terça-feira, 29 de agosto de 2017

Caipira na Roça, do Amazonas, é vencedora do Campeonato Brasileiro de Quadrilhas Juninas 2017

A melhor quadrilha junina do Brasil é do Amazonas! A amazonense Caipira na Roça foi eleita vencedora do Campeonato Brasileiro de Quadrilhas Juninas 2017, realizado no último final de semana em São Luís (MA), superando representantes de outros 17 Estados e do Distrito Federal. O grupo tem mais de 40 anos de tradição nas comemorações juninas no Amazonas, e sua participação na disputa nacional teve apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura, no custeio de passagens aéreas para o traslado entre Manaus e a capital maranhense.
As vencedoras do Campeonato Brasileiro foram anunciadas domingo (27), com a Quadrilha Junina Caipira na Roça conquistando o título de campeã do torneio nacional, à frente de Raízes Culturais, do Amapá, em segundo lugar; Elite do Cerrado, de Goiás, em terceiro; e Pau Melado, do Distrito Federal, em quarto.
“Quando anunciaram que a quadrilha ‘mais cotada’, que já tem sete títulos no Brasileiro, havia ficado em quarto lugar, nossa expectativa foi para 100%. No final, estava entre Amazonas e Amapá, e quando este foi anunciado em segundo lugar, foi o momento de explosão: o pessoal começou a comemorar antes do anúncio oficial”, lembra Milene Martins, 36, representante de quadrilha amazonense. “Foi mágico!”.
Com o apoio da Secretaria de Cultura, que garantiu um total de 45 passagens aéreas para a viagem a São Luís, a quadrilha amazonense pôde participar do torneio nacional com pelo menos 20 pares de quadrilha, além de coordenadores e de um apresentador mirim.
O apoio da Secretaria à Caipira na Roça reforça o compromisso da pasta com todas as formas de manifestação artística e cultural, do folclore à ópera, da capoeira ao audiovisual, entre outras. No âmbito da Cultura Popular, as ações do órgão incluem apoio a eventos – entre eles o Carnaval e os festivais folclóricos do Amazonas e de Parintins –, pesquisa de manifestações populares e outras atividades relacionadas.
Trajetória campeã – No Campeonato Brasileiro de Quadrilhas Juninas 2017, a Caipira na Roça vestiu suas chitas, retalhos e fitas para disputar com concorrentes de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal. Todas as concorrentes, mais a campeã de 2016, Eita Junino (RR), apresentaram-se na Praça Maria Aragão, no Centro de São Luís.
A trajetória da Caipira na Roça em direção ao título nacional começou com a vitória na última edição do Festival Gonzagão de Manaus, em julho passado. O evento é promovido há três anos pela União Amazonense de Quadrilhas Juninas e Grupos Folclóricos (UNAQJ), filiada à Confederação Nacional do segmento (CONAQJ), responsável pela disputa nacional, realizada em diferentes cidades a cada ano.
Esta é a segunda participação da Caipira na Roça no Campeonato Brasileiro. Em 2014, o grupo amazonense marcou presença na disputa, ficando em décimo lugar.
Tradição junina – A história da Quadrilha Junina Caipira na Roça iniciou no Alvorada, onde o grupo folclórico surgiu, em 1975, pela iniciativa de D. Rosa Tananta e seus familiares, moradores do bairro. Então, com o nome de Quadrilha São João, o grupo se dedicava a brincar nos arraiais e nas igrejas da comunidade, animando as comemorações da temporada junina.
Em 1992, D. Rosa repassou o comando do grupo folclórico a seu irmão mais novo, Eliomar Tananta, e a outros três coordenadores, entre eles o atual presidente, Márcio Soares. A quadrilha foi rebatizada com o nome que mantém até hoje, e passou a disputar com outros grupos no Festival Folclórico do Amazonas. Pertencente à Categoria Ouro, a Caipira na Roça já acumula 14 títulos de quadrilha campeã no festival, e ficando sempre entre as três primeiras colocadas nos demais anos.
A Caipira na Roça hoje reúne 32 pares de quadrilha, e segue animando as temporadas juninas em suas apresentações em Manaus e em outras cidades do Estado, além de movimentar a vida da comunidade do Alvorada. “Nossa quadrilha é conhecida como quadrilha casamenteira: entrou, casou, constituiu família. Tem muitos casos desses lá!”, revela a entusiasmada Milene.

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