quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Arthur Bisneto defende ampliação de pesquisadores e professores atuando na região amazônica

Apesar de responder por aproximadamente 10% da economia nacional e possuir as maiores riquezas naturais do planeta – biodiversidade, bacia hidrográfica e maior província mineral, a Amazônia recebe menos de 5% dos pesquisadores doutores do país em suas instituições de ensino e pesquisa.  Nesta semana, o deputado federal Arthur Virgílio Bisneto (PSDB-AM) solicitou ao Ministério da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação esclarecimentos sobre as ações empreendidas para a ampliação do número de pesquisadores e professores doutores com atuação na Amazônia. O pedido foi feito por meio de um requerimento (1442/2015), apresentado na Câmara dos Deputados. 
No requerimento, o tucano pede informações da quantidade de professores e pesquisadores com títulos de doutorado que atuam na região; quais as políticas implementadas com vistas à ampliação do número de professores e doutores; quais os programas de doutorado existentes na região amazônica e a previsão de novos programas na área para a região. 
Segundo o deputado, a apropriação de toda essa riqueza natural depende de um conjunto de informações, de políticas e de infraestrutura que devem ser produzidas respeitando-se as características daquela região, demandando, obviamente, pessoal qualificado para tal. A produção desse conhecimento envolve a implantação de novos programas de pós-graduação em diferentes instituições da região e a contratação de pesquisadores que desenvolvam esses programas.
No requerimento, o parlamentar argumenta que há décadas, as deficiências na infraestrutura da região amazônica dificultam o interesse de pesquisadores. Todos os anos, as universidades e institutos na Região Norte do país abrem vagas para docentes e pesquisadores, preenchidas majoritariamente por profissionais que possuem, no máximo, o título de mestres, dificultando a abertura de novos programas de pós-graduação e a captação de investimentos estratégicos para melhorar sua infraestrutura de pesquisa, alimentando um ciclo de exclusão científica.

Segundo ele, a fixação na região amazônica de um número maior de doutores nos quadros permanentes das instituições de ensino superior, em condições de alavancar as atividades de pesquisa e abrir horizontes para novos empreendimentos investigativos, é condição precípua para que haja desenvolvimento científico e tecnológico nas mesmas condições das demais regiões do país.

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