terça-feira, 6 de setembro de 2016

Intolerância e insensibilidade

Oportuno o teor da carta do leitor José Ariel Lima (Correio Brazilense 5/9),  destacando a exemplar decisão de um juiz de Minas Gerais, mandando a fiscalização liberar e devolver toda a mercadoria de um ambulante. Segundo as normas da cidade, informa a carta, o cidadão trabalhava em local inadequado, mas não roubava para manter o próprio sustento e da sua família. Nessa linha, manifesto a certeza de que algum magistrado atento e sensível de Brasília adotará semelhante decisão do juiz mineiro, assim que tomar conhecimento do ocorrido que passo a narrar: a Agefis deu prazo até o próximo dia 26 para que um lavador de carros deixe o local onde trabalha, com filhos maiores de idade, no lago norte. Alegação da patriótica Agefis: o lavador de carros ocupa área pública. Local este iluminado, sem bancos, rodeado de árvores, perto de onde havia um posto policial. Ou seja, o lavador não atrapalha nem oferece perigo para a vida de ninguém. Pelo contrário, o trabalho dele é reconhecido por dezenas de moradores que  lavam seus veículos com ele.  Em paz, sem problemas. A justiceira Agefis parece não saber que o Brasil enfrenta momentos cruciais de desemprego. Brasileiros que passam por dificuldades estão procurando trabalhar,honestamente, ganhando seu sustento de várias maneiras. A Agefis deveria, então, arrumar trabalho para todos os pais de família desempregados. Duvido que o governador Rodrigo Rollemberg endosse a amarga, insensível , desnecessária e intolerante determinação da Agefis. Francamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário