que política se faz com o cérebro e com o coração e não com o fígado. Certamente Garciae outros iluminados da mídia vibrariam e gostariam que Lula insultasse Collor e elogiasse, por exemplo, Cristovão Buarque ou Fernando Henrique Cardoso, dupla de alguns de seus adversários e desafetos. Daí o desapontamento de Garcia. Seguramente Garcia leu, a propósito do badalado abraço Lula-Collor, o artigo de Carlos Heitor Cony, onde o jornalista e acadêmico recorda famosas personalidades que brigaram duramente e severamente e depois fizeram as pazes e muitos dos casos se tornaram fraternais amigos. Nesta Linha, Cony enumera, Luiz Carlos Prestes e Getúlio Vargas, Dias Gomes e Lyra Tavares. E eu acrescento, Juscelino Kubischek e Carlos Lacerda. Portanto, a meu ver, o abraço de Lula e Collor significa a certeza da governabilidade e um forte palanque político em 2010 a favor da ministra Dilma. Eis aí outra tristeza e água na fervura nos planos dos adversários de Lula, Collor, Renan, Sarney, Dilma, etc. "Coisas da política", sentenciou Carlos Heitor Cony.
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