Blog do Limongi

Reflexão sobre eleições 2010 e hipocrisia deslavada...

Pronto, os derrotados por José Sarney na disputa pela Presidência do Senado - e do Congresso - conseguiram o que queriam: transformar a Câmara Alta em palanque eleitoreiro para 2010. A ordem das vestais grávidas é bater em Sarney e seguidores para atingir Lula e aliados nos estados. Vale tudo. Querem visibilidade a qualquer custo. Atropelam a própria mãe, já que alguns deles não conseguirão se reeleger nas próximas eleições. Seria cômico se não fosse cretino e hipócrita. Esta corja que agora diz para a platéia que jamais empregou ou indicou um mísero palito de fósforo no Senado, embora tenha feito exatamente o contrário, e com bastante fervor, não tem coragem de assumir o que sempre fez, cínica, cândida e estupidamente. Colocam a culpa de todas as desgraças nos servidores. Tenho nojo e nenhum respeito pelos que agem assim. Dou mais valor ao cidadão cheio de erros, mas também com virtudes, que procura acertar, do que um cínico e covardão que se traveste de santo e ético.Os problemas do Senado não foram inventados pela instituição. Vieram dos estados, que elegem os seus representantes. E existem, também, no Executivo, no Judiciário, nos governos estaduais, e demais casas legislativas. Contudo, a hipocrisia institucionalizada apenas combate e pune o Legislativo Federal. É o jogo sujo do presidencialismo ordinário e viciado. Que se faça, portanto, a reforma política, antes de linchar servidores, Sarney ou quem quer que seja. Agaciel Maia, por sua vez, coitado, virou judas fora de época. É o culpado de todas as mazelas da nação. Vai virar álbum de figurinhas, para alegria ou tormento dos venais. Os que hoje jogam as patas em Agaciel, são os mesmos que antes o bajulavam atrás de cargos para apaniguados. Como respeitar ou levar a sério esse tipinho de gente?Não demora os calhordas acusarão Agaciel de ser o culpado pela crise econômica mundial, pelos conflitos na faixa de Gaza, pela briga entre Caim e Abel, pelo aborto da filha daquele senador, com direito a briga feia, com tapas e safanões, entre as duas mulheres dele, dentro do hospital. Claro, Agaciel que pague o pato.