Brasil entre os piores

O Brasil é a 9ª economia mundial- já foi a sétima- em ranking liderado pelos EUA que têm quase 18 trilhões de dólares de PIB, renda elevada de grande  parte da população, desemprego moderado, investimentos expressivos, exagerado consumo e alto grau de tecnologia.
Junto com a Rússia, Índia,China e África do Sul, integramos os BRICS considerados os emergentes com possibilidade de se transformarem em grandes potências até 2050.
Entretanto, a riqueza de um país depende de outros fatores, tais como, boas condições de vida , crescimento salarial, segurança no trabalho,renda per capita e valor anual do PIB.Neste aspecto, somos o 81º dentre  135 países.
Em oferta de energia ocupamos o 84º lugar; em ferrovias, o 88º; em aeroportos, o 95º; em rodovias , o 103º; e em portos, o 106º.
Em termos de eficiência governamental, só estamos na frente da Venezuela, na América Latina.
Não estamos na devida posição em competitividade, eficiência empresarial e de infraestrutura.
Dentre 43 países, somos o 40º na previsão do crescimento anual do PIB e já estivemos em situação pior nos últimos anos.
A segurança pública é das mais críticas no mundo, nem a intervenção federal tem conseguido  expressivas vitórias no combate à criminalidade no Rio de Janeiro.
A metade da população não tem acesso ao sistema de esgoto sanitário.
Existem quase 14 milhões de desempregados e a renda per capita em 2017 foi de R$1 268,00, ínfima diante de nossa potencialidade e recursos naturais. E os contrastes sociais são enormes...
Em termos educacionais ocupamos o 55º lugar, dentre 61, e a situação seria ainda mais crítica se o governo não lhe dedicasse a necessária prioridade na alocação de tão escassos recursos para investimentos e manutenção.
O caos na saúde é uma realidade, com filas intermináveis nos hospitais, pacientes morrendo nos corredores, equipamentos quebrados, falta de medicamentos, pessoal  insuficiente e mal remunerado. A burocracia é enorme e aparelhos importados apodrecem nos galpões aguardando liberação que chega a demorar 7 anos.
Em 2000, a Organização Mundial de Saúde nos colocou na 125ª posição, dentre 191 participantes, atrás de diversos países mais pobres  da África e da Ásia. De lá para cá nada melhorou!
É realmente  difícil administrar um país de dimensões continentais.
Porém, a situação seria muito diferente se houvesse melhor  gestão política, continuidade administrativa, inexistência de obras inacabadas, menos desperdício e roubalheira jamais vistos em nossa História nas últimas décadas.
É inacreditável que um país possuidor  das maiores economias mundiais e com enorme potencial de recursos de toda ordem, seja tão pobre na avaliação de tantos aspectos da vida nacional.
E as eleições estão chegando  mas a herança da corrupção é grande demais e causou estragos irreparáveis.

Diógenes Dantas Filho- Coronel Forças Especiais/ Consultor de Segurança