quarta-feira, 25 de setembro de 2019


Ághata, o anjinho de 8 anos queria ser bailarina. Irresponsáveis armados e fardados acabaram com a vida e com os sonhos da doce criança.   Sua ternura, pureza e alegria foram para o melhor lugar do mundo: para perto de Deus. Uma caravana de anjos e reis veio buscá-la. Ághata foi mais uma vítima da brutalidade, da impunidade, da covardia, da intolerância e da   insegurança que tomaram conta do Rio de Janeiro. Diante dos clichês e das desculpas esfarrapadas e cretinas das autoridades, resta aos pais, amigos e familiares de Ághata o desespero, o choro, a agonia e a indignação. O Brasil, por sua vez, cobre-se mais ainda de vergonha aos olhos o mundo.  O clarão de luz, esperança, bondade e energia com os quais Ághata encantou a todos na Terra, vai iluminar ainda mais as estrelas. O orvalho da eternidade terá em Ághata uma sublime parceira. 
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Não fiquei surpreso com a pobreza intelectual do discurso de Bolsonaro, na ONU. Texto recheado de repetidas e cansativas acusações, ressentimentos, clichês surrados sobre a Amazônia, e ameaças descabidas. Seguramente a rispidez, o provincianismo e grosseria de Bolsonaro não agradaram aos mais de 140 chefes de Estado presentes ao plenário da ONU. Enfatizar que ninguém mete o bedelho na soberania do Brasil foi valentia óbvia e desnecessária. Acusar parte da imprensa de sensacionalista, foi outra bobagem.  Na ONU, os presidentes devem enfocar detalhes da política externa de seus países. Anunciar avanços e contribuições de suas gestões. Medidas que podem servir ao mundo. Não praguejar como se estivesse em palanque eleitoral. Travestido de vítima e salvador da Pátria. Para concluir a série bestial de pantomimas, Bolsonaro deveria badalar para o mundo que insiste em tornar o filho catedrático em fritar hambúrguer, embaixador nos Estados Unidos.
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Excelente a matéria de Johanns Eller (O Globo- 22/9) destacando a vigilante e árdua missão do general Augusto Heleno como ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Heleno tem amplo currículo de bons serviços ao país. É respeitado por civis e militares. Patriota e competente.  Quem dera que o governo contasse com mais expressivos e firmes Helenos auxiliando Bolsonaro.
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Não foi só Ganso que jogou mal, contra o Goiás. Todo o time deu vexame. Seguramente a mais fraca partida do Ganso que assistir. O meia já entrou cabisbaixo. Cara amarrada. Triste. Em campo nada deu certo. Ficou evidente que Ganso e Nenê não podem jogar juntos. Ganso precisa jogar mais na frente. Perto da área adversária. Como atuou, e bem, contra o Corinthians. Algo anda dando errado na vida pessoal do Ganso. Alguma coisa tem atrapalhado e muito o rendimento do excepcional jogador. Como Ganso costuma ser retraído, a situação piora. Analistas de meia pataca não têm autoridade para jogar pedras em Ganso. Falam tolices sem procurar saber o que está acontecendo com o atleta. Lamento que Ganso esteja se prejudicando, profissionalmente, no combalido e confuso time do fluminense. Agora Ganso não pode mudar de clube. Ano que vem seguramente trocará de ares. Levantar a cabeça. Voltar a jogar seu vistoso e inteligente futebol.  Se realmente ainda pretende merecer uma chance de Tite na seleção.
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Na coluna de 22/9, no Globo, Marcelo Barreto ao recordar os títulos mundiais de futebol, conquistados pelo Brasil, salienta que Ricardo Teixeira como presidente da CBF conquistou 2 títulos, em 94 e 2002. Nessa linha, segundo o colunista, João Havelange, como presidente da então CBD, não conquistou nenhum título. Barreto errou feio.  Com Havelange no comando da entidade, o Brasil foi campeão do mundo nas copas de 58, 62 e 70.
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Com licença aos craques da legítima música popular, Orestes Barbosa e Tom Jobim: minha rua, no Lago Norte, era um palco iluminado. Eu dormia vestido de felicidade. Embalado por emoções. Acordava com passarinhos. A sinfonia mudou: É prego, martelo e pedra.  É escavadeira e furadeira. É o caminhão perfumado e barulhento da limpa-fossa. É o ronco do motosserra, da enceradeira e também da britadeira. Tem latidos para todos as horas, alturas e gostos. Além do débil mental pilotando motocicleta com cano de descarga aberto. Sou feliz com o inferno ao redor e não sabia. E cara alegre.

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