segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Atentado a Bolsonaro

A vida é o maior bem tutelado pela sociedade democrática.
A Segurança é um dos temas mais importantes nos debates eleitorais  para renovar  a direção do País e nunca foi  tratada prioritariamente.
Assistindo a um grupo de jornalistas comentando a ação criminosa contra o candidato  presidencial,  tive a sensação de  que se preocupavam com o seu correto posicionamento político mas não com o perfil do(s) criminoso(s).
A mediadora perguntou se já havia ocorrido  ação semelhante na nossa história e  uma delas citou  os tiros na caravana petista em março de 2018 no Paraná...
Na República Velha (1889-1930),  ainda em adequação ao novo regime, havia problemas de ordem político-social-econômica que deveriam ser equacionados. Neste período, registrou-se o atentado ao Presidente Prudente de Morais, no Rio de Janeiro, que acarretou a morte do Marechal Bittencourt, em 1897.
Este fato é um marco para a segurança de autoridades no Brasil, assim como foi, para os Estados Unidos, o assassinato do Presidente Abraham Lincoln, em 1865.Com o tempo, foram agregados novos métodos e  tecnologias na doutrina.
Em 1954, o jornalista e político Carlos Lacerda sofreu um atentado na rua Tonelero, em Copacabana, no Rio de Janeiro, que resultou na morte do Major  Rubens Vaz, da Força Aérea Brasileira. Na apuração, concluiu-se que Gregório Fortunato — fiel guarda pessoal de Getúlio Vargas — fora o arquiteto do maquiavélico plano.
O então Presidente Fernando Collor  sofreu tentativa de agressão à faca em solenidade de descida da rampa mas não foi notícia porque os agentes de segurança lograram êxito. O fato foi registrado em delegacia policial.
A segurança VIP tem seus protocolos válidos para qualquer  assegurado e situação, como os círculos concêntricos de proteção ostensiva, velada e pessoal, a observância dos princípios do sigilo, discrição, cobertura, surpresa e massa, e muita criatividade.
No caso, o dignitário determinava contato  direto com o público, não queria barreiras  mas a segurança esticava cordas e posicionava fileira de pessoas para encobrir  as amarras.Era encaminhado  para pontos com simpatizantes comprovados anteriormente. Adicionava-se ao círculo de segurança  funcionário  somente conhecidos pela equipe.
Segurança é PREVENÇÃO e  existe para garantir, também,  a  liberdade de locomoção.
O grau de risco dos presidenciáveis é  grande, principalmente o de Bolsonaro pela sua autenticidade, coragem e posicionamentos polêmicos, contrariando muitos  interesses, inclusive da imprensa cuja  maioria lhe é desfavorável.
Em situação semelhante, poderia ser adicionado um comitê de recepção ao círculo de segurança para evitar a aproximação de desconhecidos e reduzir a possibilidade de atentados. É inadmissível que o candidato não estivesse usando um colete a prova de balas. Mas tudo é muito dinâmico...
É natural que seus opositores procurem descaracterizar a ideologia do criminoso apontando-o como desequilibrado e débil mental.
Ele mesmo declarou que agiu a mando de Deus. Só rindo!
É muito estranho que tenha recebido ampla assistência jurídica imediatamente! Agiu sozinho? Devem ser quebrados os sigilos de suas ligações telefônicas e conta bancária.Como se manteve vários dias na cidade, fora de sua residência, estando desempregado?
A maioria da população exige uma apuração rigorosa e punição exemplar do(s) envolvido(s) para evitar o incentivo e a repetição de tão revoltante episódio que compromete, inclusive, a nossa imagem no exterior já tão combalida.
A História Mundial está repleta de casos onde, muitas vezes, os tiros saem pela culatra.Teria ocorrido mais uma vez?
Desde os primórdios do impedimento da Presidente Dilma, estamos registrando o crescimento do radicalismo e afirmando que este terrível mal iria se agravar com a evolução dos acontecimentos e o processo eleitoral.  
DIÓGENES DANTAS FILHO- Coronel Forças Especiais/ Consultor de Segurança

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