sexta-feira, 4 de março de 2016

Indústria do Amazonas declara guerra ao mosquito Aedes aegypti


Uma ação conjunta entre a Federação das Indústrias , o Centro da Indústria, a Câmara Nipo Brasileira e a Secretaria Municipal de Saúde, reuniu trabalhadores e representantes das empresas do Polo Industrial de Manaus em  debate sobre o Aedes aegypti e as possíveis formas de atuação das indústrias no combate ao mosquito.

Segundo o presidente do Cieam, Wilson Périco, a entidade já está atenta aos graves danos que a presença do mosquito tem trazido a sociedade e está buscando junto a seus associados e parceiros a melhor forma de adesão e integração das empresas. “Desde já, está definido o estado de mobilização permanente para acompanhar e se fazer presente nas ações preventivas. É nosso compromisso social como entidade”,  declarou.

Para a diretora do departamento de vigilância ambiental e epidemiológico da Semsa, médica Angélica Marroquino, o apoio dos representantes da indústria do Amazonas é de extrema importância no combate ao mosquito. “É preciso que a indústria faça sua parte. A primeira coisa a fazer, é cuidar da sua estrutura física: olhar os banheiros, ralos, calhas, caixas d’agua, bebedouros, depósitos, sucata, laje, telhas, etc. A segunda, é que ela mobilize os trabalhadores à sensibilizar seus familiares, amigos, vizinhos”, orientou.

Ainda segundo a gestora, a Semsa está realizando a implantação de brigadas contra o Aedes aegypti nas empresas. “Uma equipe nossa vai até o local, forma outros multiplicadores, capacita o pessoal daquela indústria e a partir daí é criada uma brigada, que assina um termo, se comprometendo a verificar a estrutura física daquela empresa uma vez a cada sete dias”.

Casos de microcefalia

De acordo com dados do Ministério da Saúde, até o dia 27 de fevereiro já foram notificados 5.909 casos suspeitos de microcefalia pelo vírus Zika. Desse total, 641 foram confirmados.

 Angélica Marroquino alerta que a responsabilidade no combate ao mosquito é de toda a sociedade e, não é porque não tem nenhuma mulher grávida na família ou próxima, que as pessoas não devam se preocupar. “Frente a uma grande epidemia como essa o Brasil não estamos diante de uma geração geração de microcéfalos, passando por dificuldades para o resto da vida. Isso causa um prejuízo social e econômico, pois serão pessoas que irão ter grande dependência do sistema de saúde, uma vez que terão limitações para o resto da vida’, salientou. 

O diretor executivo do Cieam, Ronaldo Mota, afirma que as doenças transmitida pelo mosquito Aedes aegypti já foi motivo de afastamento de muitos trabalhadores das indústrias do Polo Industrial de Manaus. Hoje, segundo ele, o zika vírus é uma preocupação, pois a maioria das pessoas que trabalham no Distrito são mulheres. “As empresas estão preocupadas com essa situação. Por isso, debates como esse para sensibilizar os colaboradores é muito importante e é o que o Cieam pretende fazer através de nossos associados”.

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