sábado, 15 de maio de 2021

General letrado

Eduardo Pazuello, vai com tudo para a CPI da covid. Com o santinho do patrono do Exército, Duque de Caxias, no bolso. Embaixo do braço, receitas de cloroquina e chás caseiros. Com o peito estufado, vai encarar as perguntas mais solertes. Sem medo da verdade. Não dará vexame. Sabe que nunca mentiu. Tem fidelidade canina pelo mito das trevas. Tem as respostas na ponta da língua. Quando indagado sobre suas leituras e prato predileto, será claro e profundo: Gibis da Mônica e do Pato Donald e pão com leite condensado. Para dores de barriga, aprecia Coca-Cola. Garante que é tiro e queda. Espera não ser aborrecido pelos senadores quando perguntado porque se omitiu no cargo, sobretudo durante as tragédias pela covid, no Amazonas. Também subirá nas tamancas, se algum senador tiver o desplante de saber porque sua passagem pelo ministério da Saúde foi um colossal desastre. Pelas tantas, pedirá trégua para ir ao banheiro, trocar a fralda geriátrica. 

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