quinta-feira, 27 de setembro de 2018

CYBERBULLYING

Sistematicamente,  vimos denunciando esta prática  perversa, agressiva e covarde que deforma o caráter  dos agressores e de suas vítimas.

Lamentavelmente,  o bullying sempre existiu e nunca  foi reprimido por omissão imperdoável do governo, da escola, da família e , até, da igreja, haja vista o envolvimento de padres na pedofilia que é, também,terrível  forma de opressão.

Normalmente, os praticantes  são ex- vítimas à busca de afirmação e a origem está  na falha de orientação familiar.

Os efeitos chegam a ser irreversíveis e dão margem a consequências trágicas.
As sequelas são semelhantes às do estresse pós-traumático e podem levar ao alcoolismo, às drogas e à morte.

A mudança de comportamento da criança  é um indício de que está sofrendo algo que lhe contraria.Pode ser tristeza, apatia, insônia, pesadelos, dificuldades de relacionamento, queda de rendimento escolar e depressão.

Já registramos que cerca de 20 % dos estudantes  carregam este estigma e, por medo de reação ainda  mais agressiva ou timidez, a maioria  nada comenta com os professores e familiares, adquirindo complexos difíceis de serem neutralizados ao longo da existência.

O assunto voltou à baila quando um estudante de 14 anos , em Goiânia, atirou em colegas por estar sofrendo bullying.

Recentemente, dois alunos de tradicional colégio em São Paulo cometeram suicídio e foi contratado um especialista no assunto para a adoção de medidas preventivas  e aconselhamento aos pais.

Nos Estados Unidos, uma adolescente de 12 anos pôs fim à vida  e seus genitores acabam de impetrar uma ação judicial  contra o estabelecimento de ensino por não coibir tão nefasta prática.

Agora mesmo, em Denver, uma criança  de 9 anos suicidou-se após dizer para a mãe  e colegas  que era gay.Os comentários foram tão cruéis  na escola  a ponto de seus pares o terem aconselhado a se matar, o que realmente ocorreu 4 dias após ter assumido a sua sexualidade.Que absurdo!

O problema agravou-se  com o incremento do cyberbullying que utiliza meios modernos de comunicação para humilhar, maltratar e constranger. É um verdadeiro  assédio virtual !

As campanhas  contra as agressões morais  e físicas não têm dado resultado
A maioria  das escolas não sabe o que fazer e seus diretores se amedrontam com possíveis retaliações  dos criminosos.Negligenciam no combate a tão grave fato.
Os pais se iludem ao pensar que os filhos lhes contam tudo.Também pecam por omissão.

É preciso denunciar!

O pacto família-colégio é essencial mas insuficiente para enfrentar o caso.
É preciso enquadrar os infratores na legislação penal, impondo-lhes  penas  exemplares.Em determinados países as sanções são elevadas e na China podem chegar a 1 ano e 10 meses de prisão.

Os estabelecimentos de ensino deveriam ter maior responsabilidade no controle e repressão a tais delitos.

Se os agressores forem menores de idade, seus genitores também deveriam ser apenados por se omitirem diante de graves ofensas  ao próximo.

Existem inúmeras  CPI que a  nada levam. Por que não fazem uma para abrir as feridas e extirpar o pus deste problema que se arrasta há séculos?

Por que  o Ministério  da Educação não elabora  uma cartilha  contra os bullyings e cyberbullyngs?

Muitas tragédias  irracionais  são decorrentes de traumas originados na infância!

DIÓGENES DANTAS FILHO- Coronel Forças Especiais/ Consultor de Segurança

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