quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Verde e sossego

Harmonia completa. "Verde que te quero verde", lembrando Lorca. Limpeza, sossego, plantas, flores. Entre elas, orquídeas, cultivadas nos primeiros galhos das árvores altas. Ar puro. Passarinhos. Cenário de amor e ternura,  indicando um paraíso. Não é em São Paulo, Rio de Janeiro, Roma ou Paris. É aqui mesmo. Para deleite dos nossos olhos. É o amplo jardim dentro da 103 sul, entre os blocos H e C. Espaço dividido com bancos, uns de madeira, outros de mármore. Para meditar, divagar, ler um livro. Pausa para almoçar. Namorar. Botar a conversa em dia.  Trechos bem cuidados para caminhar. Alguns fazem ioga. Boa iluminação. Tem parquinho infantil. Lixeiras. Uma delas, recomendando, "para jogar bitucas". Babás passeiam tranquilas com crianças. No pé de cada árvore, altas e silenciosas, criadas pela Helô, professora aposentada. Placas de madeira ou mármore, com exortações variadas.  Quase raras,  na quadra atual, tenebrosa e egoísta do planeta.  Clamando por amor, compreensão, paz na alma,  bom dia,  tolerância, harmonia, alegria, respire e contemple, cuide com carinho, educação, paciência, tranquilidade, diálogo, confiança, perdão, sentimento, altivez, generosidade. Tem sugestiva placa com dizeres educado: "Tenha em mãos saquinho para recolher as fezes do seu animal".  Brasília precisando de mais placas como esta. 

https://tribunadainternet.com.br/category/v-limongi/


 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Inadimplência aumenta, mas número de famílias endividadas cai em 2024, revela Peic

Alta da inflação e da Selic levou à maior cautela dos consumidores; brasileiros que não conseguem pagar dívidas atinge patamar mais alto da série histórica 

 

Pela segunda vez consecutiva, menos famílias brasileiras fecharam o ano endividadas. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), teve queda de 0,9 ponto percentual em dezembro de 2024, na comparação com dezembro de 2023, saindo de 77,6% para 76,7%.

O estudo revelou, no entanto, que a inadimplência aumentou no último mês de 2024, com 29,3% das famílias com dívidas em atraso ante os 28,8% do dezembro anterior. Aquelas que não conseguem quitar o que devem chegaram ao patamar de 13,0%, o maior da série histórica.

A redução do endividamento pode ser atribuída à maior cautela dos brasileiros diante do cenário econômico com elevação da taxa Selic e da inflação, o que dificulta o acesso e aumenta o custo do crédito.

"A inadimplência é um reflexo do impacto desproporcional desses fatores sobre as famílias de baixa renda, que enfrentam juros elevados e renda limitada para absorver o aumento dos preços. É fundamental promover um ambiente econômico estável e políticas que ampliem a capacidade de consumo", avalia o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

A pesquisa ainda registrou o menor nível de comprometimento médio da renda desde 2019: 29,8% do total dos ganhos familiares. Já o prazo médio para a quitação subiu para 7,4 meses, o que demonstra uma busca por melhores condições de pagamento. Em 2023, o tempo médio registrado foi de 6,9 meses.

Mais pobres são os mais afetados

As famílias com renda de até três salários mínimos são as mais afetadas pelo endividamento e pela inadimplência. Essa parcela da população sofre mais com o alto custo de vida. O estudo mostra que 80,5% apresentaram dívidas em 2024, sendo o grupo mais dependente do crédito para manter o padrão de consumo. Já a proporção dos núcleos familiares que destinam mais de 50% da renda ao pagamento de dívidas caiu para 20,6% (em 2023, era de 20,7%).

"Os dados mostram que, embora o endividamento tenha se tornado mais sustentável em termos de renda comprometida e prazo, a alta dos juros e o encarecimento do crédito dificultaram a gestão financeira das famílias. É necessário reforçar a educação financeira e implementar políticas de renegociação de dívidas bem estruturadas", explica Felipe Tavares, economista-chefe da CNC.

Projeções para 2025

O estudo concluiu que a inadimplência deve ser observada com cautela em 2025, dado que o Brasil possui uma renda per capita baixa e os juros cobrados ao consumidor são elevados. A conjuntura econômica instável, marcada por juros altos e inflação persistente, exige atenção para a gestão das finanças pessoais.

Sobre a Peic

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) orienta os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor, com informações sobre o nível de comprometimento da renda do consumidor com dívidas, contas e dívidas em atraso e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Socorro

Temerosas enxurradas. Famílias destruídas. Corações desesperados. Feminicídios, assassinos impunes, saidinhas inconsequentes, falta de energia, buraqueira infernal, saúde pública ruim, magistrados gulosos, crianças com fome, incansável politicagem, material escolar com preços exorbitantes. Insegurança brutal. Muita conversa fiada, pouca ação. É o Brasil alagado, enlameado, humilhado, largado, ultrajado, despedaçado, indignado, cansado, desmoralizado, envenenado, chutado, envergonhado, abandonado,  desesperado, lascado, quebrado, desequilibrado, carbonizado, avacalhado, desdentado, fragilizado.

sábado, 11 de janeiro de 2025

CNC comenta resultado do IPCA de 2024

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) observa com preocupação o fechamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 em 4,83%, acima do teto da meta de inflação estabelecida para o ano, que era de 4,5%.

Entre os principais itens que pressionaram o índice, destacam-se as altas expressivas nas carnes (+20,84%), gasolina (+9,71%), planos de saúde (+7,87%), óleo de soja (+29,21%), azeite (+21,53%) e café (+39,6%). Esses aumentos refletem um cenário de forte pressão sobre os preços, especialmente em setores essenciais para o consumo das famílias.

O desarranjo fiscal ao longo do ano foi um dos fatores determinantes para o descontrole das expectativas inflacionárias, com impactos diretos sobre o câmbio, que influenciou significativamente os preços de diversos alimentos e produtos importados. Adicionalmente, os efeitos adversos das condições climáticas tiveram um papel crucial no aumento de custos de itens agrícolas, agravando ainda mais o quadro inflacionário.

A CNC reforça a importância de medidas estruturantes que promovam a estabilidade fiscal e econômica, com vistas a criar um ambiente mais previsível e favorável ao comércio e ao consumo. A contenção da inflação é essencial para a preservação do poder de compra das famílias e o crescimento sustentável do setor de comércio e serviços.

domingo, 5 de janeiro de 2025

CNC apoia Zona Franca

 O relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM), aprovado no senado, sobre a reforma tributária enfatizando a importância da zona franca de Manaus mereceu o apoio irrestrito da CNC. A matéria também foi aprovada, na Câmara dos deputados e segue para sanção presidencial. No entender do presidente da entidade, José Roberto Tadros, "não há como sustentar a atividade comercial sem a geração de emprego e renda". Para Tadros, "é falta de brasilidade não reconhecer o papel estratégico que o modelo zona franca de manas tem pela preservação da Amazônia". A CNC salienta, nesta linha, a necessidade de um debate técnico e responsável sobre a reforma tributária, enfatizando que a proteção da zona franca de Manaus "não é privilégio, mas uma medida fundamental para o desenvolvimento da Amazônia".