quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um bom papo sobre política...


Vicente Limongi Netto:

"Creio que Ciro Gomes joga certo o jogo presidencial. É preciso mostrar que tem cérebro nas decisões. Ciro se mantendo na disputa, amplia seu leque pessoal de barganha e tira do anonimato o partido dele, que, na verdade, não sei nem qual é. Agora, pingentes políticos correligionários de Ciro aparecem no noticiário, botando banca e exigindo mundos e fundos. Os bestalhões de sempre. Reféns dos holofotes fáceis. Ciro sabe que nos próximos meses terá que decidir; fica no jogo ou se afasta para ajudar mais a candidata Dilma. Ciro também tem consciência que com Dilma vencedora, dificilmente deixará de ser ministro, se credenciando para novos embates. Ajudando a vencer Serra, Ciro crescerá muito junto à eleita Dilma e a Lula. Dilma, por sua vez, tratará o Ceará a pão-de-ló”.

Comentário de Helio Fernandes:
Não há dúvida, Limongi, só restou ao Ciro a possibilidade e a esperança de apostar no futuro. Tendo sido prefeito e governador no Ceará, ficou sem expectativa lá, mudou o domicílio para São Paulo. Mas como eu disse sempre: marquetismo, que faturou alto, e não candidatura para valer.
Se tivesse cacife eleitoral no Ceará, disputaria uma vaga no Senado, 8 anos de mandato, que maravilha viver. Indo para São Paulo, eleitoralmente ainda mais desfavorável, só restou essa hipótese de “ajudar” Dona Dilma, o que ninguém consegue entender. Mas foi o que sobrou.
Terminando, Limongi: tudo isso, essas opções só podem ser lembradas, imaginadas, jogadas, por causa da idade dele. Se tivesse a idade, digamos, do Serra, nem opção nem esperança.
Serra hoje, tem mais 16 anos do que Ciro. E como este já foi Ministro da Fazenda, quem sabe não repete o cargo com Dona Dilma? Embora esta sonhe com Delfim Netto para o cargo.
Só que desistirá desse Delfim, tomando conhecimento de três coisas.

1 – Lendo seu registro de nascimento.

2 – O espantoso empréstimo para a construção da Ponte Rio-Niterói, com juros que até os ingleses (emprestadores) se envergonhavam.

3 – O Relatório Saraiva, (feito pelo Coronel do mesmo nome) montado quando Delfim era embaixador na França (na época, revelado por este repórter com exclusividade).

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