sexta-feira, 29 de julho de 2022

Diniz

Digno de aplausos o trabalho do técnico Fernando Diniz. O Fluminense tornou-se um time competitivo, respeitado e elogiado inclusive por adversários. O futebol do tricolor das Laranjeiras é compacto, vistoso e objetivo. Com envolventes e primorosas jogadas ensaiadas. Como a que culminou no gol do Fluminense contra o Fortaleza. Os jogadores tratam a bola com personalidade, carinho e intimidade. Diniz é estudioso defensor de táticas e evoluções que tragam mais qualidade ao jogo. Para Diniz, não basta vencer, é necessário que o time e os jogadores mostrem evoluções táticas que engrandeçam o espetáculo. Nessa linha, a meu ver, Diniz vai se credenciando para suceder o técnico Tite, depois da Copa no Catar.

Ciro

O esporte de Ciro Gomes é o insulto.  Gasta energias julgando-se melhor do que os outros. Tem tutano, mas amesquinha-se com achincalhes, ameaças e deboches. Tem horas que parece que vai implodir, de tanta ira e rancor. Não abriria a boca, se soubesse o que os adversários pensam dele. Na longa e enfadonha entrevista ao canal Globonews, insistiu em xingar Collor de Mello. Coisa de menino birrento. O ex-presidente moveu e venceu dois processos contra ele. Precisou vender imóveis para pagar o ex-presidente. Ciro cultiva desgastes e infantilmente bate em alvos errados. Políticos expressivos não lhe dão a mínima importância. Abusa de clichês. Disputa a quarta eleição presidencial. Números das pesquisas indicam que terá que pleitear o cargo, novamente, em 2026.

domingo, 24 de julho de 2022

Luto

Próxima quarta-feira é dia de luto e tristeza para o MDB. Com trajetórias de vitórias nas urnas e em memoráveis lutas democráticas, o partido de Ulisses Guimarães, José Sarney, Renan Calheiros, Severo Gomes, Michel Temer e Teotônio Vilela, perderá muito do seu significado e da sua importância política, oficializando o nome da senadora Simone Tebet candidata à Presidência da República. A candidatura de Tebet não decola. É fraca. Não agrega votos nem sensibiliza eleitores. É um quadro amarelado, na parede, diria Drummond. O MDB será exposto ao vexame nacional. Será a consagração da inutilidade política, do jogo medíocre do amadorismo e da falta de votos. Nessa linha, a ainda senadora mete os pés pelas mãos, piorando a situação eleitoral dela que já é ruim, afirmando que os políticos do MDB contrários a candidatura dela "têm cheiro de naftalina".  Neste caso, a destrambelhada Tebet também está em desvantagem, porque não fede nem cheira.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Zona Franca

Irretocável, a meu ver, o texto do artigo, no Estadão do dia 21, do presidente do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam), Luiz Augusto Rocha, intitulado "Zona Franca de Manaus é boa para o país". Como bem frisou Luiz Augusto, a zona franca de Manaus ajuda a preservação de 98% da floresta do Amazonas, correspondente a 2/3 do território do Brasil. Nesse sentido, são oportunas e pertinentes as declarações do ex-presidente do Cieam, Wilson Périco: "A zona franca longe de ser um paraíso fiscal, significa o paraíso do fisco. O modelo zona franca não é parte do problema do Brasil e sim a senha da abertura de novas saídas e soluções".

Buarque

Cristovam Buarque (nada a ver com o Chico) não tem noção. É o fim da picada. Suas empreitadas políticas são vexatórias. Não acerta uma. Sempre fantasiado de conselheiro político. Suas profundas e bolorentas  opiniões ecoam no Brasil e no mundo. Coitados dos candidatos que seguem a ladainha do ex-senador. Agora prega que Federação PSDB-Cidadania apoie Reguffe (Eixo Capital - 22/07). Pobre senador, o tempo passa e Reguffe não tem como escapar das idéias de gerico de Cristovam. A candidatura de Reguffe encolheu e não será aquele que foi o pior governador do Distrito Federal, o mais omisso reitor da UnB,  o mais despreparado senador por Brasilia, além de demitido do MEC,  por Lula, pelo telefone, que vai ajudá-lo. Carma avassalador é isso.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Amigo

O dia 20 de julho tem um significado especial para todos que gostam de exaltar a arte de viver. É o dia do amigo. Ele preenche o vazio da alma. O amigo não nos deixar faltar nada. É uma dádiva dos céus. Espanta a melancolia, fortalece o espírito. Estimula a convivência, respeita a individualidade. Pondera com sabedoria. Amo meus amigos. Não vivo sem eles. No meu blog destaco Victor Hugo: "Um amigo pela metade, é um traidor pela metade".

terça-feira, 19 de julho de 2022

Fim do buraco

Notícia alvissareira: depois de tenebrosos e longos 40 anos, alguém com atilados neurônios,  decidiu mandar limpar o medonho, asqueroso e fedorento, buraco que ocupa, pateticamente, as duas pistas principais do Lago Norte. Uma placa arrogante e já suja pelo tempo, informando "Obra particular, sob judice", ainda permanece intacta. Extremamente saudável o movimento de tratores, escavadeiras e caminhões dentro do famigerado buraco. A curiosidade tomou conta dos populares. O que será construído no buraco infame. Ninguém deixa de palpitar. Não tira o pedaço. A satisfação maior é pelo fim do buraco. Os mais jovens esperam que seja construída pista de motocross, evangélicos fervorosos levam fé que no local será erguida uma bela igreja. Outros acreditam que o futuro ex-buraco dará lugar para um movimentado parque de diversões. Para alguns, mais práticos e realistas, o buracão vai virar extensão das delícias do "Quituarte".  

Cativante

Emocionante, cativante e encantador, do princípio ao fim, o texto da colunista Lia Dinorah ("De volta ao paraíso" -  13/07) destacando as qualidades, pessoais e profissionais do amado e saudoso Gilberto Amaral. Lia cultiva no coração a gratidão, sentimento nobre e raro. Trabalhou mais de 33 anos com Gilberto. Aprendeu e desenvolveu o ofício do colunismo social com ele. Tornou-se magnífica e respeitada profissional do Jornal de Brasília. Como frisou a colunista, "Gilberto seguiu para a eternidade". Homem fidalgo, charmoso e elegante, Gilberto era crítico feroz das coisas erradas. Não poupava maus governantes. Foi excelente analista político. Hora dessas, com o céu estrelado, iluminando palmeiras,  orquídeas e rosas, Gilberto saboreia taças de champanhe com amigos de fé, da vida inteira, como Luiz Carlos Chaves e Ibrahim Sued.  

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Collor

Mino Carta traçou excelente perfil do nefasto Fernando Henrique Cardoso (Carta Capital - edição 1216). Erra, porém, ao meu ver, quando coloca Collor de Mello no balaio sujo do PSDB, chamando o ex-presidente de "monstro das Alagoas". Bendito monstro, que tirou o Brasil das amarras do atraso. Bendito monstro que sancionou a lei Rouanet, bendito monstro que deixou leis úteis aos brasileiros, como o Estudo da Criança e do Adolescente e o Código de Defesa do Consumidor.

domingo, 17 de julho de 2022

Morre aos 84 anos, ex-prefeito de São Luís, Vicente Fialho

Tive a honra de trabalhar com Vicente Fialho. Discreto, operoso e atencioso. Marcante ser humano, agora mora nos braços de Deus.

Vicente Fialho morreu na madrugada desta terça-feira (12), aos 84 anos, vítima da Covid-19. 

Fialho foi prefeito da capital maranhense de 1969 a 1971, indicado pelo então governador do Maranhão, José Sarney. Também foi prefeito da cidade da cidade de Fortaleza entre os anos de 1971 a 1975, por também indicação do governador do Ceará, Cesar Filho. Além de suas passagens como gestor na capital maranhense e cearense, também exerceu o cargo de ministro de Minas e Energia no governo de José Sarney. Ele ainda foi deputado federal de 1991 a 1995. Vicente Fialho deixa a esposa e cinco filhos.


Academia

O imortal José Sarney saudará, em discurso, os 125 anos da Academia Brasileira de Letras. A marcante sessão será no próximo dia 20. O acadêmico Merval Pereira, por sua vez, atual presidente da Casa, lerá o discurso de Machado de Assis, criando a academia de letras. Cerimônia imperdível para a cultura brasileira.

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Lula e Alckmin recebem da CNC propostas e recomendações para o fortalecimento do setor terciário

O documento foi entregue pelo presidente da CNC, José Roberto Tadros, durante um encontro com diretores da Confederação, presidentes de Federações e Sindicatos empresariais.


A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizou, nesta terça-feira (12), um encontro com os pré-candidatos a presidente e a vice-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  e Geraldo Alckmin (PSB), em Brasília (DF).

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, entregou a eles o documento Agenda Institucional do Sistema Comércio – Propostas e Recomendações de Políticas Públicas do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que é uma síntese de reivindicações da classe empresarial, que poderá ser usada como instrumento para a elaboração de propostas de governo nas áreas da economia, do turismo, da educação e cultura, do esporte e lazer.

José Roberto Tadros agradeceu a Lula e Alckmin por aceitarem o convite dos empresários. Ele destacou que este documento representa a união de esforços das 34 federações e 1.056 sindicatos empresariais que integram o Sistema Comércio e parceiros do turismo. “Nós respondemos por mais de 17 milhões de empreendedores, os quais representam 75% do PIB brasileiro. Essa é a nossa força”, afirmou. Ele reforçou ainda que as políticas públicas encaminhadas pela CNC se baseiam no trinômio “segurança jurídica, democracia e livre comércio”.

Diálogo

Ao relembrar as ações de seu governo, como a Lei Geral do Turismo e a Lei Geral da Microempresa, o ex-presidente Lula afirmou que leu previamente o documento apresentado pela CNC e assegurou que está aberto ao diálogo e que irá voltar a conversar com os empresários. “Vou analisar os temas com carinho e voltaremos a falar sobre eles. Se tudo for acordado previamente, teremos menos problemas e poderemos construir o País que sonhamos, em que as pessoas possam consumir e os empresários terem seus ganhos. É uma responsabilidade coletiva pensarmos no País que a gente é”, afirmou.

Lula frisou a parceria com Geraldo Alckmin, referindo-se à importância de unir forças pelo País. E falou também da importância de dialogar com os segmentos da sociedade e da economia, como o comércio. “Vamos levar muito a sério o programa apesentado pela CNC. Em breve, vocês terão respostas. Precisamos ter coragem para juntar pessoas diferentes para vencermos os antagonismos”, disse Lula.

O ex-governador Geraldo Alckmin, que foi um dos interlocutores deste encontro, destacou a dimensão do Sistema Comércio e reforçou a importância do setor para a geração de empregos e renda no País. “Tudo aqui é superlativo. Vocês, empresários, são os maiores geradores de empregos, PIB, empresas e são responsáveis pelo Sesc e pelo Senac. É uma alegria estarmos aqui recebendo estas propostas de setores tão importantes para o Brasil”, afirmou.

terça-feira, 12 de julho de 2022

Cidadão

O advogado brasiliense Guilherme Campelo, 36 anos, ostentando, feliz e orgulhoso, o título de Cidadão Cearense, aprovado pela Assembleia Legislativa do Ceará, por proposta do deputado Leonardo Araújo, do PDT. Apesar da pouca idade,  Guilherme é profissional respeitado nos meios jurídicos do Distrito Federal. Há pouco candidatou-se à presidência da OAB de Brasilia e obteve expressiva votação.  Filho do conceituado advogado, compositor e poeta, Estenio Campelo e sobrinho do ministro aposentado do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-senador, Valmir Campelo e da saudosa jornalista e atriz, Maria Valdira Campelo.  Família de 10 irmãos cearenses de Crateús, que em 1960 veio para Brasília. Cresceram, trabalharam, estudaram e venceram na vida. Com fortes laços afetivos com a cidade.  Guilherme tem medalhas do Tribunal Superior do Trabalho, da Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura e da Academia Latino-Americana de Ciências Humanas.

Crônica de Anna Ramalho -

Em meados do ano passado, minha amiga Regina Martellime deu a devastadora notícia de que tinha sido diagnosticada com um linfoma na coluna, depois de dores atrozes que vinha sofrendo e que a impediam até de sentar normalmente. Seria operada e depois submetida a tratamento de rádio e quimioterapias. Fiquei muito abalada. Dentre os amigos-irmãos que tenho, ela é a que mais tempo tem de casa: fomos inseparáveis dos 12 aos 18, 20 anos, morávamos na mesma Rua Dias da Rocha, frequentávamos o mesmo Colégio Santa Úrsula ( ela é um ano mais moça do que eu) para onde íamos diariamente no mesmo ônibus escolar e – mais importante – seu saudoso irmão Cacau (ou Kakao, como ele gostava) virou meu irmão também, foi nosso mentor intelectual e social, formávamos um trio inseparável. As férias de verão, de inverno, os feriados, Regina passava comigo na casa de Teresópolis, onde nos esbaldamos muito, frequentamos todos os arrasta-pés das temporadas e pulamos muito carnaval no Higino. Como eu, ela se formou em jornalismo na PUC e andamos mais ou menos juntas pelas redações da vida.

Com alguns interregnos, temos estado ligadas sempre: nas alegrias e nas tristezas. E, àquela altura, fiquei tão desnorteada com a notícia que ela me deu com a voz firme de sempre, sem qualquer vitimização, que repliquei à guisa de consolo: “Todo mundo tem câncer agora, Regina. Qualquer hora dessas, eu também…”

Numa prova de que não devemos jogar palavras à toa para o universo, chegou a minha vez e convivo há meses com aqueles dois milicianos que se instalaram no meu pulmão esquerdo – já em pleno processo de expulsão do território, graças a Deus e ao amor e orações dos meus incansáveis familiares e amigos, todos me apoiando numa rede de solidariedade e de afeto como poucas vezes vi. A palavra tá surrada, mas é ela mesmo: GRATIDÂO.

Regina é a mulher mais vaidosa que conheço.  É também referência em moda ( foi editora de moda de vários veículos e se aposentou da função na TV Globo, coberta de glória), elegância, alegria e animação. Suas festas são sempre as melhores, assim como as pequenas reuniões que promove ao lado do marido, o empresário paranaense João Elísio Ferraz de Campos, parceiro fantástico.

Durante toda a doença e seu pesado tratamento – 6 meses – ela jamais se queixou, nunca posou de vítima. Só uma vez ela confidenciou: “O cabelo caindo é um horror! “

Foi nela que me inspirei para, primeiro, cortar o cabelo curtinho. Pensava que, agindo assim, evitaria a queda. Ledo engano. Desde o início da minha doença, Regina tinha dito que me daria uma peruca de presente. A que eu escolhesse: daquelas que colam na cabeça e só se tira de 15 em 15 dias para lavar no cabeleireiro, a que ela usou. Ou a peruca tradicional do tira e põe, a que eu preferi.

Fomos comprar na semana passada. Rimos muito porque, para nós, tudo é motivo de riso. Fiquei lembrando de todo o tipo de presentes que já trocamos ao longo da  vida – de roupas da moda a lingerie básica, dependendo da grana da época – nos aniversários, nos Natais, as lembranças sem motivo. Rimos também da quantidade de tratamentos que já fizemos nos cabelos,  que começaram a cair com a idade,  para sermos flagradas na suprema ironia de ir comprar peruca de cabelo Joãozinho – ela e eu. O dela já crescendo; o meu, hoje, completamente raspado. Virei um Buda.  A peruca é linda, muito melhor do que estava meu cabelo, que, de tão ralo na frente, mais parecia um campo de futebol de várzea dos mais vagabundos. Já saí da loja com ela e me achando. Com razão: o cabelo dá outra moral. Para a mulher é muito difícil perder os cabelos, a sua marca registrada, ainda que não sejam  mais as belas melenas da juventude.

Sofri também, não vou mentir. Fiquei abalada. Mas já sacudi a poeira rapidinho. O importante é ficar boa, seguir na luta para expulsar esses milicianos bandidos que não vão tomar meu território de jeito nenhum. Sansão perdeu os cabelos,  a fonte de sua força bruta – que matou  mil filisteus mano a mano, como reza a lenda –  quando sua amante, a falsineide Dalila, cortou-lhe os cabelos em troca de 1.100 moedas de prata. O pobre ficou fraquinho, fraquinho, e ainda foi preso e cegado na cadeia. Horror bíblico. Regina e eu perdemos o cabelo, mas jamais a força. Ela já está 100% curada, a vida felizmente de volta ao normal. Eu estou na mesma trilha, na mesma vibe: semana que vem, acaba o tratamento. Ainda tenho que confirmar nos exames de imagens  e com minha junta médica  – Roberto Zani, Bruno Nahoum, José Lamarca, José Luiz Fuzer Júnior e David Nigri, timaço de craques  – se os milicianos se mandaram de vez.

Tenho fé que sim. Deus é Pai, Nossa Senhora é Mãe, meus médicos são o máximo. E os amigos –  ah os amigos!!! – para eles, suas ações  e suas orações, dedicarei uma crônica especial.

Até a próxima!


segunda-feira, 11 de julho de 2022

Merdas

A atilada e enfática Ana Dubeux (Correio-10/07) repudiou "As inexoráveis merdas do cotidiano". Elas estão por todos os lados. Insistem em amesquinhar a vida dos pacatos brasileiros. Merdas colossais televisivas tratam o cidadão como idiotas. Merdas de franciscanos engravatados de araque são permanentes. Merdas governamentais tiram o sono de famílias. A ameaçadora, venal e canalha politicagem  acumula merdas homéricas. Merdas da intolerância deixam rastros de tragédias, como agora, em Foz do Iguaçu, Paraná. Até quando, Santo Deus! Abonados vivem em mansões, se lixando para esfomeados desesperados que estão perto de comer merda. Tenho fé e esperanças que a exortação final de Ana Dubeux prospere e transborde de alegrias e forças os corações que ainda acreditam no amor, no diálogo, na tolerância e na solidariedade: "Meu cajado, o que me apoia no chão e na terra, é o amor à minha família, aos meus amigos, ao jornalismo. Minha vocação é essa. O resto é aprender a enfrentar as inevitáveis merdas sem perder a dignidade e o humor". 

sábado, 9 de julho de 2022

Pesadelo

Calorosos abraços e afagos, em Salvador, entre Ciro Gomes e Simone Tebet, não deram em nada, eleitoralmente, para a dupla de candidatos à presidência da república. Encontro produtivo apenas para fotógrafos e cinegrafistas. Pesquisas indicam Ciro patinando nos 6% e Simone enroscada entre 1 e 2%. O cearense, apesar do temperamento agressivo, ainda pode avançar nos números. Tem trajetória de lutas populares, foi governador e ministro da fazenda. A senadora, por sua vez, é medonho pesadelo para o MDB. Candidata do faz de conta. Estrondosa decepção. Um quadro amarelado na parede, diria Drummond. Não tem apoio relevante nem dentro do próprio MDB. Partido acostumado a memoráveis vitórias nas urnas, com nomes respeitados como Michel Temer, José Sarney, Ulisses Guimarães. Renan Calheiros, Gilberto Mestrinho, Severo Gomes, Nelson Carneiro e Teotônio Vilela, merecia nome mais expressivo na atual rinha presidencial. Tebet ainda corre o risco de perder o mandato de senadora, nas eleições de outubro, em Mato Grosso do Sul, para a ex-ministra da Agricultura, Teresa Cristina, liderando, com folga, as pesquisas. Precisará disputar cadeira de deputada federal, se não quiser ficar nem com o mel nem com a cabaça.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

Astro

Não é Lula nem Bolsonaro. Muito menos Fred, Boris Johnson, nem Edson Fachin. Também erra feio quem imagina que seja o técnico Tite ou Arthur Lira. O cara do momento é José Roberto Arruda (Correio - 08/07). Com a barra aliviada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-governador e ex-senador volta ao jogo político com famosa sacada do saudoso Chacrinha, o velho guerreiro, "eu vim para confundir e não para explicar". Com Arruda na área, alguns expoentes da política brasiliense botaram as barbas de molho. São muitas as opções de Arruda. Mas, a meu ver, o figurino mais talhado para ele, depois de longo período de castigo pela justiça, seria canditatar-se para deputado federal, fortalecendo mais ainda a candidatura da mulher, Flávia Arruda, ao senado, o que evitaria, ao mesmo tempo, trombadas com Ibaneis, que pleiteia a reeleição. Nessa linha, Arruda também limitaria o espaço da ex-ministra Damares Alves, igualmente correndo na raia pelo senado. Eleitores fiéis de Arruda sabem que o tempo para ele desatar tantos nós é escasso. Ansiedade nunca foi boa conselheira de bons políticos. É melhor uma pomba na mão, ou seja, obter algum mandato, do que duas pombas voando, ou melhor, ficar sem mandato. Sem o mel e a cabaça. Experiente, Arruda sabe que para político sem mandato, não servem nem café requentado. Depois de tudo combinado com o eleitor, em 2026, Arruda pode voltar a disputar o Palácio do Buriti, ou concorrer ao senado, com Flávia Arruda disputando o governo de Brasília. Deixaria, de antemão, o suplente dela feliz, com 4 anos de mandato. 

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Netos

É sublime a relação dos netos com os avós. Corações iluminados de ternura, amor e dedicação. Com emoção e orgulho. Jovens e adultos de todas as idades, retribuindo o carinho e atenção que sempre tiveram. Saudável que na correria pela vida, netos encontrem tempo no coração e nos compromissos, para beijar os avós. Para saber como estão. Para saborear boas lembranças. Para rirem abraçados. Para saber se precisam de alguma coisa. Nada mais belo do que o afeto desinteressado. Do gesto grandioso de saber ouvir e conviver com os mais experientes. São exemplos marcantes de seres humanos que mostram que nem tudo está perdido nos sombrios horizontes da humanidade.  Prova de que milhões de jovens amorosos e determinados salvarão o mundo do caos da ignorância, da intolerância, da patrulha doentia e da barbárie de sentimentos. 

Sou avô feliz. 

Discurso do ACM comentário sobre Hugo Studart - 2006

Comentário do General Agenor:

ACM  SEMPRE  FOI  AUTÊNTICO  E  DIFERENTE. TINHA  ENORME LIDERANÇA NA  BAHIA, TERRA  DE  MEU  QUERIDO  E SAUDOSO PAI... CONHECI-O  NA  CÂMARA  DOS  DEPUTADOS, ENTÃO  NO  RIO DE JANEIRO, ONDE  MEU  GENITOR  FOI  DIRETOR  DE  SEGURANÇA  POR  VÁRIOS ANOS.  ESTREITAMOS  O  RELACIONAMENTO  QUANDO  FUI  COMANDAR NA  BAHIA E ELE ERA O GOVERNADOR.

SEU  FILHO  LUIZ  EDUARDO, PRECOCEMENTE  FALECIDO,  ERA PESSOA  EXTRAORDINÁRIA E COM BRILHANTE  TRAJETÓRIA POLÍTICA.

ORO SISTEMATICAMENTE  PELOS DOIS,  QUE  SEMPRE  ME  DISPENSARAM  INESQUECÍVEIS  CONSIDERAÇÕES.

MUITO  GRATO  PELA  SUA  NOTA  QUE  ME  PERMITIU  RECORDÁ-LOS COM  MUITAS  SAUDADES............... Agenor


"Os empresários brasileiros, alguns deles, parecem-se com o Governo: têm medo e, porque têm medo, dão dinheiro a ladrão. Então, não tenho medo. Posso dizer que a revista pode falar tudo sobre mim, mas não pode dizer que sou ladrão. Não diz mesmo que sou ladrão. Eu posso dizer: Alzugaray é ladrão.

É isto que me conforta: usam tantas páginas, mas, no fim, se V. Exª ler a reportagem, vai ver até que é mais elogiosa do que de ataques, embora quisesse atacar e tivesse mandado para cá o jornalista Hugo Studart na quinta-feira. Ele passou o dia no meu gabinete, e eu disse que não o atenderia, porque ele pertencia a uma revista desonesta. Hugo Studart ¿ coitado ¿ quer melhorar, mas satanás não deixa, está incorporado a ele. Sua figura se confunde com a do demônio. Então, por mais que ele queira melhorar, ele sempre piora.

E é isso que acontece hoje no Brasil, não com todos os jornalistas, pois a grande maioria é de gente séria. É gente até que não gosta desse tipo de Alzugaray e de Mino Carta, é gente que está sempre aqui  trabalhando, buscando a notícia, cumprindo com seus deveres. E esse próprio que veio aqui para procurar notícias fazia tudo para me agradar, mas eu já o conhecia, já sabia dos seus hábitos. Então, não aceitei falar com ele. Ele quis até entrar em plenário, e eu não o permiti, porque o lugar dele não é aqui.

Desse modo, fazem uma reportagem, e a reportagem é cheia de mentiras. Apenas uma eu quero rebater de logo: é quando ele diz que eu chamei o Sr. Jacques Wagner de imbecil. Isso não é verdade. No passado, até poderia tê-lo chamado assim, mas, no momento em que ele é eleito Governador da minha terra, eu não faria isso, em respeito à autoridade do Governador da Bahia."

segunda-feira, 4 de julho de 2022

XVII RioHarpFestival – 2022


Rio Capital Mundial das Harpas
 

Mantendo a tradição dos anos anteriores, o Rio de Janeiro, em julho de 2022, volta a ser a capital mundial das harpas através do XVII RioHarpFestival, que acontece de 1º a 31 de julho com a participação de cerca de 150 músicos distribuídos por várias orquestras sendo quase 30 harpistas de 20 países, incluindo importantes nomes brasileiros. Destaque para as orquestras de comunidades de projetos de inclusão social através da música integradas aos harpistas participantes, um dos focos do Festival.

Serão 73 concertos sendo 54 no CCBB, 5 no Palácio Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro e também em outros pontos  como em Copacabana, (Museu Histórico do Exército, Forte de Copacabana) em Copacabana; um em Niterói, no Museu do Ingá, três no SESC Marques de Abrantes, no Flamengo e um em Petrópolis no SESC Quitandinha, além de um concerto no Corcovado e outro no Salão das Rosas do Jockey Club Brasileiro apresentando os vários tipos de harpas e os sons/ritmos respectivos da música barroca à contemporânea.

Já em São Paulo, de 6 a 10 de julhoteremos outros 10 concertos no VI SPHarpFestival.

O evento está inserido no projeto Música no Museu", que em 25 anos de atividades ininterruptas, de janeiro a dezembro de cada ano, atinge o Brasil de norte a sul, amplia-se, na sua vertente internacional,  a cidades de países de todos os continentes, e há 16 anos enfatiza a harpa através de um festival internacional.

Esperamos por vocês.Sds Sergio da Costa e Silva- Diretor.

www.rioharpfestival.com.br ewww.musicanomuseu.com.br

domingo, 3 de julho de 2022

URGÊNCIA

Observo, perplexo, como cidadão apartidário, o desenfreado escarcéu de alguns setores, contra a PEC destinando auxílios para diversos segmentos da sociedade. Irados, insultam e debocham da iniciativa, chamando-a de "Pec da bondade", "pec do desespero", "pec kamikaze" e outras exageradas tolices. Ninguém de bom senso pode ficar insensível e indiferente a fome, a miséria, ao desemprego e ao despejo que atravancam o crescimento do país, destruindo milhões de famílias e sonhos de crianças famintas. Faz mal aos olhos e ao coração pais e avós com crianças, pedindo esmolas nas ruas, quando deveriam estar estudando e os adultos trabalhando. A brutal e avassaladora pandemia agravou a situação. Diante do atual quadro social de horrores, aflições e desesperanças, nenhum outro chefe da nação, em sã consciência, deixaria de propor ao Congresso semelhantes medidas. Não existe mágico, cartola nem coelho para tentar sanar as atuais dificuldades de outra maneira. Dependendo dos argumentos e competência dos candidatos, as providências adotadas terão reflexos nas eleições de outubro. Muitos poderão ser taxados como adeptos da fome e da miséria. O jogo é jogado e lambari é pescado.

sábado, 2 de julho de 2022

Deuses do amor

Transformo em anjos os regaços dos eixos. Em pétalas de esperanças o cimento e o ferro das construções. O verde acolhe o escurecer dos viadutos. Concretos brincam com a brisa. São parceiros do por-do-sol. Pioneiros energizam o amanhecer. O aroma das árvores frutíferas lança sementes para o céu. Que molda, pinta e eterniza Brasília para os deuses do amor.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Livros e sal grosso

Dois assuntos: Uma afronta a Biblioteca Nacional conceder a Ordem do Mérito do Livro ao deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), processado e condenado pelo Supremo Tribunal Federal e, até pouco tempo, dado como foragido da justiça e obrigado a usar tornozeleira eletrônica. Em repúdio, dois membros da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi e Antônio Carlos Secchin, recusaram a comenda; a senadora Simone Tebet anda sem sorte. Precisando de banho de sal grosso. O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), manifestou, publicamente, no plenário do senado, apoio a candidatura dela a   presidência da república. Apoio do contra é isso. Tebet continuará atolada nas pesquisas, variando entre 1 a 2%.