Meu texto abaixo é de setembro de 2011. Com declarações valiosas
e isentas do atilado e respeitado jornalista Caco Barcelos. Permanecem
consistentes e incrivelmente atualizadas. Boa leitura para jovens
brasileiros desejosos em saber a verdade dos acontecimentos. Sem
escamoteações, hipocrisia, ressentimentos, torpezas e mentiras.
Evidente
que sou visceralmente contra qualquer tipo de corrupção. Mas repudio
o festival de pantomimas sobre o tema. A insistência é tanta que torna-se
demagogia e acaba virando grife para palanqueiros. Da mesma forma que não se
pode condenar ninguém sem provas e muito menos linchar pessoas sem a sentença
dos verdadeiros juízes. Nesta linha, Fernando Color encabeça a lista dos
injustiçados. Há dias, o conceituado e consagrado jornalista da Rede
Globo, Caco Barcelos, falando sobre "jornalismo investigativo" na
Escola da Magistratura da Justiça Federal da 3ª Região, frisou que no Brasil
tem se praticado o jornalismo declaratório e não o investigativo. Explicou que
o jornalismo investigativo é aquele do repórter ativo, com luz própria, que
investiga antes da informação se tornar pública. Que ouve os envolvidos. Já o declaratório,
acentuou Barcelos, é o praticado na maioria das redações brasileiras. Para
ilustrar seu raciocínio, Caco citou o caso do impeachment de Collor, a seu
ver, exemplo de "jornalismo desastroso": "O impeachment do
presidente Collor começou na imprensa com uma entrevista de um irmão
ressentido. A imprensa não provou uma linha do que ele disse. Collor sofreu uma
punição política, mas não se provou nada contra ele", afirmou Caco
Barcelos.
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