terça-feira, 27 de agosto de 2019

Magistrado não é Deus

É de um ridículo atroz a reação intempestiva de juízes, advogados, promotores e procuradores melindrados porque  foram enquadrados na lei do abuso de autoridade aprovado pelos deputados. O esperneio é delirante e patético. Os argumentos contrários agridem o bom senso. Quem não deve, não teme. O tema passou a ser tratado com paixão. O fígado tomou o lugar do cérebro. Não se trata de tentar calar a justiça. Nem de acabar com a lava-jato. Como alegam os açodados. Fantasiados de vítimas e injustiçados. Muito menos será "impossível trabalhar", como brada, em prantos, o paladino de barro, procurador Deltan Dallagnol. Magistrados se julgam deuses. Acreditam piamente que são intocáveis. Não são uma coisa nem outra. Atropelam a definitiva e incontestável verdade constitucional: a lei é para todos. Ninguém, nem juízes e procuradores estão acima do bem e do mal. O noticiário é farto e melancólico, envolvendo ações nada republicanas de juízes, ministros  e procuradores. Cientistas ainda não descobriram nada comprovando, para o Brasil e para o mundo, que magistrados são deuses. Sábios e gênios. Impossível de cometer erros. Puros. Alguns dormem em altar. Sonham em ser canonizados pelo Vaticano.

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