sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

El País chama Sarney de 'monumento nacional'


Jornal espanhol destaca papel estratégico do ex-presidente na vida política brasileira

O espanhol El Pais, um dos dez maiores periódicos do mundo, com tiragem em todos os continentes, inclusive no Brasil, repercutiu nesta terça-feira, 7, a entrevista que o presidente do Senado, José Sarney, concedeu ao jornalista Fernando Rodrigues da  Folha de São Paulo, no fim do ano passado. O diário espanhol destacou o papel estratégico que Sarney desempenhou, ao longo de 54 anos de vida pública, para o desenvolvimento do Brasil, classificando-o como "um monumento nacional". Segundo o El País, o presidente do Senado antecipou algumas passagens que estarão disponíveis em seu livro de memórias. Numa delas, Sarney conta que recebeu o ex-presidente Lula por três vezes em sua casa e que decidiu então apoiá-lo, na sua quarta tentativa em se tornar presidente da República, quando logrou êxito. O diário também ressaltou a afirmação de Sarney de que ex-presidentes da República não deveriam voltar a disputar eleições, porque  estariam expostos "ao tiroteio da guerra cruel que  é a política". Sarney explica que sua declaração não tem qualquer relação com uma eventual nova candidatura do presidente Lula: "Eu não dou conselhos pessoais", diz ele. O periódico ressalta que, para Sarney, o Congresso Nacional foi profundamente prejudicado pelo excesso de medidas provisórias. 


"O Congresso precisa recuperar sua função legislativa”, disse. Sarney também chama a atenção para a necessidade de uma reforma política no país. “Há 54 anos, tem se falado nisso, mas aparentemente, ninguém quer”, afirmou. A entrevista de Sarney à Folha de S. Paulo também gerou comentários positivos do ex-ministro da Justiça, Paulo Brossard. Em artigo publicado pelo jornal Zero Hora, o jurista considerou ser oportuna a discussão do papel do Legislativo e do Executivo, a partir da opinião do presidente Sarney de que o Brasil só avançará institucionalmente quando passar do sistema presidencialista para o parlamentarista: "Quase desnecessário dizer que, a meu juízo, a assertiva é oportuna e sábia", disse Brossard.


Clique aqui para ler trechos da entrevista realizada em 17 de dezembro


A seguir, vídeo da entrevista (roda em smartphones e tablets):

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