domingo, 10 de dezembro de 2023

Música no Museu e seus 25 Anos de Concertos - Diário do Rio de Janeiro

Sérgio da Costa e Silva

Música no Museu chega aos 25 anos, um quarto de século com programações diversas, desde a série quase diária, passando pelo Festival Internacional de Harpa, o XVIII RioHarpFestival, pelo Festival Internacional de Sopros, o XIII RioWindsFestival, os  Concertos de Natal, e já programa 2024  Concertos de Verão- Fevereiro -os Clássicos do e no Carnaval-, Março Mês das Mulheres e a nova série na casa Museu Eva Klabin, é só ter imaginação que o Projeto Música no Museu está presente.

Para contar tantas experiências, emoções talvez, e a história de um empreendedor que não é músico, porém lida com música todos os dias, eis que essa história é contada pelo próprio criador do Projeto Música no Museu, Sérgio da Costa e Silva, com prefácio do escritor e imortal Joaquim Falcão.

Todas estas e muitas histórias  poderão ser lidas e constatadas através do livro que será lançado hoje, na Livraria da Travessa de Ipanema com o título “Música no Museu – 25 anos, uma vida”.

Tudo começou em dezembro de 1997 no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, quando um público ávido pelo novo, lotava o seu salão para assistir ao primeiro concerto da série. O hábito de fazer concertos em museus, em igrejas, é muito comum tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, e esse foi o caminho pensado por Sergio, que talvez não imaginasse que essa iniciativa teria momentos antológicos e chegasse ao Brasil de norte a sul e a cidades de países de todos os continentes.

Vários foram esses momentos como especialmente a comemoração dos 60 anos do pianista Nelson Freire, em São João Del Rei, os 40 anos do Duo Katz- Corker, Catherine Michel, que veio fazer um concerto na Sala Cecília Meireles e seu marido era a estrela, o grande pianista Michel Legrand. Também a harpista britânica Claire Jones, que tocou o casamento do Principe William e Kate Middleton quinze dias antes de fazer seu recital no RioHarpFestival, no Rio de Janeiro, incluindo também as comunidades do Pavão-Pavãozinho e Dona Marta.

Um dos mais renomados duos brasileros, o Duo Milewsky, formado pelo violinista Jerzy Milewski e pela pianista Aleida Schweitzer apresentaram-se dentro das celebrações pelos 25 anos das relações entre Brasil e Vietnã, em Hanói, porém os músicos foram homenageados, por representantes daquele governo, com corbeilles de flores, parecidas com as coroas funerárias. Conclusão, os artistas ficaram surpresos quase chocados, e para não parecer outro tipo de celebração, tiveram que transferir o recital para outro salão.

A série de concertos foi crescendo e depois multiplicando o número de cidades, até chegar com seus concertos aos palcos de todos os estados brasileiros. Um dado importante, artistas plásticos sempre tiveram um local de importância, com algumas de suas obras nas capas dos programas e cartazes dos concertos, entre eles Ziraldo, Carlos Bracher, Oscar Araripe, Mazeredo, Malena Barretto, Miguel Paiva,, que assina a capa do livro, Solange Palatnik, Isabela Francisco, Gilda Basbaum, Jorge Cresta Guinle, Cocco Barçante, Mário Mendonça entre muitos outros cujas obras foram doadas ao Música no Museu, e novamente doadas para outras instituições, como a Academia Brasileira de Filosofia, a Casa de Osório.

Concertos Internacionais também fazem parte da Série, como por exemplo a apresentação do “Brazilian Classics from Villa-Lobos to Tom Jobim”, com direção de Haroldo Costa, lotando o Weil Recital Hall, uma das salas do Carnegie Hall. Também a versão européia do XVIII RioHarpFestival, que nesse ano, teve seus concertos programados, em dez cidades da França, Itália, Croacia, Espanha, Portugal, Bélgica e Austria.

Concerto bem emocionantes foram a despedida do cravista Roberto de Regina, dos palcos, em apresentação realizada na Academia Brasileira de Letras e o primeiro recital no Brasil do pianista William Lehninger Swist, que com seus 11 anos emocionou a platéia que o assistiu. Emoções fortes como o adeus de uma grande artista e a estréia de uma pequeno grande artista.

Tudo é contado no livro, que é dividido em quatorze capítulos e dois apêndices, imaginem os episódios e curiosidades da mais antiga série de concertos o país. Tempo para celebrar.

“Música no Museu – 25 anos, uma vida”

Autor: Sérgio da Costa e Silva

 

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