Em países de primeiro mundo e civilizados, onde o índice de criminalidade é baixo e a corrupção não é tão descarada, onde a inveja, o ressentimento e o pré-julgamento não têm vez, a divulgação dos salários dos servidores é medida que não causa atropelos para ninguém. No Brasil, onde a escalada da violência e da insegurança é avassaladora, a decisão é perigosa, polêmica e até diria, demagógica. Servirá para semear pânico e intranquilidade, porque os bandidos disporão de informações, poderão até escolher suas vítimas. Antes destas medidas que me parecem muito mais eleitoreiras, é preciso primeiro arrumar o Brasil: fazer com que, por exemplo, a saúde e a educação cheguem aos índices de satisfação próximos ou iguais aos estabelecidos pelas organizações internacionais. Aliados a estes fatores há centenas de outros que estão sem nenhuma contemplação financeira ou administrativa. Só com a educação o Brasil mudará a mentalidade do brasileiro. Precisamos de atitudes que preparem o cidadão para um país melhor e mais justo. Consultar, fiscalizar, monitorar ou tutelar salários, apenas aumentará o numero de presidiários, prejudicando a abertura de novas escolas e a qualidade de ensino. Os hospitais continuarão matando pessoas, ao invés de salvá-las. Muitos deles sem dispor de gases, esparadrapos, lençóis e remédios que atendam pacientes com doenças crônicas. Já é tempo do governo deixar de humilhar o cidadão, passando a respeitá-lo como merece.
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