TRIBUNA DA INTERNET
Sob o signo da Liberdade
Se não mudar seu comportamento, Bolsonaro vai sofrer uma derrota humilhante nas eleições
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Bolsonaro não pode continuar desprezando a máscara |
Leitores e analistas do cotidiano e da política não têm como fugir dos temas com denúncias de corrupção, envolvendo a compra da vacina indiana, e de omissão, devido à falta de milhões delas, com o Brasil caminhando para a dolorosa marca de mais de 520 mil mortos.
Enquanto a mais recente pesquisa eleitoral aponte Lula com possibilidade de vencer o pleito no primeiro turno, Bolsonaro prossegue no caminho equivocado de sempre, com o rosário de idiotices, novamente insultando jornalistas, depois mandando uma criança tirar a máscara do rosto e também insistindo em xingar membros da CPI da Covid, especialmente o relator Renan Calheiros, indicando que pouco aprendeu nos 28 anos que passou no Congresso, como deputado federal.
TROPA SEM CHOQUE – Em meio à crise político-institucional, temos fome, miséria e desemprego crescendo, enquanto na CPI se desenrola o teatrinho da desprezível tropa sem choque dos fantoches do governo. Duro saber qual deles é o mais cretino e enfadonho.
Ao mesmo tempo, o ministro serviçal que tem sobrenome de chuveiro, com ar de franciscano com dengue, tentou melancólica e grotescamente, desviar o foco das acusações contra o governo, ameaçando processar os irmãos Miranda, autores da grave denúncia sobre a Covaxin.
Portanto, não será pela falta de deploráveis e patéticas atitudes, ações e acontecimentos, envolvendo pândegos e canastrões, que os brasileiros morrerão de tédio. E recordo o que escrevi, nas redes sociais, em 27 de janeiro: até as pedras das ruas sabem que a casa está caindo para Bolsonaro. O fim da linha chegando aos redutos do mito de barro.
DERROTA HUMILHANTE – Se não mudar ser comportamento, Bolsonaro vai sofrer uma derrota humilhante nas eleições, que eliminará qualquer possibilidade de fraude. Se eu tivesse acesso a ele, diria:
“Presidente, respeite os outros, se quiser ser respeitado. Aprenda a conviver com o contraditório. Dobre a língua. Em menos de uma semana o senhor insultou duas repórteres. Inacreditável. Tudo indica que perdeu o rumo do bom senso. Tenha bons modos. Evite ser grosseiro e mal educado. Cansamos de suas diatribes. Seus rompantes de histerismo e intolerância não lustram o cargo de chefe da nação. Deixe de ser destemperado”.
Diria também que ele precisa aceitar a verdade da ciência. “Use a máscara. Não deboche das normas sanitárias. Mais de 520 mil brasileiros mortos pela covid, e o senhor dando uma de super-homem de barro. ‘Sou imorrível1’. Mais uma colossal idiotice da sua vasta coleção de asneiras”.
MAIS RESPEITO – Pediria também que não trate jornalistas como se fossem seus vassalos ou inimigos. “Jornalista não tem culpa se vossa excelência não gosta de ouvir perguntas duras e pertinentes. O repórter pergunta. O entrevistado responde. Simples assim. Seria bom que seus alquimistas palacianos desenhassem. Seus capachos engravatados e estrelados alegam que o senhor é assim mesmo. Não vai mudar. Mas os brasileiros não podem nem merecem servir de descarga para suas diatribes”.
Por fim, eu diria que não busque bodes expiatórios. “Ofensa, presidente, é arma dos fracos. Sinal de falta de argumento. Pare de pisar nas pessoas. Não culpe os outros pelos seus intermináveis faniquitos. Jornalista não pode servir de bode expiatório de erros ou problemas de governantes. Troque os remédios. Tudo indica que os que usa estão vencidos. Têm efeito ao contrário. E não esqueça: nunca é tarde para mudar.”
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