O governador do Amazonas, José Melo, sabe que nada destrói o trabalho. Obstinado, Melo não se abala com dificuldades. Tem a consciência que cumpre com seus deveres e obrigações. produz muito pela coletividade. Se mais não faz é porque as dificuldades são imensas. A falta de recursos é constante. Retruca com vigor e clareza torpezas e mentiras de demagogos e cretinos. Que arrotam sandices fantasiados(as) de paladinos por correspondência. Pertencem ao grupelho rancoroso do quanto pior, melhor. Pobres diabos. Melo é a favor de mais escolas e menos presídios. Mas a superlotaçao é problema de todos. Inclusive da Presidência da República. A seu ver, soluções imediatas devem passar por mutirões para liberar presos com crimes menores e expandir vagas no sistema prisional. Avaliando a crise no sistema penitenciário, o governador afirma, enfaticamente: "Todos os governantes do país e todos aqueles envolvidos no sistema são culpados. Todos, não sobra um". Em longa e excelente entrevista ao repórter Geraldo Farias, do jornal A Crítica de Manaus, Melo salienta as providências que adotou e continuará adotando, depois da barbárie de primeiro de janeiro, quando morreram 56 presos, resultado de guerra entre facções criminosas. Acredita que o motim sanguinário serviu para unir todos os governantes no combate ao tráfico de drogas. Melo vai construir presídios em Parintins e Manacapuru, regionalizando as penitenciárias. Já construiu um presídio em Tefé e constrói outro em Manaus, para presos de menor periculosidade. E vai construir uma penitenciária agrícola em Rio Preto da Eva. Servirá para ressocializar os detentos. Pediu recursos ao presidente Temer e o Amazonas vai receber tornozeleiras, scanners e bloqueadores de celulares. Além de verbas para o Instituto Médico Legal. José Melo prepara nova licitação para o projeto básico do sistema prisional. A licitação será internacional. Para vigorar no início de 2018. Pretende fazer um sistema que possa ser copiado no Brasil. Inspirado em sistemas penais adotados, por exemplo, na Alemanha e nos Estados Unidos. José Melo repudia justiça com as próprias mãos. "Assim teríamos que fechar tribunais e o ministério público. A falta de política adequada levou o brasileiro a essa situação de desespero". Nessa linha, Melo fez mudanças na Polícia Militar e na Polícia Civil. Garante que a população também verá mudanças duras no sistema prisional. "Não admito perder a governabilidade nem a autoridade dentro das penitenciárias. Presídios não são lugares para ter xerifes e bandido mandando", afirma. Melo discorda dos que acham inconstitucional policiais militares e das Forças Federais dentro dos presídios. Para o governador com polícia nas muralhas não teriam fugido." Disse ao presidente Temer , assim, as Forças Federais servem para que?". Salienta que foi dele a idéia na reunião de governadores em Brasília, para a integração nacional no combate ao crime organizado. Com relação a escassez de recursos para governar, Melo lembrou: quando Eduardo Braga foi governador o excesso de arrecadação no final do ano era de 2 bilhões de reais. "Era uma maravilha governador", aduziu. A seguir, com Omar Aziz no governo, até o último ano a arrecadação foi de 1,7 bilhão de reais. "Assumir o governo e no meu primeiro ano a minha queda de arrecadação foi de 2,7 bilhões de reais. Perdi 4,1 bilhões de reais em 2 anos". José Melo compara: "Como aquele pai que ganhava 10 mil reais, perdeu o emprego e arrumou outro de 4 mil e teve que estabelecer prioridades. Tive que fazer o mesmo no meu governo". O governador Melo é economista. Tem 70 anos. Foi deputado federal por dois mandatos e deputado estadual. Secretário estadual de Educação e de Governo e vice-governador.
Como governador, Melo também enfrenta com rigor o tráfico de drogas nas fronteiras. Lembra que outros governantes não fizeram o mesmo. Porque é ação dura e perigosa. Revela que a vida da família dele e a sua própria vida estão em constante risco, porque teve a coragem de encarar este desafio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário