Calorosos abraços e afagos, em Salvador, entre Ciro Gomes e Simone Tebet, não deram em nada, eleitoralmente, para a dupla de candidatos à presidência da república. Encontro produtivo apenas para fotógrafos e cinegrafistas. Pesquisas indicam Ciro patinando nos 6% e Simone enroscada entre 1 e 2%. O cearense, apesar do temperamento agressivo, ainda pode avançar nos números. Tem trajetória de lutas populares, foi governador e ministro da fazenda. A senadora, por sua vez, é medonho pesadelo para o MDB. Candidata do faz de conta. Estrondosa decepção. Um quadro amarelado na parede, diria Drummond. Não tem apoio relevante nem dentro do próprio MDB. Partido acostumado a memoráveis vitórias nas urnas, com nomes respeitados como Michel Temer, José Sarney, Ulisses Guimarães. Renan Calheiros, Gilberto Mestrinho, Severo Gomes, Nelson Carneiro e Teotônio Vilela, merecia nome mais expressivo na atual rinha presidencial. Tebet ainda corre o risco de perder o mandato de senadora, nas eleições de outubro, em Mato Grosso do Sul, para a ex-ministra da Agricultura, Teresa Cristina, liderando, com folga, as pesquisas. Precisará disputar cadeira de deputada federal, se não quiser ficar nem com o mel nem com a cabaça.
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