Sistematicamente, vimos denunciando esta prática perversa, agressiva e covarde que deforma o caráter dos agressores e de suas vítimas.
Lamentavelmente, o bullying sempre existiu e nunca foi reprimido por omissão imperdoável do governo, da escola, da família e , até, da igreja, haja vista o envolvimento de padres na pedofilia que é, também,terrível forma de opressão.
Normalmente, os praticantes são ex- vítimas à busca de afirmação e a origem está na falha de orientação familiar.
Os efeitos chegam a ser irreversíveis e dão margem a consequências trágicas.
As sequelas são semelhantes às do estresse pós-traumático e podem levar ao alcoolismo, às drogas e à morte.
A mudança de comportamento da criança é um indício de que está sofrendo algo que lhe contraria.Pode ser tristeza, apatia, insônia, pesadelos, dificuldades de relacionamento, queda de rendimento escolar e depressão.
Já registramos que cerca de 20 % dos estudantes carregam este estigma e, por medo de reação ainda mais agressiva ou timidez, a maioria nada comenta com os professores e familiares, adquirindo complexos difíceis de serem neutralizados ao longo da existência.
O assunto voltou à baila quando um estudante de 14 anos , em Goiânia, atirou em colegas por estar sofrendo bullying.
Recentemente, dois alunos de tradicional colégio em São Paulo cometeram suicídio e foi contratado um especialista no assunto para a adoção de medidas preventivas e aconselhamento aos pais.
Nos Estados Unidos, uma adolescente de 12 anos pôs fim à vida e seus genitores acabam de impetrar uma ação judicial contra o estabelecimento de ensino por não coibir tão nefasta prática.
Agora mesmo, em Denver, uma criança de 9 anos suicidou-se após dizer para a mãe e colegas que era gay.Os comentários foram tão cruéis na escola a ponto de seus pares o terem aconselhado a se matar, o que realmente ocorreu 4 dias após ter assumido a sua sexualidade.Que absurdo!
O problema agravou-se com o incremento do cyberbullying que utiliza meios modernos de comunicação para humilhar, maltratar e constranger. É um verdadeiro assédio virtual !
As campanhas contra as agressões morais e físicas não têm dado resultado
A maioria das escolas não sabe o que fazer e seus diretores se amedrontam com possíveis retaliações dos criminosos.Negligenciam no combate a tão grave fato.
Os pais se iludem ao pensar que os filhos lhes contam tudo.Também pecam por omissão.
É preciso denunciar!
O pacto família-colégio é essencial mas insuficiente para enfrentar o caso.
É preciso enquadrar os infratores na legislação penal, impondo-lhes penas exemplares.Em determinados países as sanções são elevadas e na China podem chegar a 1 ano e 10 meses de prisão.
Os estabelecimentos de ensino deveriam ter maior responsabilidade no controle e repressão a tais delitos.
Se os agressores forem menores de idade, seus genitores também deveriam ser apenados por se omitirem diante de graves ofensas ao próximo.
Existem inúmeras CPI que a nada levam. Por que não fazem uma para abrir as feridas e extirpar o pus deste problema que se arrasta há séculos?
Por que o Ministério da Educação não elabora uma cartilha contra os bullyings e cyberbullyngs?
Muitas tragédias irracionais são decorrentes de traumas originados na infância!
DIÓGENES DANTAS FILHO- Coronel Forças Especiais/ Consultor de Segurança
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