quarta-feira, 29 de abril de 2020

Carpideiras no Alvorada

Fortes emoções na entrada do Palácio da Alvorada. A voz embargou. Segurei o choro. Alvoroçados deputados e deputadas se reversaram em insultos a imprensa. Orgulhoso, Bolsonaro monitorava a fila dos exaltados. O cercado dos jornalistas virou muro das lamentações. Cenário de colossal puxa saquismo explícito. A língua sem freios de Bolsonaro novamente foi a causa dos faniquitos. O chefe da nação deveria patentear o rosário de grossuras. Confunde sinceridade com estupidez. "E daí?" É a resposta enviesada da vez. Depois, tenta florear a tolice. Mas o estrago foi feito. Nada a ver com o samba "E Daí?" de Miguel Gustavo, de 1959, interpretado pela divina Elizeth Cardoso. 

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