sexta-feira, 31 de março de 2023

Bolsonaro

Bom que Bolsonaro leve a sério que Valdemar Costa Neto realmente é o chefe dele. O ex-presidente ganhou o decorativo cargo de presidente de honra do PL. Não é nada, não é nada mesmo. Retornou com a manjada empáfia. Falando sandices pelos cotovelos. O Brasil segue a vida sem a ingerência de Bolsonaro. Não apita mais nada. Valdemar, por sua vez, dono irremovível do PL, há décadas, sabe que a sigla dentro do centrão tem imensas responsabilidades políticas com a governabilidade e com o crescimento da nação. Por sua vez, Lula precisa cumprir as metas e promessas de campanha. Trabalhar, sem tréguas, para reconstruir o Brasil. Não dá cartaz nem palanque para o ex-presidente. Deixe que ministros respondam,  se for o caso, desaforos, provocações e sopapos do adversário.


Noite literária

O advogado Estenio Campelo, foi um dos convidados da noite de autógrafos da biografia “João Doria - O poder da Transformação”, do ex-governador de São Paulo, João Doria. O lançamento da obra movimentou a Livraria da Travessa, na capital paulista. Ainda na noite, Estenio Campelo que, recentemente lançou em prestigiado evento o livro “Poesias Reunidas”, participou de jantar com grandes empresários da área médica e da construção. 

segunda-feira, 27 de março de 2023

LANÇAMENTO DO LIVRO ''POESIAS REUNIDAS'' E ANIVERSÁRIO DO DR. ESTENIO CAMPELO

 

Os irmãos Joao Gabriel e Guilherme Campelo, o autor e aniversariante, jurista e poeta Estenio Campelo, com sua esposa Ana Cristina. Noite cultural vitoriosa. Renda da obra será destinada ao Lar dos Idosos da Casa do Ceará.



Importância de Bernardo Cabral


Ventos democráticos do histórico 
11 de agosto fortalecem o sol, estimulam a luta por um futuro melhor para todos e iluminam corações . Nesta hora de louvores à Constituição, mãe da democracia e das liberdades e eleições limpas e democráticas, vale a pena recordar e salientar quem se dedicou integralmente de corpo e alma, a elaboração da Carta Magna: o então deputado federal pelo Amazonas, Bernardo Cabral. O parlamentar trabalhou como um mouro, como relator-geral da Constituinte. Bernardo disputou o cargo, em eleições diretas, com o então senador Fernando Henrique Cardoso e com o deputado mineiro Pimenta da Veiga. A constituição enche de orgulho os brasileiros. Defende direitos trabalhistas, direitos sociais,  individuais e direitos humanos. Bernardo perenizou a zona franca na constituição. Registre-se e afixe-se, para aqueles de memória fraca ou indolente. A carta magna existe para ser cumprida e não mutilada. Cabral foi presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasiln(OAB), é membro vitalício do Instituto dos Advogados Brasileiros. Foi senador, por dois mandatos, e ministro da Justiça no governo Collor. Ano passado, Bernardo Cabral foi homenageado pela OAB Nacional, com discursos de expoentes da magistratura, como o ministro do STF, Luiz Fux e o ministro do STJ, Mauro Campbell. Cabral completará 91 anos amanhã, dia 27. É consultor jurídico da Confederação Nacional do Comércio, Bens e Serviços (CNC). Ainda na esteira das contribuições importantes do homem público Bernardo Cabral, há quase 3 décadas, como senador e palestrante, já tinha atenções voltadas para o problema da escassez da água, que hoje atormenta governantes e mobiliza a ONU. Exortava Cabral: É preciso colocar-se na agenda da humanidade, como questão central,a falta de planejamento e racionalidade no uso dos recursos hidrícos, uma constante que começa a ameaçar o  abastecimento adequado".  Como senador, Bernardo Cabral foi relator, em 1997, da lei que criou a Política Nacional dos Recursos Hídricos. Em 2000, foi, também, relator no senado da lei que criou a Agência Nacional de Água. Em suas manifestações, no Brasil e no exterior, Cabral destacava que "a mãe de toda a vida na terra é a água. Dela surgiu a vida. Dela a vida se nutre".



sexta-feira, 24 de março de 2023

Novos conselheiros do CAS fazem primeira visita ao Polo Industrial de Manaus

Em cumprimento a uma agenda de atividades que começou pela manhã, na Suframa, os novos conselheiros que integram o Conselho Administrativo da Suframa (CAS) fizeram a primeira visita de trabalho ao Polo Industrial de Manaus (PIM), na tarde desta quinta-feira. Além de percorrer as instalações e conhecer um pouco do processo produtivo da Samsung Eletrônica da Amazônia (Seda), eles foram recebidos no Instituto Sidia, uma das referências do trabalho em PI&D no Brasil.

A visita foi organizada pela Suframa e capitaneada pelo superintendente interino da Autarquia, Marcelo Pereira. Nomes conhecidos do público como o governador do Amapá, Clécio Luis, e os ex-deputados Eron Bezerra (AM) e Perpétua Almeida (AC), que hoje atua na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), também fizeram parte da comitiva.

Na Samsung, que emprega mais 4 mil funcionários e chega a produzir 1 milhão de celulares por mês, o grupo foi recepcionado pelo próprio presidente da empresa, Cheolhyeong Cho. Durante o almoço oferecido aos visitantes, ele agradeceu a presença dos conselheiros e desejou sucesso a todos, à frente dos novos desafios, que tem como pano de fundo a manutenção e o fortalecimento do modelo Zona Franca de Manaus.

Marcelo Pereira e Clécio Vieira também se pronunciaram. O superintendente ressaltou a importância da Samsung  e destacou que a empresa é motivo de orgulho para a região. "Se eu tivesse que fazer um pedido, solicitaria que fizessem projeto em cada um dos Estados da Amazônia Ocidental. Isso causaria uma realização inimaginável na Amazônia", sugeriu o superintendente.

Clécio Luis  frisou que, todo investimento em ciência e tecnologia é elogiável, principalmente, quando prioriza o social.

"Meio ambiente, ciência, tecologia e seres humanos. Isso combina com o tipo de desenvolvimento que cabe a nós fomentar. E é o que o mundo inteiro espera", salientou o governador.

No Instituto Sidia, os conselheiros receberam informações sobre investimentos em Rede 5G, inteligência artificial com fomento na Indústria 4.0, desenvolvimento em experiências com realidade virtual e aumentada, além do trabalho que tem como uma das prioridades para este ano, a inovação de projetos que envolvem TI e saúde. Este último aspecto é centrado em  entender os exercícios para o desenvolvimento de softwares específicos relacionados ao assunto.

Movimentos
Um desses desenvolvedores de softwares é o Sistema de Captura Tridimensional de Movimentos, que trabalha desde a postura dos movimentos e chegou a ser testado por Marcelo Pereira e Clécio Luis, durante um exercício em que o beisebol é a modalidade de referência.

Por meio da velocidade da tacada, é  possível verificar o movimento correto do corpo pelo sistema. A de Marcelo, por exemplo, chegou a 64,7 quilômetros por hora, considerada boa para iniciantes, segundo os técnicos do Sidia.


Informações: imprensa@suframa.gov.br

quarta-feira, 22 de março de 2023

Talentoso


Excelentes, originais e expressivas, as 27 telas inéditas do artista plástico Augusto Correa, 22 anos, em exposição até o próximo dia 23, no Espaço Cultural Athos Bulcão, na Câmara Legislativa de Brasília. Augusto é portador da Síndrome de Down. Artista maduro e talentoso. 

terça-feira, 21 de março de 2023

Imortais

Creio que Mauricio de Souza engrandeceria a Academia Brasileira de Letras (ABL). Suas revistas e personagens divertem crianças e adultos. Quem também honraria a academia é o jurista, ex-deputado, ex-senador, ex-ministro, ex-presidente da OAB nacional, e intelectual Bernardo Cabral, operoso relator-geral da constituinte de 1988.

(texto publicado hoje, terça, na 2ª página do Correio da Manhã)


segunda-feira, 20 de março de 2023

Posses no STM

 Os Advogados Guilherme Campelo e Estenio Campelo e  o Coronel Carlos Motta com o novo Presidente do Superior Tribunal Militar(STM),  Ten. Brig. do Ar Joseli Camelo. 



terça-feira, 14 de março de 2023

Crianças

Lula proibiu ministros de Estado de anunciar planos, decisões e medidas sem passar pelo crivo do ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa. Aquele ético, graduado e poderoso  auxiliar do chefe da nação que nomeou a mulher, enfermeira, para cargo vitalício de conselheira do Tribunal de Contas da Bahia.

Entre jóias e coturnos - Texto de Paulo Branco Filho

O primeiro caso foi em 1981. Na presidência do Brasil, o general Figueiredo, o último dos 21 anos de ditadura militar. O protagonista do episódio foi o Ministro de Minas e Energia, César Cals, e sua esposa Marieta. 

O ministro havia concedido a um poderoso minerador o direito à lavra de uma jazida em Oliveira Castro, Itabira, Minas Gerais. O agradecimento do minerador pela concessão veio de forma singela: presenteou o Ministro com uma sacola das pedras preciosas e sua esposa com um colar de esmeraldas.
O caso denunciado pelo Jornal O Cometa, de Itabira, e pela Tribuna da Imprensa acabou enquadrando os jornalistas dos dois periódicos no artigo 14 da Lei de Segurança Nacional. Mas a turma da imprensa, calejada com os anos de Chumbo, não parou de apurar e denunciar os fatos.
Constrangido e encurralado, o Ministro César Cals, após afirmar que o colar não tinha valor econômico, doou a joia para a Cruz Vermelha do Ceará. O saco contendo as pedras preciosas, nunca ninguém soube o destino.
O segundo caso aconteceu em 2021. O governo Jair Bolsonaro vendeu uma refinaria da Petrobrás, na Bahia, para um fundo dos Emirados Árabes. O valor de R$1,8 bi considerado muito abaixo do valor de mercado, aparentemente, não foi em vão. 
Em viagem a Riad, Reino da Arábia Saudita, um assessor da comitiva do Ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, foi incumbido de uma peculiar missão: guardar na mochila e trazer para o Brasil um pacote fechadinho, contendo um colar, anel, relógio, um par de brincos de diamante e uma escultura. Objetos avaliados em 16,5 milhões.
Na alfândega, o assessor é escolhido para averiguação e, após informar que é membro da comitiva do Ministro, pede que o Almirante compareça ao local para acompanhar o procedimento.
Diante das joias, brincos, escultura e do impasse, o funcionário da Alfândega informa que, considerando as preciosidades um bem do passageiro, os objetos estariam sujeitos à incidência do imposto de Importação. Caso os bens sejam considerados propriedades da União, ou seja, um presente da Arábia Saudita para o Brasil, o ministro deveria pleitear o reconhecimento dessa condição e o presente ficaria com o Estado brasileiro.
Mas o Almirante informou apenas não saber que no pacote havia aquelas singelas preciosidades. E que os mimos eram um presente da Arábia Saudita para a brilhante Michele Bolsonaro.
Após 40 anos, mudam-se os beneficiários, os presenteados e o governo. Só não mudam os métodos e a narrativa da turma que se ufana sobre um coturno, mas adora entregar o Brasil por um mimo brilhante e valioso.

segunda-feira, 13 de março de 2023

 

O advogado João Estênio Campelo Bezerra visitou o ilustre Presidente Emérito Michel Temer, terça-feira, em seu escritório em São Paulo. 

Suframa com Alckmin


O superintendente interino da Suframa, Marcelo Pereira, acompanhado de servidores e gestores da Autarquia reuniu-se, na última quarta-feira, com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e equipes técnicas do MDIC, para discutir questões como a realização da 308ª Reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) e a assinatura do contrato de gestão do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). Embora representem assuntos com detalhes ainda sendo definidos nos bastidores, Pereira saiu das reuniões otimista com os potenciais encaminhamentos a serem anunciados em breve. A reunião com o ministro do MDIC foi o maior destaque da intensa agenda de atividades e reuniões realizadas ao longo dos últimos dois dias, em Brasília, a fim de discutir temas de grande interesse para a Autarquia e para o ambiente de negócios da ZFM. Muito bom!

Blog Pedrinho Aguiar

terça-feira, 7 de março de 2023

Maluf

Sou amigo de Paulo Maluf há 35 anos. Estadão do dia 5 pegou pesado, foi severo, tirou o couro do ex-governador, ex-prefeito, ex-deputado e ex-presidente da Caixa Econômica de São Paulo, no texto "O acerto de contas de maluf". Não pretendo retrucar o texto da matéria. Apenas recordar e exaltar Maluf como um dos melhores governadores de São Paulo. Seguramente minha afirmação não é isolada. Obras do "dr. Paulo" estão por todo o Estado, sobretudo na capital paulista. Benfeitorias eternas à população. Maluf era vocacionado para o trabalho. Doente, cumpre pena em casa. Merecia mais benevolência dos implacáveis críticos. 

Dramas

Tudo indica que a constatação é verdadeira. A presidência da república é máquina de moer gente. Maltrata, machuca, mas também revigora. Bolsonaro foi eleito com a tarefa de mandar o PT para as cucuias. Na chefia da nação, porém, Bolsonaro esmerou-se em trapalhadas, insultos e omissões. O eleitor trouxe de volta, das catacumbas, Lula da Silva. Ungido como salvador da pátria. Saudado no exterior, por chefes de Estado, aqui nos arredores palacianos, é massacrado pela tropa bolsonarista. Mal começou a governar, começaram os atropelos. O ex-finado MST, de triste memória, botou as manguinhas de fora, invadiu propriedades, sem nenhum pio de Lula. Enquanto o ministro acusado de corrupção, dos pés à cabeça, é mantido no cargo. Com direito a banca de Santo de pau oco. Por sua vez, o presidente da Câmara, Artur Lira foi claro e taxativo no recado a Lula: por ora, no Congresso, são imensos os prenúncios de tempestade para o governo. Trocando em miúdos, Lula tornou-se refém dos gulosos do Centrão. Por seu turno, Bolsonaro gabava-se com migalhas do noticiário, cutucando Lula em edificantes palestras em Orlando. Agora o mito de barro e a ex-primeira dama estão enrolados até o pescoço, com diamantes e outras jóias caras. Os brasileiros aguardam por 2026, para ver se prosseguirá a inacreditável, surrada e cansativa toada da ciranda política, do troca-troca e do bate e volta pelo poder. Ninguém merece. 

***

Capacidade - Renan Calheiros não berra, não vocifera. Trabalha com eficiência. É do ramo. Dialogando a construindo pontes. Com visão para eleições de 2024, o senador Calheiros já conseguiu a filiação para o MDB de 68 prefeitos, dos 102 municípios alagoanos. 

Deusas

A aurora do amanhecer das mulheres nasce no céu. Com aromas de arco-iris. Elas suavizam o tempo. São bordadas com a essência da vida. Espantam desventuras. Acordam o silêncio. Embelezam jardins da alma. São as mulheres que guardam as horas da esperança e do amor. Com sorrisos ecoando pétalas.

domingo, 5 de março de 2023

O jornalista Ruy Barbosa

 A ABI participou como convidada do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, da sessão solene em homenagem ao centenário do falecimento de Ruy Barbosa, nesta quarta-feira (01/03),  representada pelo diretor de Jornalismo, Moacyr Oliveira Filho. Para comemorar a data, republicamos um texto de Nelson Cadena, publicado originalmente no Jornal Correio, em 23 de fevereiro de 2023, destacando o jornalista Ruy Barbosa.

Por Nelson Cadena (*)

Antes de ser advogado, jurista, político, ensaísta, diplomata, Ruy Barbosa foi jornalista. Continuou jornalista durante toda sua trajetória profissional e, falecido em 1º de março de 1923 – o seu centenário transcorre na próxima quarta-feira – recebeu as homenagens da imprensa de todo o Brasil, nas edições do dia seguinte e de seus profissionais, os repórteres, no translado do corpo, até a estação de trem de Petrópolis onde embarcou para a capital do país. Seguraram nas alças do caixão: Pedro Thimoteo do Jornal do Brasil; Guimarães Junior do Jornal do Commercio; Franklin Palmeira da Gazeta de Notícias; Alfonso Várzea de O Paiz; Mário Magalhães de A Noite; Vicente Medeiros de O Dia; J. Medeiros de O Combate e Paulo Cleto de A Pátria.

Ruy estreou na imprensa acadêmica, digamos alternativa, com apenas 20 anos, cursando o segundo ano da faculdade de Direito de São Paulo. Fundou com Luiz Gama, Bernardino Pamplona, Benedito Otoni e Américo de Campos, o Radical Paulistano, cuja linha editorial preponderante era a defesa dos escravizados. Mais tarde fundou O Ypiranga. Estreou na grande imprensa, em 1872, tinha 23 anos, como redator do Diário da Bahia, um ano após sua estreia no júri como advogado. Três anos depois assume a direção do jornal. A pauta em defesa do elemento servil, através da série de artigos que titulou de “Conscrição e pelos escravos” teve tamanha repercussão que a tipografia do Diário editou folhetos com os artigos, a venda revertida em favor do fundo de emancipação.

A sua produção jornalística não tem parâmetro de laudas, caracteres, qualquer medida que possamos cogitar. Foram alguns milhares de artigos publicados, em mais de meio século, como redator e editorialista nos jornais: Radical Paulistano, O Ypiranga, Diário da Bahia, Jornal do Commercio, Revista da Liga do Ensino, O Imparcial, Gazeta da Tarde, Correio da Manhã de Lisboa, O Paiz, Diário de Notícias, Jornal do Brasil, A Imprensa, dentre outros. Dos três últimos foi sócio proprietário. Em 1889 adquiriu o quase falido Diário de Notícias em sociedade com Luiz de Andrade, diretor da Revista Ilustrada e Antônio Azeredo, ex-proprietário de A Tribuna; em 1893 adquiriu o também quase falido Jornal do Brasil, em sociedade com Joaquim Lucio de Albuquerque Mello, dentre outros.

Em 1898 fundou A Imprensa. Escreveu editoriais diários durante três anos, até 1901, as vezes dois a três editoriais por edição e outros, periodicamente, durante a gestão de Alcindo Guanabara, na segunda face do jornal. Foi através da imprensa que Ruy Barbosa divulgou o seu ideário e se transformou no maior polemista de seu tempo, debatendo com outros grandes escribas, as mais relevantes temáticas de ordem jurídica, política, diplomática e até linguística.

Na sua estreia como editorialista nos maiores jornais do país afirmou os seus princípios. Declarou “O Paiz” afinado com “as ideias mais progressistas de nossa época”; no Jornal do Brasil, onde fez oposição ao presidente Floriano Peixoto que ordenou sua prisão “Vivo ou morto”, se declarou “constitucionalista e legalista”; no Diário de Notícias ergueu a bandeira da “federação imediata” confrontando outros chefes liberais; em A Imprensa afirmou o privilégio da Constituição e não das individualidades: “As imunidades parlamentares não são apanágio das pessoas, mas propriedade da nação e defesa sua”.

A morte de Ruy foi manchete em todos os grandes jornais do país, que exaltaram a sua genialidade e a sua aura midiática como bem ressaltou no seu necrológico o Jornal do Commercio: “Poucos homens na era moderna gozaram em tempo assim tão largo de admiração popular”.

Texto originalmente publicado no Jornal Correio em 23 de fevereiro de 2023

(*) jornalista, pesquisador e publicitário.  Diretor de Cultura da Associação Bahiana de Imprensa

quinta-feira, 2 de março de 2023

Repugnantes

A instalação, no senado, do Grupo Parlamentar Brasil-Israel serviu de melancólico palanque para capachos bolsonaristas fazerem proselitismo da trágica passagem de Bolsonaro pela Presidência da República. Difícil saber qual deles era o mais enfurecido e destrambelhado. Só faltaram babar no microfone, na gravata ou no vestido. Ouvindo os patéticos e medonhos depoimentos, o embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine, ficou na dúvida se estava no plenário de uma comissão técnica da Câmara Alta, ou dentro de um hospício.