segunda-feira, 31 de maio de 2021

Crítico feroz

As palavras duras existem para serem usadas. Servem para dizer a verdade e espantar a hipocrisia. Que o diga o senador baiano e médico, Otto Alencar (Correio -31/5). Membro titular e o mais idoso da CPI da covid-19, o senador não poupa críticas ao chefe da nação, sublinhando a completa incapacidade e a omissão de Bolsonaro no enfrentamento da pandemia. A seu ver, o presidente tem 14 declarações contra a vacina. "Será responsabilizado de alguma forma, por crime de ação e omissão." Otto Alencar afirma temer o aparecimento da terceira onda. Diz que ora a Deus para que isso não aconteça: "Se vier a terceira, será uma carnificina no Brasil. Costumo dizer nas minhas orações, que Deus tem que entrar na causa, porque o presidente da República é um negacionista, louco e totalmente destemperado".

Megaoperação

Bolsonaro ficou empolgado com a iniciativa norte-americana de sortear rifa para premiar quem se vacinou contra a covid.  Abbigail Bugenske, 22 anos, de Ohio, foi a vencedora. Ganhou 1 milhão de dólares. Incansável Dom Quixote na luta por vacinas, o presidente deu ordens expressas para a CEF, BNDES, Petrobrás e Banco do Brasil também façam o mesmo. Mandou Paulo Guedes não economizar. Bolsonaro espera, finalmente, calar a boca dos adversários. O general Eduardo Pazuello, irretocável ex-ministro da Saúde, foi escolhido para comandar a operação. A Organização Mundial da Saúde (OAS), cumprimentou Bolsonaro pela feliz escolha. O mundo inteiro acompanha a patriótica  luta de Bolsonaro por vacinas. Será seu maior legado à nação. Pazuello, por sua vez, arregaçou as mangas. Revelou os irresistíveis prêmios para os brasileiros sorteados na mega operação contra a covid 19:  ganharão latas de leite condensado, caixas de chicletes, coca-cola, vale-refeições, vale-transportes e caixas de  cloroquina. Terão o privilégio de serem imunizados pela brava tropa de choque do presidente. Entre eles, Fabrício Queiroz,  deputado Arthur Lira, pelos irmãos, Eduardo e Carlos Bolsonaro, André Mendonça, Augusto Aras e pastor Silas Malafaia. Um churrasco na mansão do senador Flávio Rachadinhas Bolsonaro, encerrará a memorável campanha. Porta-sabujos de Bolsonaro, na CPI da covid-19, também ganharão migalhas dos holofotes, na saudável cruzada palaciana pelas vacinas. Senadores Eduardo Girão e Marcos Rogério, puxam a fila. Serão responsáveis pela singela tarefa de jogar no lixo as ampolas e seringas usadas. 


sábado, 29 de maio de 2021

Brasil pária

Justa indignação de um cidadão vigilante,  que reflete bem a tumultuada quadra brasileira:

"Infelizmente tem muita gente ainda que não tirou a venda dos olhos e nem o tapa ouvido....(e olha, gente estudiosa).
Preferem  se entregar as ordens e bobagens do Mitoooooo!
Triste Brasil...
Até o Exército perdeu sua credibilidade..
Esse desgoverno  prejudica cada dia mais o nosso Brasil...
Um país pária.
Para completar temos um Ministro do Meio Ambiente ,no cargo, para  destruir tudooooo!
Um superintendente da PF, é afastado por denunciar comprovadas irregularidades. 
Tudo errado!
Raiva de quem se deixa levar. Decepção com aqueles que preferem as notícias capciosas monitoradas pelo falso Messias. 
Inocentes inúteis a serviço do gabinete do ódio.
Espero que sua voz ecoe através de vários meios de comunicação. Para tirar a venda e o tapa ouvidos  de muitos que ainda estão sendo levados a acreditar nesse infeliz que um dia fez promessas e enganou o povo brasileiro para ser eleito.
Um verdadeiro estelionato eleitoral!
Até quando??"


 

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Belo

Título lindo, da matéria do Jornal de Brasília de 25 de maio. Página 4, na editoria Cidades: "Um casaco velho é um abraço quente". Parabéns ao editor e redator pela magnífica sacada. Bom jornalismo também é poesia. Votos para que a bela imagem poética emocione muitos corações, estimulando doações de roupas, agasalhos e cobertores para os mais necessitados. #mariapassanafrente. 

Sempre. 

CNC: Dia dos Namorados deve movimentar 1,8 bilhão no varejo

 Estimativa prevê aumento de vendas em relação a 2020, mas ainda 4% abaixo do registrado em ano anterior à pandemia.

O Dia dos Namorados deve movimentar R$ 1,8 bilhão em vendas no varejo brasileiro este ano. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e aponta um crescimento de 29,4% em relação à mesma data no ano passado, período marcado pelo início do processo de flexibilização da economia após as restrições impostas pela pandemia. As vendas, no entanto, devem ficar 4% abaixo do patamar verificado em 2019, quando totalizaram R$ 1,87 bilhão.

Em 2020, o consumo no comércio voltado à data registrou queda histórica de 25,3%, totalizando R$ 1,39 bilhão em vendas. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que o 12 de junho é importante para o varejo e que tende a ir além do comércio de bens, impulsionando também o setor de serviços, como a cadeia de restaurantes, estética e outros – um desafio extra enquanto a pandemia perdurar.

“Enquanto a vacinação coletiva não acontecer, os números tendem a ser mais tímidos do que em anos anteriores, sobretudo acompanhando o desgaste econômico. A gente espera que os empreendedores do setor se mantenham atentos e criativos como têm sido durante todo esse tempo de isolamento, para não perder a chance de se aproximar do público com segurança. Em especial os que atuam com serviços, que também devem se atentar a promover ofertas atrativas”, avalia Tadros.

Vestuário concentra quase metade das vendas

Carro-chefe das vendas associadas à data, o segmento de vestuário, calçados e acessórios deverá movimentar R$ 797 milhões, o equivalente a 44% do total. Em 2020, as lojas do ramo de vestuário amargaram perdas de 43% em relação à data de 2019. Destacam-se ainda os ramos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 291,8 milhões), hiper e supermercados (R$ 204,1 milhões) e farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos (R$ 168,6 milhões). Somente no primeiro segmento é esperada uma variação negativa em relação a 2019, de -1,3%.

O economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes, explica que a expectativa quanto à maior movimentação neste ano advém da redução nos níveis de isolamento social. “Na segunda quinzena de maio do ano passado, por exemplo, a concentração de consumidores em áreas comerciais havia recuado 53% em relação à circulação verificada antes do início da pandemia, de acordo com monitoramento realizado junto ao Google. Embora o consumo presencial ainda não tenha se normalizado, na segunda metade de maio de 2021 a concentração da população nestas áreas aumentou, situando-se 22% aquém da circulação considerada normal”, aponta.

Produtos têm maior alta desde 2017

Com a desvalorização cambial no primeiro trimestre deste ano, os produtos tipicamente mais demandados nesta época apresentam o maior aumento de preço (+3,9%) desde 2017. Destacam-se neste contexto as flores (+18,8%), joias e bijuterias (+17,6%) e os relógios de pulso (+10,3%). Em contrapartida, sete itens pesquisados deverão estar mais baratos do que no mesmo período do ano passado, com destaque para os serviços de hospedagem (-7,6%), livros (-5,8%) e artigos de maquiagem (-3,9%).

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Alma insolente

Saio do vento
carregando lutas
guardando retratos
devorando o tempo
prisioneiro enfurecido
no corpo encardido
de raivas adormecidas.
                    

                    Vicente Limongi Netto
                                              maio 2021

Sintonia

As palavras iniciais do relator da CPI da covid, senador Renan Calheiros, nesta quinta-feira, antes de iniciar as perguntas para o depoente, o diretor do Butantã, Dimas Covas, espelham completa e isenta sintonia com as exortações do editorial "Confiança é fundamental" (Correio-27/5). De acordo com Calheiros, "precisamos manter a seriedade e o foco nas investigações. As famílias dos mais de 460 mil mortos têm o direito de saber o que aconteceu". Nesse sentido, por sua vez, o editorial salienta: "O que a população quer -e cobra - é uma investigação técnica e profunda, sem perseguições a quem quer que seja. Uma postura austera só consolidará a confiança que o trabalho dos senadores precisa". A propósito, no seu discurso na abertura dos trabalhos da CPI, Renan Calheiros foi enfático: "O negacionismo em relação à pandemia ainda terá que ser investigado e provado. Mas, do negacionismo com relação à CPI já não resta a menor dúvida".

 

terça-feira, 25 de maio de 2021

NOTA DE ESCLARECIMENTO - ‘É um festival de mentiras´, rebate Arthur Virgílio às declarações dadas por Mayra Pinheiro na CPI da Pandemia

‘É um festival de mentiras´, rebate Arthur Virgílio às declarações dadas por Mayra Pinheiro na CPI da Pandemia

 

“É um ato grave e com séria punição. Ela [Mayra Pinheiro] está claramente mentindo na CPI da Pandemia”, afirmou o ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, sobre as declarações dadas pela  secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (MS), nesta terça-feira (25.5), no Senado Federal. Segundo depoimento de Mayra, durante a segunda onda, em janeiro deste ano, ela encontrou a rede de saúde de Manaus desestruturada, com unidades fechadas, sem médicos e medicamentos.

 

“É um festival de mentiras. Nem eu e nem o atual prefeito, David Almeida, deixamos as Unidade Básicas de Saúde desassistidas. Prova disso é que entreguei minha gestão com 67,28% de cobertura em Atenção Básica, o melhor dos últimos 13 anos, conforme dados do Ministério da Saúde. Além disso, criamos toda uma estrutura para atendimento preferencial aos casos suspeitos de Covid-19, com testagem, inclusive, em comunidades indígenas e áreas ribeirinhas. Todos os serviços não só foram mantidos, como ampliados pela atual gestão da Prefeitura de Manaus”, detalhou Arthur.

 

Em março de 2020, antes mesmo da confirmação do primeiro caso do novo coronavírus em Manaus, o então prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) determinou a criação de um Plano Municipal de Enfrentamento à Covid-19 e a ativação da Sala de Situação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para monitoramento e controle da doença. Inicialmente, todas as dez Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que atendiam em horário ampliado foram designadas para triagem e atendimento de casos suspeitos de Covid-19. Em setembro do ano passado o número de unidades preferenciais para Covid-19 e Síndromes Respiratórias foi ampliado para 18, sendo novamente ampliado para 22 unidades em janeiro deste ano, já na gestão de David Almeida (Avante).

 

De acordo com balanço da Semsa, durante o ano passado foram realizados mais de um milhão de atendimentos nas UBS da Prefeitura de Manaus, dos quais quase 240 mil nas chamadas Unidades Preferenciais aos casos de Covid-19. Além disso, a atuação das quatro Unidades Móveis de Saúde e duas UBSs Fluviais – inauguradas na gestão Arthur Neto – foram de fundamental importância para o atendimento às populações ribeirinhas e indígenas, levando testagem rápida e outros exames para comunidades mais isoladas. Ao todo, em 2020, foram realizados mais de 200 mil testes para Covid-19 pelo município.

 

Destaca-se, ainda, o serviço de atendimento on-line via chat e telemonitoramento, que realizou o acompanhamento de mais de 15 mil pacientes em tratamento ou recuperados da Covid-19. O telemonitoramento foi criado em abril de 2020 e é uma das ferramentas utilizadas dentro das estratégias de enfrentamento à pandemia, pelo qual profissionais da Semsa prestam orientações e acompanham regularmente a condição de saúde das vítimas do novo coronavírus. Já o “Chat Saúde On-line” é um bate-papo virtual criado para tirar as dúvidas da população sobre a Covid-19.

 

“A Prefeitura fez, e tem feito, sua parte. O problema nunca foi a Atenção Básica. O caos em Manaus se deu pelo colapso na rede estadual de saúde, pelo desgoverno do senhor Wilson Lima que, além da compra de ventiladores superfaturados, também precisa explicar a desumana falta de oxigênio nos hospitais do Estado”, denunciou Virgílio. 

Demagogo

O Ceará mandou um senadorzinho desagradável para o Senado Federal. Eduardo Girão é o nome da peça notável. Veio enriquecer o folclórico político (Correio - 25/5). Disputa na CPI da covid, com outros formidáveis adoradores do governo, qual ganhará ao final dos trabalhos da comissão, o troféu do engravatado mais subserviente. Girão fala pelos cotovelos. Com enfadonhos laivos de sabidão. Para Girão a CPI é palanque político. Que ele próprio usa com desenvoltura, tripudiando no bom senso e na riqueza das investigações e denúncias que se aprofundam, mostrando que o governo foi omisso e incompetente no combate da covid, que já causou mais de 450 mil mortes no Brasil.


Jacarezinho: ABI denuncia o sigilo

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) protesta de forma veemente contra a decisão do governo do Estado do Rio de estabelecer sigilo de cinco anos para todas as informações referentes à operação que causou 28 mortes na favela do Jacarezinho no dia 6 deste mês.

Logo após a chacina, a ABI entrou com uma notícia-crime no STJ contra o governador Cláudio Castro. A ação judicial, ainda não julgada, tem como relator o ministro Jorge Mussi.

A operação no Jacarezinho foi a mais letal na história do estado e está sob investigação, agora prejudicada pelo sigilo decretado pelo seu maior responsável, o governo estadual. 


Está claro que o objetivo de tornar sigilosas as informações é impedir uma investigação isenta.


A ABI informa, ainda, que está estudando medidas jurídicas para derrubar o sigilo estabelecido pelo governo do estado.

Paulo Jeronimo, presidente da ABI

Bebê Pazuello

Tio Braga Neto, Comandante das Forças Armadas:


Não tinha a intenção de subir no carro de som. Mas alguns admiradores insistiram. Releve, tio, minha pança imensa e minha fraqueza. Topei porque passaram pela minha cabeça de poucos neurônios, recordações da infância. Quando subia nas mangueiras com amiguinhos do peito.  Também brincávamos o dia todo, varando à noite, de esconde-esconde. Na escuridão dos terrenos baldios. Saudades daqueles tempos, tio Braga. Era um custo subir nas árvores, porque desde criança sou gordinho. Nunca gostei de exercícios. Prefiro mentir em comissões de inquérito. Faço tudo com a maior desenvoltura. Tenho orgulho das minhas missões cumpridas. A ordem é  livrar a cara do meu amado chefe Bolsonaro. Alguns gordos como eu também carregam outra característica: adoramos ser subservientes. Faço tudo que meu mestre Messias mandar. Tudo mesmo. Lá em cima, no carro de som os anjos cantaram felizes, quando  meu amado presidente gritou no microfone que eu era um gordinho camarada. Todos os demais sabujos, também sem máscaras, bateram palma e riram de mim. Alguns deles, mais puxa sacos do que eu, reclamaram ao presidente que o carro balançou, por culpa da minha enorme barriga. Tio Braga, pegue leve na minha punição. Tenha pena da minha burrice. Sei que meus atos irresponsáveis maculam minha farda. Juro que quando voltar a depor na CPI da covid, mentirei muito mais. Para desespero do Omar e do Renan. Se for preciso, chamarei Bolsonaro até de minha paixão e de santo. Tudo porque não quero que o nosso chefe supremo venha a ser arrancado do cargo por  impeachment. Já viu, né tio Braga, perderemos todos nossas boquinhas. No Amazonas não ganho eleições nem para vigia noturno de condomínio na Ponta Negra. Em Manaus,sou mais sujo do que pau de galinheiro. Grato pela atenção, tio Braga, o maior e melhor comandante das Forças Armadas que nosso Brasil varonil já teve. Desculpe se exagerei no puxa saquismo, titio, mas não aguento passar um minuto sem mentir para alguém. Com a devoção do sabujo mor, despeço-me,  Eduardo Pazuello. 

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Imunizado

O céu branco, revoada de pássaros, o sol alto e forte e árvores altivas,  testemunharam, junto com minha alma e meu coração, o momento em que fui imunizado com a segunda dose da vacina contra a covid-19. Fui atendido pelo Rafael e pela Iza, dois anjos de jaleco branco.



Profissionais

O Correio de 24/5 publicou matérias com dois líderes do MDB. Expoentes da política. Forjados em lutas democráticas e voltados ao bem comum. Renan Calheiros, relator da CPI da pandemia e José Sarney. O político maranhense e acadêmico, como Presidente da República,teve a missão histórica de conduzir o Brasil a normalidade democrática. Na entrevista, Sarney exorta o respeito à ciência e a necessidade de maior empenho e solidariedade por mais vacinas. "Temos que bater em duas teclas, ajuda à sobrevivência, superação da fome e do desemprego e emprego, emprego, emprego". O senador Renan Calheiros, por sua vez, salienta a vitalidade política e eleitoral do MDB. Acentua  seu espírito democrático e fortes convicções pelas liberdades, voltadas para o engrandecimento da convivência humana. Calheiros enfatiza que "não serei relator das minhas convicções, mas das provas reunidas durante a investigação. Terei coragem para inocentar os que merecem e dignidade para denunciar eventuais responsáveis". Prossegue : "Minha isenção e imparcialidade são premissas inarredáveis, inegociáveis. No futuro, minha condição de relator jamais será objeto de arguições de suspeição". Ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, Renan finaliza exemplarmente: "Não contem comigo para vinditas ou perseguições".

 

Com ofensas e ironias, Bolsonaro ataca a Zona Franca e recebe pronta resposta de Aziz e Braga

 Publicado em 23 de maio de 2021 por Tribuna da Internet- Rio de Janeiro

                            Omar Aziz colocou Bolsonaro no seu devido lugar

Vicente Limongi Netto

Decididamente, Bolsonaro é o fim da picada. Prossegue desfiando o desalinhado, patético, mesquinho e irresponsável rosário de insultos, ódios e destemperos antidemocráticos e vulgares. Diariamente o mito de meia pataca se supera em declarações infames. Mostra que não tem postura nem compostura para exercer a chefia da nação.

O desespero corrói a alma, o coração e os neurônios do presidente. Nessa linha, agora mira seu inacreditável arsenal de ameaças, torpezas, canalhices e indignidades contra o modelo econômico vitorioso da zona franca de Manaus.

IRONIAS E AMEAÇAS – Emenda constitucional aprovada e promulgada validou a zona franca até 2073. No entanto, Bolsonaro dirigiu-se com ironias, insinuando ameaças a zona franca e aos senadores do Amazonas, Omar Aziz e Eduardo Braga, presidente e membro titular da CPI da Pandemia.

Tentou intimidar e esmorecer o trabalho isento e vigilante dos dois parlamentares, mas Aziz e Braga repudiaram as sandices e porra-louquices do destrambelhado presidente.

Em política vale tudo. De chute na virilha a juras de amor que acabem em casamentos. Contanto que renda votos. Só não pode perder. O animal político é insaciável. 

DE HOJE PARA AMANHà– Duros adversários de ontem podem vir a ser aliados de amanhã. Às favas, escrúpulos e más recordações, recheadas de mútuas acusações. Arquivos e vídeos não mentem. Mas o cinismo embrulhado em busca do poder, supera tudo.  Muitas vezes os arranca-rabos entre políticos não livram nem a cara das mães. Coitadas.

Nesse sentido, Lula reuniu-se com Fernando Henrique Cardoso. Na casa do ministro aposentado do STF e ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim. Profissionais civilizados. As orelhas de Bolsonaro estão pegando fogo. A demanda do ex-presidente e sociólogo tucano será ampla e poderosa.

COSTURAS FUTURAS – Da cartola do encontro entre o calejado trio pode-se prever costuras futuras. Lula na rinha presidencial com vice do PSDB, não se descarta o nome do próprio FHC, e Nelson Jobim para ministro da Justiça.

O fato indiscutível é que a conversa existiu. Negar a validade do encontro é amadorismo politico.  O estrilo é livre. As críticas aos dois prosseguirão fortes. Bolsonaro deu chances aos desafetos e adversários se unirem contra ele. Aguente o tranco. Apenas xingar, tática do presidente, é colossal desatino.

MANUAL DE REDAÇÃO – Por fim, pedi a meu amigo Heraldo Pereira  que alerte o barbudo Bonner (JN de sexta-feira, 21/5) que Nelson Jobim não é “ex-ministro” do STF, mas, sim, “ministro aposentado” da Suprema Corte.

É de pasmar, com uma equipe de dezenas de profissionais, Bonner não pode nem deve passar informações equivocadas para o telespectador.

Diga a ele, craque Heraldo, que no STF não existe a figura de ex-ministro. É ministro da ativa ou ministro aposentado. São aposentados, por exemplo, Gracie, Jobim, Veloso, Barbosa, Pertence, Sanches e Brito. Todos, aliás, continuam recebendo salários.  Ex-ministro não recebe salários.

http://www.tribunadainternet.com.br/

domingo, 23 de maio de 2021

Abraço

O dia do abraço quase passou despercebido. A cruel pandemia nos privou de atitudes e gestos saudáveis que a vida oferece e valoriza. O abraço evaporou-se. Levou parte do carinho. A ausência do abraço machuca sentimentos.

Entristece amigos. O abraço une emoções. Surge no clarão da luz como fé. Irradia esperanças. O abraço enfrenta fúrias. Aproxima adversários e desafetos. O abraço é mais forte do que maus e falsos gestos. O abraço fortalece o espírito. Alivia temores. Aproxima a solidariedade. É o chamego da luz. Tem o encanto do respeito. É a chama que anuncia o belo. É o sinal que o amor existe e precisa ser exaltado.

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Irrecuperável irresponsável

Bolsonaro prossegue desfiando o desalinhado, patético e irresponsável rosário de insultos, ódios e destemperos antidemocráticos e vulgares. Diariamente se supera em declarações infames. Mostra que não tem postura nem compostura para exercer a chefia da nação. O desespero corrói a alma, o coração e os neurônios do presidente. Nessa linha, agora mira seu inacreditável arsenal de ameaças, torpezas, canalhices e indignidades ao modelo econômico vitorioso, zona franca de Manaus. Dirigindo-se com ironias e insinuando ameaças a zona franca, aos senadores do Amazonas, Omar Aziz e Eduardo Braga, presidente e membro titular da CPI da pandemia. Tentando intimidar e esmorecer o trabalho isento e vigilante dos dois parlamentares.

O modelo zona franca de Manaus foi perenizado a Constituição, por iniciativa do relator-geral dos trabalhos na Constituinte, deputado Bernardo Cabral, com o apoio da bancada do Amazonas. O atual decreto ampliou a validade da zona franca até 2074. 

#camisadeforçanele. 

Bravateiro

A casa caiu para Romário. (Justiça manda Romário indenizar Marco Polo Del Nero - Folha São Paulo - 21/5). O obscuro senador é daqueles políticos irresponsáveis e bravateiros que se julgam acima do bem e do mal. Que a imunidade parlamentar é para livrar a cara de politicos enganadores como ele, acostumados a escoicear os outros. 

Nelson Azevedo recebe título de Cidadão do Amazonas

O empresário e 1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo dos Santos, receberá na terça-feira, 25, Dia da Indústria, o título de Cidadão do Amazonas, concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. O projeto de lei foi proposto pelo deputado Adjuto Afonso (PDT), e subscrito pelo deputado Dermilson Chagas (PP).

“Recebo esse título com muita alegria, gratidão e humildade”, disse Nelson Azevedo, que nasceu em Oriximiná (PA), mas desde os 13 anos de idade escolheu o Amazonas para morar, estudar e trabalhar. “Aqui tive minha formação acadêmica, trabalhei no serviço público estadual, em indústrias de primeira linha em termos tecnológicos e virei empreendedor / empresário”, disse o diretor-presidente da Poliamazon Metalúrgica da Amazônia Ltda.

Azevedo é também diretor regional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) no Amazonas, coordenador geral das Coordenadorias da FIEAM, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus (SIMMMEM) e coordenador geral do Comitê de Apoio ao Desenvolvimento do Agronegócio no Amazonas. Homenagem merecidíssima!

http://www.pedrinhoaguiar.com.br/


Profissionais

Em política vale tudo. De chute na virilha a juras de amor que acabem em casamentos. Contanto que renda votos. Só não pode perder. Duros adversários de ontem, podem vir a ser aliados de amanhã. Nesse sentido, Lula reuniu-se com Fernando Henrique Cardoso. Na casa do ministro aposentado do STF e ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim. Profissionais civilizados. As orelhas de Bolsonaro estão pegando fogo. A demanda do ex-presidente e sociólogo tucano será ampla e poderosa. Da cartola da conversa entre o calejado trio pode-se prever costuras futuras. Lula na rinha presidencial com vice do PSDB, não se descarta o nome do próprio FHC e Nelson Jobim para ministro da Justiça. Às favas escrúpulos e más recordações.  

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Serviçal fardado

O ex-ministro Eduardo Pazuello, "general placebo", para o jornalista Sérgio Augusto, mentiu vergonhosa e deslavadamente na CPI da Covid, que passou mal. Pazuello foi patético. Como medíocre fantoche presidencial, livrou a cara de Bolsonaro das acusações de mal condutor dos assuntos relacionados com a pandemia e irritou senadores com respostas evasivas e cretinas.   Pazuello deslustrou a farda de general. Envergonhou o patrono do Exército, Duque de Caxias. Desrespeitou familiares de mais de 430 mil mortos pela covid. Para as quais deveria pedir desculpas, como sugeriu o senador do PT, Humberto Costa. Pazuello carregará para o resto da vida a pecha de mau brasileiro e de militar obscuro e fujão. 

terça-feira, 18 de maio de 2021

ABI apoia o professor e colunista Conrado Hübner

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) enviou cartas ao professor e colunista da Folha de S. Paulo, Conrado Hübner, e à Comissão de Ética da USP, repudiando a tentativa de cerceamento e intimidação por parte do procurador-geral da República, Augusto Aras.

Conrado Hübner foi acusado por Aras, por meio de uma representação, de desrespeitar o Código de Ética da Universidade de São Paulo (USP). 

Para a ABI, a petição contra Hübner afronta o direito às liberdades de pensamento e expressão, protegidas pela Constituição Federal.

Clique no link e conheça a íntegra das cartas:

http://www.abi.org.br/abi-apoia-o-professor-e-colunista-conrado-hubner/

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Pérola

No Fantástico de ontem, no texto habitualmente em tom arrogante, do jovem repórter que surgiu na Globo de Brasília, fazendo um balanço da CPI da covid:

Recordou o depoimento do presidente da Anvisa, informando: fulano de tal, "ALMIRANTE DA MARINHA".

E eu, provocador repórter de 76 anos, que sempre achei o Barra Torres  ALMIRANTE DO EXÉRCITO...???!!

Faço o quê da vida?!

Ataques de nervos

Tolice esconder a realidade: a CPI da Covid além de investigar omissões, falhas e irregularidades do governo no combate a pandemia, é, também, preliminar da disputa presidencial entre Bolsonaro e Lula. Não tem para mais ninguém. Não brigo com fatos. Pelos depoentes já ouvidos e diante das investigações que vão se aprofundando, o atual placar do jogo é amplamente favorável a Lula. O presidente, o vice-presidente e o relator da comissão, mostram isenção. Agem com lisura. Não são crianças. Levam pedradas, mas têm o couro duro. Por seu turno, senadores governistas estão tontos. Sem munição suficiente para retrucar acusações e revelações. Que crescem como bolas de neve. Diante do cenário político desastroso que se avizinha, para si e para o governo, Bolsonaro parte para o  ataque. Com agressões e xingamentos ao relator e à própria CPI.  Inclusive em Alagoas. Estado e reduto político de Renan Calheiros. Onde o filho é governador. O objetivo do chefe da nação é intimidar e enfraquecer o trabalho do senador do MDB. Se puder, arrancá-lo da relatoria. Calheiros é declarado aliado político de Lula. Destrambelhado, Bolsonaro já mandou o filho senador também provocar e escoicear Calheiros. Fantoche de luxo do Palácio do Planalto. Quanta besteira, Manuel Bandeira. Política equivocada, superada e desastrada. Pai e filho fazem política com o fígado e não com o cérebro. Bolsonaro mostra que pouco ou quase nada aprendeu nos 25 anos que passou no Congresso, como deputado federal. Por sua vez, Lula igualmente tem recebido duros insultos de Bolsonaro. Macaco velho, Lula não passa recibo. Os desatinos de Bolsonaro crescem, na medida que Lula amplia vantagem, segundo pesquisas do DataFolha. Bolsonaro que trate de mudar o foco vesgo e ensandecido de fazer política e comece a cuidar da sua tábua de salvação, o famoso e imaculado Centrão. Sem perder de vista que o Centrão já foi parceiro amoroso de Lula e Dilma. O Centrão é volúvel e guloso. Seus membros odeiam dieta. Apoia e mostra-se fiel a quem oferece mais vantagens. De volta à cena política o articulado Eduardo Cunha, responsável por colocar em votação, na Câmara, o pedido de impeachment de Dilma. Enfraquecendo o PT e elegendo Bolsonaro. No canal CNN, já deu ácidas cutucadas na CPI e no relator Calheiros. Cunha tornou-se o mais novo amigo de infância de Bolsonaro. Quer a todo custo mostrar serviço e tentar eleger-se deputado federal pelo Rio de Janeiro. À custa de Bolsonaro. 

Rancor

Diante do rancor empedernido, injusto, deplorável, repetitivo, mesquinho, inexplicável, patético e cansativo do ressentido colunista Ascanio Seleme com o ex-presidente Collor, "de triste memória" (15/5) recordo programa na TV Conjur, do site Consultor Jurídico, com Fernando Collor e Michael Temer, no qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu que graças ao plano econômico do governo Collor foi possível incrementar o Plano Real. Esperarei para ver se o magoado Ascanio retrucará FHC.

Arthur lamenta partida do amigo Bruno Covas

A morte de Bruno Covas, ocorrida neste domingo, em São Paulo, após uma longa batalha contra o câncer, não nos pegou desprevenido, mas nos deixou com o coração na mão, delicado e sofrido. Até o último momento estivemos em oração, pedindo muito que o seu espírito combatente saísse, mais uma vez, vitorioso e o fizesse permanecer entre nós, com sua coragem, determinação, resiliência e otimismo.

Fomos todos vencidos pelo inevitável e o irreversível!

Perdemos um amigo, uma grande liderança, um companheiro de vida, digno, honrado, batalhador, visionário e que levou sempre ao pé da letra o que lhe ensinou seu avô, Mário Covas: o político com P maiúsculo não pensa na próxima eleição, ele pensa na nova geração.

Bruno conheceu a política e a luta pela democracia e pelas liberdades bem de perto, desde menino, ao lado do avô e, ao longo dos anos, se consolidou com uma liderança nata, tornando-se, ainda muito jovem, o prefeito da maior cidade brasileira, consagrando-se como um dos melhores governantes que essa cidade já teve em sua história. Jamais será esquecido.

A família perde um homem de bem, generoso, solidário e carinhoso. E manifestamos nossa total solidariedade a todos eles, em nome da dona Renata, mãe, e do Tomas, filho. Nos juntamos a essa grande família que chora a perda de um grande homem, mas que se conforta na sua grande capacidade de luta e na sua dignidade ao enfrentar uma doença cruel e devastadora, sem nunca se curvar. Bruno jamais deixará de ser amado, disso temos certeza.

À militância do PSDB, aqueles que conservam em suas mentes e corações o sonho de um país melhor, mirem-se no exemplo do Bruno e transformem as dificuldades em vitórias, empunhem a bandeira da dignidade, do bom serviço à população, da busca pela felicidade. Pranteemos o Bruno mas, acima de tudo, o tomemos como exemplo a ser seguido.

O País perde um pouco da sua já pequena esperança. Bruno era a mais completa tradução da fé do brasileiro em um novo ser político, antenado com as questões do dia a dia, mas também com os olhos e a mente muito abertos para o futuro, para as pessoas; político e homem público ético, com o espírito de servir, de se colocar a serviço do bem-comum, da felicidade do povo, da prosperidade, da ciência, da vida.

Perdemos essa batalha junto com ele.

Vá em paz, amigo querido. Você nos deixou exemplos, lições e garra para lutar, sempre.

Arthur Virgilio Neto

sábado, 15 de maio de 2021

CNC: BEm deve preservar 73,3 mil empregos no varejo em 2021

 Trabalhadores dos ramos de hiper e supermercados, vestuário e lojas de utilidades domésticas serão os mais beneficiados pela nova rodada do programa

De acordo com cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a volta do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), em maio deste ano, deverá preservar, até agosto, 73,3 mil postos formais de trabalho no comércio. No fim de abril, o governo oficializou uma nova etapa do programa, ao publicar a Medida Provisória (MP) nº 1.045/21, com previsão orçamentária de R$ 11,67 bilhões e duração de 120 dias.

O BEm permite a suspensão temporária do contrato de trabalho e a redução proporcional da jornada de trabalho e salário. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, no ano passado o programa foi uma das medidas mais eficientes adotadas para amortecer os impactos da crise sanitária no mercado de trabalho formal. “No comércio varejista, uma das atividades econômicas mais diretamente impactadas pela crise sanitária, as expectativas quanto aos impactos decorrentes das crescentes restrições à circulação de consumidores no Brasil sugeriam cenários altamente negativos à manutenção do emprego diante das restrições impostas às operações no setor a partir da edição de diversos decretos regionais por todo o País”, afirma Tadros.

Assim, como em 2020, o impacto do BEm nos segmentos do varejo tende a ser heterogêneo neste ano, na medida em que o tamanho do segmento e a velocidade de reação das vendas à pandemia do novo coronavírus afetam a quantidade de vagas poupadas. “No comércio, em termos absolutos, tende a ser mais beneficiado o segmento de hiper e supermercados (15,02 mil vagas poupadas), seguido pelos ramos de materiais de construção (12,04 mil), vestuário, calçados e acessórios (11,86 mil) e lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (10,34 mil)”, destaca Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo.

Mais de 210 mil empregos poupados em 2020

Segundo estimativas da CNC, para cada R$ 1 bilhão gasto por meio do programa, 6.285 desligamentos decorrentes da pandemia deixaram de ocorrer no varejo. Ou seja, não fosse a implementação do BEm, entre abril e dezembro de 2020, o varejo teria computado 1.369.366 demissões sem justa causa em vez de 1.158.817 baixas computadas – uma diferença de 210.549 postos formais.

“No ano passado, o programa consumiu R$ 33,5 bilhões dos cofres públicos, ficando atrás apenas do auxílio emergencial (R$ 293,11 bilhões) como instrumento direto de recomposição da renda da população”, conclui Bentes.

General letrado

Eduardo Pazuello, vai com tudo para a CPI da covid. Com o santinho do patrono do Exército, Duque de Caxias, no bolso. Embaixo do braço, receitas de cloroquina e chás caseiros. Com o peito estufado, vai encarar as perguntas mais solertes. Sem medo da verdade. Não dará vexame. Sabe que nunca mentiu. Tem fidelidade canina pelo mito das trevas. Tem as respostas na ponta da língua. Quando indagado sobre suas leituras e prato predileto, será claro e profundo: Gibis da Mônica e do Pato Donald e pão com leite condensado. Para dores de barriga, aprecia Coca-Cola. Garante que é tiro e queda. Espera não ser aborrecido pelos senadores quando perguntado porque se omitiu no cargo, sobretudo durante as tragédias pela covid, no Amazonas. Também subirá nas tamancas, se algum senador tiver o desplante de saber porque sua passagem pelo ministério da Saúde foi um colossal desastre. Pelas tantas, pedirá trégua para ir ao banheiro, trocar a fralda geriátrica. 

ESCÁRNIO

Que dizer que descongelar  salários dos servidores, não pode. Mas furar o teto para possibilitar supersalários para ministros apaniguados, pode? (Correio - 14/5). Mais uma vez o ministro da Economia, Paulo Guedes, mostra-se patético e incoerente. Figurão inconsequente que adora fazer chacotas contra servidores. Nessa linha, o responsável pela Associação Contas Abertas, Gil Castelo Branco, deplora a decisão, afirmando que "em plena pandemia com milhões de pessoas desempregadas e outras passando fome, essa decisão é imoral". A propósito, a meu ver, além de imoral, é cretino e debochado o deputado federal parlapatão, Gilson Marques (Novo-SC), que ao defender a reforma administrativa, afirmou que "Brasília é um antro de servidores públicos"(Eixo Capital - 14/5). O histérico e obscuro parlamentar fala com esmero sobre antros. Seguramente nasceu em um deles. A operosa e ordeira classe de servidores públicos, que colabora com o engrandecimento do Brasil, repudia, energicamente, insultos e sandices de infames serviçais de banqueiros. Lavem a boca com detergente e palha de aço, antes de dizer asneiras sobre Brasília e servidores públicos. #canalhassemnoção. 


quinta-feira, 13 de maio de 2021

Coices

Os insultos e provocações do destemperado senador "Rei das Rachadinhas", Flávio Bolsonaro, ao senador relator da CPI da covid, Renan Calheiros, mostram o desespero que tomou conta dos "predadores do ódio", na definição do próprio Calheiros. O calejado Calheiros sabe que quem com porcos se mistura,  farelo come. Sobretudo se os porcos são engravatados sem postura nem compostura e com o braço na tipoia. O relator, o presidente e o vice-presidente da CPI não perdem de vista que a infame missão do filho número 1 do mito de meia pataca, é tumultuar os trabalhos da comissão. Calheiros garante que a resposta às ofensas dos transloucados, é o aprofundamento das investigações. Em respeito e homenagem ao número estarrecedor de mais de 426 mil mortos, que enlutaram famílias e humilham o Brasil aos olhos do mundo.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Operação Vitoriosa #3

Sua avaliação dessa operação policial na comunidade do Jacarezinho é irretocável, MERMÃO!!

Vladimir

terça-feira, 11 de maio de 2021

Afrontas

Demorou, mas o vice-presidente Hamilton Mourão caiu na vil, destrambelhada e desastrada esparrela de Bolsonaro (Correio - 11/5). A seu ver, a CPI da Covid possibilitou a volta de nomes esquecidos da política, "vestindo camisola de virgem". A debochada e vulgar fúria de Mourão contribui mais ainda para o acirramento dos ânimos. O chefe da nação, o vice Mourão e outros agressivos e grosseiros figurões governistas, trocam a civilidade do diálogo pelo açodamento do confronto. Colecionam intermináveis e inacreditáveis sandices e tiros nos pés. Nessa linha, soam como lúcidos e bem vindos os repúdios do general Otávio Santana do Rêgo Barros, no artigo intitulado"Em tempos do  cólera", também no Correio de 11/5: "Reações que levam à irracionalidade e a crenças rígidas como o negacionismo, a rejeição das vacinas e a busca de bodes expiatórios. Reações que suscitam odiosos ataques muitas vezes apócrifos ao indivíduo em vandalismos amorais. São ares que respiramos aqui em terras de Santa Cruz".

Operação Vitoriosa #2

GOSTEI  DE  VER  QUE  AINDA  TEMOS  JORNALISTAS  E  JORNAIS  QUE  NÃO  GLAMOURIZAM  CRIMINOSOS  E  MARGINAIS  EM  DETRIMENTO  DE BRAVOS  POLICIAIS  QUE  MORREM  NO  CUMPRIMENTO  DO  DEVER  EM  DEFESA  DA  SOCIEDADE   E  DELES   TAMBÉM  ..........Agenor  

Arthur defende prévias para 2022 e diz que é preciso quebrar polarização nas eleições presidenciais

 Ex-senador, ex-prefeito de Manaus e com a marca de grande defensor da Amazônia, Arthur Virgílio Neto agora quer levar a discussão sobre a importância da floresta à República do país. Pré-candidato às prévias do PSDB para presidência, Arthur acredita que essa é uma ótima oportunidade para dar um choque de realidade no Brasil quanto às políticas ambientais. 

“Minha candidatura às prévias nacional é para, também, levar discurso muito forte do Amazonas, para tirar de vez a ilusão daqueles que pensam que falar de Amazônia é provinciano. Eu considero que essas pessoas estão entorpecidas e precisam levar um choque de realidade”, defende o tucano, que tem mais de 40 anos de vida pública, sendo um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e atual presidente da executiva estadual no Amazonas.

 

“O Amazonas será sempre minha preocupação central, porque deve ser a preocupação central dos brasileiros. A floresta amazônica é saída para a grande crise econômica brasileira, é o maior banco genético do mundo e pode dar uma indústria de biotecnologia que redima esse país. Sempre vou pensar no Amazonas e terei participação muito ativa nas eleições de governador e senador do Estado”, completou Arthur Neto.

 

Além da preservação da floresta, do desenvolvimento sustentável e de uma forte corrente econômica a partir da biodiversidade, Arthur também defenderá em seu discurso a criação de um movimento entre os partidos de centro, a partir da união e convergência de ideais, a fim de despolarizar as eleições presidenciais de 2022.

 

“Creio que temos todas as condições para escolher um candidato forte e competitivo. Tem que haver uma grande compreensão dos partidos, as propostas devem ser claras e os compromissos nítidos. Temos que estabelecer um centro parecido com o que se vê atuar na Europa e esquecer de uma vez aqueles estigmas de cargos, posições e nomeações. Agora, é uma hora de vida ou morte para o futuro do país”, aponta Virgílio.

 

Ainda segundo o ex-senador tucano - que foi líder do governo Fernando Henrique Cardoso e líder das oposições no Senado ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva - é preciso tempo para se mobilizar as militâncias e os partidos em torno desse candidato de centro forte e competitivo. “Eu entendo que o ideal seria termos força para quebrar essa polarização e, para isso, é preciso ter tempo para discussão no partido, do partido com suas bases e com as cidades todas do país, por isso prego prévias para 2022”, disse.

 

As prévias do PSDB para presidência da República estão, inicialmente, marcadas para outubro, mas há uma discussão para que se adie a votação para o ano que vem.

domingo, 9 de maio de 2021

Operação Vitoriosa #1

EXCELENTE  ........CONCORDO  INTEGRALMENTE  ........PARABÉNS  ..........É  UMA  PENA  QUE   GRANDE   PARTE  DOS  JORNALISTAS   NÃO  APROVE  A  MORTE  DE  BÁRBAROS  CRIMINOSOS  QUE  DIARIAMENTE  ATERRORIZAM  O  POVO  E  NÃO  VALORIZE  O  BRAVO  TRABALHO  DE  POLICIAIS  QUE  MORREM  NO  CUMPRIMENTO  DO  DEVER  EM  DEFESA  DA  SOCIEDADE  .............  Agenor

Queiroga e Bolsonaro

Pelo andar da brutal pandemia, Bolsonaro continuará tendo pesadelos com a CPI da covid 19. Matérias do Correio Braziliense de 9/5 com os senadores Renan Calheiros e Omar Aziz, salientam que o governo ainda não terá sossego nos trabalhos da comissão. O presidente da CPI, Omar Aziz, afirma que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltará a ser ouvido na comissão. Aziz argumenta que Queiroga deixou a desejar no primeiro depoimento. Por sua vez, o relator Renan Calheiros garante, com firmeza e clareza, que Bolsonaro não será poupado, caso as investigações apontem que o chefe da nação teve envolvimento direto no agravamento das mortes pela infecção do coronavírus no Brasil. 

Operação vitoriosa

Politizaram a operação policial em Jacarezinho. Lágrimas de crocodilo dominaram o noticiário. Aproveitadores e fariseus se fartaram. Policiais revidaram, como era o esperado, depois que foram recebidos a tiros pelos bandidos. Os policiais agora são vilões. Os bandidos, traficantes, marginais, assassinos e aliciadores de menores para o tráfico, mortos pela polícia, tornaram-se vítimas indefesas. Coitadinhos. Na próxima operação os policiais irão desarmados. Será a "operação ternura". Com flores para os traficantes. Dependendo da hipocrisia, demagogia e cretinice de alguns partidos, a corja de bandidos mortos acabará beatificada pelo Vaticano. As imagens aéreas mostram bandidos armados pulando de casa em casa, tentando fugir do cerco policial. Alguns beócios, simpatizantes dos assassinos, choram pitangas porque a polícia não prendeu ninguém. Melhor assim. Bandido bom é bandido morto, ensinava Sivuca, ex-policial civil que virou político. Endosso o depoimento de uma autoridade policial, fazendo um balanço da operação. "A meu ver a operação só teve uma falha: a morte de um policial". Por último, é curioso como em menos de 24 horas da operação, a comunidade foi imediatamente tomada por ricos, enormes e elaborados cartazes, faixas e megafones. Todas de repúdio aos policiais. Pagos por quem? Por alguns partidos?Pelos ambulantes da comunidade? Por Ongues, exploradoras dos cofres públicos? Por entidades dos direitos humanos para desumanos? Tenho ânsia de vômito. 

sábado, 8 de maio de 2021

MÃE É ANJO ILUMINANDO A VIDA

 

  Mãe é ser humano que encanta o universo. Eu e minhas irmãs, Rosina e Nazaré, saudamos  e beijamos nossa amada Alcy. No céu, mamãe e o querido irmão, Djalma, embelezam as estrelas. Neste 10 de maio nossa inesquecível Alcy completaria 104 anos de idade.  


ALCY, mãe querida e amada. Saudades!

Mãe sublime

Mãe é o refúgio da alma. O encanto sorrindo. O amor infinito. A voz da maturidade. A presença iluminada. O caminho da sabedoria. O afago da luz divina. A ponderação cativante. A firmeza dos sentimentos. A proteção acolhedora. A bondade nos olhos. A sublime ternura. A sábia conselheira. A amiga verdadeira. A sombra do aconchego. O rosário de virtudes. #amamosvocê.



quinta-feira, 6 de maio de 2021


 

Discurso memorável, irretocável e incisivo do relator Renan Calheiros, na abertura dos trabalhos da CPI da covid 19. Os homens de bem não temem Renan Calheiros. Só os outros.

O SR. RENAN CALHEIROS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - AL. Como Relator.) – Sr. Presidente desta Comissão Parlamentar de Inquérito, Sr. Vice-Presidente, Srs. Senadores, desejo inicialmente agradecer aos Senadores do meu partido, na pessoa do Líder Eduardo Braga, que me confiaram a tarefa no momento histórico mais grave e trágico da Nação brasileira. Quero agradecer ao querido amigo Omar Aziz, a quem devo a minha designação para relatar esta importantíssima Comissão; meu querido amigo Humberto Costa, grande Líder e excepcional Ministro da Saúde; Otto Alencar, querido amigo, que não se quedou, em nenhum momento, diante do despropósito de uma liminar de primeira instância que objetivava subtrair competência do Congresso Nacional e impedir o livre exercício do papel de cada Senador, inclusive com censura prévia; Tasso Jereissati, referência política, ética, moral, um dos maiores líderes da vida nacional e referência para todos nós nesses momentos de Comissão Parlamentar de Inquérito.

Estendo, evidentemente, a gratidão aos Senadores das demais legendas que subscreveram para que eu pudesse sistematizar uma caudalosa investigação que ora se inicia e que será, como todos sabem, árida e acidentada, mas exitosa, tenho certeza.

Quero parabenizar também o Senador Randolfe Rodrigues pela iniciativa humanitária, agora, Vice-Presidente da Comissão.

Faço ainda uma referência especial ao Supremo Tribunal Federal, que não tem faltado à Nação brasileira na defesa altiva da nossa Constituição terrivelmente democrática.

Eu quero também cumprimentar este amigo querido Ciro Nogueira, grande líder, amigo dileto. Para além de eventual qualquer divergência, eu sou amigo de muita gente aqui no Senado Federal, nesta Comissão também muito mais, mas nenhum é mais meu amigo quanto meu amigo é o Senador Ciro Nogueira.

Quero cumprimentar o Marcos Rogério; o Marcos Do Val; o Eduardo Girão; o Jorginho; o Fernando Bezerra, esse amigo querido e dileto; o Alessandro Vieira – e eu já falarei aqui da importância fundamental das suas sugestões para que nós possamos iniciar esse trabalho.

Eu tenho certeza de que, para além de qualquer divergência inicial, o que nos compete é construir alianças para que esta Comissão de Inquérito possa caminhar cada vez mais com absoluta maioria construída em torno da busca da verdade. Esse é o propósito de todo mundo, como disse o Presidente Omar, haja o que houver.

Como Relator, eu me pautarei pela isenção e imparcialidade que a função impõe, e, independentemente de minhas valorações pessoais, a investigação será técnica, profunda, focada no objeto que justificou a Comissão Parlamentar de Inquérito, e despolitizada.

É impossível esquecer todos os dias fúnebres em mais de um ano de pandemia, mas é impossível apagar abril, o mês mais mortal, e apagar o dia 6 de abril, com uma morte a cada 20 segundos. Esses números superlativos merecem uma reflexão, merecem um momento, mesmo que seja de 20 segundos.

Presidente, eu queria pedir a V. Exa. 20 segundos de silêncio para que com eles nós possamos homenagear aqueles que morreram por Covid no Brasil, as suas famílias, aqueles que estão acometidos da doença e aqueles que, lamentavelmente, ficaram sequelados.

(Soa a campainha.)

(Faz-se 20 segundos de silêncio. )

O SR. RENAN CALHEIROS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - AL) – Por isso, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, nós estamos discutindo aqui o direito à vida, não se alguém é da direita ou da esquerda. Minhas opiniões ou impressões serão subordinadas aos fatos. Serei Relator das minhas convicções, mas serei igualmente o redator do que aqui for apurado e comprovado. Nada além, nada aquém.

A CPI não é uma sigla de comissão parlamentar de inquisição; é de investigação. Nenhum expediente tenebroso das catacumbas do Santo Ofício será utilizado. A CPI, alojada em uma instituição secular e democrática, que é o Senado da República, tampouco será um cadafalso com sentenças prefixadas ou alvos selecionados.

Não somos discípulos nem de Deltan Dalagnol, nem de Sergio Moro; não arquitetaremos teses sem provas ou PowerPoints contra quem quer que seja. Não desenharemos o alvo para depois disparar a flecha. Não reeditaremos a República do Galeão. Agindo com imparcialidade, a partir de decisões coletivas, sem comichões monocráticos, ninguém arguirá nenhum tipo de suspeição no futuro desse trabalho.

Os verdugos são inservíveis ao Estado democrático de direito. Eles negaram apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito. Negaram, por todos os meios, a chance de que ela fosse instaurada. Agora, tentaram negar que ela funcione com independência. O negacionismo em relação à pandemia ainda terá que ser investigado e provado, mas do negacionismo com relação à CPI da Covid já não resta a menor dúvida.

As CPIs vicejam quando os canais tradicionais de investigação se mostram obstruídos e isso é um ensinamento histórico. Aqui, em uma Casa de verdadeiros democratas, que convivem e respeitam a divergência diuturnamente, são respeitados o contraditório, o sagrado direito à defesa, a presunção da inocência e a paridade de armas, garantias civilizatórias que tanto foram negligenciadas nos últimos tempos no Brasil e que só contribuem para reprovável erosão das instituições.

Não estaremos – queria repetir – investigando nomes ou instituições, mas fatos e os responsáveis por eles. As gestões do Ministério da Saúde evidentemente podem ser apuradas, podem ser investigadas a fundo – ainda não é o caso –, mas não é o Exército Brasileiro que estará sob análise, instituição permanente de Estado cuja memória remete para os 454 mortos em combate na Segunda Guerra Mundial, com o universo de 25 mil pracinhas que foram para a Itália. Esse pequeno número de baixas reflete a liderança de um estrategista de guerra. Imaginem, Srs. Senadores, Sr. Presidente, um epidemiologista conduzindo nossas tropas lá em Monte Castello!

Na pandemia, o Ministério da Saúde foi entregue a um não especialista, a um general. O resultado fala por si só: no pior dia da Covid, em apenas quatro horas, o número de brasileiros mortos foi igual ao de todos que tombaram nos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial. O que teria acontecido se tivéssemos enviado um infectologista para comandar nossas tropas? Provavelmente um morticínio, porque guerras se enfrentam com especialistas, sejam elas guerras bélicas ou guerras sanitárias. A diretriz é clara: militar nos quarteis e médicos na saúde! Quando se inverte, a morte é certa, e foi isso que lamentavelmente parece ter acontecido. Temos que explicar como, por que isso ocorreu.

Estaremos, aqui – e já me encaminho para encerrar –, para averiguar fatos e desprezar farsas. Para tanto, usaremos das instâncias técnicas do Estado, da Polícia Federal, do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União, da Consultoria do Senado e outros organismos que se fizerem necessários. A Comissão será um santuário da ciência, do conhecimento e uma antítese diária e estridente ao obscurantismo negacionista e sepulcral, responsável por uma desoladora necrópole que se expande diante da incúria e do escárnio desumano. Essa será, Presidente Omar, a Comissão da celebração da vida, da afirmação, do conhecimento e, sobretudo, da sacralização da verdade contra o macabro, o oculto, a morte e contra o ódio. Os brasileiros têm o direito de voltar a viver em paz.

Ao contrário do que vociferavam os franquistas do início do século – abro aspas: "Viva a morte! Abaixo o conhecimento!", fecho aspas –, estaremos aqui para proclamar, dia após dia, viva a ciência, glória ao conhecimento, respeito à vida! Tenham absoluta certeza de que este fórum – e anoto a qualificação e experiência aqui reunidas – será uma fonte permanente de reposição e resgate da verdade por sua capacidade intrinsecamente regeneradora.

Já seria muito importante nesta fase que nós andamos dar um basta à mentira, à mentira que lamentavelmente sufocou a sociedade brasileira durante esses últimos tempos. Entre a ciência e a crença, fico com a ciência. Entre a vida e a morte, a vida eternamente. Entre o conhecimento e o obscurantismo, óbvio, escolho o primeiro. Entre a luz e as trevas, a luminosidade. Entre a civilização e a barbárie, fico com a civilidade. E, entre a verdade e a mentira, lógico, a verdade sempre. São escolhas simples que opõem o bem ao mal, e creio que todos nesta Comissão convergem com relação a esse sentimento.

Nossa cruzada será contra a agenda da morte. Contrapor o caos social, a fome, o descalabro institucional, o morticínio, a ruína econômica, o negacionismo não é uma predileção ideológica ou filosófica; é uma obrigação democrática, moral e humana. Os inimigos desta relatoria são a pandemia e aqueles que, por ação ou omissão, incompetência, desídia ou malversação, se aliaram ao vírus e colaboraram de uma forma ou de outra com esse morticínio.

A discussão aqui, embora muitos anseiem deliberadamente rebaixá-la ou até mesmo embaçá-la, é muito mais abrangente. Esta não é apenas mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito, como disse o Presidente Omar Aziz; no contexto histórico, humanitário e social, ela é a principal Comissão Parlamentar de Inquérito de todas as Comissões que aqui se formaram, porque estaremos tratando de vidas, do futuro e da esperança, estaremos proclamando, acima de tudo, valores civilizatórios. Em detrimento de achismos medievais, estaremos defendendo a vida, o conhecimento, a ciência, a civilização, as instituições, o SUS e a própria democracia.

Vamos dar um basta aos suplícios, à inépcia e aos infames. Não deixaremos de lembrar diariamente o tamanho da nossa tragédia que hoje já lembramos aqui. Os brasileiros estão morrendo em uma velocidade assustadora. Não temos tempo a perder com manobras regimentais, obstruções, diversionismo, politiquices e chicanas. Nossa missão é interromper esse cronômetro da morte ao qual me referi no início. Não estamos diante de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para maquinar as ações persecutórias. Não estamos aqui diante da atenção integral da Nação e do mundo para brindar ninguém, engavetar, tergiversar ou procrastinar.

Tudo será investigado, como exige a carta democrática, de maneira transparente, acessível; e as decisões, colegiadas, como sempre fiz nas quatro vezes em que tive a honra de presidir esta Casa. Fui forjado no movimento estudantil, libertário, crítico e democrático; respeito as instituições, o mecanismo de freios e contrapesos; venero a democracia; tenho repugnância ao fascismo; e antecipo que intimidações – e todos os dias nós as vemos –, sob qualquer modalidade e arreganhos, não nos deterão.

O maior mérito desta Comissão Parlamentar de Inquérito é existir. Está instalada e funcionando. O Brasil precisa de muita luz, e isso não é uma mera metáfora. O papel da Comissão é iluminar todos os compartimentos escuros no combate à pandemia. Só o seu espectro no horizonte já acelerou, nos últimos dias, uma série de providências administrativas que estavam congeladas em vários órgãos da República, ou mesmo sobrestadas, ou mesmo esquecidas.

O Brasil, infelizmente, é um dos piores países no enfrentamento da pandemia. Esta Comissão tem doravante a obrigação de esquadrinhar como e apontar os responsáveis pelo quadro sepulcral. O Parlamento não pode ser um mero espectador, não pode abdicar de exercer suas prerrogativas fiscalizadoras para colaborar com a solução ou o abrandamento do drama atual. Não podemos virar as costas para a Nação. Há uma ameaça real de virarmos um apartheid sanitário mundial. Ninguém nos quer por perto. Brasileiros são discriminados no mundo, e corremos o risco de boicote aos nossos produtos.

Não é admissível que, diante dessa tragédia, deixemos de apontar ao mundo internamente os responsáveis – e eles existem e transitam entre nós buscando uma invisibilidade ou terceirização impossíveis. Para identificá-los, nós vamos ouvir médicos, especialistas, epidemiologistas, infectologistas, cientistas, laboratórios, agentes públicos, representantes de organizações de saúde, conselhos de Medicina, enfim, elaborar um cronograma de oitivas, de diligências e de acesso a documentos que permitam diagnóstico técnico e realista desta realidade desoladora.

Não foi por acaso o flagelo divino que nos trouxe a esse quadro. Há responsáveis, evidentemente; há culpados por ação, omissão, desídia ou incompetência; e eles, em se comprovando, serão responsabilizados. Essa será a resposta para nos conectarmos com o Planeta. Os crimes contra a humanidade não prescrevem jamais e são transnacionais – Miloševic, Augusto Pinochet são exemplos da história. Façamos a nossa parte.

Já estou encerrando, Presidente Omar.

Quero, encerrando, Sr. Presidente, Srs. Senadores, expressar, em meu nome e em nome do Senado da República, se me permitem, nossos sentimentos mais profundos nessa solidariedade mais sincera a todas as vítimas que perderam entes queridos nesta pandemia.

Não conseguiremos enxugar as lágrimas que foram e ainda serão vertidas. Não teremos como consolar todos, fechar a cicatriz eterna da perda do ente querido. Não recuperaremos vidas ceifadas. Podemos preservar vidas e temos a obrigação de fazer justiça, de apontar, com responsabilidade, equilíbrio e provas, os culpados por esta hecatombe. Quem fez e faz o certo não pode ser equiparado a quem errou. O erro não é atenuante; é a própria tradução da morte. O País tem o direito de saber quem contribuiu para os milhares de mortes, e eles devem ser punidos imediatamente e emblematicamente.

Nesta relatoria está um Senador vivido, ex-Ministro da Justiça, quatro vezes Presidente do Senado e Líder da nossa bancada – cargo hoje honrosamente exercido pelo nosso querido amigo Eduardo Braga – em algumas oportunidades.

Já vivi adversidades, mas, como todos sabem e me conhecem, não eternizo a mágoa. Tenho a perfeita noção do que o abuso de autoridade pode causar. Podem esperar um trabalho isento, objetivo, técnico, desapaixonado, destemido e colegiado – tudo neste Comissão será aprovado por este Plenário e será, antes de qualquer coisa, discutido pormenorizadamente com todos vocês –, sem medo de absolver quem merecê-lo e sem hesitação para imputar quem é responsável.

Minhas premissas são as constitucionais, a competência desta Comissão para apurar os fatos determinados, a imparcialidade e a existência de prova.

Essa é uma tragédia que – tenho absoluta convicção, Presidente Omar – poderia ter sido atenuada com atitudes corretas, tempestivas, responsáveis e humanitárias.

Vidas negras importam, vidas brancas importam, vidas pardas importam, vidas amarelas importam, vidas mestiças importam. Vidas, todas elas importam. A vida é o bem supremo da humanidade, dádiva divina.

Em nome de Deus, origem da vida, peço que nos ilumine nesta tarefa de resgate e da valorização da vida e da liberdade.

Antes de lhe devolver a palavra, Presidente Omar, eu gostaria somente de combinar com V. Exa., com o Plenário, com o Vice-Presidente e com os Líderes um procedimento.

Até hoje, nós recebemos uma proposta de plano de trabalho do Senador Alessandro Vieira, muito boa e irretocável em alguns aspectos; depois, recebemos uma proposta de plano de trabalho do Senador Randolfe Rodrigues, igualmente irretocável; e, ontem à noite, eu recebi uma proposta de plano de trabalho do Senador Humberto Costa. Peguei algumas ideias no debate do noticiário, mas são ideias esparsas.

Eu queria combinar com os senhores e com o Presidente, se V. Exa. consentir, para darmos um prazo de 24 horas para que quem quiser, Girão, apresentar propostas para um plano de trabalho possa fazê-lo, para que, eventualmente, não pareça que essa é uma proposta do Alessandro ou do Randolfe ou do Renan ou do Humberto Costa apenas. Tudo aqui será votado pela maioria, e eu, na medida em que o trabalho avançar, serei cada vez menos um Relator monocrático, porque quero ser um sistematizador, um redator de tudo que evidentemente se discute aqui.


Bronca de Bolsonaro

Bolsonaro reagiu com palavrões por ter sido subestimado e colocado em segundo plano, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na CPI da covid, ao afirmar, taxativamente, que "o vírus da covid é o único inimigo do Brasil nesse momento". 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Arthur Virgílio assume presidência do PSDB Amazonas com missão de resgatar identidade social democrata

O ex-senador, ex-prefeito de Manaus e diplomata Arthur Virgílio Neto foi confirmado  quarta-feira (5.5), como presidente do diretório regional do PSDB no Amazonas. A designação foi assinada pelo presidente nacional do partido, Bruno Cavalcanti de Araújo, e tem validade de 1º de Maio de 2021 a 30 de abril de 2022. A nova direção conta, ainda, com outros nove nomes.

 

“Assumo a designação do meu partido com muita honra e com o compromisso de fazer o melhor para que ele volte a crescer”, afirma Virgílio. “Temos pela frente um grande desafio que é resgatar a identidade da social democracia para as eleições, para a vida, para a militância futura, modernizando a velha social democracia”, diz o novo presidente do diretório regional do PSDB.

 

Entre suas propostas, Arthur aponta a necessidade de realizar um grande congresso com os filiados para definir e plantar as bases da nova social democracia. “Aquela que tem como valor intocável a democracia e aquela que tem como meta ver o Brasil livre desse sistema selvagem, que é o presidencialismo, substituindo-o pelo parlamentarismo”, defende Arthur Virgílio.

 

De acordo com o novo dirigente partidário, a velha social democracia está ultrapassada e é necessário que ela se reinvente para que o partido possa assumir protagonismo nas políticas partidária, social e econômica do país. 

 

“O que se definia como social democracia está ultrapassado. Mas, não concordo em mudar o nome nem tirar o ‘P’ para escamotear a realidade. Devemos manter o nome do partido e precisamos de readequações, com mais liberdade econômica, compromisso com as reformas, se firmando como partido de oposição e não se conformar com alianças por cargos. As discussões têm que ser feitas em torno de um programa e essa opinião eu vou levar aos meus companheiros do diretório nacional”, afirma Arthur, que tem seu nome colocado para avaliação nas prévias partidárias para uma possível candidatura à presidência da República.

 

O dirigente analisa também que, apesar de o Brasil viver uma democracia representativa vinculada ao partidarismo, a maioria da população e, consequentemente, do eleitorado, não tem confiança ou convivência partidária e decide de forma personalista às convocações eleitorais.

 

“Para que o eleitor deixe de escolher pessoas e se volte para os partidos é preciso ter partidos verdadeiros, autênticos, que sigam os seus programas, que não se misturem com o lugar comum. Esse excesso de partido existente no Brasil é sinal de desordem, negociações, de fisiologia. Os partidos devem ser claros dando ao eleitor a noção clara do que pretendem fazer”, aponta.

 

Um dos fundadores do PSDB, Arthur reafirma que não vai deixar o partido e que tem muita esperança no futuro partidário. “Nós vamos plantar boas sementes e, mais hora menos hora, vamos colher as sementes em forma de fruto de prosperidade e estabilidade para o nosso povo”, finaliza.