terça-feira, 8 de outubro de 2013

Guerra fiscal: é burrice entrar numa briga que o Amazonas não criou

O preço da liberdade é a eterna vigilância, como diria Thomas Jeferson (?). A frase foi lembrada por por todos aqueles que estão ligados nos rumos da ZFM e acompanhando o debate da guerra fiscal em Brasília, a propósito das discussões do Pacto Federativo, ora em pauta no Senado. O governo quer achar saídas e os estados se apavoram diante do temor da Súmula Vinculante, que aparece como antídoto para reparar os estragos da guerra fiscal. Não foi a Zona Franca de Manaus que criou a guerra fiscal e não podemos vestir uma carapuça que não nos pertence. Isso tem que ficar claro.

Sem política industrial, eira e beira

É importante resgatar o histórico dessa confusão, diz e justifica. O ICMS foi tomado como instrumento de desenvolvimento regional, onde cada Estado, à revelia de uma articulação com o poder central, começou a distribuir concessões e muitas delas além do limite do razoável, incluindo projetos industriais que não precisariam deste mecanismo. Tudo isso resultou da ausência crônica de uma politica industrial sintonizada com o desafio do desenvolvimento regional, a redução das desigualdades atávicas que marginalizam estados e população.

Leilão de incentivos para enganar besta

E nesse leilão de incentivos o governo federal saiu perdendo mais do que poderia e precisaria perder. Importa, entretanto, nesse contexto nebuloso, evitar que a ZFM não entre numa briga que ela não criou. E que nem se sinta pressionada por saídas que reponham as perdas históricas da renúncia do governo federal, muito menos endosse as insinuações do governo paulista que, a rigor, disfarça sutilmente as distorções particulares ligadas à Lei de Informática. E dela tem feito muito bom proveito

Vamos fechar com a posição do governo

De acordo com Wilson Périco, presidente do CIEAM, não há como discutir a reforma do ICMS sem tratar na discussão do pacto federativo no enfrentamento das sequelas da guerra fiscal. É vital reafirmar que o Amazonas já disponibilizou sua cota de generosidade ao convalidar a farra dos incentivos, portanto, não deveria intimidar-se com as pressões paulistas e dos demais estados do Sul e Sudeste. Mais do que nunca, é hora de fechar com a posição do governo do Estado, diz o dirigente, e rechaçar qualquer alíquota que não seja 12%! 

JORNAL:    MASKATE  CADERNO: ECONOMIA         DATA:        07 DE OUTUBRO DE 2013

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